EFEITOS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA NOS PACIENTES COM TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FISIOTERAPIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 10º PERÍODO DISCENTE: SÂMELLA CASSEMIRO DA SILVA BORGES DOCENTE: NATHANY OLIVEIRA INTRODUÇÃO A Ventilação Mecânica Invasiva (VMI) é um suporte ventilatório realizado pelas vias aéreas através de um tubo orotraqueal, nasotraqueal ou cânula de traqueostomia, com um tubo endotraqueal que utiliza a pressão positiva nas vias aéreas, em pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada. Repouso da musculatura respiratória, Redução do trabalho respiratório, Melhora da oxigenação e ventilação alveolar, Manutenção da trocas gasosas, Aplicação de técnicas terapêuticas. O Traumatismo Craniencefálico (TCE) é uma lesão de natureza não degenerativa ou congênita, causada por uma agressão ou iniciada por um processo de aceleração ou desaceleração que gera um dano anatômico ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou encéfalo VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA Os pacientes sob ventilação mecânica detêm uma intensa vigilância por parte da equipe dos profissionais da Unidade de Terapia Intensiva Estima-se que cerca de 41% do tempo total de um paciente em VMI destinam-se ao processo de desmame ventilatório. Principais complicações pela utilização prolongada de oxigênio e altas pressões: Barotrauma, Biotrauma, Volutrauma, Lesões de traqueia, Diminuição do débito cardíaco, Toxicidade do oxigênio, Retenções de secreção, Hipoxemia, Atelectrauma, Infecções pulmonares - PAV PACIENTES COM TCE As vítimas que sobrevivem ao TCE podem apresentar deficiências e incapacidades que são temporárias ou permanentes, interferindo na capacidade do indivíduo de desempenhar suas funções. Incapacidades Físicas: Visuais, Motoras... Incapacidades cognitivas: Diminuição da memória, Dificuldades de aprendizagem... Incapacidades comportamentais/emocionais: Perda de autoconfiança, Comportamento infantil, Motivação diminuída, Irritabilidade e Agressão... FATORES ESSENCIAIS NA RECUPERAÇÃO DO TCE GRAVE Pressão intracraniana, Hemodinâmica Sistêmica, Consumo cerebral de oxigênio (CCO2), Glicose, Fluxo sanguíneo cerebral (FSC), Extração cerebral de oxigênio, Acoplamento hemometabólico cerebral Produção de lactato regional. VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PACIENTE COM TCE É necessária a ventilação mecânica nos pós-traumas imediatos e nos primeiros dias para que se possam regular os gases sanguíneos Estes pacientes ficam incapacitados de proteger as vias aéreas – broncoaspiração - pneumonias por aspiração. A grande maioria dos traumas de crânio não provoca alterações funcionais pulmonares, mas apenas distúrbios mecânicos e de consciência. Direciona-se a manutenção da vida e o não agravamento da lesão cerebral, o “segundo trauma”, que é causado por hipóxia e/ou hipercapnia, ou o “terceiro trauma”, que acontece após a hospitalização, quando, por opções inadequadas de assistência ventilatória, surgem picos de elevação de PIC agravando o edema cerebral. VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PACIENTE COM TCE É importante o conhecimento por parte do fisioterapeuta acerca do equipamento de monitorização e que se sintam confortáveis em realizar ajustes necessários para monitorização da PIC, proporcionando segurança para as possíveis intervenções fisioterapêuticas. A cabeceira deste deve estar posicionada a 30º e a cabeça retificada, esta posição também influencia no controle da PIC. Evitar modos de ventilação que possam produzir elevação de pressão de vias aéreas, senão houver medida direta da PIC. Se a manobra de hiperventilação for utilizada imediatamente antes da aspiração endotraqueal, ela pode neutralizar o aumento da PIC, tornando-se eficaz. Para garantir o controle da PIC, a utilização da hiperventilação pode ser uma estratégia, sendo obtido pelo aumento da FR, do VT e a redução do espaço morto VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PACIENTE COM TCE Evitar modalidades ventilatórias que não garantam o VT como a PCV (ventilação controlada a pressão) nos pacientes com TCE, devido à hipoventilação gerar o aumento da PCO2 ocorrendo à vasodilatação encefálica Uso de modalidade controladas a volume garantem uma vasoconstrição encefálica reduzindo a Pressão Intracraniana (PIC) e mantêm os níveis de PO2 ao redor de 90 mmHg e a PCO2 entre 28 e 32 mmHg Na prática clínica, cerca de 91,4% dos profissionais utilizam a PCV para ventilar os pacientes com TCE, com o objetivo de proteger as vias aéreas e monitorizar as pressões, e afirmaram seguir protocolo CONCLUSÃO O suporte ventilatório em um paciente com TCE tem como principal objetivo garantir a ventilação pulmonar e alveolar de acordo com as necessidades do paciente. Hiperventilação = Redução da PIC Deve manter também oferta de oxigênio aos tecidos, associada aos fatores como o conteúdo arteriais de oxigênio (hemoglobina) e o débito cardíaco; prevenir ou tratar atelectasia, otimizar a área de superfície de trocas gasosas e reduzir trabalho respiratório. A ventilação mecânica invasiva está diretamente relacionada ao controle dos níveis de PO2 e PCO2 sanguíneos que são decisivas para o funcionamento do SNC REFERÊNCIA https://pdfs.semanticscholar.org/5ff6/5a102c7f5767a81f81a9cb2e2b1f4769dd9d.pdf