Capítulo 1 - O MARKETING E SEUS ATUAIS CONCEITOS

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Capítulo 1 - O MARKETING E SEUS ATUAIS CONCEITOS
Sabendo que o marketing que conhecemos hoje, sofreu uma grande evolução desde
que o mesmo foi falado pela primeira vez, vale a pena fazermos a seguinte pergunta:
Mas afinal o que vem a ser marketing?
Partindo da própria formação da palavra, temos: MARKET + ING, onde:
Market = Mercado e Ing = gerúndio da língua inglesa que significa algo que está
acontecendo naquele momento, ou seja, mercado em movimento.
Porém, para os dias de hoje, este conceito já não se aplica. Já não se concebe um
conceito de marketing que não se assemelhe a um processo de investigação,
identificação e satisfação das necessidades humanas (clientes). Onde, uma vez
supridas estas necessidades a contra-partida será a fidelização por parte destes
clientes.
Como o Marketing surgiu?
Para que possamos construir um correto conceito sobre Marketing, faz-se
necessário conhecer um pouco sobre sua evolução. O surgimento do Marketing
advém dos primórdios de nosso modo de comercialização: as chamadas relações de
troca. Naquela época, o sistema de comércio vigente era a troca de mercadorias
(escambo). O boi gordo valia cinco sacas e meia de arroz, que por sua vez podiam
ser trocadas por cinco galinhas cada duas sacas. As vacas não eram trocadas, pois
eram sagradas. O produto mais valioso nesta época era o sal, que valia mais que o
ouro. É importante destacar que toda troca advém do conhecimento da necessidade
de alguém, ou seja, eu tenho algo que já não me serve, porém é o que outra pessoa
está procurando adquirir.
Na história ocidental do Marketing o cenário já é um pouco diferente, por isso vamos
nos remontar até o advento da revolução industrial e sabermos sobre os modelos
ocidentais de produção, que eram essencialmente artesanais, bem como sobre as
novas formas de produção que surgiram após esta revolução.
Até a Revolução Industrial
O que havia de produção na época, era desenvolvido pelos marceneiros, ferreiros,
alfaiates, costureiras, sapateiros, dentre outros mestres de ofícios, que eram os
responsáveis pela concepção, desenvolvimento, fabricação e entrega de seus
produtos a seus clientes, fossem eles uma pessoa ou uma organização. Toda a
produção era desenvolvida mediante uma prévia encomenda e os produtos
acabavam sendo em sua grande maioria, desenvolvidos sob medida. Destaca-se a
existência de uma unidade entre a concepção e a execução propriamente dita do
trabalho desenvolvido. O homem era então, o detentor do seu produto como um
todo, pois todas as peças, geralmente eram produzidas por uma mesma pessoa em
sua totalidade e toda essa produção era fruto da vontade livre deste homem e de
sua capacidade criadora, assim como a liberdade para usufruir o lucro resultante da
comercialização de seus produtos.
Com a Revolução Industrial
A chegada da máquina e do sistema de fábricas obriga ao homem a uma maior
exploração de seu potencial físico, obrigando-o a produzir freneticamente, por
longas jornadas de trabalho, regidas por um cumprimento de horário. Neste
momento, intensifica-se a necessidade de uma produção em série, em escala,
focando principalmente os produtos básicos. Esses produtos, apesar de novos, em
um primeiro momento foram produzidos de uma forma quase padrão, poucas eram
as variações (cor, tamanho, sabor), porém foram responsáveis por despertar novos
hábitos de consumo, plenamente absorvidos pelo mercado. Apesar de toda essa
implantação de novos modelos de produção o número de indústrias ainda era
pequeno, assim como era quase insignificante a concorrência, assim a disputa
acontecia apenas entre produtores de um país e os mercados consumidores de
outro. A ênfase era pautada apenas no produto, que de tão básico (alimentação,
vestuário, higiene e outras assim igualmente essenciais) chegavam ao mercado
apenas para serem absorvidos por uma demanda já pré-existente. Esses produtos
que anteriormente eram desenvolvidos mediante uma encomenda, passaram agora
a serem industrializados e estocados para suprir um mercado visto como mero canal
de escoamento deste estoques. A ordem era produzir mais, proporcionar a
movimentação física desta produção desde o fabricante até o consumidor final e
finalizar maximizando os lucros.
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