QUITOSANA É aminopolissacarídeo derivado da quitina extraída do fitoplâncton marinho que, obtida por desacetilação, resulta num agente com estrutura semelhante à da celulose. O complexo formado é semelhante à da celulose. O complexo formado é semelhante ao das fibras alimentares do tipo fruto-oligossacarídeos, resistentes às enzimas digestivas envolvendo o complexo quitosana-lipídio no intestino. A eliminação lipídica é então enormemente facilitada. Mediante a perda do grupo acetil, a sua molécula adquire cargas elétricas positivas com capacidade para atrair as gorduras ingeridas. O gel (complexo quitosana-lipídio), assim formado, é altamente resistente à ação das enzimas digestivas pancreática e intestinal e aumenta o volume das fibras de quitosana com resultante sensação de saciedade. Colesterol e triglicérides são também reduzidos e HDL - colesterol aumentado. Os resultados são um aumento da eliminação fecal de gorduras, sem provocar diarréia e perda de peso. Essa perda pode atingir até 7 kg em quatro semanas. Farmacodinâmica Agente antiobesidade; Farmacocinética Após administração oral, dissolve-se no meio ácido gástrico aderindo à superfície das gotículas lipídicas com a participação do ascorbato de sódio e resultante formação de um gel (complexo quitosana-lipídio), de baixa viscosidade. Não sofre absorção intestinal. Hidrolisada no intestino grosso por bactérias específicas. Indicações como adjuvante de dieta hipocalórica no tratamento da obesidade. Doses 425 a 800 mg, três vezes ao dia, às refeições. Contraindicações Hipersensibilidade à quitosana. Gravidez Lactação Crianças Precauções Pode diminuir a absorção de vitaminas lipossolúveis. Efeitos adversos Cefaléia, náuseas, constipação. Referência Bibliográfica 1. KOROLKOVAS, Andrejus. Dicionário Terapêutico Guanabara. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2013/2014