ARTIGO ORIGINAL FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA: TÉCNICA DE ESCOLHA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------* Saionara Rebelo Serafim ** George Jung da Rosa *Acadêmica do oitavo semestre do curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina RESUMO A fisioterapia respiratória é muito vasta na prática profissional e atua no tratamento de pacientes de todas as idades com distúrbios pulmonares agudos ou crônicos. Pode ser realizada em ambientes hospitalares, no pré e pós operatório de diversas cirurgias, em Unidade de Terapia Intensiva, clínicas, ambulatórios, centro de assistência e reabilitação e até mesmo na casa do paciente quando se fizer necessário. Para que as técnicas sejam aplicadas de maneira correta e eficaz, faz-se necessário uma boa avaliação do paciente, pois cada técnica têm seus objetivos, suas indicações e contra indicações, e acima de tudo as técnicas devem ser executadas da maneira correta para que haja resultados significativos. Objetivo: verificar o domínio dos acadêmicos do oitavo semestre do curso de fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL sobre as técnicas fisioterapêuticas manuais de desobstrução brônquica. Metodologia: A composição da amostra incluiu 25 acadêmicos, sendo que na primeira etapa da pesquisa os acadêmicos enumeraram cinco técnicas manuais de desobstrução brônquica, as quais mais utilizavam durante seus atendimentos a pacientes pneumopatas e na segunda etapa descreveram a técnica quanto o modo de execução, objetivos, indicações e contra indicações. Resultados: quanto ao modo de execução das técnicas, 72% das respostas foram adequadas e 28% inadequadas; sobre os objetivos 96 e 4% respectivamente; das indicações 52% e 48% e, das contra-indicações 64% adequadas contra 36% inadequadas. Conclusão: A inabilidade na descrição das técnicas foi notório, o que poderia ser atribuída primariamente a um embasamento teórico insuficiente, ou simplesmente à dificuldade em traduzir em palavras atividades que estariam fortemente vinculadas a ação fisioterapêutica. Palavras chaves: fisioterapia respiratória, manobras de higiene brônquica. ABSTRACT The respiratory physiotherapy is so vast in professional practice and acts in treatment of pacients of all ages with chronic or acute pulmonary disturbes. It can be realized in hospitalar environments, in pre or post-operative of many surgeries, in Intensive Therapy Unit, clinics, ambulatories, centers of assistence and rehabilitation and even so at pacient’s house when it will be necessary. To these techniques be applicated in a correct and effective way, it’s necessary a good pacient’s evaluation, because each technique has its objective, indications and contraindications, and above everything these techniques may be executed in a correct way to produce significative results. Objective: to verify the dominion of academics of eight semester of Physiotherapy course of Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL about the physiotherapic manual techniques of bronchial desobstruction. Methodology: The composition of sample included 25 academics, where in first stage they enumerated five manual techniques of bronchial desobstruction, witch they used more frequently in attendances of pneumopathies pacients, and in second stage they described the technique refering the execution way, objectives, indications and contraindications. Results: Refering to execution way of techniques, 72% of answers were adequate and 28% were inadequate; about the objectives 96 and 4% respectivally; about indications 52% and 48% and, about contraindications 64% adequate against 36% inadequate. Conclusion: Inability in technique’s description was notable, what could be primarily attributed to an insufficient theoric base, or simply to the difficulty in translate to words, the activities that would strongly be linked to physiotherapy action. Key words: respiratory physiotherapy, manual techniques of bronchial desobstruction. INTRODUÇÃO O aparelho respiratório esta freqüentemente exposto à diversos fatores lesivos que podem ocasionar importantes alterações, desde o mecanismo de controle da respiração, sua mecânica, funções das trocas gasosas e de suas funções metabólicas, levando o paciente a um quadro de sofrimento e de dor. Para que haja uma depuração normal das vias aéreas se faz necessário uma escala mucociliar funcional e uma tosse eficaz. A fisioterapia esta inserida na área da saúde como uma ciência que dispõe de métodos e técnicas direcionadas a aprimorar, conservar e restaurar as capacidades físicas de um indivíduo. Nas diversas áreas de atuação, a fisioterapia respiratória obteve uma ampla expressão, principalmente em pacientes submetidos a grandes intervenções cirúrgicas. A fisioterapia não atua diretamente sobre o processo patológico, e sim no nível das limitações e incapacidades aumentando a independência e conseqüentemente a capacidade respiratória (CHAVES, 2003). A fisioterapia respiratória é muito vasta na prática profissional e atua no tratamento de pacientes de todas as idades com distúrbios pulmonares agudos ou crônicos. Pode ser realizada em ambientes hospitalares, no pré e pós operatório de diversas cirurgias, em Unidade de Terapia Intensiva, clínicas, ambulatórios, centro de assistência e reabilitação e até mesmo na casa do paciente quando se fizer necessário. O tratamento fisioterápico a estes pacientes se faz através de técnicas manuais e instrumentais, e tem como objetivo a remoção de secreções das vias aéreas, reduzindo a obstrução brônquica e a resistência das vias aéreas, facilitando as trocas gasosas e reduzindo o trabalho respiratório. A terapia de higiene brônquica envolve o uso de técnicas não invasiva de depuração das vias aéreas destinadas a auxiliar na mobilização e de depuração de secreções. Uma tosse ineficaz, uma produção excessiva de muco, diminuição da ventilação ou o surgimento de roncos ou crepitações, taquipnéia, febre ou padrão respiratório exaustivo podem indicar um quadro de retenção de secreção e necessidade do emprego das técnicas de higiene brônquica. Nas afecções agudas, tem como objetivo diminuir o período da doença ou de sua repercussão funcional. Em processos crônicos, o objetivo é retardar sua progressão ou mantê-los estacionados. É importante ressaltar que para se atingir resultados positivos faz-se primordial um amplo estudo do quadro patológico apresentado pelo paciente, além de uma criteriosa avaliação das condições clínicas desse indivíduo e do traçado de um plano de tratamento condizente com suas necessidades atuais. O fisioterapeuta praticamente faz de suas mãos seu instrumento de trabalho, pensando nisso, observa-se que as técnicas manuais devem acompanhá-lo, sendo que muitas vezes, seu local de trabalho não irá disponibilizar de recursos mecânicos e/ ou instrumentais. Para que as técnicas sejam aplicadas de maneira correta e eficaz, faz-se necessário uma boa avaliação do paciente, pois cada técnica têm seus objetivos, suas indicações e contra indicações, e acima de tudo as técnicas devem ser executadas da maneira correta para que haja resultados significativos. O presente trabalho tem como objetivos identificar as técnicas manuais de desobstrução brônquica mais utilizadas pelos acadêmicos; descrever as técnicas de desobstrução brônquica; identificar o modo pelo qual as técnicas são executadas pelos acadêmicos; verificar se há clareza por parte dos acadêmicos, quanto os objetivos, indicações e contra indicações das técnicas. MATERIAIS E MÉTODOS A amostra foi composta por 25 acadêmicos do curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. Os mesmos cursavam o oitavo semestre e já haviam cursado a disciplina de estágio supervisionado em Pediatria e Cardio-Pneumo no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) e na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. A amostra se deu através de dois questionários, onde no primeiro (apêndice A) os acadêmicos deveriam citar as cinco técnicas mais utilizadas durante seus atendimentos a pacientes pneumopatas. Foi utilizado também um outro questionário (apêndice B) o qual foi validado por dez fisioterapeutas, onde seria descrita uma técnica sorteada das três citadas pelos acadêmicos no questionário 1. Para o sorteio utilizou-se um envelope no qual havia as três técnicas, cada qual impressa em tiras de papel do mesmo tamanho. A coleta de dados foi realizada em duas etapas: na primeira etapa foi aplicado um questionário conforme apêndice A , no qual os acadêmicos eram solicitados à enumerar cinco técnicas manuais de desobstrução brônquica mais utilizadas durante seus atendimentos à pacientes pneumopatas. Para a segunda etapa foram identificadas as três técnicas mais utilizadas pelos acadêmicos, em seguida foi realizado um sorteio dentre as três, onde cada acadêmico sorteava uma e a descrevia de acordo com questionário em apêndice B. Por fim as respostas foram classificadas como adequadas e inadequadas. Os critério para a classificação foram: A) Modo de execução da técnica: o posicionamento das mãos do terapeuta, fase do ciclo respiratório; B) Quanto aos objetivos se as respostas estavam certas ou erradas; C) Para as indicações foi levado em conta no mínimo 2 respostas corretas; D) Contra indicações: também foi considerada no mínimo 2 respostas corretas RESULTADOS E CONCLUSÃO O presente estudo analisou o domínio dos acadêmicos do oitavo semestre do curso de fisioterapia, sobre as técnicas manuais de desobstrução brônquica: quanto a descrição da técnica (modo de execução), dos objetivos, indicações e contra indicações. A composição da amostra incluiu 25 acadêmicos, sendo que na primeira etapa da pesquisa os acadêmicos enumeraram cinco técnicas manuais de desobstrução brônquica, as quais mais utilizavam durante seus atendimentos a pacientes pneumopatas, como demonstrado na tabela 1: Técnica selecionada Respostas encontradas Vibrocompressão 25 TEMP 25 AFE 25 ELPr 11 Percussão 7 Drenagem postural 7 Ciclo ativo da respiração 3 Tosse 3 TEF 3 Tabela 1- técnicas manuais de desobstrução brônquica, mais utilizadas pelos acadêmicos. Legenda: TEMP: terapia expiratória manual passiva; AFE: aceleração do fluxo expiratório; ELPr: expiração lenta e prolongada; CAR: ciclo ativo da respiração; TEF: técnica de expiração forçada. Os acadêmicos enumeraram 09 técnicas manuais de desobstrução, sendo que todos os entrevistados citaram as técnicas vibrocompressão, terapia expiratória manual passiva (TEMP) e aceleração do fluxo aéreo (AFE), 11 a técnica de expiração lenta e prolongada (ELPr), 7 a percussão torácica, 7 a drenagem postural, 3 o ciclo ativo da respiração (CAR), 3 a tosse e 3 a técnica de expiração forçada (TEF). Houve ainda, 6 acadêmicos que na primeira etapa selecionaram apenas três técnica em vez das cinco solicitadas, alegando apenas usar três, e 8 que enumeraram técnicas de reexpansão pulmonar, e 2 que citaram técnicas instrumentais. As técnicas de vibrocompressão, aceleração do fluxo aéreo (AFE) e a técnica expiratória manual passiva (TEMP), foram sempre as três primeiras opções. A obstrução está freqüentemente associada a anormalidades como: inflamação da mucosa, alteração do epitélio, broncoespasmo, que contribuem de forma independente para agravar a desigualdade entre a produção e a eliminação de secreções reduzindo o calibre brônquico (GOMES; VALENTE, 2002). O principal objetivo da terapia de higiene brônquica é auxiliar na mobilização e remoção de secreções retidas com o propósito final de melhorar o intercâmbio gasoso e reduzir o trabalho respiratório. Para que a terapia de higiene brônquica seja eficaz exige-se uma avaliação inicial e contínua adequados ao paciente (DELISA; GANS, 2002). Na segunda etapa da pesquisa foram selecionadas as três técnicas mais utilizadas pelos acadêmicos e realizado o sorteio para que os mesmos respondessem ao questionário, sendo que 9 acadêmicos responderam sobre a técnica de vibrocompressão, 10 acadêmicos responderam sobre a técnica de aceleração do fluxo aéreo (AFE) e 6 responderam sobre a técnica de terapia expiratória manual passiva (TEMP). Após os questionários preenchidos, as respostas foram avaliadas e classificadas como sendo adequadas e/ ou inadequadas. O gráfico 1 relaciona-se às questões da manobra de vibrocompressão, o gráfico 2 esta relacionado com a manobra de aceleração do fluxo aéreo (AFE). e o gráfico 3 com a manobra de terapia expiratória manual passiva (TEMP). 8 7 6 5 4 Adequada 3 Inadequada 2 1 0 ME Ob In CI Gráfico 1- referente as questões da manobra de Vibrocompressão Legenda: ME: modo de execução da técnica; Ob: objetivos; In: Indicações; CI: Contra-indicações. Os resultados mostram que dos 9 acadêmicos que descreveram a técnica de vibrocompressão, 7 responderam adequadamente e 2 inadequadamente quanto a descrição do modo de execução da técnica, 8 responderam adequadamente e apenas 1 respondeu inadequadamente os objetivos da técnica, sobre as indicações 3 responderam adequadamente enquanto que 6 responderam inadequadamente e sobre as contra indicações 7 responderam adequadamente e 2 responderam inadequadamente. De acordo com Garcia e Nicolau (2000), a vibrocompressão consiste em posicionar as mãos sobre a parede torácica, realizando oscilações intermitentes associado a compressão vigorosa durante a fase expiratória, por sua vez Ferreira et al (2005), diz que a vibrocompressão consiste em colocar uma mão sobre a área envolvida do tórax do paciente e a outra mão sobre a primeira. Podendo também colocá-las nas paredes laterais do tórax do paciente, a técnica é realizada após o paciente inspirar profundamente, ou seja, é realizada uma pressão discreta e moderada sobre a parede do tórax, iniciando um movimento vibratório rápido da mão durante a expiração, aplicando ao mesmo tempo uma compressão torácica, que deve ser realizada no sentido e direção oposta ao movimento de expansão torácica. São contrações isométricas repetidas do ombro e cotovelo realizada sobre a parede do tórax, durante a fase expiratória, em uma freqüência de 12 a 16 Hz, podendo ser associado a compressão (CARVALHO, 2001). Os objetivos da técnica de vibrocompressão, é promover o descolamento e deslocamento das secreções das vias aéreas periféricas para as vias aéreas centrais por meio do tixotropismo e pelo aumento do transporte mucociliar que a técnica pode gerar (PRESTO; PRESTO, 2005, p.199). Segundo Taniguchi e Pinheiro (2000, p. 132), a vibrocompressão é indicada a paciente com hipersecreção, como os com fibrose cística, pneumonias, pacientes com atelectasias, DPOC, asmáticos entre outros. Segundo Pryor e Webber ( 2002 ), a vibrocompressão está contra indicada em casos de enfisema subcutâneo, contusões pulmonares, osteoporose e osteomelites condrais, marca passo subcutâneo e hemorragia pulmonar. Kopelmam (1998, p. 533), diz ainda que apesar de ser considerada uma técnica segura, ela esta contra indicada em bebês que apresentam aumento do desconforto respiratório e irritabilidade durante o procedimento, em presença de enfisema intersticial pulmonar extenso, pneumotórax não drenado e hemorragia pulmonar e fratura de costela. 10 8 6 Adequada Inadequada 4 2 0 ME Ob In CI Gráfico 2- referente as respostas das questões da manobra de Aceleração do Fluxo Aéreo (AFE) Legenda: ME: modo de execução da técnica; Ob: objetivos; In: Indicações; CI: Contra-indicações. A técnica de aceleração do fluxo expiatório (AFE), foi descrita por 10 acadêmicos, sendo que 6 responderam adequadamente e 4 inadequadamente quanto a descrição do modo de execução da técnica, todos responderam adequadamente quanto aos objetivos da técnica, 4 responderam adequadamente e 6 inadequadamente sobre as indicações e sobre as contra indicações 5 responderam adequadamente e 5 inadequadamente. A aceleração do fluxo aéreo (AFE), é considerada como sendo uma energia aplicada, pelas mãos do fisioterapeuta sobre o tórax do paciente, assumindo a função da tosse quando a mesma encontra-se ineficaz, seja por imaturidade, particularidades anatomofisiologicas, fadiga muscular, ou ainda em determinadas situações particulares como em casos de intubação orotraqueal ou traqueostomia. De forma geral a AFE é definida como sendo um movimento tóraco – abdominais sincrônicos, provocados pelas mãos do fisioterapeuta durante a expiração (PRYOR; WEBBER, 2002). Os principais objetivos da técnica de aceleração do fluxo aéreo (AFE), segundo Freitas (2005, p.382), são de deslocar, mobilizar e eliminar secreções traqueobrônquicas. É indicada em seqüelas pulmonares pós-cirúrgica e problemas respiratórios de origem neurológica ou traumática, sempre que a secreção for um fator agravante e mostrou gerar grandes benefícios para a higiene brônquica de crianças sob ventilação mecânica (ANTUNES, 2006). A manobra de aceleração do fluxo expiratório (AFE), é contra indicada em casos de instabilidade hemodinâmica, hipertensão intracraniana, hemorragia peri e intraventricular grave, osteopenia da prematuridade e distúrbios hemorrágicos (FREITAS, 2005, p. 383). 7 6 5 4 3 2 1 0 Adequada Inadequada ME Ob In CI Gráfico 3 - referente as questões da manobra de Terapia Expiratória Manual Passiva (TEMP) Legenda: ME: modo de execução da técnica; Ob: objetivos; In: Indicações; CI: Contra-indicações. A técnica de terapia expiratória manual passiva (TEMP), foi descrita por 6 acadêmicos, sendo que 4 descreveram adequadamente e 2 inadequadamente sobre o modo de execução da técnica, todos responderam adequadamente os objetivos da técnica, 4 responderam adequadamente e 2 inadequadamente quanto as indicações e 4 responderam adequadamente e 2 inadequadamente quanto as contra indicações. A técnica de terapia expiratória manual passiva (TEMP), consiste em uma compressão manual torácica, onde as mãos do terapeuta ficarão posicionadas sobre as ultimas costelas do paciente, o terapeuta realiza a compressão durante a fase expiratória. A compressão pode ser realizada de forma rápida ou lenta. (ABREU, et al, 2003). Chehim e Abreu (2000), dizem que a técnica de terapia expiratória manual passiva (TEMP), tem como objetivo deslocar as secreções traqueobrônquicas, facilitando a limpeza das vias aéreas e o aumento da ventilação pulmonar. Dizem ainda que a técnica é indicada em pacientes pós operatório, para redução da freqüência respiratória, pacientes portadores de fibrose cística, bronquiectasia e DPOC. Segundo Costa (1999, p. 55), a terapia expiratória manual passiva (TEMP) é contra indicada em pacientes com fratura de costelas, pneumotórax espontâneo não controlado, edema agudo de pulmão, cardiopatias valvulares, extravasamento de líquidos nos espaços pleurais e em estado de dispnéia. Agrupando as respostas, quanto ao modo de execução das técnicas, 72% das respostas foram adequadas e 28% inadequadas; sobre os objetivos 96 e 4% respectivamente; das indicações 52% e 48% e, das contra-indicações 64% adequadas contra 36% inadequadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS A fisioterapia é considerada um recurso de grande auxílio no tratamento preventivo e curativo de diversas patologias pulmonares, e têm côo objetivo otimizar a depuração mucociliar, prevenir a obstrução e o acúmulo de secreção brônquica, melhorar a ventilação, reduzir os gastos energéticos durante a respiração, manter ou melhorar a mobilidade da caixa torácica e favorecer uma maior efetividade da tosse. A inabilidade na descrição das técnicas foi notória, o que poderia ser atribuída primariamente a um embasamento teórico insuficiente, ou simplesmente à dificuldade em traduzir em palavras atividades que estariam fortemente vinculadas a ação fisioterapêutica. Dentre estas, destacaram-se a imprecisão quanto ao posicionamento das mãos sobre o paciente e a fase do ciclo respiratório em que se realizaria a manobra. A clareza quanto aos objetivos verificados é importante na escolha da técnica adequada. Por outro lado, a incongruência entre objetivos e indicações da técnica foi uma constante, o que poderia novamente, revelar domínio parcial sobre a técnica, mecanismos de doenças ou implicações ao paciente. Saber as contra indicações, é necessário, pois o profissional saberá eleger a técnica no momento certo, evitando uma piora no quadro patológico do paciente. REFERÊNCIAS CHAVES, L.J. Tratamento fisioterapêutico e monitoramento da evolução de pacientes com esclerose múltipla: relato de experiência. Disponível em: <http://www.fisionet.com.br/monografias/interna.asp?cod=19>. Acesso em: 10 set. 2006 GOMES, F. M.; VALENTE, M. Distúrbios do Aparelho Respiratório. In: ISSLER, Hugo; LEONE, Cláudio; MARCONDES, Eduardo. Pediatria na Atenção Primária. São Paulo: Sarvier, 2002. DELISA, J. A.; GANS. B. M. Tratado de Medicina de Reabilitação: princípios de prática. São Paulo: Manole, ed. 3, 2002. GARCIA, J. M; NICOLAU, C. M. 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