Boletim Carvalhaes nº 34

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Santos, 23 de agosto de 2.013 – ano 80 – número 34
A forte pressão sobre o mercado de câmbio resultou em mais uma semana de valorização do dólar
frente ao real. Ontem, após o fechamento do mercado de moedas, o Banco Central, em uma tentativa para
conter a escalada do dólar, anunciou um programa de leilões de câmbio. O dólar fechou ontem a R$
2,432, em queda de 0,78%, mas acumulando, desde maio, alta de 21,5%. Hoje, com a intervenção do
Banco Central, caiu 3,36%.
No mercado de café, a desvalorização do real levou a mais queda nas bolsas de futuro, com
especuladores e compradores procurando se apropriar da desvalorização do real e alguns exportadores
reduzindo seus preços em dólares, para tentar conquistar novas vendas.
No físico brasileiro os compradores ensaiaram repassar para os preços em reais a queda das
cotações na ICE Futures US, a bolsa de Nova Iorque, afastando muitos vendedores do mercado. Os
compradores que quiseram fechar negócios tiveram que pagar os preços praticados na semana anterior.
Toda esta movimentação está levando a uma transferência brutal de renda dos cafeicultores
brasileiros para as torrefações no exterior. A queda contínua das cotações em dólares nas bolsas de futuro
e agora a acentuada desvalorização do real, trouxeram o preço do café no Brasil para patamares abaixo do
custo de produção até dos cafeicultores mais tecnificados e capitalizados.
O produtor brasileiro, de um lado recebe a cada dia menos reais por sua produção e do outro
assiste seus custos subirem vertiginosamente. Fertilizantes, defensivos e equipamentos têm seus preços
reajustados por conta da alta do dólar e da percepção de mudança de cenário, enquanto a mão de obra
sobe devido à inflação, que já passa dos seis por cento. O quadro é insustentável.
Até o dia 22, os embarques de agosto estavam em 994.912 sacas de café arábica e 73.975 sacas de
café conillon, somando 1.068.887 sacas de café verde, mais 92.757 sacas de café solúvel, contra 885.821
sacas no mesmo dia de julho. Até o dia 22, os pedidos de emissão de certificados de origem para
embarque em agosto totalizavam 1.958.019 sacas, contra 1.638.095 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 16, sexta-feira, até o fechamento de hoje,
sexta-feira, dia 23, caiu nos contratos para entrega em dezembro próximo, 660 pontos ou US$ 8,74 (R$
20,61) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no
dia 16 a R$ 390,43/saca e hoje, dia 23 a R$ 365,10/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em
dezembro, a bolsa de Nova Iorque fechou inalterada, na mesma base de ontem. No mercado calmo de
hoje, são as seguintes cotações nominais por saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor, safra
2013/2014, condição porta de armazém:
R$320/330,00 - CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
R$305/315,00 - FINOS A EXTRAFINOS – MOGIANA E MINAS.
R$295/305,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$280/290,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$260/270,00 - RIADOS.
R$240/250,00 - RIO.
R$260/270,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$250/260,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.
DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 2,3580 PARA COMPRA.
Entregue a venda de seus cafés ao Escritório Carvalhaes
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