artigo dieta enteral e o paciente queimado

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A DIETA ENTERAL NA REABILITAÇÃO E CICATRIZAÇÃO DO PACIENTE
QUEIMADO
Elieth Maria Costa Pereira¹, Francisca Conceição Dutra², Sandra C. Heim Lonien³
RESUMO
As queimaduras estão entre os traumas mais graves que pode atingir o ser humano, pois
provoca uma resposta metabólica intensa que repercute em quase todos os órgãos e sistemas.
Apesar dos progressos alcançados no tratamento das queimaduras ainda é grande a taxa de
mortalidade e a incapacitação física. O metabolismo acelerado provoca um quadro de
desnutrição protéico-calórica com um consumo de até 200% das reservas energéticas desses
pacientes. A intervenção nutricional precoce no grande queimado melhora o estado
hipermetabolico e catabólico contribuindo para a cicatrização e reparo das queimaduras. A
nutrição enteral é benéfica para esses pacientes, pois ajuda a repor energias e calorias, mantém
a integridade do trato digestivo, além de atuar favoravelmente no processo de cicatrização,
auxiliando na reabilitação do paciente queimado.
Palavras-chave: Queimaduras. Hipermetabolismo. Catabolismo. Cicatrização. Terapia
nutricional enteral.
ABSTRACT
Burns are among the most serious trauma may reach the human being, since it causes a
metabolic response intense which affects almost all organs and systems. Despite the progress
made in the treatment of burns is still great the mortality rate and disablement physics. The
metabolism accelerated causes a framework for protein-calorie malnutrition with a
consumption of up to 200% of energy reserves these patients. The nutritional intervention early
in the great burned improves the state hypermetabolic and catabolic contributing to the healing
and repair of burns. The enteral nutrition is beneficial for these patients, because aid to
reappoint energies and calories, maintains the integrity of the digestive tract, in addition to act
positively in the process of healing, helping in burned patient rehabilitation.
Key words: Burns. Hypermetabolism. Catabolism. Healing. Enteral nutrition therapy.
¹Graduada em Enfermagem pelo Instituto de Ensino Superior de Londrina – INESUL.
²Graduada em Enfermagem pelo Instituto de Ensino superior de Londrina – INESUL
³Graduada em Biologia, Mestre em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Londrina, Docente de
Enfermagem do Instituto de Ensino Superior de Londrina – INESUL.
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INTRODUÇÃO
As queimaduras são consideradas lesões altamente agressivas, por causar alterações
não só físicas como também psicológicas. O indivíduo é afetado por distúrbios físicos como
alterações metabólicas, perda de volume de líquidos, risco para infecção, dor, além dos
estressores psicológicos como separação da família, deformidades corporais, e submissão de
cuidados (SANTOS et al., 2009).
Estima-se que no Brasil ocorrem em torno de 1000.000 de acidentes por queimaduras
ao ano, sendo que 100.000 pacientes procuraram atendimento hospitalar e, destes, cerca de
2.500 pacientes irão falecer direta ou indiretamente de suas lesões (GOMES, 2001).
De acordo com Gomes (2001) um centro de queimados de porte necessita de todo
um moderno aparato técnico-científico que o sustente e, acima de tudo, de uma equipe
multidisciplinar unida e dinâmica.
A pele integra reveste o corpo humano protegendo contra agressões externas como
fungos, bactérias e também fatores ambientais (VIDAL, 2006). É formada por duas camadas
sendo epiderme e derme (STANLEY; RICHARD, 2004). A lesão provocada pela queimadura
resulta em efeitos físicos nestas camadas.
A queimadura caracteriza-se pela ação direta ou indireta do calor sobre o corpo
humano devido o contato com chamas, líquido aquecidos, frio extremo substancia químicas e
radiação e são classificadas de acordo com a profundidade em queimaduras de primeiro,
segundo e terceiro grau (SERRA; GOMES ; CRISOSTOMO, 2006).
No Brasil as queimaduras com álcool são prevalentes, pois é o único país onde este é
usado livremente na forma liquida, inclusive como produto de limpeza doméstica (GOMES,
2001).
Apesar dos avanços da medicina no tratamento das queimaduras com o uso de
enxertia e novas técnicas de curativos, as taxas de mortalidade ainda são grandes devido às
complicações como infecções, sepse e desnutrição (STANLEY; RICHARD, 2004).
As vítimas de queimaduras apresentam um aumento acelerado em seu metabolismo
chegando a um gasto energético de até 50% acima do normal, em conseqüência de lesão
extensa. O hipermetabolismo leva a uma perda exagerada de massa magra corporal o que vem
a causar a instalação da desnutrição (WAITZBERG.;NETO.;LEIRI,2006).
Vitima de lesão térmica acima de 20% da superfície corpórea queimada necessita de
um suporte nutricional precoce e individualizado já nas primeiras 6 horas após a queimadura,
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com a finalidade de acelerar o processo de cicatrização, preservar e manter a integridade
corporal e prevenir o hipercatabolismo muscular (SACRAMENTO et al., 2006).
A nutrição enteral é um método terapêutico de grande interesse para o meio
hospitalar, devido aos baixos custos dos produtos utilizados e ao fácil manejo operacional,
aliados à sua alta eficiência. Porém a eficácia do método está relacionada ao conhecimento
das técnicas disponíveis e a atuação de cada membro da equipe multidisciplinar. A
enfermagem desempenha papel fundamental no sucesso do tratamento acompanhando o
paciente em todas as fases (SOUZA, 1997).
O presente trabalho traz informações a cerca da nutrição enteral, ressaltando a sua
eficácia na cicatrização de queimaduras e inserindo-a em um plano de ação assistencial de
enfermagem para o paciente queimado.
PATOFISIOLOGIA DO PACIENTE QUEIMADO
Várias são as alterações fisiológicas decorrentes do trauma físico por queimaduras.
Segundo Stanley e Richard (2004) as queimaduras provocam grandes mudanças metabólicas e
catabolicas para o organismo, ocasionando rápida diminuição do peso corporal e das reservas
energéticas, que são fundamentais para a cicatrização.
Com o trauma térmico há exposição de colágeno no tecido afetado e,
conseqüentemente, ativação e liberação de mediadores químicos como a histamina liberada
pelos mastócitos. A histamina provoca o aumento da permeabilidade capilar, permitindo a
passagem de um filtrado plasmático para o interstício dos tecidos afetados, provocando
importante edema tecidual e significativa hipovolêmia. O sistema calicreína ativado produz
cinina que aumenta mais ainda a permeabilidade capilar, agravando o edema tecidual e a
hipovolemia (SERRA; GOMES; CRISÓSTOMO, 2006).
Segundo Starkey (2001), além da histamina, outros mediadores químicos são
liberados pelas células como as prostaglandinas, que também aumentam a permeabilidade
vascular, a serotonina, um vasoconstritor de grande poder e os leucotrienos, ácidos graxos que
atuam provocando a contração da musculatura lisa. Esses mediadores químicos são
responsáveis por controlar o processo de inflamação.
Para Faintuch (1997) e Demling (2004) no paciente vítima de queimadura as
secreções endógenas são ativadas, havendo um aumento na liberação principalmente de
catecolaminas, cortisol e glucagon que têm grande poder catabolico.
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Costa Jr (2006) refere que as alterações neuroendócrinas na fase inicial do trauma,
apresentam-se como resistência periférica aos hormônios, com o objetivo de poupar energia.
Em fase mais prolongada predominam as alterações do hipotálamo, contribuindo para a
grande perda de proteínas.
Pollara; Helena Jr e Pinotti (1997) ressaltam que o metabolismo no paciente
politraumatizado é diferente do daquele observado em jejum ou desnutridos crônicos. A
principal diferença é ativação do sistema neuroendócrino que leva ao hipermetabolismo.
De acordo com Bogassian e Bogassian (2006) os hormônios mais atuantes na
resposta endócrina e que possuem ações e efeitos indesejáveis são:
- Catecolaminas, liberadas pela medula supra-renal, são consideradas as mais
importantes efetoras da reação endócrina ao trauma. Principais ações: vasoconstrição das
arteríolas, melhora da contratilidade e força cardíaca, estimulo da glicogenese, da lipólise e da
proteólise, além de inibição da ação da insulina.
- Cortisol, liberado no lobo anterior da glândula hipófise através de estímulos da
zona traumatizada. O cortisol retém sódio e elimina potássio, causa quebra das gorduras e
proteínas. Apresenta um excesso de consumo muscular, metabolismo intenso, edema e retardo
na cicatrização, levando a um catabolismo protéico acentuado, balanço hidrogenado negativo,
redução da massa muscular e perda de peso.
De acordo com Pollara; Helena Jr e Pinotti (1997) e Demling (2004) pacientes
queimados apresentam um grau maior de exacerbação em seu sistema neuroendócrino, tendo
suas necessidades energéticas aumentadas em até 200%, com uma perda de nitrogênio em
torno de 40g/dia, podendo alcançar uma perda de massa magra de 1,5g/dia. O grau de
catabolismo é proporcional a extensão da área lesada que não foi enxertada, especialmente
pela ação das catecolaminas e interleucinas.
O índice metabólico só volta ao normal com o completo fechamento da lesão. Como
as necessidades energéticas são prolongadas, as fontes de energia são rapidamente
consumidas levando a perda de tecido muscular e a desnutrição (WOLF; HERNDON,
2003).E a oferta de nutrientes ao paciente grave queimado pode diminuir o catabolismo e
melhorar a evolução clinica (FERREIRA, 2007). Uma avaliação das necessidades nutricionais
logo após a queimadura é fundamental para instituir a terapia nutricional, com a finalidade de
diminuir os efeitos do hipermetabolismo e do catabolismo (WAITZBERG., NETO; LEIRI,
2006).
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O inicio precoce de um suporte nutricional é indispensável para amenizar a resposta
metabólica, acelerar o processo de cicatrização, minimizar a resposta inflamatória, manter
sobre controle a perda de peso e reduzir a morbi-mortalidade (COSTA JR, 2006).
TERAPIA NUTRICIONAL
Segundo Vasconcelos e Tirapegui (2008) o paciente com enfermidades graves tem
sido objeto de grande interesse nos últimos anos. A terapia nutricional para esses pacientes é
muito importante, pois visa prevenir a desnutrição de proteínas e calorias, além de adequar as
necessidades nutricionais desses pacientes.
Para Posthauer, Thomas (2004) existem seis classes de nutrientes:
- Hidratos de carbono: fornecem energia, a deficiência no fornecimento de hidrato de
carbono causa perda muscular, obrigando o organismo a fazer a quebra das proteínas para
gerar energia.
- Proteínas e aminoácidos: a proteína e o único nutriente que contém nitrogênio,
hidrogênio, oxigênio e também enxofre e fósforo. Todos esses elementos combinados formam
os aminoácidos que são a menor unidade das proteínas.
- Vitaminas não são produzidas pelo corpo, são obtidas através dos alimentos, que
desempenham papel importante na cicatrização, atuam na síntese de colágeno.
- Alguns minerais como zinco cobre e ferro agem para a formação e transporte do
colágeno e oxigênio, porem a água pode ser o mais importante dos nutrientes atuando na
hidratação, como solvente para os minerais, vitaminas, aminoácidos e outras pequenas
moléculas. A água compõe 60% do peso corporal de um adulto e esta distribuída nos fluidos
intravascular, intersticial e intracelular.
A desnutrição hospitalar vem sendo indicada como a maior responsável pelos altos
índices de morbi-mortalidade em pacientes internados além de ser a causa de varias
complicações clinicas e elevar os custos das instituições de saúde. A equipe multidisciplinar
que presta a assistência está envolvida diretamente nesse processo sendo de grande
importância que o enfermeiro saiba identificar um paciente desnutrido e também as
complicações que a desnutrição hospitalar pode causar (SANTOS; ABREU, 2005).
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HISTÓRICO
Oliveira e Moron (1997) narram que a nutrição enteral já com o conhecimento das
principais vias de acesso testemunhou na metade do século XX conhecimentos sobre a
importância dos nutrientes e das vias metabólicas para seu uso pelo organismo.
Shike (2003) ressalta que a pratica de introduzir nutrientes no trato gastrointestinal
originou-se na antiguidade com os egípcios. Os médicos gregos usavam enemas contendo
vinho, soro de leite, leite e caldo de cevada para tratar diarréia e fornecer nutrientes. No
século XIX, médicos europeus instalavam líquidos e alimentos como extrato de carne, leite e
uísque no reto dos pacientes. A alimentação retal foi usada até o começo do século XX.
Faintuch (1997) relata que as primeiras sondas gástricas de borracha apareceram
antes da Segunda Guerra Mundial. Porém seu material era inadequado causando grande
irritação nos tecidos levando a sua substituição pelos plásticos (PVC) em 1950. As sondas de
Levine eram calibrosas e mais cômodas ao serem inseridas no estômago, porém o plástico do
PVC em contato com líquido do organismo liberavam substancias que atacavam as mucosas,
além da rigidez e do calibre da sonda atrapalhar a respiração, a deglutição, provocando
também necroses nasais e do epitélio da faringe e do esôfago.
De acordo com Faintuch (1997) a era do suporte nutricional teve inicio no final da
década de 1960, com novas formulas dietéticas, rotinas e vias de acesso, além do uso de
ingredientes naturais, maneiras de administração e variedades de nutrientes, sondas e
protocolos que caracterizam a nutrição enteral nos dias atuais.Atualmente grandes avanços
técnicos tem surgido, aperfeiçoamento das sondas, utilizações de bombas de infusão ,
permitindo uma oferta adequada de nutrientes, levando em considerações as vias de acesso,
nasoenteral,gastrostomia e jejunostomia sendo as duas últimas por procedimentos cirúrgicos.
NUTRIÇÃO ENTERAL
De acordo com Neto (2003) a nutrição enteral resume-se na administração de
nutrientes com formulas químicas apropriadas, através da introdução direta no estomago ou
no intestino delgado com o auxilio de sondas. É indicada quando o paciente não pode, não
deve ou não quer comer de maneira a satisfazer suas necessidades básicas. Também é usada
para corrigir distúrbios metabólicos.
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Shike (2003) ressalta que a terapia enteral tem indicações para pacientes que mantém
as funções gastrintestinais de digestão e absorção porem não consegue ingerir alimentos de
forma adequada.
Segundo a resolução nº 449 da ANVISA (BRASIL, 1999) a nutrição enteral é a
ingestão controlada de nutrientes na forma isolada ou combinada, especialmente formulada e
elaborada para uso por sonda ou via oral, nasal, sendo industrializada ou não, exclusiva ou
parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou
não, conforme suas necessidades, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a
síntese ou manutenção dos tecidos órgãos ou sistemas.
OBJETIVOS DA NUTRIÇÃO ENTERAL
O suporte nutricional é eficiente se realizado de acordo com protocolos definidos e
por uma equipe multiprofissional que inclui: médico, enfermeiro, nutricionista e
farmacêutico/bioquímico. O principal objetivo do suporte nutricional é prover energia e
nutrientes para sustentar o sistema fisiológico e manter a massa magra do paciente e estar
sempre reavaliando as evoluções nas fases de hipercatabolismo, tentando estabelecer a
recuperação do paciente (LARSON; ANÇÃO ; MONTE, 1998).
De acordo com Zaros (2008) a terapia nutricional tem como objetivo prover as
necessidades energéticas e protéicas e fornecer nutrientes específicos, pois o fornecimento
inadequado de calorias compromete a cicatrização das lesões e a recuperação da massa magra.
O suporte nutricional além de fornecer energia e nutrientes para manter os sistemas
fisiológicos e a massa magra, proporciona a vantagem de se escolher fórmulas de nutrientes
adequadas às condições do paciente queimado(NOBREGA; ALMEIDA; RUBIO, 1998).
Cortes et al. (2003) afirmam que o paciente em terapia intensiva, geralmente apresenta um
estado de hipermetabolismo em virtude do trauma, e sepse ou outro quadro de gravidade. Para
esses pacientes o suporte nutricional é de grande utilidade na sua evolução clinica. O
oferecimento de calorias deve ser ajustado as necessidades dos pacientes, alem de fornecer
subsídios para a produção de proteínas. Minerais, vitaminas e água deverão ser ofertados
conforme as necessidades do paciente.
Para Sacramento et al. (2006) a terapia nutricional causou uma mudança notável no
tratamento
do
paciente
queimado,
apresentando
alternativas
ao
hipercatabolismo
descontrolado, agindo diretamente na sobrevivência de vitimas de queimaduras.
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Segundo Murta (2006) o alimento desempenha papel importante no funcionamento e
reabilitação da saúde, além de combater o estado de debilidade do organismo durante o
tratamento de doenças ou lesão. Uma terapia nutricional adequada é o primeiro passo para a
recuperação, a alimentação é tão importante como outras terapias, assumindo maior
importância em situação de estresse e doenças com longos períodos de duração.
Segundo Unamuno e Marchini (2002) a cada dia que passa a terapia nutricional têm
sido considerada como um fator de extrema importância na recuperação de doentes, porém, a
oferta de nutrientes através de sondas melhora o estado nutricional dos pacientes desde que o
aparelho digestivo conserve pelo menos parte de sua capacidade de absorção.
Dreyer e Brito (2003) afirmam que o suporte nutricional é um conjunto de
procedimentos terapêuticos que visa manter e recuperar o estado nutricional dos pacientes,
sendo a nutrição enteral a melhor forma de fornecer nutrientes ao pacientes com trato
gastrointestinal funcionante, mas que não conseguem se alimentar satisfatoriamente por via
ora.
Segundo Sacramento et al. (2006) os pacientes com mais de 20% de superfície
corporal queimada, e os que apresentam um estado nutricional complicado durante a
internação, devem receber nutrição enteral via sonda nas primeiras 6horas de queimaduras,
devendo atender as necessidades individuais, levando em consideração a idade, peso, altura,
estresse metabólico, a extensão da área queimada e o estado nutricional anterior.
Gomes et al. (2006) afirmam que o suporte nutricional causou grande avanço no
tratamento do paciente queimado, o que tornou possível a recuperação de pacientes com até
80% de área corporal queimada. O principal objetivo da terapia nutricional é diminuir as
complicações clinicas do paciente, além de evitar o risco de infecção, tornar mais rápida a
cicatrização e diminuir o tempo de internação.
O suporte nutricional tem como objetivo fornecer energia e nutrientes para manter
os sistemas fisiológicos e a massa magra, além de escolher fórmulas de nutrientes adequadas
às condições do paciente queimado. (NOBREGA; ALMEIDA e RUBIO,1998).
Vieira (2006) a avaliação nutricional no paciente queimado é absolutamente
necessária até que 95% da superfície queimada estejam curadas.O ganho de energia para o
funcionamento do organismo é imprescindível a sobrevivência do ser vivo, pois os alimentos
são fontes de matéria prima e energia. Os processos catabólicos e anabólicos são mediados
por enzimas e hormônios, exigindo o uso de nutrientes, energia, oxigênio e hidrogênio
(WAITZBERG e GONÇALVES, 1997).
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COMPLICAÇÕES COM A DIETA ENTERAL
Para Maia, Lameu e Vianna (2006) as complicações da nutrição enteral estão ligadas
ao uso de sondas nasojejunais, sendo:
- Mecânicas: irritação nasofaringe, otite, sinusite, obstrução da sonda, perfuração do
duodeno.
- Gastrintestinais: dor abdominal, cólicas, distensão, náuseas e diarréia.
- Metabólicas: Hiperglicemia levando ao coma.
Segundo Pollara, Helena JR e Pinotti (1997) as complicações de nutrição enteral
ocorrem em cerca de 5% dos pacientes e estão relacionados com problemas técnicos e
mecânicos podendo levar a desnutrição, comprometimento do sistema imunológico, perda de
massa muscular e dificuldade de cicatrização, sendo:
- Sondas rígidas de polietileno posicionadas por via oral ou nasal podem causar
sinusite, otite média, ulcera de asa nasal e irritação faríngea.
- Posicionamento inadequado da sonda principalmente quando a porção distal se
encontra no esôfago ou árvore traquiobrônquica .
- Incidência por aspiração, sendo 40% as causas.
- Obstrução de sondas por medicações.
- Contaminação bacteriana da dieta, podendo causar diarréia.
- A superalimentação sendo mais prejudicial do que a subnutrição.
O paciente grave internado na Unidade de Terapia Intensiva sob terapia nutricional enteral,
comumente apresenta prejuízos nutricionais. Geralmente, exibe fatores que limitam a
administração plena da terapia, como a disfunção do trato gastrointestinal, dada, por exemplo,
pela estase, vômitos, diarréia, distensão abdominal, jejum para exames e procedimentos
médicos, de enfermagem e fisioterapia, impedindo assim o fornecimento adequado de
nutrientes (FUJINO ; NOGUEIRA, 2007.pg220-226).
Cuidados de Enfermagem com a Dieta Enteral
Para Unamuno e Marchini (2002) a equipe que presta cuidados a pacientes que
recebem terapia nutricional através de sonda, devem ter conhecimento especializado sobre a
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instalação e administração da dieta, além de treinamento para prevenir e reconhecer as
complicações.
Na Resolução COFEN (2003) compete ao enfermeiro assumir o acesso ao trato
gastrintestinal
através da passagem de sonda com fio guia introdutor e transpilórica
acompanhando o posicionamento por avaliação radiológica.
Souza (1997) afirma que é função da enfermagem instalar e administrar a dieta,
reconhecer as complicações facilitando assim o tratamento.
De acordo com Freitas e Mendes (2006) indivíduos vítimas de lesões térmicas
exigirão assistência de enfermagem intensiva e qualificada, devido às lesões e seqüelas
causadas pelas queimaduras. O enfermeiro será desafiado diariamente a compor planos de
cuidados que atenda as ameaças físicas que possam ocorrer, além dos aspectos sociais e
psicológicos.
Para Dreyer ; Brito (2003) o enfermeiro e sua equipe desempenham papel
fundamental em identificar pacientes desnutridos em risco de desnutrição, pois paciente que
apresentam perda de peso expressiva, índice de massa corporal abaixo do normal devem ser
monitorados com atenção e quando indicado receber terapia nutricional.
De acordo com Souza (1997) a nutrição enteral tem despertado grande interesse no
ambiente hospitalar, devido aos custos da matéria-prima serem mais acessíveis, além da sua
alta eficácia. No entanto a sua eficácia está ligada ao conhecimento das técnicas utilizadas e
da atuação da equipe multidisciplinar, pois a equipe de enfermagem acompanha de perto a
evolução do paciente em todas as suas fases.
A equipe de enfermagem deve ser habilitada e treinada, para que juntamente com a
equipe multidisciplinar possa prestar cuidados integrais de maneira total, visando um
resultado positivo, pois a equipe de enfermagem atua na infusão da nutrição desde a sua
administração até as reações apresentadas pelo paciente durante a terapia nutricional
(CIOSAK et al. 2006).
Segundo Nóbrega, Almeida e Rubio (1998) no inicio, a infusão da dieta é feita em
volumes menores para que o paciente possa se adaptar ao volume e a osmolaridade da
solução.
De acordo com Vidal (2006) a assistência de enfermagem na alimentação entral deve
priorizar alguns cuidados como:
- A dieta enteral deve ser instalada geralmente de três em três horas (de acordo com
prescrição médica);
- Administradas em gota a gota;
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- Trocar equipo a cada 24 horas, e após administração lavar sonda com água potável.
DIAGNÓSTICO E PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
O restabelecimento do paciente com injúria por queimaduras depende de um correto
diagnóstico de enfermagem, o qual provoca intervenções específicas a cada caso,
proporcionando o sucesso do tratamento. Para ilustrar, apresentamos uma tabela (tabela 2)
com possíveis diagnósticos e prescrições para o paciente queimado.
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Tabela 2 – Diagnóstico e Prescrição de Enfermagem
DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM
Déficit de volume hídrico relacionado como
aumento da permeabilidade capilar e perdas
pela evaporação das queimaduras
Dor relacionada com a lesão ao tecido e nervo
Hipotermia relacionada com trauma por
queimaduras e feridas abertas
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
Verificar sinais vitais;
Puncionar acesso venoso calibroso;
Monitorizar débito urinário;
Manter acesso venoso pérvio e controle hídrico;
Observar a evolução do edema.
Administrar analgésico;
Observar sinais de depressão respiratória;
Monitorizar temperatura corporal;
Aquecer o paciente durante a realização do
curativo;
Proporcionar ambiente aquecido pelo uso de
cobertores e aquecedor.
Risco de infecção relacionada à pele rompida,
tecido traumatizado, destruição de tecidos
Usar assepsia em todos os cuidados prestados ao
paciente;
Monitorar exames laboratoriais;
Reduzir o número de visitas;
Inspecionar a presença de infecção, drenagem
purulenta ou descoloração da lesão queimada.
Nutrição alterada: menos do que as
necessidades corporais caracterizado por peso
20% ou mais abaixo do ideal, relacionado a
incapacidade de absorver,ingerir,e digerir
nutrientes
Oferecer dieta hipercalórica e hiperproteica;
Monitorar o peso diário;
Administrar dieta por sonda nasoenteral;
Relatar ao médico sinais de distensão
abdominal, resíduo gástrico ou diarréia;
Trocar equipo de dieta a cada 24hs;
Lavar sonda nasoenteral com 20mls de água
após administração de medicamento e dieta.
Comprometimento da integridade da pele
caracterizado por destruição de camadas da
pele, relacionado com as feridas de
queimaduras abertas, nutrição desequilibrada,
emagrecimento
Avaliar evolução da queimadura;
Limpar área queimada conforme rotina;
Manter o paciente em repouso no leito após
enxertia.
Hipertermia relacionada com o aumento da
taxa metabólica, desidratação, trauma
Administrar antitérmicos conforme prescrição;
Realizar meios físicos se a temperatura não
ceder com antitérmicos (compressa fria, banho
morno);
Observar sinais clínicos de infecção.
Fonte: Diagnóstico de Enfermagem Segundo Nanda(2008).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
As queimaduras deixam seqüelas graves e incapacitantes, dependendo de sua
extensão e profundidade podem levar a morte. Vitimas de lesões térmicas são susceptíveis a
infecções, alterações hormonais e metabólicas, requerendo uma assistência de enfermagem
intensiva e qualificada, com conhecimentos técnicos e científicos.
Com o presente trabalho foi possível concluir que a dieta enteral iniciada
precocemente previne a perda de massa magra e acelera o processo de cicatrização
diminuindo a taxa de morbi-mortalidade.
Ao enfermeiro compete a responsabilidade de compor diariamente planos de
cuidados que atenda as necessidades físicas, sociais e psicológicas desses pacientes.
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