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Tecido sanguíneo e imune completo

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TECIDO
SANGUÍNEO E
IMUNE
T U TO R : M Á R C I A P O N T E S
O SANGUE
HEMATOPOIESE
• conjunto dos mecanismos
responsáveis pela produção,
substituição
contínua
e
regulada e diferenciação dos
diferentes tipos de células
sanguíneas
SANGUE
• O sangue é uma tecido líquido, contida num
compartimento fechado, o aparelho circulatório,
mantida em movimento regular e unidirecional
• O sangue é formado de uma parte líquida,
denominada plasma, e de uma parte sólida,
composta por células e fragmentos de células
PLASMA
o O plasma é composto por aproximadamente 91,5% de água, 7%
de proteínas e 1,5% de solutos não proteicos. As proteínas no sangue,
chamadas proteínas plasmáticas, são sintetizadas principalmente pelo
fígado.
Existem três tipos principais de proteínas plasmáticas: albuminas,
globulinas e fibrinogênio
 As proteínas plasmáticas mais abundantes são as albuminas, que
representam em torno de 54% de todas as proteínas plasmáticas.
pressão osmótica
PLASMA
 Globulinas: cerca de 37% das proteínas presentes no plasma são
globulinas. Fazem parte destas proteínas as imunoglobulinas,
anticorpos de extrema importância no sistema imunológico dos
seres humanos.
 Fibrinogênio: compõe cerca de 8% das proteínas plasmáticas. É de
fundamental importância, pois atua no processo de coagulação do
sangue.
ELEMENTOS FIGURADOS
 Parte sólida
 Hematócrito (ou Ht ou Htc) é a
porcentagem de volume ocupada
pelos glóbulos..vermelhos ou hemácias
no volume total de sangue
ELEMENTOS FIGURADOS
• As hemácias se formam nas medulas
vermelhas dos ossos longos e vivem
cerca de 120 dias.
o Não possuem núcleo e
apresentam um pigmento rico
em
ferro,
denominado
hemoglobina
o Qualquer interferência nesse
transporte pode ser letal para
as células do tecido afetado
 O valor normal de eritrócitos é de
4,5 a 5,5 milhões/mm3 e a produção
varia com a idade
 Nas hemácias existem certos
componentes (aglutinogênios),
geneticamente determinados,
convencionalmente chamados de A e
B.
HEMÁCIAS
• A medula óssea (cavidades ósseas e no tecido esponjoso) de praticamente
todos os ossos produzem hemácias até aos 5 anos de idade.
• A medula óssea nos ossos longos,
com exceção das porções
proximais da tíbia e úmero, além
das vertebras, esterno e costelas,
 20 anos de idade.
• Após essa idade, a maioria dos
eritrócitos é produzida na medula
óssea dos ossos membranosos,
como vértebras, esterno, costelas
e íleo.
• Um homem com 70 kg  26
trilhões de hemácias
ELEMENTOS FIGURADOS
• São células anucleares e não
possuem organelas em seu
citoplasma
o Não possuem núcleo e
apresentam um pigmento rico
em
ferro,
denominado
hemoglobina
oTransporte de O2 que se liga
ao ferro existente na estrutura
da hemoglobina
HEMOGLOBINA: é
uma metaloproteína que
contém ferro presente nos
(eritrócitos) e que permite o
transporte de oxigênio
 As hemácias tem a forma de
disco bicôncavo flexível
HEMOGRAMA - ERITROGRAMA
Hemácias
• 4,5 a 6,0 milhões/mm3
Hemoglobina
• 13 a 16 g/dl
Hematócrito
• 38 a 50%
Volume Globular Medio (VGM)
• 80 a 100 fl
Hem. Globular médio (HGM)
• 26 a 34 pg
Concentração Hemoglobina
Globular Media (CHGM)
• 31 a 36 g/dl
RDW
• 11,5 a 15%
ANEMIA
• Anemia é definida como síndrome
caracterizada por diminuição de massa
eritrocitária total.
• Laboratorialmente, definimos anemia
como hemoglobina menor que 12g/dl
em mulheres ou 13g/dl em homens
ANEMIA
• A deficiência de ferro é considerada a
principal e mais comum causa da
anemia, responsável por cerca de 50%
dos casos em todo o mundo.
• Outros fatores como a deficiência
nutricional da vitamina B12, do ácido
fólico e da vitamina A, e condições
como as infecções por parasitas e os
processos de inflações crônicas são
também fatores de risco para a
anemia
ANEMIA FERROPRIVA
• Diminuição na taxa de hemoglobina ocasionada por déficit de ferro
• Maior incidência no sexo feminino (reserva de ferro menor nas mulheres ,
perda maior )
• Causas da Carência de Ferro
Menor ingestão do nutriente;
• Menor absorção intestinal;
• Defeitos no transporte ou metabolismo;
• Aumento da excreção ou das perdas;
• Aumento das necessidades fisiológicas ou patológicas
ANEMIA MEGABLASTICA
• Caracterizada pela diminuição de glóbulos vermelhos, que se tornam grandes,
imaturos e disfuncionais (megaloblastos) na medula óssea
• Essas alterações resultam da inibição da síntese do DNA na produção dos
glóbulos vermelhos. Em resumo, na anemia megaloblástica os glóbulos
vermelhos são maiores que normalmente e há pouca quantidade de glóbulos
brancos e de plaquetas.
ANEMIA MEGABLASTICA
• A vitamina B12 é responsável, em parte, pela síntese da hemoglobina e o ácido
fólico (ou vitamina B9) tem a função de ajudar na síntese do DNA.
• Frequentemente a anemia megaloblástica é devida à carência de um ou ambos
desses fatores, defeitos genéticos da síntese de DNA, toxinas e drogas..
• A anemia megaloblástica pode ser
causada também por antimetabólitos
que interferem na produção de DNA,
como alguns quimioterápicos ou
antibióticos.
• Algumas doenças podem gerar anemia
megaloblástica: leucemia mielofibrose,
mieloma múltiplo, doenças hereditárias,
ANEMIA PERNICIOSA
• É um tipo de anemia megablastica causada
deficiência da vit. B12
• A absorção da vitamina B12 é dependente de
uma molécula de transporte especial formada
pelas células parietais do estômago, o fator
intrínseco gástrico (FI).
ANEMIA PERNICIOSA
• Durante o processo nutricional, a vitamina B12 fica
ligada às proteínas, as quais são processadas por
enzimas específicas no estômago. Através de uma
outra proteína de transporte, a haptocorrina, a
vitamina é deslocada para o intestino delgado, onde
se liga ao fator intrínseco.
• O fator intrínseco se conecta a receptores
específicos da parede intestinal através dos quais a
vitamina B12 pode ser absorvidas na membrana
celular
ANEMIA FALCIFORME
• A anemia falciforme é caracterizada
por uma alteração genética que
produz hemácias apresentando
homozigose ou dupla heterozigose
da hemoglobina S (HbS)
• tipo de hemoglobina, quando
submetida a quantidades baixas de
oxigênio se “cristaliza” e se deforma,
tornando a hemácia rígida e com
uma aparência de foice
ANEMIA FALCIFORME
• Ficam desidratados e inflexíveis, tendem a aderir ao endotélio dos vasos, em
conjunto com leucócitos e plaquetas, impedindo o fluxo.
• Obstrução vascular (vaso-oclusão) leva à
isquemia e infartos, causando danos a múltiplos
órgãos e tecidos. Os pacientes com mais
eritrócitos irreversivelmente falcizados e de
células densas têm mais hemólise e mais
anemia.
TALASSEMIA
• Tipo de anemia hereditária provocada por falha genética causada por mutação
cromossômica
• Cada hemácia circulante possui cerca de 300 milhões de moléculas de
hemoglobina. Cada uma destas moléculas, em seu estado normal, é formada
por dois tipos de proteína: as alfa-globinas e beta-globinas  erro na produção
•
hemoglobina
ANEMIA APLASTICA
• Doença auto imune e idiopática, ou seja, sem causa definida onde a medula
óssea deixa de produzir a quantidade adequada
• é uma falha da medula óssea caracterizada pela pancitopenia no sangue
periférico, com resultado de uma diminuição da produção de células
sanguíneas na medula óssea, e pela substituição por gordura.
• agressão à célula-tronco hematopoiética pluripotente, acarretando sua
diminuição em número ou até sua ausência na medula óssea.
HEMOFILIA
• A hemofilia é uma alteração genética e hereditária, caracterizada por um defeito na
coagulação. O sangue possui proteínas chamadas de fatores da coagulação, que ajudam a
estancar as hemorragias. Esses fatores são numerados, em algarismos romanos (I a XII)
ELEMENTOS FIGURADOS
• Células sanguíneas brancas
o Os
leucócitos atuam
contra agentes infeciosos
que estejam dentro e fora
da corrente sanguínea.
ELEMENTOS FIGURADOS
o Não possuem núcleo e
apresentam um pigmento rico
em
ferro,
denominado
hemoglobina
• plaqueta
sanguínea ou trombócito é uma
componente do sangue cuja função
(junto com os fatores de
coagulação) é a de parar
sangramentos aglomerando-se e
formando coágulos em lesões nos
vasos sanguíneos
SISTEMA IMUNE
ÓRGÃOS LINFÁTICOS
• São órgãos espalhados ao
longo do trajeto dos vasos
linfáticos, que apresentam
variados
tamanhos,
estruturas
e
funções,
e podem ser estimulados
sempre que há uma
infecção ou inflamação.
primários
secundários
Medula
óssea
Linfonodos
Timo
Baço
LINFONODOS
 linfócitos T e
B
Em maior
tórax, axilas,
abdome e
mesentério
ÓRGÃOS LINFÁTICOS
• Medula
óssea: é
uma
estrutura localizada dentro de
grandes ossos, que tem a
função de formar todas as
células do tecido sanguíneos,
incluindo os linfócitos.
• Sofrem
maturação na
própria medula
óssea enquanto
que o
LINFOCITO – B
sofre maturação
no timo
ÓRGÃOS LINFÁTICOS
• Timo: é uma glândula localizada na parte superior do tórax, que tem a função
de desenvolver e proliferar os linfócitos T que vieram da medula óssea, que em
seguida vão para os outros tecidos linfoides, onde se tornam ativos para a
resposta imune;
• Macrófagos e células dendriticas
• Produz um hormônio timosina e o timopoetina
ÓRGÃOS LINFÁTICOS
• Baço: é um grande órgão linfático, situado na parte superior esquerda do
abdômen, responsável pelo armazenamento de linfócitos, além de filtrar o sangue,
eliminando microrganismos e células envelhecidas. Rico em macrófagos
• hemocaterese
MALT – TECIDO LINFÓIDE ASSOCIADO
À MUCOSA
• Tonsilas faríngeas (adenoide)
• Tonsilas palatinas (amigdalas)
• Placas de peyer
• Apêndice cecal
Inativar e destruir
antígenos que passam
pelo intestino
Proteção e defesa de
entrada boca e nariz
• As MALT
contem cerca de
70 % de todas as
células do
sistema imune
PELE
• 1ª linha de defesa
• Barreira natural e mecânica
• Pg 86
• Mecânicas: pele, pelos, mucosas,
• Microbiológicas: flora normal de
bactérias
• Quimicas: (lisozima e fosfolipase)
lagrimas, suor, secreção nasal
SISTEMA IMUNE
1ª resposta
Inespecifica
SISTEMA IMUNE
1ª resposta
Inespecifica
1ª linha de defesa
1ª linha de defesa
1ª linha de defesa
INFLAMAÇÃO
• É uma resposta complexa a
um estimulo nocivo, ocorre em
tecidos vascularizados, envolve
o recrutamento e ativação de
várias proteínas plasmáticas e
células, depende de
mediadores químicos
• Reação inflamatória é
caracterizada por uma
cascata de eventos
biológicos provocados
pela invasão de um
patógeno ou em
decorrência de algum
tipo de lesão sofrida
pelo organismo
FASES DA INFLAMAÇÃO
• Fase Irritativa: é a fase que perdura por toda a inflamação, caracterizada pela liberação de
mediadores químicos decorrente da ação do agente agressor nos tecidos.
• Fase Vascular: consiste no aumento da permeabilidade do vaso e vasodilatação.
• Fase Exudativa: caracterizado pela formação de exudato celular e plasmático, oriundo do
aumento da permeabilidade do vaso.
• Fase Degenerativa-Necrótica: fase em que evidenciam células mortas, necrosadas e
produtos de degeneração.
• Fase produtiva-reparativa: multiplicação de células e reparação tecidual. O local
lesionado pode regenerar (mesmo tipo de célula) ou cicatrizar (tecido fibroso). Essa éa fase
final que visa recompor o tecido lesionado.
• Monocito e neutrófilos circulantes
se ligam a citocinas e quiocinas
• Histamina e prostaglandinas
Celulas apresentadoras
de antígenos
Histamina e
prostaglandinas
Células
fagocitárias
invasão
SISTEMA COMPLEMENTO
• sistema complemento é constituído por uma “cascata” enzimática que ajuda na
defesa contra infecções.
• Constituido por glicoproteínas plasmáticas (proteínas C reativas) sintetizadas no
fígado e por macrófagos e fibroblastos
• Aumentar a resposta por anticorpos (Ac) e a memória imunológica
• Lisar células estranhas – ataque lítico
• Remover imunocomplexos e células apoptóticas
• As proteínas do sistema complemento possuem várias funções biológicas
SISTEMA COMPLEMENTO
• Ativação do complemento: Há três vias de ativação do complemento
• Clássica: depende de anticorpos (imunidade adquirida)
• Lectinas: o MBL se agrega a manose (açúcar) das bactérias e ativa MASP1 e
MASPII inicia o processo ativação e clivagem do sistema (é via imunidade inata)
• Alternativa (via imunidade inata): presença do Fator 8 que ativa C3 e fator D que
induz fator B iniciando o processo ativação e clivagem do sistema
adaptativa
adaptativa
IMUNIDADE ADQUIRIDA OU ADAPTATIVA
diversidade ou especificidade
resposta é ativada de forma específica
para cada um desses tipos de antígenos
memória
a capacidade de a resposta imune
adquirida guardar a memória do
antígeno para casos de novo contato
futuro
linfócitos T e B
adaptativa
ANTICORPOS
Fab
• IMUNOGLOBULINAS
– Ig
• São moléculas,
responsáveis por se
ligarem a antígenos e
desencadearem
respostas imunológicas
Fc
ANTICORPOS
Fab
Fc
ANTICORPOS
Fab
• Funções:
• Receptor da antígenos;
• Neutraliza
• Opsonaliza
• Ativa o SC
• Reage
hipersensibilidade
Fc
ANTICORPOS
• IgG
Mais presentes no sangue e na linfa
Capazes de atravessar a barreira
placentária
Infecção passada
• IgM
Aguda, é geralmente, o primeiro
anticorpo a ser secretado
Fab
Fc
ANTICORPOS
• IgA
Mucosas
Passa de mae para filho pelo leite
materno
• IgD
Não fica livre, esta na membrana do
linfócito B
• IgE
Reações a hipersensibilidade, atrai
eosinófilos.
CD4
CD8
adaptativa
INFLAMAÇÃO CRÔNICA
• Caracterizada pela associação de processo cicatricial com formação de fibrose.
• Acontece quando o agente patológico não é destruído e deve-se à exposição
prolongada a agentes potencialmente nocivos.
• Os sinais cardinais tornam-se mais brandos ou, às vezes, chegam a se ausentarem
• presença de infiltrado inflamatório composto por células macrófagos, linfócitos e
plasmócitos,
INFLAMAÇÃO CRÔNICA
• Destruição tecidual provocada
pelas células inflamatórias e pelo
antígeno, e acúmulo de tecido
conjuntivo, proliferação de
fibroblastos.
• Quanto mais longa for a duração do
processo crônico, mais tecido fibroso
se acumulará e o órgão vai perdendo
sua função
CICATRIZAÇÃO
CICATRIZAÇÃO
• substituição permanente do tecido danificado por tecido conjuntivo fibroso
constituído de fibras colágenas depositadas pelos fibroblastos
Etapas:
• inflamatória;
• fibroblástica
• remodelamento
CICATRIZAÇÃO – FASE INFLAMATÓRIA
• A fase inflamatória da cicatrização tem início imediato após a ocorrência da
lesão e nela ocorrem fenômenos vasculares, coagulação do sangue, migração
celular e liberação de fatores de crescimento;
• A inflamação promove a chegada de macrófagos;
• Na feridas crônicas, é comum a presença de tecido desvitalizado e necrótico
aderido ao leito da lesão, e a cicatrização não ocorre em grande parte da ferida
CICATRIZAÇÃO – FASE FIBROBLÁSTICA
• é caracterizada pela formação de tecido de granulação. Os fatores de crescimento
induzem a proliferação de fibroblastos e síntese de matriz conjuntiva e angiogênese;
• Nessa fase, o tecido é altamente vascularizado, de aspecto granular róseoavermelhado, macio, úmido, frágil e de fácil sangramento;
• No final da etapa da fase fibroblástica, o tecido de granulação se degenera, a fibrose
vai se formando e a cicatriz vai clareando.
CICATRIZAÇÃO – REMODELAMENTO
• substituição lenta e gradativa das fibras colágenas desorientadas por fibras
orientadas paralelamente e a cicatriz se torna definitiva, com aparência branca,
maleável e resistente.
• Atrapalha a cicatrização
• idade muito avançada ou neonatos; má nutrição; imunossupressão; alteração
circulatória; tabagismo;
• movimentação no local da ferida; infecção da ferida e uso de medicamentos
como glicocorticoides e quimioterápico
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