A filosofia da educação como base epistemológica da formação ética do futuro pedagogo – possibilidades e impossibilidades La philosophie de l’éducation comme support épistémologique de la formation éthique du futur pédagogue – des possibilités et des impossibilités Hilda Mattos (PUCPR) Nara Pasinato (PUCPR) Juliana Boff (PUCPR) Resumo O presente trabalho traz uma reflexão acerca da influência da disciplina de Filosofia aplicada à Educação como parte do processo de formação humana e ética do futuro pedagogo. A disciplina de Filosofia da Educação presente na grade curricular do curso de Pedagogia tem por objetivo fundamentar epistemologicamente as Teorias da Educação e sua repercussão na prática docente, bem como, levar a uma reflexão crítica e transformadora da ação docente. Na observância desse contexto, foi realizada uma pesquisa de caráter qualitativo objetivando a reflexão da formação do futuro pedagogo e de que maneira a disciplina de Filosofia aplicada à Educação fornece base epistemológica para a construção do sujeito ético e influencia na sua ação pedagógica. Optou-se por uma metodologia de pesquisa exploratória que busca investigar fenômenos, de maneira que se possa obter um esclarecimento de idéias e uma visão mais ampla de determinada situação. Para tanto, aplicou-se um questionário com perguntas abertas e fechadas a alunos do 1º, 2º e 3º anos do curso de Pedagogia de uma Instituição de Ensino Superior na cidade de Curitiba/Paraná/Brasil e posteriormente analisaram-se as respostas dos alunos. A Filosofia da Educação propicia aos alunos debates nos campos da filosofia, da ética e da estética e quais os reflexos que podem se originar no campo da Educação. A discussão das teorias filosóficas leva a uma inferência das teorias educacionais e as consequências na prática educacional do futuro pedagogo. O estudo da ética no campo filosófico é parte fundamental na formação desse aluno que busca ser um professor íntegro, ético e coerente no seu agir pedagógico. A visão ética proposta por Delors (1999) quando conceituou os quatro pilares da educação, no que concerne o “aprender a ser”, diz que a educação deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa, espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade. Todo o ser humano deve ser preparado, especialmente, graças à educação que recebe na juventude, para elaborar pensamentos autônomos e críticos e para formular os seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da vida. Desse modo, a partir das respostas dos alunos, pode-se identificar as possibilidades da disciplina de filosofia da educação na formação ética do futuro pedagogo que deverá estar preparado e preocupado com a sua atuação tendo em vista a transformação da realidade social. Palavras-chave: ética, filosofia da educação, formação de pedagogo. Résumé Cet article fait une réflexion sur l’influence de la Philosophie comme discipline appliquée à l’Education en faisant partie du processus de formation humaine et éthique du futur pédagogue. La discipline de 976 Philosophie de l’Education présente dans le programme du cours de Pédagogie a l’objectif de fonder de façon épistémologique les Théories de l’Éducation et de permettre sa répercussion dans la pratique de l’enseignant, ainsi que de mener à une réflexion critique et transformatrice de l’action de l’enseignant. En observant ce contexte, on a fait une recherche de genre qualitatif en objectivant la réflexion sur la formation du futur pédagogue et de quelle façon la discipline de Philosophie appliquée à l’Education fournit des supports épistémologiques pour la construction du sujet éthique et influence son action pédagogique. On a choisi une méthodologie de recherche exploratoire qui vise à faire des investigations sur des phénomènes, afin d’obtenir un éclaircissement d’idées et une vision plus élargie d’une situation donnée. Pour connaître cette réalité, on a administré un questionnaire auprès des étudiants de la 1 ère, 2e et 3e années du cours de Pédagogie d’une Institution d’Enseignement Supérieur dans la ville de Curitiba (Paraná/Brésil). Ensuite on a analysé les réponses. La Philosophie de l’Education favorise les débats dans les domaines de la philosophie, de l’éthique et de l’esthétique chez les apprenants, et se reflète dans le domaine de l’Éducation. La discussion sur les théories philosophiques mène à faire des inférences des théories éducationnelles et a des conséquences sur la pratique éducationnelle du futur pédagogue. La vision éthique proposée par Delors (1999) lorsqu’il a envisagé les quatre piliers de l’éducation, en ce qui concerne « l’apprendre à être », dit que l’éducation doit contribuer au développement complet de la personne : l’esprit et le corps, l’intelligence, la sensibilité, le sens de l’esthétique, la responsabilité personnelle, la spiritualité. Tout être humain doit être préparé, surtout, grâce à l’éducation qu’il reçoit dans sa jeunesse, à élaborer des pensées autonomes et critiques et à formuler ses propres jugements de valeur de façon à pouvoir décider, par lui même, comment agir dans les différentes circonstances de la vie. De cette façon, à partir des réponses des étudiants, on peut identifier les possibilités de la discipline de philosophie de l’éducation dans la formation éthique du futur pédagogue qui devra être préparé à son action et préoccupé de sa performance en visant la transformation de la réalité sociale. Mots-clés: éthique, philosophie de l’éducation, formation du pédagogue. A Filosofia da Educação e a Formação de Professores Toda teoria educacional está baseada numa concepção filosófica que irá direcionar a prática pedagógica do docente, mesmo este ignorando a origem do seu agir em sala de aula, existe uma fundamentação que direciona a sua ação. A filosofia busca refletir acerca de situações vigentes no mundo, tenta compreender e dar significado, buscando organizar o entendimento da realidade. O processo de filosofar nos leva ao constante questionamento e a constante busca de respostas, segundo Comte-Sponville e Ferry (1999, p. 35) “ A filosofia não é um longo rio tranquilo, em que cada um pode pescar sua verdade. É um mar no qual mil ondas se defrontam, em que mil correntes se opõem, se encontram, às vezes se misturam, se separam, voltam a se encontrar, opõem-se de novo...cada um navega como pode, e é isso que chamamos de filosofar” A reflexão filosófica analisa determinados problemas, buscando observar todos os fatores e aspectos relacionados ao tema, visando à totalidade através de uma profunda análise inter-relacional. No bojo dessa reflexão surge a filosofia da educação ao tentar organizar os diferentes saberes ligados à pedagogia, na intenção de refletir e criticar a ação pedagógica. Saviani (1980, p.54) observa que a 977 filosofia deve promover a passagem “de uma educação assistemática (guiada pelo senso comum) para uma educação sistematizada (alçada ao nível da consciência filosófica)”. A filosofia da educação procura examinar a ação pedagógica e a concepção de homem/humanidade que se reflete nessa ação. Toda atividade ligada à educação deve ter muito claro os preceitos teóricos que a orienta. Uma escola que tenha o seu plano pedagógico embasado numa teoria educacional tem condições de orientar melhor os planejamentos e justificar as suas ações. No curso de formação de professores a disciplina de filosofia da educação tem por objetivo fornecer os fundamentos epistemológicos das teorias educacionais de modo que leve o futuro docente a um processo reflexivo e crítico da sua ação pedagógica. Severino (2006, p.621-622) destaca o papel da filosofia como um: “ [...] esforço hermenêutico de desvelamento da prática educacional, tal como ela precisa se desenrolar nas mudadas condições histórico-culturais da atualidade. [...] o propósito é o de trazer à tona a questão da natureza da educação em relação à formação ética e a formação política, campos da prática humana que sempre foram associados à educação pela reflexão filosófica ” O futuro pedagogo deve ser uma pessoa crítica, consciente dos problemas existentes na sociedade e capaz de levar os seus alunos a uma visão geral de mundo de maneira imparcial e justa. Tardif (2008, p.149) corrobora com essa ideia ao afirmar que, “Um profissional do ensino é alguém que deve habitar e construir seu próprio espaço pedagógico de trabalho de acordo com limitações complexas que só ele pode assumir e resolver de maneira cotidiana, apoiado necessariamente em uma visão de mundo de homem e sociedade” (TARDIFF, 2008, p.149) A filosofia da educação tem um papel fundamental na formação do docente ao capacitá-lo para o desenvolvimento de um projeto educacional na busca do destino dos cidadãos que compõem uma sociedade. Para isso a filosofia auxilia o profissional da educação a construir bases que servirão na aquisição de uma visão do ser humano na sua totalidade. A educação formal faz parte da formação dos indivíduos e a filosofia da educação auxilia na construção de uma base epistemológica que será utilizada pelo docente na sua práxis que, de acordo com Severino ( 2006, p. 622) será um: “ processo de formação de um sujeito ético ou de um sujeito cidadão, [...] construção do sujeito humano no tempo histórico e no espaço social, como sujeito integralmente ético e político, pessoa habitante de um universo coletivo.” A formação ética está intrínseca nesse processo e deve ter sua importância destacada. Corroborando esse pensamento, Severino (2006, p. 623) afirma que: “O testemunho da história da filosofia autoriza a afirmar que a educação foi primeiramente pensada como formação ética. [...] Daí o papel primordial que é atribuído à Educação: empreendimento ético-formativo, processo de auto-constituição do sujeito como pessoa ética. É a Paidéia proposta no quadro da cultura clássica grega e latina.” É importante ressaltar o papel da educação como formação cultural de forma que possibilite a tentativa de formar os indivíduos eticamente, enfatizando a importância de cada pessoa na construção de uma sociedade justa e igualitária. 978 A Ética na Filosofia da Educação Como discutido anteriormente, não há como dissociar ética de educação, pois a máxima da ética é o bem comum, e dessa maneira visa a formação de sujeitos virtuosos que tem como thélos a felicidade da coletividade. A ética, portanto, segundo Vaz (2000, p. 68) “avança [...] para a relação recíproca com outra consciência pelo reconhecimento. É então que se constitui como consciência-de-si (Eu) que, como consciência propriamente histórica, é igualmente consciência de um Nós”. Segundo Severino (1994, p. 139), a ética passa a ser uma questão fundamental na filosofia contemporânea, pois: “Trata-se de fundamentar os nossos juízos de valor moral e de legitimar as nossas opções de ação, uma vez que nosso agir não se dá mecanicamente, como ocorre com atividades realizadas de maneira puramente instintiva”. Independente do contexto e do tempo histórico, o ser humano, ontologicamente, é um ser ético. A exigência e a sensibilidade aos valores são constitutivas do homem. A ética humana se constrói pela práxis, ou seja, por meio da prática histórico-social dos homens, fundamentada na dignidade da pessoa humana. A filosofia da educação tenta auxiliar na (re) significação da educação, por meio da criticidade das mais diversas situações que se impõem ao homem, para agir de maneira ética na instauração da cidadania. Ao utilizar a racionalidade, a filosofia tenta estabelecer uma ética fundada num processo de constante questionamento da existência humana, em seu sentido mais amplo, histórico e cultural, de maneira a perscrutar todos os fatores, nos quais se assentam o agir humano. O estudo da ética dentro da filosofia leva a uma maior compreensão do agir humano e das consequências que dele surgem, de maneira a formar educadores comprometidos eticamente com a sua profissão e com a construção permanente dos sujeitos que educam, a legitimização da educação se dá por meio da ética. Ainda, de acordo com Valls (2006, p.206), a ética se preocupa: “com as formas humanas de resolver as contradições entre necessidade e possibilidade, entre tempo e eternidade, entre o individual e o social, entre o econômico e o moral, entre o corporal e o psíquico, entre o natural e o cultural e entre a inteligência e a vontade. Essas contradições não são todas do mesmo tipo, mas brotam do fato de que o homem é um ser sintético, ou, dito mais exatamente, o homem não é apenas o que ele é, pois ele precisa tornar-se um homem, realizando em sua vida a síntese das contradições que o constituem inicialmente.”( VALLS, 2006,p.56) Será necessário, levantar em que medida é possível atribuir à filosofia da educação, como disciplina fundamental do curso de pedagogia, a responsabilidade de formar sujeitos éticos para que realizem uma prática igualmente ética a partir do conhecimento, Maturana e Varela (2007, p.267) lembram que: “O conhecimento do conhecimento obriga . Obriga-nos a assumir uma atitude de permanente vigília contra a tentação da certeza, a reconhecer que nossas certezas não são provas da verdade, como se o mundo que cada um vê fosse o mundo e não um mundo que construímos juntamente com os outros. Ele nos obriga, porque ao saber que sabemos não podemos negar que sabemos.” (grifos dos autores) 979 A discussão ética, no seio do curso de pedagogia, obrigará ao conhecimento e à consciência de que, como pedagogo, o sujeito se constitui parte integrante do mundo, então indissociável e partícipe da reflexão acerca da ação humana. Metodologia e Resultados O presente trabalho teve por objetivo observar de que forma a disciplina de Ética aplicada à Educação, pode auxiliar na formação de uma base epistemológica para a ação pedagógica do futuro pedagogo. A pesquisa teve um caráter qualitativo e, segundo Lüdke e André (1986, p. 2), “Trata-se, assim , de uma ocasião privilegiada, reunindo o pensamento e a ação de uma pessoa, ou de um grupo, no esforço de elaborar o conhecimento de aspectos da realidade que deverão servir para a composição de soluções propostas aos seus problemas”. Além disso, a pesquisa apresentou uma característica exploratória que, segundo Severino (2007, p. 123) “busca apenas levantar informações sobre um determinado objeto, delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições de manifestação desse objeto”. Para a execução da pesquisa aplicou-se um questionário com perguntas abertas e fechadas a alunos do 1º e 3º anos do curso de Pedagogia (noturno), de uma Instituição de Ensino Superior na cidade de Curitiba/Paraná/Brasil. Após a aplicação fez-se a análise das respostas fornecidas pelos discentes. Resultados O grupo analisado se caracteriza por indivíduos de classe média baixa, muitos deles beneficiados por bolsas de estudo de um programa do governo federal de fomento à educação em nível superior. A grande maioria trabalho durante o dia e frequentas as aulas no período noturno. Muitos veem o curso como possibilidade de ascensão social, uma vez que a formação superior, para eles, se apresenta como um “sonho” a ser realizado. É importante ressaltar que esses alunos provêm de uma formação básica insuficiente, o que reflete sobremaneira nos resultados da pesquisa. A faixa etária é um pouco mais elevada que nos cursos de pedagogia do período diurno, já que 65,6% possuem entre 20 e 30 anos, como se pode observar no gráfico 1, abaixo representado. Gráfico 1 – Faixa etária dos alunos pesquisados. Foi pedido para que os alunos destacassem os temas, de uma série, que consideravam mais importantes para a sua formação ético-profissional, as respostas foram numeradas em ordem crescente e podem ser observadas na tabela 1, observada abaixo. 980 Ética profissional 1 História da filosofia 2 Moral 3 Diversidade cultural 4 Liberdade 5 Concepções de homem 6 Concepções de verdade 7 Violência 8 Questões de gênero 9 Epistemologia 10 Ideologia 11 Religião 12 Ciência e tecnologia 13 Relações de poder 14 Tabela 1- Temas mais relevantes para a formação ético-profissional. Ao serem perguntados de que maneira a disciplina de Filosofia aplicada à Educação auxilia na formação ético-profissional do pedagogo, observou-se que poucos foram os alunos que fizeram a relação entre a disciplina e a formação ética, como se pode observar nas respostas de alguns alunos: “A filosofia auxilia nos pontos que devem ser trabalhados no perfil do profissional (pedagogo), sua concepção de história e vida, debatendo os valores morais”. ( 3º ano) “ Ajuda na formação crítica do aluno, abrindo os horizontes para novos olhares sobre o mundo em que vivemos”. ( 3º ano) “ Faz com que o profissional não tome decisões por impulsos e sempre reflita nas suas atitudes e decisões”. ( 3º ano) “ [...] a filosofia instiga o pensamento”. ( 1º ano) “ Ela é muito importante, pois nos ensina a cogitar sobre questões interdisciplinares, relacionando vários quesitos que disponibilizam a criarmos uma nova concepção de mundo”. ( 1º ano) Em algumas respostas percebeu-se que muitos alunos conseguiram relacionar a filosofia com uma formação que leva as pessoas à criticidade e a um questionamento de homem e de mundo. Pode-se constatar também que os alunos confundem tem dificuldade ao tentarem definir o termo ética, a partir da análise respostas do significado do termo, conforme se vê nas respostas abaixo: “Conjunto de regras imposto pela sociedade”. (1º ano) “ São valores que a humanidade julga ser moralmente correto”. (1º ano) “ É a reflexão sistematizada sobre a moral”. (1º ano) “ Valores reais e princípios morais da conduta humana”. (1º ano) 981 “Ética, na minha opinião, é um conjunto de valores que cada ser humano possui, porém esses valores devem ser compartilhados entre os indivíduos a fim de construir seres humanos cada vez melhores”. (3º ano) “Entendo ética como sendo um conjunto de atitudes e posturas que devemos ter para uma vida satisfatória em sociedade.” (3º ano) No geral percebe-se que são mínimas as diferenças entre as respostas dos alunos do 1º e 3º ano, logo, não houve mudança significativa no pensamento ou compreensão sobre ética. Além disso, percebeu-se que, apesar de terem tido o conteúdo na disciplina, se equivocam e confundem ética e moral. Não conseguindo construir um conceito que transforme a sua práxis. Possibilidades e Impossibilidades Retorna-se então à pergunta, ou melhor, ao problema proposto no início dessa pesquisa: “Quais as possibilidades ou impossibilidades da disciplina de Filosofia aplicada à Educação influir no processo de formação humana e ética do futuro pedagogo?” A partir das respostas analisadas, observou-se que independente do aluno pertencer ao 1º ou 3º ano de pedagogia, não existem diferenças significativas nas suas afirmações e compreensão daquilo que foi questionado. Os alunos apresentam grandes dificuldades ao tentarem relacionar a ética com a disciplina de filosofia e perceber a importância do tema na sua formação profissional. Constatou-se que o aluno não relaciona temas como: ideologia, relações de poder, epistemologia, questões de gênero e diversidade cultural à sua formação ético-profissional. Há um equívoco ao tentarem definir ética e são incapazes de discernir os termos ética e moral, impossibilitando o desenvolvimento de um conceito que os auxiliará na sua ação docente e na formação de uma base para a sua formação ética. Logo, essas constatações configuram-se como impossibilidades no que concerne à possível influência da disciplina de filosofia da educação no processo de formação humana e ética do futuro pedagogo. Ainda, pode-se afirmar que, no entanto, há esperança de possibilidades, quando se constata que é na faculdade de pedagogia, nas disciplinas que fundamentam o curso como a filosofia, a sociologia e a antropologia, que se dá a oportunidade de discutir questões éticas de grande espectro. O que poderia suscitar outros dois questionamentos: se a oportunidade é dada, por que razão os alunos não relacionam os temas de ética? Ou então, será que essas disciplinas trabalham levando em conta a “interdisciplinaridade” e a “transversalidade” em seus planejamentos? São questionamentos pertinentes quando se pretende determinar causa e efeito para uma discussão tão relevante da formação do pedagogo, do formador, e, que merecem, portanto, nova investigação. Bibliografia COMTE-SPONVILLE, A., FERRY, L. Sabedoria dos modernos: dez questões para o nosso tempo. São Paulo: Martins Fontes, 1999. LÜDKE, M., ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU,1986. MATURANA H. 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