Boletim Carvalhaes nº 11

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Santos, 18 de março de 2.016 – ano 83 – número 11
A séria crise política e econômica brasileira continuou dando o tom dos negócios de café no Brasil. As
notícias e denúncias se sucedem em um ritmo impressionante fazendo com que a cotação do dólar frente ao
real e os diversos índices econômicos variem rapidamente, impedindo qualquer previsão em curto e médio
prazo para os negócios de café. O cenário muda em poucas horas, muitas vezes em minutos.
O fato de o Brasil ser o maior produtor e exportador de café do mundo influencia as cotações na ICE
Futures em Nova Iorque. Quando o valor do dólar recua frente ao real, as cotações do café na ICE sobem e
vice versa, cada valorização do dólar frente à moeda brasileira acaba forçando para baixo os preços em Nova
Iorque.
No mercado físico brasileiro os preços melhoraram ligeiramente e o volume de negócios fechados
aumentou. Os estoques brasileiros estão diminuindo e ninguém se arrisca a quantificá-los. Existe praticamente
um consenso de que no final de junho serão os menores das últimas décadas, praticamente zerados. A
expectativa de uma boa safra brasileira em 2016 impede a explosão dos preços.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada hoje, Carlos Alberto Paulino da Costa, presidente
da COOXUPÉ – Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé, maior cooperativa de café do mundo e
maior exportadora de café do Brasil, disse que o Brasil é a “caixa d’água” que abastece o mundo com café o
ano inteiro e essa “caixa d’água” está vazia. Concordamos com ele!
Como dissemos em nosso último boletim, precisaremos de 56 a 57 milhões de sacas (35 a 36 milhões
para a exportação e 20 a 21 milhões para o consumo interno) e praticamente não contaremos com
remanescentes de safras anteriores. Mesmo que nossa próxima safra alcance os maiores números que circulam
no mercado, 57/58 milhões (são números de operadores, os agrônomos não acreditam que possamos chegar a
tanto. A quebra na safra de conilon é consenso), o quadro continuaria apertado. Não podemos nem pensar em
problemas climáticos nos próximos três anos.
A "Green Coffee Association" divulgou que os estoques americanos de café verde totalizaram 5.869.288
em 29 de fevereiro de 2016. Uma alta de 33.982 sacas em relação as 5.835.306 sacas existentes em 31 de
janeiro de 2016.
Até dia 17, os embarques de março estavam em 1.119.755 sacas de café arábica, 28.510 sacas de café
conillon, mais 122.537 sacas de café solúvel, totalizando 1.270.802 sacas embarcadas, contra 1.109.854 sacas
no mesmo dia fevereiro. Até o mesmo dia 17, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque
em março totalizavam 1.771.980 sacas, contra 1.742.247 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 11, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sextafeira, dia 18, subiu nos contratos para entrega em maio próximo 850 pontos ou US$ 11,24 (R$ 40,31) por
saca. Em reais, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 11 a R$ 600,90 por saca, e
hoje dia 18, a R$ 637,06 por saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em maio a bolsa de Nova
Iorque fechou com alta de 175 pontos. No mercado calmo de hoje, são as seguintes cotações nominais por
saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2015/2016, condição porta de armazém:
R$580/600,00 - CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
R$550/560,00 - FINOS A EXTRAFINOS – MOGIANA E MINAS.
R$500/520,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$460/490,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$450/470,00 - RIADOS.
R$380/400,00 - RIO.
R$370/380,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$350/360,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.
DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 3,5860 PARA COMPRA.
Entregue a venda de seus cafés ao Escritório Carvalhaes
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