AUDITÓRIO COMERCIAL – 04.05.17 Empoderamento entre indústria e varejo: As parcerias ganha-ganha O tema do segundo dia do Congresso de Gestão em Supermercados abordou uma busca constante entre indústria e supermercados, que é realizar de fato uma relação ganhaganha. A necessidade e a busca agressivas por escala em meio a uma concorrência cada dia mais acentuada, ainda tem dificultado os avanços nessa parceria. Os conteúdos apresentados mostraram um lado extremamente prático da filosofia que deve estar presente nessa relação – a filosofia das negociações baseadas em sell out. Para aqueles que ainda administram sua relação indústria-supermercado, de uma forma na qual as variáveis mais difíceis de controlar impedem o equilíbrio, continuam encontrando maior dificuldade em estabelecer essa parceria de verdade. Claro que a força de marca e o tamanho das organizações podem pesar, mas se a maturidade e estratégia não estiverem presentes, não evoluirá. Em primeiro lugar, a maturidade das equipes que se relacionam aliada à capacitação técnica são fatores indispensáveis para o tamanho do sucesso dessa parceria ganha-ganha. A partir disso, as partes precisam conhecer a cadeia de valor virtualmente integrada, saber e respeitar que existem alguns estágios para esse processo de compartilhar e colaborar para que possa atingir uma certa maturidade. Para o que era meramente transacional entre os dois lados, a operacionalização de uma parceria que busca o ganha-ganha começa por definir o sucesso antes (onde ou o que quer atingir); os semelhantes conseguem com maior facilidade; e os mecanismos do ganhaganha precisam estar definidos para cada um, pois o foco no ganho do sistema é compartilhado. As melhores experiências apresentadas demonstram que o conhecimento do giro e das forças de produto e marca devem estar associados a uma importante análise dos tipos de exposição, promoção/ativação e comunicação utilizados. Muitos são os casos nos quais a ação praticada não está adequada aos objetivos, dessa maneira, até piorando a situação. Seja elevação de volume, tíquete médio ou qualquer outro objetivo, as ações mais adequadas exigem análise prévia de dados. Às vezes, a ação parece prejudicial a um dos lados, por isso, é sempre indispensável entender a tendência daquela categoria, do comportamento de consumo, do ambiente concorrencial da indústria e do supermercado. A relação ganha-ganha pressupõe um conhecer-se maior que temos na realidade de hoje. Quanto mais ao fim desta cadeia de valor os estudos e a parceria atuarem, mais próximo do consumidor (empoderado) estarão para observar, registrar e entender as suas satisfações e insatisfações que interferem em toda a cadeia de valor.