Modelo para a formatação dos artigos para publicação nos

Propaganda
Promovendo Saúde na Contemporaneidade:
desafios de pesquisa, ensino e extensão
Santa Maria, RS, 08 a 11 de junho de 2010
MEDICAMENTOS PARA EMAGRECIMENTO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2
2
2
2
2
2
1
2
Rodrigues, A. ; Sampaio, A. ; Gularte, C. ; Vidal, D. ; Pereira, L. ; Bastianello, J. ; Mattos, K.M. ;
2
3
3
Santos, V. ; Colomé, J.S. ; Costenaro, R.G.S. .
1
Trabalho de Pesquisa PROBIC: “Saúde da mulher: o consumo de cálcio em professoras de escolas
públicas”/ PROBEX: Saúde na Escola: aprendizagem em saúde _UNIFRA
2
Curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil
3
Curso de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil
E-mail: [email protected], [email protected]; [email protected];
[email protected]; [email protected]
RESUMO
Viver mais, com saúde e em boa forma, é uma preocupação atual que perpassa todos os segmentos
da sociedade. A imagem do corpo bonito e saudável atravessa os diferentes gêneros e classes
sociais. Com isso, surge a necessidade de adotar medidas de emagrecimento e uma delas é o uso
de medicamentos inibidores do apetite, onde estão entre as opções da grande maioria. O objetivo
deste trabalho foi verificar os medicamentos mais utilizados para emagrecimento. O presente estudo
consiste em uma pesquisa bibliográfica, realizada em artigos de científicos publicados a partir de
2000, bem como em livros referentes à temática abordada. Conclui-se que o uso de medicamentos
para emagrecer está muito freqüente, onde as pessoas estão seduzidas pelos possíveis efeitos do
medicamento e procuram emagrecer por meio da ingestão dos mesmos. Portanto, percebe-se que a
informação a ser passada sobre esse assunto é de grande importância.
Palavras-chave: Medicamentos. Emagrecimento. Imagem Corporal.
1. INTRODUÇÃO
Viver mais, com saúde e em boa forma, é uma preocupação atual que perpassa todos os
segmentos da sociedade. A imagem do corpo bonito e saudável atravessa, contemporaneamente, os
diferentes gêneros, faixas etárias e classes sociais (COTA; MOURA; GOMES, 2008).
Para que o aumento de peso seja diminuído, eis que surge a necessidade de adotar medidas
como a prática de atividades físicas, a diminuição na ingestão calórica, cirurgias plásticas e uso de
medicamentos inibidores do apetite (ISOSAKI; CARDOSO, 2004).
Medidas medicamentosas como formas de emagrecimento estão entre as opções de uma
grande maioria. São pessoas que ficam seduzidas pelos possíveis efeitos do medicamento e
procuram cada vez mais emagrecer por meio da ingestão de anorexígenos, medicamentos a base de
drogas anfetamínicas que agem sobre o sistema nervoso central liberando substâncias que
transmitem a sensação de ausência de fome (ARTERBURN; NOËL, 2001). Em virtude das
consequências ocorridas para a saúde dos indíviduos devido ao uso estes medicamentos, a presente
pesquisa teve por objetivo verificar os medicamentos mais utilizados para emagrecimento.
2. METODOLOGIA
A metodolgia utilizada na presente pesquisa consistiu em uma revisão bibliográfica, realizada
em artigos encontrados em bases de dados científicos como Scientific Eletronic Library Online
(SciELO), Lilacs, entre outros e em livros referentes à temática abordada. Esta pesquisa compõe o
PROBIC: “Saúde da mulher: o consumo de cálcio em professoras de escolas públicas”, vinculado ao
Projeto de Extensão: “Saúde na Escola: aprendizagem em saúde”, aprovado pelo comitê de Ética e
Pesquisa da UNIFRA sob registro número 262.2007.2. A pesquisa foi realizada de março a maio de
2010.
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1 Tipos de medicamentos utilizados para o emagrecimento
1
Promovendo Saúde na Contemporaneidade:
desafios de pesquisa, ensino e extensão
Santa Maria, RS, 08 a 11 de junho de 2010
Os fármacos indicados para o tratamento da redução de peso são: a sibutramina que consiste
em um inibidor da recaptação da serotonina e noradrenalina, bem como o mazindol que atua através
do bloqueio da recaptação neuronal da dopamina e epinefrina liberadas sinapticamente sendo este
um derivado anfetamínicos, a anfepramona causa a supressão do apetite pela inibição da recaptação
e aumento da liberação de noradrenalina no hipotálamo e o femproporex e seus metabólitos atuam
diretamente sobre os centros hipotalâmicos reguladores do apetite, sendo este último um dos
anorexígenos mais utilizados, provavelmente porque se acredita ser um dos mais bem tolerados
(SANTOS et al., 2002). Outro medicamento é o orlistat um agente farmacológico que promove a
perda de peso através da inibição da lipase pancreática, reduzindo a absorção de gordura e a
ingestão calórica (MELO, 2004). A fluoxetina é um inibidor seletivo da recaptação de serotonina no
sistema nervoso central, conhecida e eficaz para o tratamento dos sintomas da depressão humana
(CARLINI et al, 2009)..
Segundo o Consenso Latino-Americano de obesidade realizado em 1998, apenas a
sibutramina e o orlistat devem ser prescritos para tratamentos longos, por serem considerados os
mais seguros (GREENWAY; SMITH, 2000).
A fluoxetina, não possui indicação bem estabelecida no tratamento para redução de peso, e
sim para o tratamento de depressão e bulimia nervosa. No entanto, em experimentos clínicos para a
aprovação deste medicamento como antidepressivo, foi observada perda de peso e também, são
relatados como efeitos colaterais, a diminuição do apetite e até anorexia (HALPERN; MANCINI,
2002).
A anfepramona é um anorexígeno bastante utilizado em fórmulas para emagrecimento no
Brasil e sua atuação se dá inibindo o apetite do paciente ao agir sobre o SNC, tendo efeito
psicoestimulante e potencial para causar dependência. Essa substância trata a obesidade apenas a
curto prazo, sendo fundamental que a pessoa desenvolva hábitos de alimentação e estilo de vida que
favoreçam o emagrecimento para não recuperar o peso perdido quando parar de tomá-lo. O
femproporex é um anorexígeno de ação semelhante e com efeitos colaterais menos intensos que a
anfepramona tendo a noradrenalina como neurotransmissor. Além da utilização muitas vezes
exagerada e irracional no combate a obesidade, grande parte do abuso na utilização do femproporex
é devido à sua propriedade estimulante capaz de manter a pessoa acordada (SANTOS et al., 2002).
Existem também alguns outros tipos de medicamentos para emagrecimento como as dorgas
que são inibidores seletivos de lípase pancreática, diminuem em um terço a absorção de gorduras da
dieta, porém seus efeitos colaterais são incontinência fecal e deficiências vitamínicas lipossolúveis A,
D, E, K (DRENT et al. 1993).
Os medicamentos chamados termogênicos que atuam em vários sistemas do organismo,
com o intuito de aumentar o gasto energético como a cafeína, hormônios da tiróide e efedrina, tendo
como efeitos colaterais mais graves a perda muscular e complicações cardíacas e os sacienógenos
que atuam no sistema nervoso central aumentando a saciedade, fazendo com que a pessoa coma
pouco e sinta-se logo satisfeita, também possui efeito coltareal, e os mesmos são semelhantes aos
anorexígenos (MCNEELY, 1998).
3.2 Reações adversas
Os efeitos indesejáveis a curto e a longo prazo causados pelo uso de anfetaminas e
derivados apresentam uma ampla documentação na literatura. Estes medicamentos podem tornar-se
perigosos pelos seus efeitos adversos e possibilidade de criar dependência física e psíquica,
aspectos que são piorados pela automedicação e indicação de amigos e parentes (SILVA, 1998).
As reações adversas mais comuns causadas pela fluoxetina e que aparecem na literatura
são: dor de cabeça, diarréia, nervosismo, tremor, amnésia e sede, ansiedade, anorexia, náusea e
perda de peso (ARTERBURN; NOËL, 2001).
Estudos demonstram que pacientes tratados com sibutramina têm apresentado como reações
adversas mais comuns: secura na boca, aumento da pressão arterial, dor nas costas, palpitações,
diminuição do apetite, vertigem, sudoração, taquicardia, anorexia, insônia, dor de cabeça e reações
de hipersensibilidade (BRAY, 1999).
A estimulação central causada pela anfepramona expressa-se por nervosismo, insônia,
agitação e, em casos de intoxicação aguda, alucinações, delírio e quadro psicótico enquanto que, os
efeitos periféricos potencias são taquicardia, náusea, vômito, dor abdominal, constipação intestinal,
diminuição da libido e da potência sexual. Outras reações adversas também foram relatadas:
2
Promovendo Saúde na Contemporaneidade:
desafios de pesquisa, ensino e extensão
Santa Maria, RS, 08 a 11 de junho de 2010
aumento da pressão arterial, diarréia, boca seca, ansiedade, tremor, dor de cabeça e depressão. Os
efeitos indesejáveis mais comuns relatados ao uso de femproporex são: hipertensão arterial
pulmonar, glaucoma, náuseas, vômitos, ansiedade, cefaléia, vertigem, taquicardia, insônia, excitação,
boca seca, constipação, alteração da libido, diarréia, calafrios e palidez. Com relação ao mazindol,
estão entre os principais efeitos adversos, constipação, boca seca, taquicardia, nervosismo ou
inquietação, calafrios, náuseas, vertigem e fraqueza, observando-se com menor freqüência diarréia,
sonolência, cefaléia, aumento da sudorese e sabor desagradável (BEHAR, 2002).
A maioria dos efeitos indesejáveis causados pelo orlistat são gastrintestinais e são
relacionados com seu mecanismo de ação. Aumento do número de evacuações, fezes oleosas,
flatulência com ou sem eliminação de gordura, urgência fecal são as reações mais comumente
relatadas (HALPERN; MANCINI, 2002).
4. CONCLUSÃO
Pode-se analisar através desta pesquisa que estes tipos de medicamentos estão muito
freqüentes na sociedade. As pessoas estão seduzidas pelos possíveis efeitos do medicamento e
procuram emagrecer por meio da ingestão dos mesmos. Com isso, percebe-se que a informação a
ser passada através do conhecimento sobre esse assunto é de grande importância.
REFERÊNCIAS
ARONNE, L. J. Modern medical management of obesity: the role for pharmacological intervention. J.
Am. Diet. Assoc. v. 98, p.23-26, 1998.
ARTERBURN, D.; NOËL, P. H. Clinical Evidence: obesity. BMJ, v.322, p.1406-09, 2001.
ÁVILA, A.; L. Obesidade. In: ISOSAKI, M; CARDOSO, E. Manual de Dietoterapia e Avaliação
Nutricional do Serviço de Nutrição e Dietética do Instituto do Coração. São Paulo: Atheneu,
2004.
BRAY, G. A. Sibutramine produces dose-related weight loss. Obes Res., v.7, p. 189-198, 1999.
BEHAR, R. Anorexígenos; indicaciones e interacciones. Rev. Chil. Neuro-psiquiat. Santiago, v.40,
n.2, p.21-36, abr, 2002.
CARLINI, E; NOTO, A; NAPPO, S; SANCHEZ, Z; FRANCO, V; SILVA, L; SANTOS, V; ALVEZ, D.
Fluoxetina: indícios de uso inadequado. Jornal de Psiquiatria. 58(2): 97-100, 2009.
COTA, A.; MOURA DE, G.; GOMES, E.; Uso de medicamentos inibidores do apetite em curto prazo:
um estudo descritivo das discentes do curso de enfermagem do centro universitário do leste de minas
Gerais; Revista Enfermagem Integrada. Ipatinga: Unileste-MG-V.1-N.1-Nov./Dez, 2008.
DRENT, M. L.; VAN DER VEEN, E. A. Lipase Inhibition: a novel concept in the treatment of obesity.
Int. J. Obes. Relt. Metab. Disord. v.17. p.241- 44, 1993.
GREENWAY, F. L.; SMITH S. R. The future of obesity research. Nutrition. v.16, p. 976-982, 2000.
HALPERN, A.; MANCINI, M. C. Manual de obesidade para o clínico. São Paulo: Roca, 2002.
MCNEELY, W.; GOA, K. L. Sibutramine: a review of its contribution to the management of
obesity. Drugs, [S.I.],v.56. p.1093-1124, 1998.
MELO, J. M. S. Dicionário de especialidades farmacêuticas. Jornal Brasileiro de Medicina; 33.ed.
Rio de Janeiro, 2004.
SANTOS, R. D. et al. Diretrizes para cardiologistas sobre excesso de peso e doença cardiovascular.
Arquivos Brasileiros de Cardiologia. v.78, 2002.
3
Promovendo Saúde na Contemporaneidade:
desafios de pesquisa, ensino e extensão
Santa Maria, RS, 08 a 11 de junho de 2010
SILVA, Penildon. Farmacologia. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
.
4
Download