SECRETARIA DE EDUCAÇÃO – SEC DEPARTAMENTO DE ENSINO NÚCLEO TERRITORIAL DE EDUCAÇÃO - NTE 10 CETEP DO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO – 11.06185 ALIMENTAÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR 2019 ALINE KELLY NUNES DA SILVA HINI KAUANE CARVALHO SILVA JOHNATAN KESLLEY DA SILVA LIMA LARISSA SILVA SANTOS ALIMENTAÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR Relatório apresentado como parte dos requisitos para obtenção da nota parcial da disciplina Metodologia do Trabalho Científico do Curso Técnico em Nutrição e Dietética do Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão do São Francisco. Orientadora: Jaciara de Souza Bispo. 2019 RESUMO Este relatório propõe verificar o que as produções cientificas apontam sobre a abordagem da temática “Alimentação no ambiente escolar”, assim como os seus efeitos nos hábitos alimentares dos alunos, que podem ser influenciados tanto pelos pais, pela mídia como pelo convívio com outras crianças e adultos. O principal objetivo deste relatório é investigar nas literaturas científicas as intervenções nutricionais que abordam a alimentação no ambiente escolar enquanto estratégia educativa no contexto de escolas. Contribui para que o nutricionista, como profissional de saúde, seja inserido no universo da Educação, apropriando-se dos conceitos daquela área e enriquecendo sua prática para a alimentação escolar. Da mesma forma, contribui para que o profissional da educação compreenda as razões das escolhas técnicas dos nutricionistas para compor os cardápios escolares, respeitando as necessidades nutricionais dos estudantes e suas particularidades culturais. A escola pode ser considerada um espaço privilegiado para implementação de ações de promoção da saúde e desempenha um papel fundamental na formação de valores, hábitos e estilos de vida, entre eles, o da alimentação, tendo como base as práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e econômica. O alimento pode ser inserido no processo educativo, não apenas em disciplinas relacionadas às ciências da biologia e da saúde, mas em todas as áreas do conhecimento e desta forma, estimular o consumo de alimentos saudáveis na escola e no cotidiano da criança. Educadores, pais, alunos, merendeiras, comunidade têm um importante papel na construção de um ambiente escolar promotor de estilos de vida saudáveis. Vale salientar que a Educação Nutricional na infância e na adolescência estimula o interesse por atitudes saudáveis em relação aos alimentos, pois é nesta fase em que se fixam atitudes e práticas alimentares difíceis de serem modificadas na idade adulta, por este motivo a escola é um dos melhores locais para promover a Educação Nutricional, por ser um local onde as crianças passam grande parte do seu tempo. Lembrando que as atividades desenvolvidas sobre a alimentação devem ser permanentemente recriadas, divulgadas e lembradas pela equipe da instituição e pelos pais, para que seus efeitos sejam favoráveis em relação à saúde. Conclui-se que o ambiente escolar é um local privilegiado para exercer atividades educativas com a alimentação escolar, esperamos que as informações analisadas a partir do levantamento bibliográfico possam subsidiar novos estudos em prol da promoção da alimentação no ambiente escolar de uma forma que seja saudável. Palavras chave: Hábitos Alimentares; Ambiente Escolar; Saúde. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.................................................................................. 4 2. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO ............................................... 6 3. CONCLUSÃO ................................................................................. 10 REFERÊNCIAS .................................................................................... 12 4 1. INTRODUÇÃO O objetivo deste relatório foi mostrar um breve histórico da alimentação no ambiente escolar e a sua importância para o desenvolvimento do aluno, sendo a escola um ambiente propício para desenvolver práticas alimentares saudáveis. E de acordo com o levantamento bibliográfico, podemos observar que este trabalho vem crescendo cada vez mais e tem o apoio de todos os envolvidos com a escola, desde professores, merendeiras e até a comunidade de forma a promover ações, para desenvolver nos alunos hábitos saudáveis e adequados. A escola pode desenvolver metodologias inovadoras utilizando o alimento como ferramenta pedagógica. Nesse sentido é importante questionar sobre a forma pela qual os alimentos são produzidos, distribuídos e descartados. Hoje, o modo de produção de alimentos no Brasil é representado, principalmente, pela agricultura convencional, o que tem forte influência no atual cenário de degradação ambiental. O modelo composto por padrões de desenvolvimento altamente produtivista e consumista, aliado ao uso de tecnologias poluentes, acarretou diversos problemas ambientais e sociais, como por exemplo, poluição do ar, infertilidade do solo, contaminação da água, erosão do solo, desertificação, aumento da produção de lixo, transmissão de doenças, êxodo rural, entre outros. Um aspecto marcante desse modelo se baseia no declínio do consumo de alimentos natural em detrimento do aumento do consumo de alimentos industrializados, contradizendo o que as diretrizes e guias de alimentação saudável dos órgãos de saúde disseminam. Dessa forma, os alimentos globalizados fazem parte de uma cultura alimentar dominante que se distancia cada vez mais da diversidade de culturas alimentares alternativas, locais e tradicionais. Como cultura alternativa, a alimentação sustentável é uma prática que abrange muito mais que a ação de comer e a disponibilidade de alimentos. Considera a existência de uma cadeia de produção que começa com o preparo de sementes, mudas e insumos, passa por ciclos do plantio à colheita, nos quais as variáveis da natureza têm função essencial e por isso devem ser respeitadas. Nas fases posteriores, ou seja, até que o alimento chegue aos pratos e, consecutivamente seja descartado, outras variáveis devem ser consideradas, visando encontrar aspectos de sustentabilidade social, econômica e ambiental. 5 Diante disso, o consumo saudável refere-se a uma alimentação variada, equilibrada, suficiente, acessível, colorida e segura. Buscando a sustentabilidade alimentar, o consumo sustentável diz respeito às atividades que estimulem o desenvolvimento sustentável, relacionando as concepções ambientais com as práticas de produção e consumo e sua significância para as presentes e futuras gerações. Para o desenvolvimento de uma alimentação adequada o fator cultural é crucial, já que os hábitos alimentares são transmitidos principalmente através da família e da escola. A escola como instituição de grande interferência na vida das crianças, se torna um espaço propicio e fundamental para o desenvolvimento de ações sustentáveis e que promovam a saúde, como por exemplo, o exercício da alimentação saudável. É importante salientar que ações desse tipo devem conectar todos, isto é, alunos, familiares, educadores e funcionários, buscando a construção de pensamentos e atitudes que exortem um viver mais saudável e consciente, hoje e no futuro. Desde a infância as crianças possuem gostos alimentares diversos, assim a família e a escola têm papel fundamental no incentivo aos bons hábitos. Nesse sentido, a educação para alimentação saudável e sustentável na educação infantil é primordial devido à facilidade que as crianças têm de reproduzir comportamentos. Desse modo, a escola se torna espaço de experiências inovadoras que devem ser reproduzidas. Discutir aspectos saudáveis e sustentáveis da alimentação no contexto escolar justifica-se por dois aspectos principais. O primeiro por ser um ato vital para manutenção da vida e o segundo por ser em um ambiente crucial para o desenvolvimento de hábitos alimentares, já que os hábitos aprendidos na escola durante a infância interferem nos comportamentos na fase adulta. Assim, o presente estudo partiu da necessidade de entender os distintos aspectos associados à alimentação saudável e sustentável no ambiente escolar, para que famílias, alunos, educadores e profissionais da área não só compreendam a importância de assumir uma postura responsável em relação à alimentação, como também possam repensar e aplicar as práticas no cotidiano, a fim de criar e manter um cenário de consciência social, econômica e ambiental. 6 2. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO Uma boa alimentação é aquela que mantém o organismo em estado de saúde, ou seja, com osso e dentes fortes, peso e estatura de acordo com o biótipo do indivíduo, boa disposição, resistência às enfermidades, vontade de trabalhar e divertirse, para isso se faz necessária uma dieta balanceada que contenha variados nutrientes com múltiplas funções. (MONTEIRO e COSTA, 2004). Segundo Halpern (2003), a obesidade infantil é um sério problema de saúde pública que vem aumentando em todas as camadas sociais da população brasileira. Preveni-la significa diminuir, de forma racional e barata, a incidência de doenças 20 crônico-degenerativas, como o diabetes e as doenças cardiovasculares, e um grande palco para a realização deste trabalho é a escola, que pode possibilitar a educação nutricional, juntamente com a família. Assim, a alimentação saudável é hoje um conteúdo educativo e a incorporação desses hábitos pode dar-se na infância. É justamente por isso que pais e educadores vêm, ao longo de anos, concordando com a necessidade de a escola assumir um papel de protagonismo nesse trabalho. Brasil (2006), a alimentação escolar deve ser fornecida aos alunos matriculados na educação infantil (creches e pré-escolas), no ensino fundamental e médio bem como na educação de jovens e adultos das escolas públicas, inclusive as localizadas em áreas indígenas e remanescentes de quilombos. Somente a partir de 2000, a alimentação escolar passou a ser entendida como política de atendimento ao direito dos alunos. Consea (2004), afirma que: A alimentação e nutrição adequadas constituem direitos fundamentais do ser humano. São condições básicas para que se alcance um desenvolvimento físico, emocional e intelectual satisfatório, fator determinante para a qualidade de vida e o exercício da cidadania. Se for verdade que, muitas vezes, a falta de recursos financeiros é o maior obstáculo a uma alimentação correta, também é fato que ações de orientação e educativas têm um papel importante no combate a males como a desnutrição e a obesidade. Ao chamar a atenção de crianças e adolescentes para os benefícios de uma alimentação equilibrada, a escola dá a sua contribuição para tornar mais saudável a comunidade em que se insere. 7 Disponibilidade e acesso a alimentos adequados e saudáveis, que é um dos seis grandes eixos de ação da Estratégia Inter setorial de Prevenção e Controle da Obesidade (BRASIL, 2014). Como uma integração federativa de caráter transdisciplinar, de onde emergem os marcos que permitem fazer por intermédio da comida uma reflexão sobre o próprio significado e evolução da sociedade (SANTOS, 2011). [...] cujo enfoque deve ser dado à redução dos teores de sódio, gorduras saturadas e açúcares. Essa ação é evidenciada como elemento-chave para prevenção e controle do aumento crescente de sobrepeso e obesidade, uma vez que o consumo de alimentos processados que promovem ganho de peso, além de serem pobres em micronutrientes. (BRASIL, 2014). O Brasil, a exemplo de outros países em desenvolvimento, experimenta a chamada transição nutricional caracterizada pelas situações de má-nutrição resultantes de deficiências nutricionais e as decorrentes de excessos alimentares, num cenário em que doenças infecciosas e carências proporcionalmente diminuem e os agravos crônicos não transmissíveis ocupam lugar de destaque como causas de morbimortalidade (BRASIL, 2004). É importante instrumentalizar os professores com conhecimentos e estratégias metodológicas que permitam inserir o tema no cotidiano escolar. O professor pode desempenhar papel como mediador de atividades de educação nutricional, sob a orientação do nutricionista, profissional ao qual compete, no âmbito do Programa de Alimentação Escolar, a programação, elaboração e avaliação dos cardápios a serem oferecidos nas escolas. (DOMENE, 2008) A fase da infância apresenta importantes aspectos para a formação de hábitos e práticas comportamentais em geral, e especificamente alimentares. Inserida no contexto familiar, a criança começa a formar e internalizar os padrões de comportamento alimentar, em termos de escolha e quantidade de alimentos, horário e ambiente das refeições. Trata-se de um processo que se inicia nesta fase e se estende por todas as demais fases do ciclo de vida. (YOKOTA, 2016). Para que as atividades de educação em saúde sejam bem desenvolvidas na escola, os professores, atores chaves desse processo, que atuam como facilitadores da articulação entre teoria e situação prática, precisam estar bem informados e orientados sobre o tema, para reconhecer a importância de sua atuação na área de 8 saúde. O treinamento, a sensibilização e a motivação dos professores nestas atividades podem ser mediados por profissional da área da saúde. (YOKOTA, 2016). A pedagogia de projetos deve permitir que o aluno aprenda-fazendo e reconheça a própria autoria naquilo que produz por meio de questões de investigação que lhe impulsionam a contextualizar conceitos já conhecidos e descobrir outros que emergem durante o desenvolvimento do projeto. Nessa situação de aprendizagem, o aluno precisa selecionar informações significativas, tomar decisões, trabalhar em grupo, gerenciar confronto de ideias, enfim, desenvolver competências interpessoais para aprender de forma colaborativa com seus pares. (PRADO, 2016). À aplicação de programas de educação em saúde em larga escala, incluindo programas de educação nutricional. Estes devem consistir em processos ativos, lúdicos e interativos, que favoreçam mudanças de atitudes e das práticas alimentares. Nesse ambiente, o educador deve ser um facilitador, que saiba utilizar várias estratégias de ensino, contribuindo para a melhoria da alimentação das crianças. Para tal, deve também possuir conhecimentos e habilidades sobre promoção da alimentação saudável, procurando incorporá-los ao seu fazer pedagógico. Esses conhecimentos devem ser construídos de forma transversal no ambiente escolar, garantindo a sustentabilidade das ações dentro e fora de sala de aula. (SCHMITZ, 2016). Neste contexto a família, escola e sociedade, exercem um papel direto na formação da consciência alimentar dos indivíduos. Por sua vez, é requerido às escolas que incluam no processo de ensino, em ciências especificamente, a educação alimentar, que nortearão os alunos em seus hábitos diários. Além do mais estas instituições necessitam incluir em seus cardápios uma alimentação adequada, que contribuam ao desenvolvimento do aluno, influenciando seu rendimento escolar, (Lei n° 11.947, Art.° 2). Em relação a escola, é notório, que a mesma vem assumindo outras atribuições sociais para além da disseminação do conhecimento científico tornando-se uma extensão do lar. Os méritos que perpassam agora também à escola, no quesito Educação Alimentar e Nutricional, em virtude de que a criança receberá orientações a respeito do assunto, não somente pelos pais, mas também dos professores e outros componentes da escola, como é defendido pela (PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 1.010, DE 08 DE MAIO DE 2006), que se trata da instituição da promoção de saúde nas escolas de âmbito nacional, públicas e privadas. 9 Portanto, a promoção da Alimentação Saudável associada aos estilos de vida saudáveis e as práticas alimentares saudáveis colaboram para uma boa qualidade de vida da sociedade. E o “papel da promoção da saúde cresce em sua importância como uma estratégia fundamental para o enfrentamento dos problemas do processo saúdedoença-cuidado e da sua determinação” (SANTOS, 2005). Segundo Loureiro (2004) “educar para comer bem, de uma forma saudável, constitui um desafio às capacidades crítica e de assertividade para contrapor ao meio circundante a sua vontade esclarecida”. De acordo com Trichesl e Giuglianil (2005), o consumo alimentar tem sido relacionado à obesidade, não somente quanto ao volume de ingestão alimentar, como também à composição e qualidade da dieta. Além disso, os padrões alimentares também mudaram, explicando em parte o aumento da adiposidade nos adolescentes, como o pouco consumo de frutas, hortaliças e leite, e o aumento no consumo de guloseimas (bolachas recheadas, salgadinhos e doces diversos) e refrigerantes, bem como a omissão do café da manhã. A Reeducação alimentar se faz necessário considerando o elevado número de casos e doenças diretamente ligados aos maus hábitos de alimentação. O incentivo para o consumo de alimentos saudáveis e práticas higiênicas, contribui para mudança de hábitos e melhoria da saúde e se torna missão da escola. Isto porque atualmente, a saúde em geral e em particular da criança tem sido afetada pelas práticas da vida atual, na qual ocorrem mudanças de comportamento principalmente com relação ao comportamento alimentar que proporciona aumento nas taxas de sobrepeso e obesidade. (BERTIN et al, 2010). Nosso corpo necessita de nutrientes para manter suas funções, contudo a vida moderna trouxe mudanças alimentares ao longo dos anos que comprometeram essa manutenção correta. Muitas pesquisas vêm sendo feitas e tem demonstrado um quadro preocupante da saúde alimentar da população, principalmente com relação a população infantil. O Projeto de Estratégia Mundial sobre o regime Alimentar, Atividade Física e Saúde, escrito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), revela o aumento de enfermidades causadas pela ingestão inadequada de alimentos, resultando em problemas cardiovasculares, diabete tipo 2, alguns tipos de câncer, cáries, osteoporose, entre outros. Esse quadro preocupante mostra que propostas educativas de intervenção são essenciais para reverter essa situação. (TAVARES E ROGADO, 2008). 10 3. CONCLUSÃO Foi visto que, na última década, houve um grande número de publicações envolvendo a temática “Alimentação no ambiente escolar”, principalmente em revistas voltadas para a área da saúde, por apresentar implicações sociais e estar relacionada ao surgimento de doenças como a obesidade. O número de publicações nessa temática ainda se mostra reduzido, envolvendo a alimentação escolar como estratégia para a mudança de hábitos alimentares em escolas. Esses achados evidenciam que o consumo alimentar de escolares é de grande interesse para a saúde pública, uma vez que a presença da obesidade nessas faixas etárias é frequentemente associada ao desenvolvimento precoce de outras doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão arterial, dislipidemias e diabetes. Contudo, estudos sobre intervenções nutricionais, ainda se apresentam escassos. Ressaltando a importância de se investir em ações de promoção da saúde, principalmente no espaço escolar. Dentro desse contexto, é evidenciado por alguns artigos a importância de se implementar intervenções nutricionais, principalmente no espaço escolar, e contribuir com a possibilidade de mudança de hábitos alimentares não saudáveis dos alunos. Destaca-se a necessidade de uma constante revisão de materiais didáticos, pois estes atuam como principal fonte de consulta por professores e estudantes da área nutricional. Com isso, ressalta-se a importância de se investir em ações educativas de promoção da saúde, principalmente no espaço escolar, afim de contribuir com a construção de conhecimentos dos alunos sobre a temática, e possibilitar que os alunos sejam cidadãos críticos com relação à escolha do seu próprio alimento, podendo julgar o que ouvir na mídia e atuar de forma autônoma diante das várias alternativas que se apresentam no seu contexto. Diante do que foi observado no estudo, considera-se que, dentro do contexto da vida dos adolescentes, no qual estão presentes diferentes variáveis como sedentarismo, grande apelo ao consumo, forte influência da mídia, a escola pode exercer um papel fundamental na promoção da educação nutricional. Além de ser tratada dentro das disciplinas da área da ciência, a questão nutricional, elemento constituinte do tema transversal saúde, deve ser abordada pelas diferentes disciplinas 11 e tratada em atividades diversificadas, com o objetivo de desenvolver atitudes e hábitos saudáveis. Salientamos que, os pais, os professores, nutricionista e a escola têm grande importância em relação à construção da cultura alimentar dos educandos, promovendo uma mediação que auxilie as crianças entre o que é gostoso e o que não é saudável. Cabe a esses envolvidos criar estratégias de promoção da alimentação saudável no ambiente escolar que apresente a ampliação desses conhecimentos e incentive para aquisição de práticas alimentares saudáveis. A alimentação escolar deve atender às necessidades nutricionais das crianças e adolescentes, não só em quantidade como em qualidade, apresentando harmonia entre os grupos energéticos, construtores e reguladores com a devida adequação aos indivíduos a que se destina. Buscando ser um formador de hábitos saudáveis, em parceria com a família, que também desempenha um papel fundamental. Nota-se que as instituições de ensino, pouco tem feito para intervir na promoção de uma alimentação saudável e adequada. Não participando assim, da formação de uma reeducação alimentar, e bons hábitos aos seus alunos. Lembrando que, somente por meio de uma alimentação variada, estaremos garantindo uma alimentação nutritiva que auxilie na saúde e no bem-estar em todos os ciclos da vida. Por tudo o que foi analisado e discutido no presente trabalho e considerando que a nutrição é um dos principais determinantes da saúde e do bem-estar dos seres humanos e que a formação dos hábitos alimentares se inicia na infância e se define na adolescência, que estes hábitos e costumes permaneça por toda a vida, podemos concluir que a escola é um local privilegiado para se educar para a aquisição de hábitos alimentares saudáveis e também para a prática da alimentação correta. 12 REFERÊNCIAS BERTIN, R. L. et al. Estado nutricional, hábitos alimentares e conhecimentos de nutrição em escolares. Rev. Paul Pediatra v. 28, n. 3, p. 303-308, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rpp/v28n3/08.pdf>. Acesso em: 10 de novembro, 2019. BRASIL. Lei n° 11.947, de 16 de junho de 2009. Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica. Brasília, 26 de junho de 2009a. 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