MASTERCLÍNICA - CASCAVEL – PARANÁ UNIOESTE

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TÉCNICA DE DUPLO RETALHO PARA CORREÇÃO LAPAROSCÓPICA
DE PROLAPSOS PÉLVICOS: ABORDAGEM MULTIFOCAL EM AMBOS
COMPARTIMENTOS
Milton T. Tanaka, José B. Mendes Jr, Eduardo F. Pacagnan, Márcia Regina S. S. Barbosa Mendes, Alex S. Tanaka
MASTERCLÍNICA - CASCAVEL – PARANÁ
UNIOESTE – CASCAVEL - PARANÁ
INTRODUÇÃO:
Ocorrência de prolapsos genitourinários são comuns em
pacientes multíparas ou após operações ginecológicas, principalmente
histerectomias via abdominal ou vaginal. Manifestam-se como cistocele,
retocele, enterocele, prolapsos de cúpula vaginal e uterino, em graus e
combinações variáveis para um mesmo paciente, podendo estar associado ou
não a incontinência urinária de esforço.
O uso de técnicas laparoscópicas para correção de defeitos do
assoalho pélvico têm sido descritas para correção predominantemente do
prolapso da cúpula apenas, porém com esta técnica pode-se corrigir todas as
formas acima mencionadas.
Figura 1: preparo da tela(não Gynamesh)
Figura 2: fixação parede vaginal ant.
OBJETIVOS:
Demonstrar a experiência na realização de correção
laparoscópica de prolapsos genitourinários através do emprego de telas tanto
em um como em ambos os compartimentos
pélvicos.
FVN
FVN
Figura 3: fixação da tela
Figura 4: fixação parede vaginal post.
MATERIAL E MÉTODO:
De agosto de 2002 a outubro de 2009, 18 pacientes, com média
RETO
de idade de 68,4 anos, foram submetidas à correção laparoscópica de
prolapso genitourinário. Nove pacientes apresentavam histerectomia prévia.
Havia presença de prolapso de cúpula vaginal, ora com cistocele, retocele, ou
ambas associadas, além de prolapso uterino em outras. Enterocele estava
associada em 3 pacientes.
FVN
Figura 5: fixação ao promontório
FVN
RETO 6: peritonização da tela
Figura
TÉCNICA CIRÚRGICA:
Paciente em Trendelemburg acentuado e membros inferiores
afastados permitindo manipulação sobre a cavidade vaginal. Empregados 3 a
4 portais: cicatriz umbilical, em fossas ilíacas e hipogástrio. Dissecção com
bisturi monopolar. Inicialmente era feita a correção isolada apenas do prolapso
de cúpula com um retalho simples na forma de Y com tela de prolene.
Mais recentemente adotou-se o emprego de duplo retalho de
Gynamesh sendo um para reforço do septo retovaginal e outro para o septo
vesicovaginal, e a unificação de ambas para ancoramento da cúpula vaginal
ao promontório. O retalho posterior tem formato irregular tendo 6 cm de largura
na sua porção mais distal que é fixado no músculo elevador do anus em
ambos os lados do reto. O retalho anterior é retangular com largura constante
de 4 cm e fixado desde o terço distal da parede vaginal anterior até a sua
cúpula. Em caso de presença uterina pontos de reforço são aplicados ao nível
da cervix e o retalho anterior é unido ao posterior através de uma abertura de
um dos ligamentos largos. Uma vez unidos, ambos são fixados ao promontório
para a colposuspensão adequada. Rigorosa peritonização de ambos os
retalhos previne lesões de alça intestinal.
Os casos de incontinência urinária de esforço detectados no préoperatório foram corrigidos através da realização de slings transobturatório.
RESULTADOS:
O tempo cirúrgico foi em média de 3h54min e o tempo de
internação de 3 dias. Não houve complicações intra ou pós-operatória.
No seguimento houve um caso de recorrência parcial do prolapso por
ajuste inadequado da tensão da tela (primeiro caso).
CONCLUSÕES:
O emprego de retalhos tanto para o compartimento anterior
quanto posterior, mostrou-se muito satisfatório para a correção não
apenas do prolapso da cúpula como também dos diferente graus de
cistoretocele comumente associados, com elevadas taxas de sucesso e
sem as habitualmente altas taxas de complicações envolvendo as telas
quando aplicados por via transvaginal. A realização do TOT quando
indicada mostrou-se muito eficaz, rápida e sem morbidades adicionais.
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