ASSOCIAÇÃO DOS FARMACÊUTICOS DE RIBEIRÃO PRETO – AFARP [email protected] Princípios farmacológicos de antibioticoterapia Prof. Dr. Lucélio Bernardes Couto ANTIBIÓTICOS – MECANISMOS DE AÇÃO Antibióticos Derivados semisemi-sintéticos de produtos originários da natureza (lama, coalho bolorento, derivados de plantas) Toxicidade seletiva: tóxicos ou letais p/ invasores -Espectro de ação: - estreito → contra G+ (S.viridans, beta beta--hemolítico, estáfilo) OU G- (E. coli, Klebsiela, Enterobacter) - amplo → G + E G - Espectro de ação Bactericidas x bacteriostáticos Antibióticos Fatores que limitam a ação de antibióticos: Distribuição → < em regiões menos irrigadas (abscessos, necroses, seios) procedimento cirúrgico Fatores ligados ao hospedeiro: ↓ dos mecanismos de defesa (leucemia, agranulocitose, AIDS) RESISTÊNCIA Uso incorreto de antibióticos: ESPANHA 1996 Pneumococo EFICÁCIA: era pré-antib.:20-85%, atual: 5% - 40% resistente a penicilina - 18% resistente a macrolídeos H. influenzae - 40% resistente a amino penicilina Consumo antibiótico Humano - 366 toneladas/ano Animal - 250 toneladas/ano Microbiota animal E.coli - 20% resistente a gentamicina - 40% resistente a ampicilina e sulfa S.aureus - 20% resistente ampicilina e sulfa Prescrições na Espanha (1992) • 22% dos pacientes com diagnóstico de doença infecciosa • 67% dos pacientes receberam antibiótico Efeitos da restrição: •Finlândia – 1991 – Streptococos: 23% resistentes a macrolídeos 2,4 dose de macrolídeo/1000 habitantes (eritromicina) 1992 a 1996 - 1,2 dose macrolídeo/1000 habitantes 1997: Streptococos - 5% resistentes a macrolídeos. Expansão e Desenvolvimento da Resistência Bacteriana Falta de informação: suspensão do uso após melhora do quadro (países em desenvolvimento) – 2 a 3 dias Drogas falsificadas (5% de todos os antibióticos vendidos): 70% EM PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO (OMS: 1992-1994) 51% - nenhum princípio ativo 17% - princípio ativo incorreto 11% - concentrações baixas do princípio ativo (Fonte: ANVISA) ANTIBIÓTICOS – MECANISMOS DE AÇÃO Classes de antibióticos: Beta-lactâmicos - penicilinas e cefalosporinas - fase de multiplicação celular - rápida inerte contra latentes -alta osmolaridade intracelular -esferoblastos: sem parede na medula renal BAIXA EFICÁCIA EM INFECÇÕES RENAIS PENICILINAS Mecanismo: inibição transpeptidase e enzimas autolíticas na parede celular. Absorção penicilina G – 33% pH estomacal – inativação interferência com alimentos (30 min. antes ou 2h após refeições) Distribuição - líquidos corpóreos (bile, saliva, leite, placenta, articulações, pericárdio) – ligação proteínas plasmáticas: 60% SNC – barreira hematoencefálica (<1% da [ ] plasmática) Excreção - 90% excretada inalterada - secreção tubular (probenecida - septicemia) - T½ - 30-60’ abaixo C.L.M. → lesa a parede Penicilinas Classificação: • Penicilina G (benzil-penicilina - natural): G+, cocos G(procaína – 1-3h; 1 dia, benzatina – 26 dias) • Penicilina V (fenoxi-metil-penicilina) • Penicilinas resistentes à penicilinase: oxacilina, nafcilina – anti-estafilocócicas • Penicilinas de amplo espectro: ampicilina, amoxicilina • Penicilinas de espectro ampliado: ticarcilina (Pseudomonas, Enterobacter, Proteus) Estrutura química Excreção – ações da probenecida PENICILINAS Indicações: infecções por gram + Meningite bacteriana: benzilpenicilina i.v. – flucloxacilina - (resistente à penicilinase) Faringite: fenoximetilpenicilina Otite média: amoxicilina Bronquite/pneumonia: amoxicilina Infecções das vias urinárias: amoxicilina Gonorréia: amoxicilina + probenecida Sífilis: penicilina procaína (im) Endocardite: benzilpenicilina Penicilinases (β-lactamases) → estafilococos, Neisseria gonorrhoeae 15-20% cepas não hospitalares 95% cepas hospitalares Indução de resistência - estafilococos Inibidores da β-lactamases → Clavulanato de potássio (Clavoxil®, Clavulin®, Novamox®, Timentin®) Sulbactamo (Trifamox IBL®, Unasyn®) Tazobactama (Tazocin®) PENICILINAS DE AMPLO ESPECTRO: Ampicilina (Ampigran, Amplacilina, Amplofen, Amplotal, Benzotal, Binotal, Gramcilina, Optacilin, Parenzyme, Tandrexin), Amoxicilina (Amoxibron, Amoxifar, Amoxil, Amoxi-ped, Cibramox, Hiconcil, Novocilin, Novoxil, Penvicilin, Polimoxil, Polimoxil, Probenil, Prodoxil, Respicilin, Velamox) , Bacampicilina, Pivampicilina PENICILINAS Reações Tóxicas: - Epilepsias; náuseas; vômitos -Alteração microbiota -Alergia medicamentosa → sensibilização prévia Hipersensibilidades: -Hipersensibilidade tardia → 80-90% das reações erupções cutâneas; eritema bolhoso; glossite aguda; perda mucosa bucal -Reações alérgicas aceleradas → 30 min. a 48 h: urticária, edema laríngeo -Agudas (choque anafilático) → 30 min.: urticária, broncoespasmo, hipotensão Interações com penicilinas: Antiácidos orais - ionizam penicilinas e ↓ absorção (penicilinas orais apresentam tampão para proteção) Sulfas - ↓ absorção gastrointestinal das penicilinas Tetraciclinas - as penicilinas atuam na fase de reprodução da bactéria (tetraciclina inibe reprodução bacteriana) conduta: administrar penicilina horas antes da tetraciclina Cefalosporinas (Cephalosporium) Cefamixinas β-lactâmicos (Streptomyces) Indicações: • Gram+ - pacientes alérgicos à penicilina. • Bacilos Gram-negativos (E. coli, Klebsiela e Proteus). • Infecção grave com suspeita de bacteriemia. • Profilaxia de casos cirúrgicos especiais. REAÇÕES ALÉRGICAS A MEDICAMENTOS Cefalosporinas Primeira Geração Segunda Geração Terceira Geração efetiva contra espécies de Staphylococcus e Streptococcus e Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Proteus mais eficazes contra bactérias Gram-negativas, mais resistentes à beta-lactamase: E. coli, Klebsiela e Proteus muito eficazes contra Gramnegativas e em infecções hospitalares Parenterais cefalotina cefazolina cefapirina cefradina Parenterais cefamandol cefoxitina cefuroxima cefotetana Orais cefalexina cefradina cefadroxil Orais cefuroxima cefprozila cefaclor Gram + gram - Gram + Gram anaeróbios* Parenterais cefoperazona cefotaxima ceftizoxima ceftriaxona ceftazidima Orais cefixima cefpodoxima gram + Gram - Cefalosporinas - Primeira Geração PROPRIEDADES - bactericida - gram + e -; resistência às beta-lactamases estafilocócicas • • • • • • Cefazolina Ancef & Kefazol IV & IM 500 mg a 1 g 8/8 h Boa cobertura para g+ Cobertura pobre para g• Profilaxia cirúrgica • Cefalexina Keflex & Cefalexin VO 250 mg a 1 g 6/6 h Infecções urinárias, otite média, espectro semelhante ao da cefazolina Cefalosporinas - Segunda Geração PROPRIEDADES - amplia atividade contra gram quando comparados com a primeira geração. • Cefoxitina • Cefuroxima Mefoxin Zinacef IV & IM (1 a 2g 8/8h) G +/- & anaeróbios Profilaxia em cirurgias coloretais IV & IM Zinnat VO Pneumonia Profilaxia cirúrgica Cefalosporinas - Terceira Geração PROPRIEDADES - > espectro contra gram- e < contra gram+ e anaeróbios. Cefixima [Plenax] • Uso somente oral e estrutura similar a cefotaxima, ceftizoxima, & ceftriaxona • melhor cefalosporina disponível para uso oral contra G - • • • • Ceftriaxona [Rocefin] IV & IM; longa meia-vida (1 a 2g 12/12 ou 24/24h) Alta ligação às proteinas plasmáticas (93-96%) Atinge facilmente as meninges e se difunde no LCR boa cobertura para G- e alguns G+ Indicações clínicas das cefalosporinas •Septicemia •Pnemonia •Meningite •Infecções do trato biliar •Infecções das vias urinárias •Sinusites Efeitos adversos: •Hipersensibilidade (10% cruzada com penicilina) •Nefrotoxicidade (cefradina) •Intolerância ao álcool •Diarréia com cefalosporinas orais Interações com cefalosporinas: Colistina (Colistin®) derivado da polimixina - aumento da toxicidade renal Furosemida - potencialização da nefrotoxicidade Probenecida - diminuição secreção renal nefrotoxicidade Sulfonamidas Mecanismo ação: análogo PABA folato → síntese de precursores de DNA e RNA Antimetabólitos - síntese de ácido fólico Ácido pteridínico + PABA + Ácido glutâmico → Ácido fólico (Sulfonamida) Bacteriostáticos - inibição desenvolvimento -Exsudato purulento (pus): timidina e purina (substituição) -Resistência → formação de plasmídios -Depressão SNC: sedação -Metemoglobinemia: cianose Sulfas PABA Di-hidro-pteroato sintetase bloqueio Sulfonamidas Folato Di-hidro-folato redutase bloqueio Tetraidrofolato Timidilato DNA bacteriano Trimetoprima Sulfonamidas Farmacocinética: Absorção TGI (máx. 4-6 h) Uso tópico - sensibilizações e reações alérgicas exceção: sulfadiazina de prata - Dermazine®, Pratazine® queimaduras infectadas Elevado Vd - atravessa barreiras (pouco uso no SNC) Indicações •Malária resistente •Infecções sexualmente transmissíveis (cancro) •Infecções respiratórias •Infecções agudas das vias urinárias Sulfonamidas - classificação Sulfadimidina (curta duração) Sulfametoxazol (intermediária duração) + trimetoprima Sulfametopirazina (longa duração) Efeitos indesejáveis: •Sedação e depressão SNC •Náuseas e vômitos •Hepatite, hipersensibilidade •Cristais na urina → cálculos renais •↑ ingestão líquidos • alcalinização urina Excreção renal de sulfas – efeito da alteração do pH Interações com sulfas: Anestésicos locais (benzocaína, procaína, tetracaína, butacaína): éster do PABA - competição infecções locais em áreas de infiltração do anestésico conduta: usar amidas - lidocaína (xilocaína), Depressores SNC → Álcool, antihistamínicos, antipsicóticos, ansiolíticos, barbitúricos Metotrexato - sulfonilamidas deslocam metotrexato das proteínas plasmáticas Inibidores da síntese protéica: Inibidores da síntese protéica protéica:: ribossomos bactéria: bactéria: 2 subunidades → 30S 30S (complexo de iniciação) 50S 50S (liberação da proteína) Ligam--se ao 30S Ligam 30S: Aminoglicosídeos: Gentamicina (Garamicina), Aminoglicosídeos: estreptomicina, amicacina, tobramicina (Pseudomonas), netilmicina, neomicina, framicetina Ação bactericida - efeito potencializado por penicilinas Amplo espectro de ação Absorção parenteral (i.m. ou i.v.) - polar - parenteral Inibidores da síntese protéica: Ligam--se ao 30S: Ligam 30S: Aminoglicosídeos: Ototoxicidade irreversível alteram função vestibular: estreptomicina e gentamicina alteram a audição: neomicina e amicacina netilmicina - < ototoxicidade – usos crônicos Nefrotoxicidade irreversível Excreção renal do fármaco - lesões crescentes Bloqueio neuromuscular Monitorização terapêutica Interações com Aminoglicosídeos:: Cefalosporinas: efeitos nefrotóxicos aditivos com cefaloridina ou cefalotina Riscos em pacientes com lesão renal pré-existente Idade avançada Uso de probenecida Glicosídios cardíacos - digoxina Inibição da absorção gastrointestinal da digoxina espaçar ao máximo as administrações monitorar níveis séricos de digoxina Dimenidrato (Dramin®) alterações vestibulares dos aminoglicosídeos podem ser mascaradas pelo dimenidrato Interações com Aminoglicosídeos:: Penicilinas V (Pen-V-Oral®) neomicina (3g 4x/dia) diminui absorção da penicilina em 50% conduta: administrar penicilinas parenterais ou dobrar a dose da penicilina oral Relaxantes musculares: potencialização do efeito (paralisia respiratória) inibição captação cálcio (exocitose Ach) conduta: cuidados no pré e pós-cirúrgicos recentes Vitamina B12 (cianocobalamina) diminuição da absorção da vitamina B12 (baixo risco - administração de B12 parenteral) Inibidores da síntese protéica: Ligam-se ao 50S: Tetraciclinas: Tetrex; Terramicina amplo espectro; bacteriostáticos afinidade pelo fígado, ossos, dentes; ação do ciclo enterohepático; excretado suor, sêmen, leite complexa-se com Ca+2, Mg+2, Fe+2, Al+3, exceção: minociclina e doxiciclina EFEITOS ADVERSOS: Irritações gastrointestinais Destruição microbiota: ↑ tempo coagulação (Vit. K) Hipoplasia esmalte Fototoxicidade dérmica (5% dos pacientes) Inibidores da síntese protéica: Tetraciclinas: Indicações Infecções mistas das vias respiratórias e acne Efeitos indesejáveis: Distúrbios gastrointestinais (irritação direta e alteração microbiota) Hipoplasia dentária e deformidades óssea - lactação Hepatotoxicidade Distúrbios vestibulares (miniciclina) Inibição síntese protéica renal (nefrotoxicidade) EFEITOS ADVERSOS - TETRACICLINAS EFEITOS ADVERSOS - TETRACICLINAS Fotosensibilização (demeclociclina) Interações com tetraciclinas: Antiácidos orais (contendo cátios) > 5% dos pacientes usam leite - doxaciclina (Vibramicina®) tem baixa influência Barbitúricos - indução enzimática - 1 em 5 pacientes: fenobarbital por 10 dias - T1/2 doxaciclina - de 15,3h para 11,1h Carbamazepina - mesmo efeito (T1/2 para 8,4h) Inibidores da síntese protéica: Cloranfenicol:: Ligação à subunidade 50S também eritromicina e clindamicina Bacteriostático - amplo espectro Efeitos indesejáveis: Depressão medula óssea - pancitopenia (> 2 semanas) Anemia aplásica fatal - 1/50.000 Inibição da maturação de hemácias RN: ‘síndrome bebê cinzento’ – flacidez, hipotermia († 40%) Indicações: Meningites em pacientes alérgicos a penicilinas Conjuntivite bacteriana Haemophilus influenzae resistentes Interações com cloranfenicol: Álcool etílico - efeito dissulfiram do cloranfenicol Claritromicina e clindamicina: competição mesmo sítio ação Penicilinas: atuam na fase de reprodução da bactéria (cloranfenicol inibe reprodução bacteriana) conduta: penicilina horas antes do cloranfenicol Eritromicina e clindomicina: mesmo sítio de ação (50S) Preparações com ferro e vitamina B12: retardo da resposta da anemia ao tratamento Inibidores da síntese protéica: Ligação à subunidade 50S Macrolídeos Eritromicina (Ilosone): alternativo da penicilina G - alergias Penetra 100x mais em G+ - T½: 90 minutos (estreito espectro - mesmo da penicilina ) Ação bactericida/bacteriostática – dpde. microorganismo Claritromicina e clindamicina (mesmo sítio de ação) – T½: 4,5 horas Azitromicina (H. influenzae, T. gondii) - T½: 24 horas Efeitos indesejáveis: Eritromicina: via endovenosa - tromboflebites Distúrbios gastrointestinais Distúrbios de audição Interações com eritromicina: Clindamicina: os dois atuam no mesmo ponto de conjugação das proteínas - competição Penicilinas: atuam na fase de reprodução da bactéria (eritromicina inibe reprodução bacteriana) conduta: administrar penicilina horas antes da eritromicina Alteram as membranas celulares → baixa toxicidade seletiva Nistatina (antifúngicos): Candida albicans; ligação a esteróis da membrana fúngica → vazamento iônico náuseas, vômitos, diarréia Parenteral - alta toxicidade – uso tópico/oral Infecções fúngicas orais e dérmicas - candidíase Cetoconazol Inibição citocromo P-450 fúngico e humano – síntese de esterol da membrana fúngica VO e tópico Absorção oral retardada pelos alimentos (pH ácido) Indicações -Candidíase oral e vaginal e micoses superficiais, micoses profundas como segunda ou terceira escolha Contra-indicado na gravidez e na lactação Cetoconazol – toxicidade • Náusea, vômitos, dor abdominal, anorexia • Prurido e rash cutâneo • Hepatite sintomática - AST e ALT elevadas em 2-10% • Insuficiência adrenal • Perda da libido, impotência, ginecomastia, irregularidades menstruais • Cefaléia, febre, calafrios e fotofobia Fluconazol – mecanismo de ação Fluconazol – toxicidade • Melhor absorção • Náusea e vômitos • Rash cutâneo • Menor hepatotoxicidade • Cefaléia e convulsões Candidíase resistente • > Custo a fluconazol Interações: • Álcool: hepatotoxicidade. • Ação diminuída (indução enzimática): fenitoína; isoniazida (antimicobacteriano); rifampicina. • Inibição enzimática: fenitoína; hidroclorotiazida; teofilina; warfarina ciclosporina. FLUCONAZOL Reações adversas: naúseas, vômitos, dores abdominais, anorexia, diarreia, hepatotoxicidade, cefaléias, rash, síndrome de StevensStevens-Johnson, convulsões Contra--indicações: alergia aos azóis, gravidez, lactação Contra Co Co--administração de: terfenadina ↑ com dose de fluconazol ≥400 mg/dia, cisaprida (↑ (↑ Ach plexo mioentérico – pró pró--cinético) - ↑ concentração - ↑(arritmias) Interações medicamentosas: astemizol, ciclosporina ↑; midazolam, triazolam ↑; cumarínicos ↑; teofilina ↑; sulfoniluréias ↑; zidovudina ↑ rifampicina ↓; ITRACONAZOL vida média - 30 - 45 horas Reações adversas: náuseas, vômitos, dores abdominais, diarréia, anorexia, hepatotoxicidade, cefaléias, tonturas, prurido, rash Contra--indicações: alergia, gravidez, lactação Contra Interações medicamentosas: ↓ concentrações itraconazol - ↑ pH: pH: anticolinérgicos, antagonistas H2, antiácidos, inibidores da bomba de protões; Itraconazol ↑ concentrações: ↓ carbamazepina ↑; ciclosporina ↑; ↓ hidantoínas ↑; ↓ isoniazida; cumarínicos ↑; digoxina ↑; teofilina ↑; ↓ rifampicina, rifabutina ↑; sulfonilureias ↑ ; antivirais - indinavir, ritonavir, saquinavir - ↑ Anfotericina B Membranas celulares fúngicas - ↓ permeabilidade e transporte – formação de poros na membrana • Espectro – C. albicans • Absorção oral <5% - Via de administração – IV • Infusão lenta em 4 horas (calafrios, artralgia, náuseas, vômitos e febre durante a infusão). Toxicidade renal • Perda de K+ e Mg++; lesão tubular; insuficiência renal Cardiotoxicidade Formulações lipídicas – lipossomas (iv) - uso hospitalar: • Lipossomal (Ambisome) – – [sérica] semelhante e menor toxicidade (vesícula) • ABCD (Amphocil) – dispersão coloidal – [sérica] baixa e menor toxicidade (disco) • ABLC (Abelcet) – complexo lipídico – [sérica] baixa e menor toxicidade Interações com Anfotericina B:: Corticosteróides: hipocalemia severa insuficiência cardíaca e cardiomegalia Glicosídios cardíacos: hipocalemia severa conduta: avaliar balanço do potássio Relaxantes musculares: paralisia muscular conduta: avaliar balanço do potássio Polimixinas Efeitos indesejáveis graves (somente usos tópicos) Neurotoxicidade indução de relaxamento muscular esquelético Nefrotoxicidade Usos: Esterilização intestinal Tratamento tópico de infecções oculares, auditivas, cutâneas Inibidores Síntese Ácidos Nucléicos – Quinolonas → bactericidas (estafilococos) Indicação principal: infecções vias urinárias Amplo espectro de ação: Ciprofloxacina, ofloxacina, norfloxacina, acrosoxacina pefloxacina Estreito espectro de ação: Cinoxacina, ácido nalidíxico Efeitos adversos: leves e reversíveis Distúrbios gastrointestinais (evitar antiácidos) Erupções cutâneas Efeitos SNC - cefaléias, tonturas Interações com quinolonas: Ciprofloxacina: absorção diminuída por antiácidos à base Al+3 e Mg+3 Benzodiazepínicos: quinolonas inibem ligação do GABA a seu receptor Teofilina ciprofloxacina inibe ação P-450 toxicidade teofilina (asmáticos) Inibidores Síntese Ácidos Nucléicos Inibição RNA polimerase efeito exclusivo em microorganismos Rifampicina (rifocina; rifaldin): V.O.; rifampicina B substituto penicilina G Ativos contra Mycobacterium tuberculosis Efeitos adversos: Coloração avermelhada à urina, saliva, suor, escarro, fezes e lágrimas (mudança de cor de lentes gelatinosas) Hepatotoxicidade Inibidores Síntese Ácidos Nucléicos Indicações: •Infecções resistentes das vias urinárias •Infecções respiratórias em pacientes com fibroses •Otites externas •Osteomielites •Gonorréia (p/ pacientes c/ alergias a penicilinas) •Prostatite bacteriana •Cervicite Interações com rifampicina: Anticoncepcionais orais: rifampicina ↑ metabolização Anticoagulantes orais: rifampicina ↑ metabolização Probenecida - competição pelas enzimas hepáticas → ↑ efeito da rifampicina