Grécia antiga - Cursinho TRIU

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Grécia antiga Localização: sul da Península Balcânica
VICENTINO, Cláudio; GIANPAOLO, Dorigo. História para o ensino médio: história
geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2008, p..46
• Origens: civilizações cretense e micênica.
Período denominado de pré-homérico
(lembrar da nossa discussão sobre
periodização).
• Ilha de Creta: sociedade em que a economia
era baseada no comércio (principalmente com
o Egito).
• Século XV a. C: invasão dos aqueus na região
provocou a queda de Creta e o início da
civilização micênica. No século XII a. C. ocorre
outra invasão, agora dos dórios. Fim da
civilização micênica.
• Primeira Diáspora Grega: com a invasão dos
dórios e suas ações violentas , alguns grupos
se deslocaram para outras ilhas da região e na
costa da Ásia Menor.
• Dórios, aqueus, eólios e jônios: faziam parte
do grupo lingüístico denominado: indoeuropeu.
Período homérico (XII- a. C – VI a. C.)
• As informações sobre o período entre os
séculos XII e VIII a. C foram extraídas das obras
(Ilíada e Odisséia) atribuídas a Homero.
• Organização social: período marcado pela
existência
dos
genos
(comunidades
gentílicas): pequenas comunidades de base
familiar. Nesses agrupamentos os bens
econômicos eram coletivos (terras, animais,
sementes, etc.), mas existia um chefe
comunitário, o pater, que detinha o controle
da comunidade.
• O crescimento demográfico foi um dos fatores
fundamentais para o fim das comunidades
gentílicas, pois iniciou-se várias disputas pelas
terras cultiváveis (que eram poucas), assim
como o surgimento de proprietários de terras,
como de não proprietários. Muitos parentes
do pater se apropriaram das melhores terras e
passaram a compor uma elite privilegiada ficaram conhecidos como eupátridas (os “bem
nascidos).
• Nova forma de organização social: a pólis
cidades- estado (a partir do
desmembramento das comunidades gentílicas
e do surgimento de novos grupos sociais e da
propriedade privada da terra).
• Segunda diáspora grega: procura por outras
áreas no Mediterrâneo – surgimento de várias
pólis gregas no sul da Península Itálica , na ilha
da Sicília e em direção ao Mar Negro.
Período arcaico (VIII a. C. – VI)
• Consolidação
das
cidades-estado,
os
proprietários de terras formaram a classe
dominante das pólis, no qual exerciam seu
poder através de regimes autoritários ou
oligárquicos.
• “ A cidade – pólis, em grego – é um pequeno
estado soberano que compreende uma cidade
e o campo ao redor e, eventualmente, alguns
povoados secundários. A cidade se define, de
fato, pelo povo – demos – que a compõe: uma
coletividade de indivíduos submetidos aos
mesmos costumes fundamentais e unidos por
um culto comum às mesmas divindades
protetoras.” (FUNARI, 2002, p. 25)
• A economia era baseada na agricultura,
porém como visto acima, a procura por novos
lugares dado a diáspora, propiciou o
surgimento de novas cidades e sobretudo um
grande desenvolvimento do comércio
marítimo e do artesanato. Rivalizavam no
comércio com os fenícios.
• Vejamos as duas cidades gregas mais
conhecidas, que possuíam organizações
políticas muito distintas:
Esparta
• Localização: região da Lacônia – Península do
Peloponeso – terras férteis e com grandes depósitos
de minerais.
• Segundo a tradição foi fundada pelos dórios no século
IX a. C.
• Sociedade
• espartanos: elite militar, detentores do poder
econômico, político e religioso.
• hilotas: espécie de servo, populações que foram
subjugadas através das guerras. Eram obrigados a dar
aos espartanos, metade de suas colheitas, ou seja,
eram submetidos ao poder dos espartanos, mas não
eram escravos.
• Esparta possuía uma estrutura social muito
rígida. O poder era extremante concentrado
nas mãos dos espartanos. O regime político
era o oligárquico. As decisões políticas eram
realizadas através da Gerúsia e dos éforos.
• Sociedade militarizada: educação militar
rígida, a partir dos 7 anos de idade os meninos
já iniciavam o aprendizado militar (os
espartanos se preocupavam com possíveis
revoltas de hilotas que eram inclusive em
maior número).
Atenas
• Localização: região da Ática, sul da Grécia
• Durante muito tempo o regime oligárquico
prevaleceu em Atenas e o poder estava
centralizado nas mãos dos eupátridas. Contudo, a
economia de Atenas, que era baseada no
comércio cresceu muito e com isso alguns grupos
de comerciantes se enriqueceram (demiurgos).
Além disso, a população pobre (pequenos
artesãos e camponeses viviam em uma situação
de miséria e eram escravizados quando
endividados.
• Estes grupos excluídos da participação política
em Atenas passaram a questionar a
concentração de poderes dos eupátridas
surgindo dessa forma inúmeros conflitos.
Diante de um quadro de tensão social, alguns
legisladores promovem uma série de
mudanças na organização da pólis, a fim de
amenizar as tensões sociais.
• Vejamos alguns legisladores e suas reformas:
• Drácon: tornou público um conjunto de leis
(na forma escritas e não mais oral) que eram
apenas de conhecimento dos eupátridas e que
começa a valer para todos (mas essas medidas
não acabam com a hegemonia dos
eupátridas).
• Sólon: eliminou a escravidão por dívidas,
cancelou dívidas de cidadãos pobres e
também criou:
• Bulé: conselho dos quatrocentos formado por
representantes de toda pólis;
• Eclésia: assembleia popular
- todos os
cidadãos poderiam participar da Eclésia, pois
os poderes políticos foram vinculados a renda
e não mais aos privilégios de sangue (família).
• Após estas mudanças, que não agradaram em
nada as elites atenienses, houve um período
no qual alguns tiranos assumiram o poder.
• Clístenes: liberou uma rebelião contra o
último tirano. As reformas promovidas por
Clístenes culminariam na implantação da
democracia.
• Ostracismo: criado no governo de Clítenes: foi
uma espécie de mecanismo de defesa do
regime democrático, pois os atenienses
poderiam votar, para que uma pessoa fosse
para o exílio durante dez anos, caso essa fosse
considerada um perigo para o regime
democrático. Eles votavam escrevendo em
um pedaço de cerâmica o nome da pessoa.
• Democracia: direta, todos os cidadãos tinham
direito de participar da Eclésia (assembléia)
onde se tomavam decisões políticas. No
entanto, nem todos os habitantes de Atenas
eram considerados cidadãos.
• Cidadania: era considerado um cidadão
ateniense apenas os homens (maiores de 18
anos), nascidos de pai e mãe atenienses. As
mulheres, os estrangeiros e os escravos não
eram considerados cidadãos, assim as
decisões tomadas nas assembléias não lhes
trazia nenhum benefício.
• Escravos: eram na maioria prisioneiros de
guerra. Muitos trabalhavam nas minas de
prata, outros na área rural e a maioria eram
escravos urbanos (realizavam serviços
domésticos e inúmeros outros ofícios).
• Estrangeiros: muitos trabalhavam no
comércio e como artesãos, pagavam além dos
impostos outro tributo (por ser estrangeiro) e
eram obrigados a prestar o serviço militar.
Eram vistos pelos atenienses como pessoas de
segunda classe.
• Período clássico (séculos V a. C. – IV a. C.)
• Século V: considerado o apogeu da civilização
grega devido as grandes realizações artísticas,
literárias, arquitetônicas realizadas em grande
medida no governo de Péricles, no qual o regime
democrático alcançou maior desenvolvimento.
• Surgimento do pensamento racional e da
filosofia com o intuito de se ampliar a
compreensão da realidade na qual viviam (alguns
dos principais expoentes: Sócrates, Plantão,
Aristóteles, Heródoto).
• Período também marcado por guerras dos gregos
contra os povos invasores:
• Guerras médicas (490 a. C. -479 a. C.): guerra
dos gregos contra os persas. Apesar de os
persas estarem em maior número foram
derrotados pelos gregos. Atenas ganha muito
prestígio nos combates. Os gregos formaram
uma aliança - a Liga de Delos - a fim de
combater os persas (pois ocorreram novos
ataques). As cidades pagavam tributos para
assim sustentar o exército formado por
indivíduos de várias cidades-estado. Atenas
passa a administrar a liga.
• Imperialismo ateniense: mesmo após a
derrota dos persas, Atenas insiste em manter
a liga e acaba subordinando ao seu poderio as
demais cidades-estado.
• Liga do Peloponeso: insatisfação contra o
domínio ateniense. Em 431 a. C. Atenas e
Esparta entram em guerra. As demais cidadesestado também entram no conflito.
• Esparta vence o conflito: fim do regime
democrático em Atenas e curto período do
domínio espartano. Outras guerras ocorreram
entre gregos até que os macedônios
(liderados por Alexandre o Grande)
conquistam a região.
Período helenístico (séculos IV a. C. – II a. C.)
•Grécia sob domínio da Macedônia. A
expansão territorial da Macedônia se
estendeu também para Ásia Menor, Pérsia e
Índia. Através desse movimento expansionista
a cultura grega (assimilada pelos macedônios)
foi difundida pelo Oriente, assim muitos
elementos gregos foram fundidos com
culturas locais. Ou seja, um período marcado
por grandes interações culturais.
• Fontes:
• FUNARI, P. P. Grécia e Roma. São Paulo:
Contexto, 2002.
• VICENTINO, Cláudio; GIANPAOLO, Dorigo.
História para o ensino médio: história geral e
do Brasil. São Paulo: Scipione, 2008.
• Mapa: VICENTINO, Cláudio; GIANPAOLO,
Dorigo. História para o ensino médio: história
geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2008, p.
46.
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