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FIM DO PERÍODO HOMÉRICO

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FIM DO PERÍODO HOMÉRICO
No final do Período Homérico, as comunidades gentílicas (genos) começaram a se
transformar. A população cresceu, mas a produção agrícola não acompanhava o mesmo ritmo.
Faltavam terras férteis e as técnicas de produção eram rudimentares. As trocas comerciais
intensificaram-se e as antigas unidades autossuficientes (o óikos) deram lugar, no século VIII a.C.,
às cidades-Estados, ou pólis. Em vista disso, houve a desintegração das comunidades gentílicas,
seus membros, liderados pelo pater, resolveram partilhar as terras coletivas, transformando-as
em propriedades privadas.
Os paters favoreceram seus parentes mais próximos, que passaram a ser chamados
eupátridas (bem- nascidos), permitindo-lhes ficar com as melhores terras (Pédium, os vales
férteis). Os parentes mais afastados herdaram as terras menos férteis da periferia e em áreas de
relevo acidentado e pedregoso (Diácria), sendo chamados georgóis (agricultores). Outros
dedicaram-se ao comércio e ao artesanato, chamados demiurgos. Muitos outros, parentes mais
distantes, ficaram sem terras, o que lhes valeu o nome de thetas (marginais).
Os eupátridas herdaram a tradição dos pateres, controlando o poder político e constituindo
uma aristocracia (elite) de grandes proprietários de terra. Esses aristocratas se agrupavam em
frátrias. Um grupo de frátrias, por sua vez, formava uma tribo, que estava subetida a autoridade
do Filobasileus (supremo comandante do exército). A reunião de várias tribos deu origem aos
demos (povoados). Entre os séculos VIII e VI a.C., dezenas de demos foram se formando,
originando muitos centro urbanos, eram as cidades-Estados gregas: a pólis.
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