Papel Comercial - Banco Carregosa

Propaganda
Periodicidade: Semanal
Temática:
Economia
Vida Económica
Classe:
Economia/Negócios
Dimensão:
258
25­07­2014
Âmbito:
Nacional
Imagem:
S/Cor
Tiragem:
26000
Página (s):
41
JOÃO QUEIROZ
trata
Papel Comercial
– de se
Ao longo das últimas semanas por razões evidentes muito se tem escrito
e comentado sobre Papel Comercial O que é hoje amplamente mais
conhecido sobre este produto é o seu caráter de dívida de curto prazo
sendo também recorrente falar se neste produto financeiro como uma
solução para investidores que privilegiem instrumentos com elevada
liquidez Mas em que se consubstancia realmente o papel comercial
Na verdade é um crédito de curto prazo concedido eminentemente
por entidades com reconhecida experiência de governação contabilidade
organizada e adequado reporte de informação a maioria das empresas
cotadas no PSI 20 emitem estes instrumentos A sua emissão é
organizada por Instituições de Crédito com uma maturidade que pode ir
até um ano No entanto a maturidade média fica se por períodos muito
inferiores tipicamente de 1 a 3 meses É frequentemente utilizado por
empresas que precisem de recursos de curto prazo ou outras necessidades
breves de tesouraria e pode constituir uma apelativa alternativa ou
complemento às operações de crédito tradicionais normalmente
intermediadas por uma instituição bancária
Com efeito a transação do título é feita diretamente entre o emissor
e o credor investidor que financia a empresa em O T C Como
corolário considera se o habitual spread da transação que procura
refletir o risco do emitente mas as remunerações tendem a ser menores
em comparação com as mais tradicionais formas de financiamento
Outra das vantagens deste produto decorre da sua reduzida maturidade
que facilita a antecipação da situação patrimonial e financeira da
empresa devedora na data de vencimento e por extensão traduz outra
perceção de segurança do investimento Existe uma maior salvaguarda
do devedor uma vez que o Papel Comercial não requer um direito
sobre os ativos deste caso haja incumprimento excetuando uma
variante específica denominada Asset Backed Commercial Paper que
implica também uma garantia de ativos financeiros Este facto difere
da comum concessão de crédito pelo que uma maior cautela deve ser
consagrada pelos investidores Com efeito Papel Comercial costuma
apenas ser concedido a preços razoáveis a empresas com ratings elevados
e cotadas nos principais índices de acções
Por último o emissor tem também a prerrogativa de assim que
se aperceber de que não consegue cumprir as suas obrigações poder
substitui la por outra modalidade de crédito mais condicente com
o seu perfil de risco naturalmente mais alto do que anteriormente
equacionado Devido a esta possibilidade pode entender se Papel
Comercial como um potencial investimento de longo prazo para o
emissor uma vez que a maturidade do empréstimo renova se se passar
de um investidor para outro
Ainda assim este é um produto considerado de pouco risco
como corroboram as estatísticas de acordo com a agência de rating
Moody s de 1972 a 2004 apenas entre 15 a 20 emissores entraram
em incumprimento À luz das mais recentes notícias o conceito de
prudência e critério assumem maior relevância sendo manifesto
portanto que o problema reside na situação patrimonial do devedor e
não no tipo de produto financeiro
Em suma com Papel Comercial o investidor tem a possibilidade de
obter uma remuneração juro sobre um investimento de curto prazo
com alguma liquidez e risco tendencialmente reduzido mas sobre o
qual não se deve descurar uma análise mais detalhada do negócio do
respetivo emitente
que
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