aula-5-vig-sindromica

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Vigilância sindrômica
Síndromes febris ictero-hemorrágicas
Estratégias de Vigilância
• Perfil clínico-epidemiológico e vigilância
– Várias doenças com apresentações sindrômicas
semelhantes
– Várias formas clínicas para uma mesma doença*
• Vigilância sindrômica
– Desencadeamento de ações de vigilância com base
no diagnóstico sindrômico das doenças
Abordagens de vigilância sindrômica
Síndrome Febril (Íctero-Hemorrágica Aguda)
Vigilância Sindrômica na Amazônia
Síndrome Febril (Íctero-Hemorrágica Aguda)
Vigilância Sindrômica no Paraná
• Doença febril ictero-hemorrágica por
protozoário:
• Malária
História
Malária –
Brasil – 1960-2013
Percentual de espécie parasitária - 2013
Número de casos, óbitos por malária
Percentual por P. falciparum
Internações e óbitos por malária, de acordo com área,
2013-2014
Malária grave: prostração, alteração da consciência, dispnéia ou hiperventilação,
convulsões, hipotensão arterial ou choque, edema pulmonar ao Rx de tórax,
hemorragias, icterícia, hemoglobinúria, hiperpirexia (> 41°C) e oligúria
Malária –
casos autóctones RJ – 2002-2010
Municípios RJ com casos
autóctones
Notificação - Malária
Notificação Malária em
área endêmica
Algoritmo de investigação
ou
Quimioprofilaxia e tratamento
Quimioprofilaxia (QPX)
Uso de drogas antimaláricas em doses
subterapêuticas, para reduzir formas
graves e o óbito por P. falciparum.
A QPX deve ser recomendada quando o
risco de doença grave e/ou morte por
malária P. falciparum for superior ao
risco de eventos adversos graves
relacionados às drogas utilizadas.
Eliminação
?
Perspectivas de Controle –
Novas estratégias
Doença febril ictero-hemorrágica por arbovírus:
Febre amarela
Distribuição dos casos confirmados e óbitos por febre amarela de transmissão
silvestre e taxas de letalidade, segundo ano de ocorrência e Unidade da
Federação. Brasil, 2000 a 2012
Situação epidemiológica da Febre Amarela
e recomendações para intensificar a vigilância no Brasil
•
A partir de julho/2014, o vírus da Febre Amarela (FA) reemergiu no Brasil.
Epizootias em primatas não humanos (PNH) confirmadas.
• No período 2014/2015 (julho/2014 a junho/2015) foram confirmados sete
casos humanos da doença (Goiás [5], Pará [1] Mato Grosso do Sul [1]) e
quatro epizootias em PNH (Tocantins [2], Goiás [1], Pará [1]).
• Período 2015/2016
• Epizootias em PNH foram confirmadas em Tocantins, Goiás e no Distrito Federal,
evidenciando a intensa atividade do vírus amarílico no país, principalmente na
região Centro-Oeste.
Epizootias – 2014-2015
Casos humanos
2014-2015
Casos humanos – 2014-2015
Relação dos Casos e epizootias com a cobertura
vacinal - 2014-2015
Doença febril icterohemorrágica por bactéria:
Leptospirose
Incidência
2014:
4705 casos
M/F: 4:1
Faixa etária da
leptospirose
• Zoonose de grande importância - elevada incidência em
algumas áreas e letalidade (pode chegar a 40%)
• Agente etiológico: Leptospira
– Cerca de sete espécies (interrogans)
– Vários sorovares (icterohemorragiae, copenhagen, canícola, ballum, pyrogenes,
grippotyphosa,australis y autumnalis.)
• Principal reservatório: roedores sinantrópicos
 Ratazana de esgoto (L. interrogans icterohemorragiae)
• Transmissão: Contato com urina dos roedores (enchentes,
ocupações relacionadas à limpeza).
• Imunidade: Sorovar-específica (conversão 7-10 dias)
Critérios de caso:
Caso suspeito
Notificar e investigar
Apresentações clínicas da leptospirose
Síndrome febril
inespecífica
Anictérica
Mialgias intensas
DD dengue e
outras síndromes
febris
Forma pulmonar grave
Pneumonite hemorrágica
Isolada ou com síndr. Weil
SARA e hemorragia maciça.
DD hantavirus e
pneumonias atípicas
Síndrome Weil
Meningite
Icterícia grave com pouca
alteração função hepática.
Isolada ou com outras
apresentações
Disfunção renal severa
Líquor c/ pleocitose
Hemorragias discretas
Meningite ≈ asséptica
Caso confirmado:
Clínico-laboratorial
 Isolamento da bactéria (sangue, urina, líquor ou tecido) ou;
 Reação de macroaglutinação presente (sensibilidade moderada a boa) ou Teste
Elisa-IGM reagente ou
 Microaglutinação com soro-conversão ( ≥ 2 amostras /15 dias, aumento de títulos 4
vezes; ou ≥ 1:800) - muito sensivel e específica, recomendado pela OMS
Imunohistoquímica positiva (óbito)
Clínico-epidemiológico
 Todo caso suspeito com alterações hepáticas e/ou renais e/ou vasculares + antecedentes
epidemiológicos (sem laboratório)
• Doença febril ictero-hemorrágica por
vírus:
• Hepatites virais
• Hepatites virais: 40.000 CASOS ANUAIS
1%
1%
2%
21%
Vírus A
Vírus B
Vírus C
40%
Vírus B + D
Vírus B + C
Ignorado
35%
• Evolução temporal das hepatites no Brasil
30000
25000
20000
15000
Vírus A
Vírus B
10000
5000
0
Vírus C
Hepatite A
(Picornaviridae): cerca de 6000 casos/ano
BENIGNA
Inexistência de cronicidade
Raras formas atípicas:
Fulminante
Colestática – manifestação obstrutiva
Manifestações extra-hepáticas – pancreatite
Recorrente – retorno de manifestações clínicas após melhora
Hepatite A – média de idade da
notificação/infecção
Fonte: SINAN
Hepatite A soroprevalência
no Brasil: 39,5%
Região Norte: 58,3%
Região Sudeste
Hepatite A - endemicidade no Brasil
Ximenes et al., 2014
Hepatite A – doença evitável
Vacina (vírus inativado)
95 a 100% soroconversão
Hepatite E
(Caliciviridae)
Transmissão fecal –oral
Possibilidade de transmissão zoonótica - suínos
Geralmente benigna
Gestante 3º trimestre (Letalidade até 20%)
Hepatite B (Hepadnaviridae): cerca de 16000 casos/ano
Evolução Variável:
Risco de cronicidade
Alto (90% RN e 5-10% adultos)
Cirrose e carcinoma
Manif. extra-hepáticas (artrite, erupções cutâneas, GN, PAN)
Hepatite B – caso confirmado
Hepatite B – média de idade do diagnóstico
Hepatite B:
casos em < 15 anos x outras faixas etárias
Hepatite B – distribuição por regiões do Brasil
Hepatite B – soroprevalência no Brasil
Anti-HBc - 10-69 anos
7,4%
HBsAg - 10-69 anos
0,4%
Hepatite B – endemicidade no Brasil
Regiões
anti-HBc
HBsAg
Norte
11%
0,6%
Sul
9,6%
0,5%
Nordeste
9%
0,4%
Sudeste
6,3%
0,3%
Centro-oeste
4,3%
0,3%
Hepatite B – marcadores sorológicos
HBV – Aspectos Clínicos/ Laboratoriais
Hepatite B – doença evitável
Vacina de engenharia genética
(Ag superfície – DNA recombinante )
90 a 95% soroconversão
Vacinação universal dos recém-nascidos nas primeiras 12 horas
Adolescentes e adultos até 49 anos
Hepatite D
(Deltaviridae)
Vírus defectivo, dependente do HBV
caso confirmado
Risco de cronicidade: Alto
(80% superinfecção e 5% na co-infecção)
Hepatite C (flaviviridae): cerca de 16000 casos/ano
Geralmente assintomático na fase aguda
Risco de cronicidade: Alto (85%)
Cirrose e carcinoma
Frequente co-infecção HCV e HIV
Hepatite C – caso confirmado
Hepatite C –
soroprevalência no Brasil: 1,4%
Regiões
Norte
Centro-oeste
Sul
Sudeste
Nordeste
anti-HVC
2,1%
1,3%
1,2%
1,2%
0,6%
Hepatite C – projeção da carga de doença
Hepatite C – perspectivas de tratamento
Notificar e investigar
E para
doar
sangue?
Referências
• Universidade Federal de Pernambuco. Estudo de prevalência
das hepatites A, B, C nas capitais do Brasil. 2010
• Ministério da Saúde. Departamento de DST, AIDS e Hepatites
Virais. Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais. 2015
• Parise ER. 25 years of Hepatitis C. Arq Gastroenterol.
2015;52(1):1-3.
• Ferreira PRA et al. Disease burden of chronic hepatitis C in
Brazil . Braz J Infect Dis . 2015;19(4):363–368
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