3 Interbio v.5 n.1 2011 - ISSN 1981-3775 Editorial ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL: O MELHOR COMBATE A OBESIDADE A obesidade é um dos grandes problemas de saúde de pública no Brasil, nas diferentes faixas etárias. Segundo os dados do IBGE, publicados em agosto de 2010 da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, nos últimos 35 anos a população de pessoas com sobrepeso subiu de 18% para 50% da população brasileira. Paralelamente ao aumento do excesso de peso, pesquisas relatam a mudança no hábito alimentar do brasileiro, que reduziram o consumo de alimentos como arroz, feijão, batata, legumes e frutas e aumentaram o consumo de alimentos industrializados como: refrigerantes, salgadinhos e alimentos prontos. Esta mudança representa um aumento de alimentos mais calóricos e com poucos nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo. Outro fator que contribuiu para o aumento de peso da população brasileira foi às mudanças no dia a dia como o uso de controles remotos, elevadores, eletrodomésticos que facilitaram as atividades domésticas e com isto, reduziram o gasto de energia diário das pessoas que na sua maioria também não realizam atividade física com freqüência. O maior consumo energético somado ao menor gasto de energia resulta a cada ano no maior número de pessoas obesas. Os meios de comunicação buscam incessantemente a conscientização da população por meio, de reportagens e programas de televisão que retratam as vantagens do estilo de vida saudável. Apesar destas campanhas não é possível observar mudanças no perfil antropométrico da população. A grande discussão em torno do emagrecimento e a manutenção do peso saudável é o tratamento escolhido pelo paciente. A pessoa que busca emagrecimento deve primeiramente analisar a sua intenção: 1) Você quer emagrecer? Siga em frente procure um nutricionista e um educador físico para realizar mudanças no seu dia a dia e adotar um estilo de vida que favorece o seu emagrecimento e a manutenção de um peso saudável. 2) Você quer ser emagrecido(a)? Estas são as pessoas que esperam que o emagrecimento aconteça de maneira mágica com medicamentos, shakes, dietas da moda que prometem um emagrecimento rápido e sem esforço, o que não possibilita a manutenção do peso emagrecido. O emagrecimento rápido é resultado de perda de massa muscular e, por conseguinte redução da massa magra o que reduz o metabolismo diário dificultando a manutenção do peso. Emagrecer requer atitude e principalmente que a pessoa assuma o compromisso de reconhecer suas fragilidades e aceitar as mudanças no seu estilo de vida. Estabeleça mudanças gradativas na alimentação. Primeiramente corrija comportamentos alimentares inadequados como mastigar rápido os alimentos, não ter horário certo para realizar as refeições, comer prestando atenção na televisão ou no computador, consumir líquido durante as refeições e tantos outros que induz ao exagero alimentar. Depois de realizar estas mudanças é necessário que reduza o consumo de alimentos com maior concentração de energia: frituras, salgadinhos doces e refrigerantes, preste atenção reduzir não é proibir e sim diminuir a quantidade consumida e por último, acrescenta na sua alimentação diária alimentos dos diferentes grupos da Pirâmide Alimentar, para evitar deficiências nutricionais. Para alcançar uma alimentação saudável não existem alimentos proibidos e nem alimentos que podem ser consumidos à vontade, é necessário apenas adequar a quantidade de alimentos consumidos a sua necessidade energética. Interbio v.5 n.1 2011. 4 Interbio v.5 n.1 2011 - ISSN 1981-3775 Somado as mudanças de hábito alimentar o estilo vida saudável requer a prática de atividade física que tem como benefícios: maior gasto de energia, perda de massa gorda e aumento de massa magra, redução do colesterol ruim e aumento do colesterol bom, diminuir a resistência insulínica e controlar a ansiedade e aumento a auto-estima. Com tantos benefícios o estilo de vida saudável é o melhor caminho na prevenção e no combate da obesidade. Rita de Cássia Dorácio Mendes Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília - UNB Interbio v.5 n.1 2011.