FREQUÊNCIA DE PROLAPSO PENIANO EM Alouatta clamitans

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FREQUÊNCIA DE PROLAPSO PENIANO EM Alouatta clamitans
(Primates: Atelidae) COM O USO DE MALEATO DE
ACEPROMAZINA.
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Amanda Rezende Peruchi ¹ ², Julío César de Souza Junior ¹ ², Ana Júlia Dutra Nunes¹, Aline
,3
,2
Naíssa Dada¹ & Zelinda Maria Braga Hirano¹
¹ Centro de Pesquisas Biológicas de Indaial - Projeto Bugio
² Universidade Regional de Blumenau – FURB
³ Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto FFCLRP-USP
A acepromazina é um fármaco fenotiazínico com ação sedante, anti-histamínica,
ansiolítica, anti-sialagoga e antiespasmódica. Há relatos na literatura que este
tranquilizante causa a exposição prolongada do pênis em ovinos, caprinos,
asininos e equinos. Este fármaco causa paralisia do músculo retrator do pênis e
em asininos e equinos pode promover a ereção persistente por mais de 4 horas
(priapismo) e levar a paralisia irreversível com a necessidade de amputação do
órgão. O objetivo deste trabalho é relatar a frequência de prolapso peniano em
animais da espécie Alouatta clamitans submetidos à contenção química com
acepromazina e tiletamina-zolazepam. Machos adultos de bugio-ruivo do Centro
de Pesquisas Biológicas de Indaial – Projeto Bugio foram sedados em dois
momento diferentes, com intervalo de oito meses, para exame clínico e coleta de
material biológico. Na primeira sedação, foi utilizada a associação tiletaminazolazepam na dose de 3,6 mg/kg em 22 indivíduos. No segundo procedimento foi
utilizada a associação de acepromazina e tiletamina-zolazepam, nas doses de 0,2
mg/kg e 2-3 mg/kg respectivamente em 23 animais. A comparação das
frequências de prolapso peniano entre os dois protocolos foi feita através do teste
Qui-quadrado (p<0,05). Os procedimentos duraram em média trinta e sete
minutos, e o retorno anestésico uma hora e meia. Na primeira sedação não foi
observado prolapso peniano em nenhum indivíduo. Na segunda, oito animais
(34,78%) apresentaram prolapso logo após a indução anestésica (X2=4,82; g.l.=1;
p<0,02). A exteriorização do pênis persistiu durante todo o exame clínico,
regredindo assim que os animais retornavam da anestesia. Não foram
observados casos de priapismo. Este é o primeiro relato de prolapso peniano em
primatas com o uso de acepromazina. Embora o fármaco não tenha demonstrado
outros efeitos adversos, a presença de prolapso peniano demonstra a
necessidade de precaução no uso deste tranquilizante em machos de Alouatta
clamitans.
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