A Origem dos Jogos

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GRUPO 6.2
MÓDULO 17
Índice
1. O Conceito de Marketing.............................................3
2. Marketing do Pedagogo ..............................................4
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Grupo 6.2 - Módulo 17
1. O CONCEITO DE MARKETING
Como foi abordado anteriormente, o ser humano é um ser que possui
necessidades e, que para satisfazê-las, estabelece relações com a natureza e
com os outros seres humanos. As matérias primas extraídas da natureza são
transformadas pela atividade humana em produtos. Como um só homem não
pode produzir todos os produtos que precisa para sua vida, surge o trabalho
coletivo e o intercâmbio de produtos. Como obter os produtos que preciso,
mas não produzo? Em uma perspectiva histórica, tal problema foi resolvido
com o sistema de trocas. Um produz azeite e quer ovos; outro produz trigo e
quer vasos de cerâmica; outro produz vinho e quer sapatos. Mas, o sistema
de trocas possui certas dificuldades, desencadeadas pela necessidade de
conciliar os interesses entre o que você tem e o que deseja e o que o outro
tem e o que ele deseja. A invenção da moeda visa resolver essas
dificuldades. Já que a moeda cria um equivalente universal que pode ser
trocado facilmente, a qualquer momento, por qualquer produto oferecido.
Com a moeda, os produtos se transformam em mercadorias e passam a ter
preço. Os supermercados, os shoppings, as lojas oferecem uma grande
variedade de produtos, mas para você levá-los para casa precisa comprar.
Logo, para se obter produtos, é necessário ter moeda, ou seja, dinheiro.
Depois, é só decidir o que você vai comprar e aí entra o papel do marketing.
Mas o que vem a ser marketing?
“Marketing é a evolução dos processos de troca” 1 . Como foi visto
acima, a evolução dos processos de troca culmina com os processos de
compra e venda. Dessa maneira , o marketing surge do desenvolvimento do
processo de compra e venda, que substitui o processo de troca. De acordo
com outra definição, “marketing é a atividade humana dirigida para a
satisfação das necessidades e desejos, através dos processos de troca” 2 . O
ser humano é um ser que possui necessidades e desejos, o mercado dispõe
variados produtos e o marketing visa tornar essa relação de venda mais
eficiente. Assim,
O marketing é a análise, o planejamento, a implementação e o
controle de programas destinados a realizar as trocas desejadas com
mercados-alvo, com o propósito de atingir as metas da organização
(Branco,1998, p. 28).
Porém, será que o marketing é capaz também de criar necessidades e
desejos? Podemos pensar que, por um lado, consumir faz parte das
necessidades humanas. É por meio do consumo de produtos que atendemos
várias necessidades, como de alimentação, vestimenta, lazer etc. Por outro
lado, como discernir entre o consumo consciente e o consumo alienado?
Segundo Aranha e Martins (2003) 3 :
No mundo em que predomina a produção alienada, no entanto,
também o consumo tende a ser alienado. A produção em massa tem por
corolário o consumo de massa. O problema da sociedade de consumo é que
as necessidades são artificialmente estimuladas, sobretudo pelos meios de
BRANCO, Luciene V. Mark-óbvio: o marketing fácil para pequenos e médios empresá rios.
São Paulo: Summus Editorial Ltda, 1998, p. 25.
2
KOTLER, Philip. apud BRANCO, 1998, p. 27.
3
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena P. Filosofando: Introdução à
Filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003.
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comunicação de massa, levando os indivíduos a consumirem de maneira
alienada[...]. O consumo se torna alienado quando passa a ser um fim em si
e não um meio, criando dessa forma desejos nunca satisfeitos, um sempre
querer mais, um poço sem fundo. A ânsia do consumo perde toda relação
com as necessidades reais, o que faz com que as pessoas gastem sempre
mais do que têm. O comércio facilita a realização dos desejos propiciando o
parcelamento das compras, o uso de cartões de crédito, promovendo
liquidações e ofertas de ocasião, instituindo dias dedicados às mães, às
crianças, às secretárias etc. (2003, p. 48).
No entanto, Richers afirma que:
[...] é uma ilusão aceitar a tão difundida hipótese de que qualquer
produto tecnologicamente funcional seja vendável no mercado, conta nto que
o produtor o promova com a devida intensidade. O consumidor é certamente
receptivo a novas ideias, mas não engole qualquer prato que se coloque a
sua frente, por mais apetitoso que possa ser (2006, p. 27) 4 .
Certamente, o ser humano é um ser influenciável, mas não tem ou
não deve ter uma relação totalmente passiva com os produtos oferecidos.
2. MARKETING DO PEDAGOGO
Já vimos no item anterior o que vem a ser marketing. Agora, cabe
perguntar: será que o pedagogo pode fazer uso dele? Além de poder fazer
uso, ele deve fazer uso do marketing? Se a resposta for sim, como isso deve
ser feito? Para responder as essas interrogações, vamos recorrer ao trabalho
de mestrado realizado pela pesquisadora Wania Madeira da Fonseca 5 ,
intitulado Marketing pessoal de um pedagogo.
A autora ressalta a definição de marketing proposta pela American
Marketing Association (AMA), que o define da seguinte forma: “marketing é
toda atividade de negócios que leva o produto (ou serviço) do produtor ao
consumidor final”. Com base nessa definição, a autora expõe:
Se se considerar as ações da escola como um negócio, de interesse
público, no qual um serviço está sendo levado de um produtor
(representantes da política educacional concretizada na ação da escola
formal seriada) ao consumidor, sendo este considerado, diretamente, como
aluno e, indiretamente como comunidade, pode-se considerar a atividade
educacional como uma atividade de marketing (Fonseca, 2000, p. 95).
Wania Madeira (2000) esclarece, então, como uma visão de
macromarketing pode ajudar a melhorar a oferta dos serviços educacionais:
A definição de macromarketing afirma que o fluxo econômico de
serviços dos produtores (governantes, pedagogos — educadores) aos
consumidores (alunos), tomando-se por base uma rede ou um sistema de
ensino, deve igualar (ou nivelar) a oferta de serviços e a demanda, visando a
realizar os objetivos da sociedade. Nas nossas escolas, essa macrovisão
deixa a desejar, quer pelo desconhecimento desse campo teórico de
RICHERS, Raimar. O que é Marqueting. São Paulo: Brasiliense, 2006 (Coleção primeiros
passos; 27).
5
FONSECA, Wania Maria Madeira da. Marketing pessoal de um pedagogo. São Paulo:
Universidade Paulista – UNIP. Dissertação de Mestrado, 2000.
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marketing, quer pelo abismo qualitativo na formação dos pedagogos. [...].
Vê-se, portanto, que a aplicação da definição de marketing é útil a qualquer
tipo de organização, inclusive à educacional e o que é mais importante ter
claro é que, qualquer que seja a organização, todos os seus esforços, em
macro ou microaplicação, devem se direcionar aos consumidores ou clientes,
visando a certo lucro. No caso educacional, o desempenho do pedagogo
enquanto “profissional” de uma empresa (escola), independentemente de
outros fatores, deveria estar voltado ao seu cliente, sendo o “lucro do
desempenho”, pela perspectiva empresarial, de imediato, quase que
imperceptível. Os clientes (alunos) poderão estar auferindo lucros,
posteriormente, com a profissionalização e, com maior relevância, no
exercício da cidadania, e toda a sociedade, em última instância, “lucraria”
(2000, p. 100).
A autora ainda explica que existem diferentes estilos de marketing, e
não se deve associar mecanicamente que marketing é algo simplesmente
sem ética ou de caráter manipulador. O marketing envolve um campo de
conhecimentos que pode ser utilizado pelos profissionais da educação,
visando maior eficiência nos serviços oferecidos e maior satisfação dos seus
clientes, no caso, os alunos e a comunidade.
E como o pedagogo pode fazer uso do marketing para melhorar sua
atuação profissional? Segundo Madeira:
É comum se ouvir: ela tem um marketing! Ou o marketing deste cara
é fenomenal.Mas o que é marketing pessoal? Cabe esclarecer que não se
trata só da embalagem, mas muito mais que isso. Em realidade, cuida da
aplicação do conceito de marketing com todos os seus elementos, tendo
como produto, a pessoa. Passa, assim, a ter fundamental importância a
qualidade do produto pessoa, com a sua evolução, seu aprimoramento, sua
formação, educação, escala de valores morais etc. Esta somatória de
requisitos essenciais é que dá destaque ao ser humano (2000, p. 116).
Desse modo, é necessário que cada um invista em si mesmo, visando
melhorar sua comunicação, seus conhecimentos, sua forma de apresentação,
seus relacionamentos. Mas, uma questão fundamental, segundo a autora, é
que:
[antes de] iniciar qualquer trabalho de marketing pessoal, é preciso
voltar os olhos a si próprio e perguntar: quem sou EU? (...). Só assim o
pedagogo visualizará e construirá sua empresa Eu/Pedagogo S.A, trocando a
antiga imagem dos escravos que levavam as crianças à escola por uma
atuação mais científica, atualizada e contemporânea, de acordo com as
perspectivas do mercado globalizante do novo século (2000, p. 121).
A pergunta quem sou eu? pode parecer simples, mas suscita reflexões
profundas e fundamentais. Basta lembrar o lema que Sócrates pegou
emprestado do oráculo de Delfos, e não se cansava de repetir: “conhece-te a
ti mesmo”. Conhecer a si mesmo implica em responder quem sou eu? No
âmbito da nossa discussão, podemos pensar: porque eu faço o que faço?
Meus conhecimentos são satisfatórios na minha área de atuação? Tenho
atualizado meus conhecimentos? Quais são os aspectos da minha formação
que eu preciso melhorar? Quais são os aspectos da minha formação em que
sou competente? Como eu me relaciono com meus parceiros de trabalho? A
imagem que as pessoas têm de mim corresponde à imagem que eu tenho de
mim mesmo?
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Talvez, nenhum ser humano encontre-se totalmente satisfeito com sua
atuação profissional. Mas isso pode ser um bom sinal: você está se
aperfeiçoando e, o melhor, você não está acomodado.
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