SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ Endomarketing (Marketing Interno) e Recursos Humanos – Estratégias para a Integração dos Trabalhadores e os Objetivos Organizacionais - Estudo exploratório Tânia Guimarães Rocha Professora dos Cursos de Administração de Empresas e Pedagogia. UNAERP – Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá. [email protected] Esta pesquisa tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee Resumo: O artigo pretende abordar a importância das organizações gerenciarem a sua reputação frente ao seu público interno, como uma forma de fortalecer a confiança dos empregados em sua relação com a organização e de melhorar a sua comunicação externa com base em valores compartilhados internamente. As pessoas constituem o maior patrimônio das organizações. São criativas, dinâmicas e conquistadoras. Num mercado competitivo, globalizado, enfim, árido, devem ser implementados programas eficazes de elevação dos níveis de comprometimento das pessoas para com os objetivos gerais. Para tanto, faz-se uso do conceito de endomarketing (ou marketing interno), o qual consiste em uma ferramenta complementar estratégica que, em linhas gerais, alia políticas, conceitos e técnicas de Recursos Humanos e de Marketing. Será mostrado que o endomarketing, se bem formulado e aplicado, consegue contribuir efetivamente a integração dos trabalhadores aos objetivos da organização. Esta pesquisa revela que o endomarketing é uma arma de comunicação para conquista do corpo de colaboradores que, uma vez convencidos de que atuam em um negócio seguro, envolver-se-ão ainda mais para fazer dele um empreendimento vitorioso e para propagá-lo para fora de suas fronteiras, levando-o à conquista do cliente externo. Palavras-chave: Recursos Humanos, Marketing Interno, Comunicação e Motivação. Seção 1 - Curso de Administração de Empresas - Meio Ambiente. Apresentação: oral GUARUJÁ 2006 1. Introdução Competição cada vez mais acirrada, incessantes evoluções tecnológicas, crescente escassez de recursos e clientes de maior exigência caracterizam o ambiente instável e incerto a ser enfrentado pelas empresas. Segundo OHTA, sabe-se que as empresas precisam tornar-se competitivas para poderem sobreviver às atuais pressões impostas pelo mercado. E competitividade está cada vez mais associada à inovação. Esta, por sua vez, resulta de um processo que tem como principal insumo a idéia criativa, a qual é gerada pela criatividade. E por ser a criatividade um fator essencialmente humano, as empresas deveriam encontrar meios de promovê-la entre seus funcionários e, assim, ter uma fonte interna de inovações. Surge, assim, um desafio: como criar e manter um ambiente de trabalho favorável à criatividade e à inovação? O que fazer para fidelizar os clientes internos? Como obter aprovação dos colaboradores antes mesmo que os clientes externos sejam atingidos? Como conquistar maior espaço de competitividade? A resposta é “envolvimento”. Fundamentar este contexto e estimular a mudança de comportamento nas empresas em relação às prioridades é o objetivo maior do presente artigo. Para envolver as pessoas, deve-se implementar programas de aproximação maior entre líderes e liderados, de profusão ampla de informações, de abertura à comunicação interna, de respeito e consideração mútuos, enfim, de incentivos diversos neste campo intangível, também. De acordo com REQUENA (2001), o endomarketing visa ser o elo entre estes requisitos, a ponte de ligação entre as diversas faces de um empreendimento, fazendo do funcionário um cliente preferencial. O endomarketing promove o envolvimento tão crucial na busca da vitória. Ele alimenta a “fome” de saber, conhecer, opinar, sugerir, informar, ou seja, leva a pessoa a sentir-se parte viva do processo, e não apenas um número. Conforme um estudo realizado pelo Massachussets Institute of Technology, já em 1991, e citado por PONCE (1995), acerca da perda de competitividade da indústria norte-americana, é mais produtivo ter uma força de trabalho que coopera sem uma tecnologia muito sofisticada do que possuir as últimas ferramentas tecnológicas e um pessoal desmotivado. As pessoas, cada vez mais providas de criatividade, novas necessidades e exigências e as organizações, cada vez mais pressionadas por fatores externos (mercado, legislações, inovações tecnológicas, etc.), poderão, por esta ferramenta, buscar uma integração interna maior, propiciando uma real parceria produtiva entre empreendedores e colaboradores, melhorando, com isto, o processo de inter-relacionamentos. Pretende-se abordar, ainda, a necessidade de uma reversão do foco de marketing das empresas, excessivamente voltado para fora da mesma. Esta reversão traz para dentro da empresa uma atenção tal jamais praticada. Com esta medida e suas conseqüentes implicações, são corrigidas diversas distorções, implementadas inúmeras melhorias, alterados processos, revistos valores, enfim, imposta à organização uma nova visão de si mesma. Se Philip Kotler estava certo ao preconizar que o marketing interno deve anteceder o marketing externo, como então o endomarketing pode reproduzir tais avanços no ambiente das organizações? -2- Segundo SILVA (2003) a primeira parte da resposta a essa questão está no desenvolvimento de uma visão estratégica do endomarketing, que extrapole a simples intenção de antecipar para colaboradores e parceiros internos aquilo que será levado a efeito junto a clientes e mercados. A “venda” do produto, idéia ou serviço para o público interno é essencial sim, mas não é tudo numa dimensão que espera confluir premissas do marketing aplicáveis a administração de recursos humanos (RH). Em termos da gestão estratégica dos recursos humanos, o endomarketing deve ser elevado ao status de importância a qual já goza o marketing no planejamento corporativo. Isso depende da postura de quem decide. Assim como a empresa busca definir seu posicionamento perante clientes e mercados, inferindo sobre que elementos devem dar sustentação à realização de tais diretrizes, é também sua tarefa eleger suas prioridades para o endomarketing perante seus públicos internos. E, obviamente, buscar a concretização dessas prioridades. A segunda parte da resposta à questão está no desenvolvimento de especializações em endomarketing que contribuam para a segmentação da estratégia de gestão de pessoas nas organizações. O marketing deu origem a um sem número de especializações, todas surgidas a partir da exploração mais centrada de seus conceitos-chave. Marketing de varejo, marketing de relacionamento, marketing de logística, marketing de permissão, maximarketing e tantas outras formas ajudaram a aprimorar a aplicação do marketing, ampliando as possibilidades de alavancagem do desempenho das empresas. CRM (Customer Relationship Management) é hoje uma sólida realidade no mundo dos negócios graças ao desenvolvimento dos estudos em torno do marketing de relacionamento e o marketing um-a-um. Esta nova visão revela que a imagem até então apresentada da mesma era falsa, ou seja, pregava-se uma coisa e vivia-se internamente outra. Esta realização, em si, vale todo esforço de implementação de um projeto de endomarketing. Entretanto, surgem muitas outras vantagens para a empresa que terá, inevitavelmente, um reconhecimento maior tanto por parte de seus agentes internos como daqueles que complementam seu raio de ação: fornecedores, clientes, concorrentes, etc. Será enfatizado também na presente pesquisa bibliográfica que o endomarketing pode ser implementado por várias técnicas que visam “mexer” com as estruturas atuais e transformá-las em reais fontes de motivação e força propulsora para o sucesso empresarial. Entre as tantas ferramentas do endomarketing pode-se citar o treinamento e o desenvolvimento, a comunicação interna e externa plena, a liderança visionária, o fluxo de informações técnicas, entre outras. Assim, o endomarketing coloca-se como ícone essencial no mundo dos negócios, para se conseguir maior competitividade, pois visa literalmente alterar quantitativa e qualitativamente os resultados oriundos do esforço interno realizado pelas pessoas na organização. O RH já começou a mudar para acompanhar o novo ritmo do universo corporativo. E o melhor começo para essa transformação deve ser o de procurar antecipar as visões de futuro que influenciarão diretamente ou dependerão da interação humana para se concretizarem. Para isso, a nova gestão de pessoas precisará abandonar o casulo dos conceitos formados -3- para a administração de recursos humanos, buscando ampliar sua visão sobre negócios, marketing, comunicação, finanças e tantas outras áreas que alicerçam a atividade empresarial. Considera-se que este estudo constituirá uma importante base de informações para futuras pesquisas sobre o tema, visto que o endomarketing é ainda pouco explorado na literatura e prática brasileira. 2. Objetivo O presente trabalho visa analisar, sob uma abordagem de gestão de pessoas, as relações de troca que acontecem entre a organização e seus funcionários - os quais, analogamente, seriam considerados como clientes internos. Através do programa denominado endomarketing, pretende-se mostrar de que forma se poderia criar o comprometimento interno na busca da competitividade e sua conexão com a administração de recursos humanos, para alcançar a melhoria dos resultados e o foco no cliente final. Também serão analisadas suas limitações ou mesmo disfunções. 3. Metodologia de Pesquisa O artigo contempla uma pesquisa bibliográfica exploratória, que pretende investigar os objetivos propostos neste novo cenário. As informações foram obtidas por meio de publicações, periódicos especializados, documentos eletrônicos, uma série de fontes secundárias, como livros de recursos humanos e marketing, teses, dissertações, revistas e artigos especializados, entre outros documentos relacionados ao tema. Trabalhos científicos desenvolvidos sobre a gestão empresarial de pessoas e marketing, na biblioteca da UNISANTOS-SP também foi consultada. 4. Referencial Teórico a. O Endomarketing Segundo SILVA (1999), o endomarketing começa com a noção de que os empregados constituem o primeiro mercado interno para as organizações. Durante os últimos quinze anos o conceito de marketing interno ou endomarketing emergiu primeiro na literatura de marketing de serviços e, depois, na literatura de gerência de serviços (Grönroos. 1995:278). Um número cada vez maior de empresas tem reconhecido a necessidade dos processos internos de endomarketing, O endomarketing é uma estratégia de gerenciamento. O primeiro foco é sobre como desenvolver nos empregados uma consciência do cliente. Bens, serviços e campanhas específicas de marketing externo, ou exomarketing, têm que ser vendidos aos empregados antes de serem colocados externamente no mercado. “Toda empresa ou qualquer organização tem um mercado interno de empregados que deve receber a primeira atenção.” (Grönroos. 1995: 278). O endomarketing funciona como um processo gerencial holístico, para integrar múltiplas funções da empresa de duas maneiras. Primeiro, assegura que os empregados em todos os níveis da empresa, incluindo as gerências, -4- compreendam o negócio e suas várias atividades e campanhas no contexto ambiental que suporte uma consciência relativa aos clientes. “A premissa do endomarketing é de que uma troca interna entre a organização e a equipe de empregados deve funcionar eficazmente antes que a empresa possa ter êxito no alcance de suas metas relativas aos mercados externos.” (Grönroos. 1995: 279). “Endo” provém do grego e quer dizer “ação interior ou movimento para dentro”. Endomarketing é, portanto, marketing para dentro, ou Marketing Interno. A analista Medeiros Brum, autora do livro “Um olhar sobre o marketing interno” (2000), passeia pelos conceitos que formam o Marketing Interno, e o define: “é dar ao funcionário educação, carinho e atenção, tornando-o bem preparado e bem informado para que possa tornar-se também uma pessoa criativa e feliz, capaz de surpreender, encantar e entusiasmar o cliente”. Acrescenta, ainda, que “é um esforço feito por uma empresa para melhorar o nível de informação e, com isso, estabelecer uma maior aproximação com o seu funcionário”. Com base nesses conceitos, constata-se que o conceito de marketing interno ou endomarketing envolve temas como: motivação dos funcionários, comunicação, comprometimento, valores, instrumentos de marketing e satisfação do consumidor. Desta forma, enquanto os clientes externos trocam dinheiro por produtos ou serviços, os empregados trocam um bom desempenho no trabalho por recompensas ou benefícios. As ciências são permanentemente mutáveis e, como não poderia deixar de ser, aquelas que tratam do complexo relacionamento humano são, por excelência, menos estáticas ainda. O endomarketing apresenta-se como um método destinado a inverter o foco tão amplamente direcionado para fora das organizações, voltando-o para dentro das mesmas. Como resultado principal de implementação deste método, o empregado é visto e tratado como um aliado no negócio, sendo levado a considerar tão importante para ele “vender” quanto o é para o cliente final, comprar. Em outras palavras, diante da necessidade de maior envolvimento dos empregados no tripé cliente-produto-empregados, o endomarketing faz o elo de ligação, fazendo deles pessoas conscientes de que são co-responsáveis pelo sucesso da corporação e igualmente preocupados com o seu desempenho. A abrangência do endomarketing passa a ter tamanha significação que surgem afirmações como a de Gronroos (1995, p.65) de que “a função de Marketing, em sua totalidade, vê-se espalhada via endomarketing através da organização e sua concretização passou a depender praticamente de todos”. Silva (1999) corrobora esta afirmação: “O primeiro objetivo do endomarketing é gerenciar o desempenho dos recursos humanos e implementar programas internos de ações, de forma que os empregados se sintam motivados a assumir o comportamento de ‘marqueteiros de plantão’”. Nickles e Wood (1999, p. 6 apud Bohnenberger) o percebem como um “processo de satisfazer os clientes internos (empregados) como pré-requisito para satisfazer os clientes externos”, sugerindo que as técnicas utilizadas -5- para a promoção de vendas dirigidas aos últimos, podem ser adaptadas e aplicadas aos primeiros. Em Administração de Marketing (1992), Philip Kotler afirma o “Marketing interno é a tarefa de contratações acertadas, treinamento e motivação de funcionários hábeis que desejam atender bem os clientes” (1994:37). Ou seja, para Kotler, o marketing interno traduz-se apenas em uma boa forma de captação e treinamento de empregados que tenham contato com o público externo. Bohnenberger (2002) observa que, apesar de não haver unanimidade entre os autores, existe um eixo comum às ações de endomarketing, o qual é composto por: motivação dos funcionários, comunicação, comprometimento, valores, instrumentos de marketing e satisfação do consumidor. Segundo Ricardo Viveiros (2005), num primeiro momento, o título do livro “O Cliente em Segundo Lugar” parece remeter a uma subversão de todas as normas conhecidas e sacramentadas por qualquer executivo. Mas a obra, escrita por Hal Rosenbluth e Diane McFerrin Peters (2004), ainda considera que as empresas devem atender às expectativas de seu público externo. A diferença é que, para os autores, o público interno - os funcionários - também precisa estar satisfeito. “O Cliente em Segundo Lugar” aborda as formas de conduzir as equipes a enxergar o futuro da empresa. Aqui, as dicas são no sentido de maximizar recursos tecnológicos, desenvolver estratégias que subvertam as pressões do mercado, criar parcerias com clientes e fornecedores, investigar talentos e novas abordagens de negócios. Em síntese, maneiras de valorizar ainda mais a pessoa que está por trás do crescimento da empresa. Aqueles que são os condutores de seu negócio no rumo do sucesso comercial. b. Estruturação e Implementação de um Projeto de Endomarketing A partir da releitura de PONCE (1995), SOUZA (1991) e SOUZA, A. & SANTOS, G. (1992), é proposto um guia para implementação de um projeto de endomarketing, incluindo as atividades, meios e estratégias que o melhor caracterizam. Ressalva-se que a abrangência, a complexidade e a relevância de cada um dos aspectos que o compõe dependerão das especificidades da organização e de seus objetivos estratégicos. A estruturação e a implementação de um projeto de endomarketing devem, portanto, considerar as seguintes etapas: 1. Análise do ambiente: busca caracterizar o ambiente externo e interno da empresa. Os fatores econômicos, políticos, legais, tecnológicos e sócio-culturais, identificação geral da empresa, ou seja, o levantamento de suas filosofias, políticas, estratégias, missão, objetivos e metas. 2. Diagnóstico da situação: visa analisar e avaliar os diferentes fatores (positivos e negativos, internos e externos) presentes na relação organização-empregado-cliente que influenciam na realização dos objetivos organizacionais. 3. Determinação dos objetivos do projeto de endomarketing: com base no diagnóstico da situação elaborado anteriormente, torna-se possível listar os objetivos (gerais e específicos) que potencializarão as oportunidades e minimizarão as ameaças identificadas. -6- Como exemplo, seguem alguns objetivos que podem ser alcançados com a aplicação de um programa de marketing interno: integrar a participação de todos os elementos da organização; criar, encorajar e destacar continuamente os papéis dos empregados na organização; desenvolver um produto que seja, ao mesmo tempo, orientado para o reconhecimento dos empregados e capaz de desenvolver nos mesmos valores orientados para satisfação do cliente; identificar as necessidades dos empregados e desenvolver programas ou produtos para satisfazer tais necessidades; selecionar e reter os melhores profissionais; facilitar as trocas dentro da organização, de modo a contribuir para a construção, harmonia e fortalecimento dos relacionamentos; estabelecer canais adequados de comunicação interpessoal, a fim de eliminar conflitos e fatores de insatisfação entre os funcionários; implementar uma administração participativa; gerenciar os recursos humanos da organização com base em uma perspectiva de marketing; criar e promover idéias, projetos ou valores úteis à empresa; questionar e resolver problemas de estrutura, funcionamento, comunicação e organização ou abordar novos problemas; vencer resistências; identificar os fatores de satisfação e insatisfação dos clientes em relação a sua interação com a organização; assegurar que os empregados obtenham informação contínua. 4. Concepção das estratégias que viabilizarão o programa: as estratégias consistem nas atividades por meio das quais os objetivos finais serão alcançados. A seguir, é sugerida uma abordagem baseada no composto de marketing para a concepção das mesmas: Produto ou serviço: trata-se dos incentivos que deverão ser oferecidos aos diferentes segmentos da organização a fim de assegurar a valorização dos empregados e estimular o comprometimento dos mesmos; Preço: performance ou desempenho que os diferentes segmentos deverão oferecer à organização em troca do produto ou serviço oferecido pela empresa; Promoção: constituída pelos veículos de comunicação por meio dos quais o produto ou serviço será comunicado ou promovido, tais como: material escrito (jornais internos com informação sobre a organização), vídeo ou apresentações pessoais. A promoção 20 deverá despertar a atenção e o interesse do público interno para o que está sendo ofertado; Distribuição: contempla todos os canais reais da empresa (chefes, supervisores, líderes, a função de RH, a de marketing, dentre outros). Não deve se limitar ao ambiente interno da organização, a fim de garantir a venda de uma imagem positiva como empregadora e, com isto, captar os potenciais candidatos que tenham perfis compatíveis com os valores praticados. 4. Levantamento dos custos de implementação: um projeto de endomarketing requer um maior engajamento dos recursos humanos, -7- mudanças significativas no comportamento, uma equipe de desenvolvimento e implementação do programa e um orçamento. 5. Determinação dos instrumentos de avaliação: nesta fase, são especificados parâmetros a serem utilizados para verificar se os resultados esperados foram atingidos. c. Qualidade em Comunicação Interna E quanto à relação entre organização e comunicação, Segundo Smith (1993), Taylor (1997), e Van Every (1993), existe confusão nos níveis teórico e prático, quanto a essa relação: é a organização que determina o tipo e o fluxo de comunicação ou é a comunicação que molda a natureza da organização? É a estrutura organizacional que condiciona o fluxo das mensagens ou são os padrões de comunicação que desenvolvem as estruturas e moldam o tipo de coordenação das tarefas? Como efetivamente o contexto organizacional afeta a comunicação e como a comunicação molda o contexto organizacional? Há uma verdadeira tempestade de informações fluindo por todos os espaços da empresa, assuntos os mais diversos, alguns não tão construtivos, como mudanças na empresa, demissões, “o que a cúpula está tramando desta vez”, entre outros. Segundo Meira (2004), não basta ter uma equipe de grandes talentos altamente motivados. Se ela não estiver bem informada, se seus integrantes não se comunicarem bem, não será possível potencializar a força humana da empresa. A comunicação interna é algo prioritário que deve merecer, principalmente por parte da cúpula da empresa, grande atenção. A força humana da empresa só será otimizada por meio de contribuições /participação de todos se esses estiverem bem, sem barreira quanto a sigilos, etc. Nesse sentido, a abertura da cúpula é algo básico/fundamental. (RUGGIERO, 2003). A comunicação como elemento que contribui para a potencialização da força humana é fundamentalmente um processo interpessoal/humano. A tecnologia pode ajudar, contanto que ela potencialize o processo de interação, não o afastamento entre as pessoas. Alguns pontos importantes a serem salientados são: a) Prioridade à comunicação: qualidade e timing da comunicação assegurando sintonia da energia e recursos de todos com os objetivos maiores da empresa; b) abertura da alta direção: disposição da cúpula de abrir informações essenciais garantindo insumos básicos a todos; c) processo de busca: proatividade de cada colaborador em buscar as informações de que precisa para seu trabalho; d) autenticidade: verdade acima de tudo, ausência de "jogos de faz de conta" e autenticidade no relacionamento entre os colaboradores para eficácia da comunicação e workteams; e) foco em aprendizagem: garantia de efetiva aprendizagem do que é comunicado, otimizando o processo de comunicação; f) individualização: consideração às diferenças individuais assegurando melhor sintonia e qualidade de relacionamento na empresa; -8- g) competências de base: desenvolvimento de competências básicas em comunicação (ouvir, expressão oral e escrita, habilidades interpessoais) assegurando qualidade das relações internas; h) velocidade: rapidez na comunicação interna para sua qualidade e nível de contribuição aos objetivos maiores; i) adequação tecnológica: equilíbrio entre tecnologia e alto contato humano assegurando evolução da qualidade da comunicação e potencializando a força do grupo. Quando os conceitos da qualidade passaram a ser trabalhados, houve uma dificuldade muito grande das organizações em perceber que todo e qualquer processo educativo e de mudança exige um processo acelerado de comunicação. O que aconteceu, na maior parte das empresas, foi um desabamento na pirâmide organizacional em relação ao grau de comprometimento das pessoas com os programas. Sabe-se que ainda hoje o envolvimento maior se dá na parte de cima da pirâmide (alta direção e gerências). A base da pirâmide (supervisores e funcionários comuns) continua tendo um envolvimento menor, a não ser que a empresa coloque a sua disposição as informações de que necessita para o engajamento total. As reações constatadas na base da pirâmide são, muitas vezes, resultado da inexistência de um processo de comunicação interna adequado, que se utilize de instrumentos sistêmicos e integrados, de forma a tornar as pessoas motivadas a trabalharem pelo mesmo fim. d. A Importância da Motivação Como sua característica preponderante está o objetivo de estabelecer, conforme Bekin (2004), um processo permanente de motivação do funcionário conferindo-lhe dignidade, responsabilidade e liberdade de iniciativa. Este processo motivacional deve ser algo integrado ao cotidiano da empresa. Como instrumentos do processo de motivação o autor enumera: 1. chamamento a parcerias, à cooperação e à lealdade; 2. valorização do indivíduo dentre de seu grupo; 3. integração baseada nos valores e objetivos da empresa; 4. reforço contínuo de uma atitude baseada em valores compartilhados; 5. recompensas e prêmios dirigidos ao grupo para que todos se beneficiem dos resultados positivos; 6. criação de um ambiente de interação dentro da empresa; 7. envolvimento dos funcionários no planejamento e na tomada de decisões; 8. estímulo à iniciativa e à atitude criativa; 9. delegação de poderes de acordo com a natureza da função exercida; 10. remuneração adequada. A grande verdade é que, hoje, existe um espaço bem menor entre os interesses dos empresários e das empregados. Até pouco tempo atrás, as duas partes encontravam-se separadamente e conversavam por meio de advogados nem sempre preparados para administrar o assunto e as discórdias dele decorrentes. O empregador precisa desesperadamente de pessoas motivadas, transparentes e “de bem” com a empresa. O empregado precisa cada vez -9- mais de empresários líderes, humanistas e idealistas, ambos necessitam de programas, técnicas e instrumentos de comunicação para manter e aprimorar essa relação. Neste caso, a motivação torna-se decorrente de procedimentos bem mais simples, como dar aos funcionários as informações necessárias para a realização de um bom trabalho, cumprimentá-lo pessoalmente por uma tarefa bem feita, enviar-lhe uma mensagem escrita elogiando o seu desempenho, solicitar suas idéias, mostrando o quanto são importantes para empresa, envolvê-lo nas questões e decisões relacionadas com o seu trabalho e com a sua área de atuação etc. A motivação requer um alimento sem o qual ela não acontece: a informação. Sem informação coerente, clara, verdadeira, lógica, centrada e bem trabalhada, não existem funcionários motivados, por maiores que sejam os benefícios e incentivos. A informação é o produto da comunicação interna e a maior estratégia de aproximação funcionário/empresa.. e. Instrumentos utilizados para a prática do Endomarketing Vários são os instrumentos que podem ser utilizados para a implantação de um processo exitoso. É importante destacar que os instrumentos devem ser adequados à realidade da empresa e devem ser executados a partir de um plano de implantação. Bekin (2004) expõe alguns aspectos que devem ser considerados na definição dos instrumentos utilizados internamente como: contatos diretos entre os diversos níveis da empresa, processos de recompensa para o grupo e uma ampla rede de comunicação entre todos os níveis da empresa. Brum (1998) relaciona os instrumentos operacionais que podem ser utilizados: Confecção de vídeos que podem ser institucionais, de apresentação dos produtos (tem como objetivo colocar em contato direto a equipe interna com a realidade em que o seu produto é utilizado); Manuais técnicos e educativos os quais apresentam os produtos, os serviços os lançamentos, as tendências (em relação à tecnologia e à moda); Revista com história em quadrinhos; Jornal interno com a utilização de vários encartes, como, por exemplo, área de recursos humanos, projetos, produção e associação de funcionários. Pode ser utilizada, também, a versão do jornal de parede; Cartazes motivacionais, informativos e de forma de quebra-cabeça, sempre com o objetivo de passar novas informações para equipe interna; Canais diretos (reunião com o diretor, presidência ou ouvidor interno); Palestras internas, programas para apresentar as novidades da empresa, as tendências e a evolução que a mesma teve; Grife interna que pode ser utilizada em roupas, bonés e acessórios; Memória, ou seja, o resgate da história da empresa, com objetivo de passar a evolução da mesma, às pessoas que a desconhecem; Radio interno para a divulgação de notícias; Vídeo jornal para a divulgação de lançamentos, pronunciamentos de diretores e gerentes; Intranet; - 10 - Convenções internas: uso da equipe interna para divulgação de atividades; Manuais de integração: muito utilizados para divulgação de alguns aspectos da cultura organizacional. Conforme destacado, vários são os instrumentos que podem ser utilizados. Eles apresentam uma variação em relação ao custo (implantação e manutenção), nível de envolvimento da coordenação (tempo dedicado para o desenvolvimento e manutenção do instrumento), abrangência (número de funcionários envolvidos) e durabilidade (necessidade de atualização). f. Recursos Humanos. Segundo SILVA (2000), refletir e agir sobre as mazelas do clima organizacional e na comunicação interna, papel primeiro das áreas de RH nas corporações, em muitas empresas ainda significa atuar nas conseqüências e não nas causas. Curioso perceber como os gerentes de recursos humanos se comportam mais como terapeutas organizacionais do que como administradores profissionais do clima interno. As organizações que já descobriram o endomarketing como ferramenta de gestão do clima estão mudando completamente a concepção e a missão de suas gerências de RH. O novo RH tem visão integral da organização, domina as nuances de seu posicionamento de marketing, preocupa-se com a eficiência e eficácia dos processos internos e conhece os principais números e o orçamento da empresa. Desconsiderar o fator humano nas decisões, em todos os níveis, é o grande erro estratégico das organizações modernas. Tentar tornar realidade essa visão e continuar a deixar a gerência de RH fora da mesa de discussão e concepção de projetos e programas - toquem diretamente ou não o cliente não melhora em nada esse panorama. Segundo BOSQUETTI e ALBUQUERQUE (2003), marketing interno é, principalmente, área dos gerentes de recursos humanos que têm responsabilidade em desenvolver políticas de RH consistentes que incluam recrutamento, seleção e treinamento, além de avaliação, remuneração e reconhecimento. Marketing interno bem-sucedido exige que os gerentes de recursos humanos desenvolvam relacionamentos não apenas com os funcionários, mas também com os gerentes de marketing e os gerentes operacionais. O sucesso também leva a uma cultura de serviço apropriada para apoiar os relacionamentos com os clientes externos. De acordo com SILVA (1999), a área de Recursos Humanos (RH) possui a missão de maximizar com competência a gestão de pessoas de maneira a obter resultados, tanto para a empresa quanto para seus colaboradores, agregando valores organizacionais e superando expectativas de seus clientes/mercado. Segundo Marras (1999), pessoas insatisfeitas e as empresas buscam a produtividade, qualidade, competitividade e lucratividade, através de vários projetos e técnicas de desenvolvimento e administração de seus Recursos Humanos. - 11 - Para Silva, o Planejamento Estratégico de Recursos Humanos consiste num conjunto de ações planejadas e organizadas de maneira estratégica para identificar necessidades das empresas quanto ao gerenciamento eficaz de seus Recursos Humanos, visando possibilitar ganhos reais de produtividade, qualidade e competitividade, bem como satisfazer os anseios pessoais e profissionais de seus colaboradores. Valorizar e entender que seus recursos humanos, sendo bem administrados, deixarão de representar custos e passarão a significar investimentos. Os empregados devem ajudar seus gerentes a transformarem-se em “treinadores” ao invés de “controladores”; a aprenderem com seus subordinados em vez de serem os “sabe-tudo”; a construirem equipes compostas de pessoal cada vez mais diversificado e a tornarem-se “líderes”, bem como “orientadores”. 5. Conclusão. A partir deste estudo com base na fundamentação teórica apresentada anteriormente, buscou-se avaliar se a aplicação da filosofia do marketing interno na organização está sendo, de fato, uma ferramenta valiosa capaz de elevar a sua capacidade competitiva e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade de vida no trabalho. Com este estudo demonstra-se que as áreas de Gestão de Pessoas, aliada ao endomarketing reforça a importância da valorização humana na obtenção do sucesso empresarial, pois sem o comprometimento humano os resultados não são obtidos e, portanto, se faz necessário criar sistemáticas de ações que contemplem o respeito humano, além do cumprimento mínimo estabelecido na Consolidação das Leis Trabalhistas. Segundo REQUENA (2001), as pessoas compõem a parte flexível do processo produtivo, ou seja, as pessoas permitem-se maleabilidades tais que alterem o curso para melhor ou para pior. Obviamente que todo empreendimento optará por mudanças que privilegiem resultados satisfatórios. Logo, deverão evitar processos que imponham quaisquer impedimentos à criatividade, dignidade, alegria, enfim, quaisquer restrições à realização das pessoas. Uma das grandes falhas no processo produtivo da maioria das organizações é a falta de comunicação interna, daquela comunicação aberta que promove interação e integração entre as pessoas, que faz se sentirem parte viva do processo e não apenas números, daquela comunicação que lhes dá a entender que são realmente importantes para o processo, pois estão sendo alimentadas como conhecimento constante sobre o presente e as perspectivas futuras da empresa à qual estão dedicando a vida. Neste sentido, pode-se estabelecer que o sucesso da empresa dependerá, então, de que todos sejam pessoas integradas numa conduta de responsabilidade, lealdade e iniciativa. Logo, há que se estruturar programas de envolvimento total entre os colaboradores e líderes, e de propagação de informações valiosas e atualizadas, pois não será nada saudável fixarem-se metas e tomarem-se decisões se todos não forem informados a respeito das mesmas. - 12 - A oferta de informações e técnicas aos empregados também pode ser considerada como um processo de ensino/aprendizagem, o qual contribuirá em muito para a determinação do comportamento do indivíduo no ambiente organizacional. Ressaltando mais uma vez a assertiva de Hampton (1990): as células, desde que privadas do oxigênio funcionarão mal e morrerão. Assim também as pessoas, quando privadas de informações, estarão menos dispostas a darem o melhor de si, o que implicará em ineficiência para todos. Neste contexto de otimizações e amplitudes produtivas, o endomarketing configura-se como uma eficiente ferramenta eficaz para proporcionar uma melhora no clima motivacional da equipe e para “fidelizar” os funcionários, tal qual se busca fidelizar os clientes externos. Por meio deste método, pode-se melhorar a comunicação e o fluxo de informações em todos os níveis organizacionais, integrar os funcionários na empresa e assegurar maior objetividade no processo. Com isto, funcionários e departamentos são envolvidos por um objetivo comum, ao qual passa-se a ter maior dedicação: servir o cliente. Assim, se poderá constatar empresas mais eficientes e eficazes, desde que seus objetivos sejam compartilhados e suas relações sejam mais fortalecidas e harmônicas. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARNES, B.R. (1994), “The role of internal marketing: if the staff won’t buy it, why should the customer?”, Irish Marketing Review, Vol. 1, No. 5, pp. 55 – 64. BARNES, B.R. and Morris, D.S. 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