• O passo final Vamos usar a hipótese de indução e assim mostrar que a mesma fórmula vale para n + 1. Se conseguirmos fazer esta demonstração, então teremos demonstrado a fórmula para qualquer n > 2. Quer dizer, vamos calcular: Indução Finita T. Praciano-Pereira Univ. Estadual Vale do Acaraú Documento produzido com LATEX 1 + 2 + ···+ n + n + 1 Dep. de Computação 16 de agosto de 2009 sis. op. Debian/Gnu/Linux usando a hipótese de indução, então: 1 + 2 + ··· + n + n + 1 = 0.0.1 Indução finita. = (1 + 2 + · · · + n) + n + 1 = = n+1 2 n+n+1 = Vamos usar uma técnica chamada1 induç~ ao finita A indução finita consiste numa comparação com os números naturais = (n + 1)( n2 + 1) = = (n + 1) n+2 2 = N = {0, 1, 2, · · · } = que sabemos ser um conjunto infinito de tal forma que, se Confirmamos a fórmula, pois obtivemos novamente “o primeiro mais o ú ltimo, dividido por 2, veze o número de termos”. é verdadeiro. x + 1 é chamado no conjunto dos axiomas de Peano de sucessor de x. O conjunto N contém todos os sucessores de todos os seus elementos. n+1 n 2 e nós podemos prová-lo usndo induç~ ao finita. Vamos chamar esta identidade de P (n), isto é, uma proposição que de depende de n. + 1) = P (n + 1) Portanto P (n) ⇒ P (n + 1) é verdadeiro! x∈N ⇒ x+1∈N Exemplo 1 Válidade de uma fórmula A soma dos n primeiros números naturais é n+1+1 (n 2 Fica assim demonstrada a fórmula 1 + 2 + ···+ n = 1 + 2 + ··· + n = n+1 n ; para todo n > 2. 2 O que fizemos pode ser sintetizado no teorema: Teorema 1 da indução finita • Verifica-se que P (n0 ) é verdadeiro, para um valor inicial n0 do ı́ndice. • Primeiro passo Vamos verificar que a fórmula vale para um valor inicial de n, por exemplo para n = 2. 2+1 2=3 1+2= 2 é verdadeiro! • Suposemos, hipótese de indução que, para um valor arbitrário de n > n0 a fórmula fosse verdadeira. • Tentamos obter a fó rmula, P (n + 1), usando a hipótese de indução, com sucesso, então provamos que P (n) ⇒ P (n + 1) é verdadeiro! • Hipótese de indução Vamos supor que a fórmula seja então verdeira para um valor arbitrário de n; n > 2 : n+1 n 1 + 2 + ···+ n = 2 é verdade. 1 Deveriamos demonstrar que esta té cnica é verdadeira não vamos fazê-lo aqui, entretanto. Observe num livro de Álgebra, por exemplo [?]. 1 Logo, P (n) é verdadeira para todo n > n0 . Exemplo 2 Soma dos termos de uma p.a. Queremos mostrar que se dada uma p.a. a 1 , a 2 , . . . , an então 2 n n a1 + a2 + · · · + an = Sn = a1 +a 2 Devemos então verificar se a fórmula vale para os dois primeiros termos: Exercı́cios 1 Indução finita 1. Prove, para a soma dos quadrados, que 2a1 + 2a2 a1 + a2 = 2 a1 + a2 = 2 2 P (2) é verdadeiro! Agora vamos supor válida a fórmula para um valor genérico n de termos e verificar se a fórmula se mantém no passo seguinte: 1 + 4 + · · · n2 = n(n + 1)(2n + 1) . 6 2. Prove que 1 + 3 + · · · + (2n − 1) = n2 . 3. Prove que n P k 3 = (1 + 2 + · · · + n)2 . k=1 a1 + a2 + · · · + an + an+1 = = Sn + an+1 = a1 + an = n + an+1 = 2 a1 + an = n + an+1 = 2 a1 + an n + an + r = = 2 a1 + an n + 2an2+2r = = 2 na1 + nan + 2an + 2r = = 2 na1 + n(a1 + (n − 1)r) + 2(a1 + (n − 1)r) + 2r = = 2 (2n + 2)a1 + [n((n − 1)) + 2(n − 1) + 2]r = = 2 2(n + 1)a1 + [n(n − 1) + 2n]r = = 2 (n + 1)a1 + (n + 1)a1 + n(n + 1)r = = 2 (n + 1)(a1 + a1 + nr) = = 2 (n + 1)(a1 + an+1 ) = = 2 = Sn+1 4. Prove que n−1 X k4 = k=0 5. Prove que n−1 X k=0 k5 = 6n5 − 15n4 + 10n3 − n 30 2n6 − 6n5 + 5n4 − n2 12 Ver algumas soluções no fim deste capı́tulo. e confirmamos a fórmula Sn+1 como consequência da hipótese, logo mostramos que P (n) ⇒ P (n + 1) é verdadeiro! portanto P (n) é verdadeira para qualquer n. Este encadeamento sucessivo existe em muitas relações. Se pudermos provar que ele existe na relação P (n), teremos provado, usando induç~ ao finita, que esta relação P vale para todo n ∈ N. 3 4