Aulas 1 e 2 de Biologia Por que tomar café da manhã? O café da

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Aulas 1 e 2 de Biologia
1) Por que tomar café da manhã?
O café da manhã é a refeição que fornece energia suficiente para realizar uma série de
atividades até a hora do almoço.
Apesar da sua grande variedade, os alimentos têm algumas substâncias em comum:
carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e sais minerais. Os carboidratos são a principal
fonte de energia de que o corpo precisa.
Usamos energia para realizar uma série de atividades, como falar, pensar, ouvir, ver,
andar, nadar etc. Essa energia pode ser medida, e a unidade para medi-la é a caloria (cal).
Porém, para facilitar nossos cálculos, usamos a quilocaloria (Kcal) que é 1.000 vezes maior que
a caloria. Por exemplo, uma banana-nanica fornece 97.000 calorias (cal), ou, simplificando, 97
quilocalorias (Kcal).
Assim como os alimentos têm diversas substâncias (carboidratos, proteínas etc.), eles
também fornecem diferentes quantidades de calorias, como vemos na Tabela 1, a seguir:
Nosso organismo sempre precisa de energia. Mas a quantidade necessária não é igual
para todo mundo.
As calorias diárias necessárias variam de acordo com a idade e o sexo. Valores médios
dessas necessidades estão representados na tabela a seguir:
Como retiramos energia dos alimentos?
Quando comemos um pedaço de pão, ele é transformado em pequenas partículas no
tubo digestivo. É preciso que os carboidratos presentes no pão sejam reduzidos a tamanhos cada
vez menores, pois são substâncias muito grandes e não podem passar pelas células do intestino
delgado para o sangue sem diminuírem de tamanho.
A transformação do carboidrato reduz a pequenas unidades que são chamadas de
monossacarídeos. São eles que caem no sangue e chegam até as células. O monossacarídeo mais
comum é a glicose, presente no pão e no açúcar.
A glicose entra em diversas células e fornece energia. Por exemplo: quando ela penetra
nas células musculares, a energia é utilizada para promover o trabalho muscular e podemos
então andar, dançar, correr etc. Porém, a glicose sozinha não é suficiente para liberar energia. O
oxigênio, presente no ar que respiramos, também é necessário.
O processo de liberação de energia, a partir de qualquer substância nutritiva e de
oxigênio, é chamado de respiração celular. Na respiração celular, o oxigênio queima a glicose
e o resultado é a liberação de energia, além de água e gás carbônico. Essa energia é utilizada
para diferentes fins: manter a temperatura do corpo, movimentar o diafragma, movimentar os
músculos para andar, escrever, falar etc.
Uma pequena parte da glicose é transformada numa substância chamada glicogênio.
Essa transformação ocorre num órgão do corpo chamado fígado. Nosso corpo pode fazer uso
dessa reserva de glicogênio acumulada no fígado, que é transformada em glicose e transportada
para as células pelo sangue.
A maior parte da glicose e de outros nutrientes que são ingeridos em excesso
acumulam-se em forma de gorduras. Dessa maneira, teremos um armazenamento de energia,
sempre que for necessário para nosso organismo. E aí aparecerão aquelas gordurinhas a mais!
2) Tá na mesa
Será que sempre que comemos bastante estamos bem alimentados?
Há casos em que as pessoas comem uma quantidade de alimento suficiente para não
sentir fome; algumas chegam até a ultrapassar o peso ideal, mas, mesmo assim, seu
organismo apresenta uma doença chamada desnutrição.
Essa doença é causada por uma alimentação inadequada, isto é, uma alimentação
que não fornece todos os tipos de nutrientes necessários ao bom funcionamento de nosso
organismo.
Quando a quantidade de alimentos ricos em algum tipo de nutriente não é
suficiente, a pessoa apresenta um quadro de desnutrição. Esse quadro pode ser leve ou
extremamente grave.
A desnutrição é mais grave em crianças. Dependendo do grau de subalimentação,
elas podem ficar com alguns órgãos seriamente afetados, como o cérebro, por exemplo. As
crianças, assim como os adultos, precisam de grande quantidade de nutrientes para
assegurar o crescimento e a manutenção das estruturas e órgãos que compõem seu corpo
(músculos, ossos, coração, fígado, intestinos, sangue, cabelos etc.).
Os nutrientes encontrados nos alimentos são proteínas, lipídios, carboidratos,
vitaminas e sais minerais.
Podemos discutir a desnutrição sob vários aspectos. Aqui, vamos comentar dois
tipos básicos: desnutrição úmida e o marasmo.
A desnutrição úmida é consequência de uma alimentação rica em carboidratos
(arroz, milho, batata, macarrão etc.), porém pobre em proteínas, gorduras e vitaminas. Uma
pessoa com esse tipo de alimentação não costuma apresentar perda de peso, porque há
acúmulo de água nas pernas, pé, rosto e abdome, devido à falta dos outros nutrientes - daí
o nome de “desnutrição úmida”.
Mesmo ingeridos em grande quantidade, os carboidratos não são capazes de
substituir as funções exercidas pelos outros tipos de substâncias. Os problemas aparecem
devido à falta de outros nutrientes, como proteínas, lipídios e vitaminas. Quando esses
nutrientes não estão presentes nas refeições, faltam os materiais necessários para construir
ou recuperar as células do organismo.
Os sintomas da desnutrição úmida são: vermelhidão e descamação da pele, perda de
cabelo, pequena estatura, músculos reduzidos, braços finos, inchaço (acúmulo de água) no rosto,
abdome, pernas e pés.
Outro tipo de desnutrição é o marasmo. Essa doença ocorre quando a pessoa não come a
quantidade suficiente de nenhum tipo de nutriente, durante muito tempo. A falta de alimentos
ricos em carboidratos, proteínas, lipídios, sais minerais e vitaminas provoca vários sintomas. A
pessoa não cresce, fica muito magra - com o peso abaixo do normal -, com frequência adquire
outras doenças, fica com a pele ressecada e descamante, tem os músculos reduzidos e está
sempre com fome. A doença tem o nome de marasmo porque a pessoa fica sem disposição para
realizar suas atividades.
Quadro Síntese dos nutrientes encontrados nos alimentos
Substâncias que
Funções em nosso organismo
Possíveis problemas quando
compõem o
há carência
organismo
As proteínas são substâncias
Causa debilidade, edemas,
Proteínas
formadas por várias unidades
insuficiência hepática, apatia
chamadas aminoácidos. Formação
e até baixa das defesas do
da membrana celular, que controla a
organismo. Em caso de
entrada e saída de substâncias da
excesso, existe o risco de
célula, dá às células a capacidade de acidificação sanguínea, gota e
alterarem seu formato, sem se
doenças renais e reumáticas.
romperem, e de resistirem a pressões Existe uma maior necessidade
internas e externas. O próprio
de proteínas na alimentação
movimento dos glóbulos brancos
de crianças, na alimentação
existentes no sangue
de adolescentes e em casos de
só é possível devido às propriedades
queimaduras graves e
das moléculas de proteínas que eles
traumatismos variados.
possuem, tanto na membrana celular
como no citoplasma. Formação de
músculos, reguladoras dos processos
bioquímicos. Todas as enzimas são
formadas por proteínas. Fornece
colágeno para tecidos conectivos do
corpo e para tecidos da pele, cabelo e
unhas. Encontrada em todos os tipos
de carne, ovos e leite.
Serve como reservatório de energia
Aparecimento de rugas,
Lipídios
(formação de gordura), formação da
deficiência em produção de
camada que envolve a célula.
hormônios, deficiência de
Algumas vitaminas só podem ser
vitaminas (A, D, E, K),
absorvidas pelo organismo quando
fraqueza, problemas nervosos
há lipídeos no intestino. Encontrado
na gordura da carne de porco e nos
óleos que usamos para
cozinhar
Suprimento energético essencial para
Fadiga, menor ingestão de
Carboidratos
o bom funcionamento de nossas
fibras, o que pode causar
células. Encontrado em alimentos
distúrbios intestinais,
como pães, doces, massas etc., ricos
desidratação, fraqueza e
em açúcar e amido (substâncias de
náuseas. Os rins também
reserva dos vegetais)
passam a trabalhar acima do
limite, assim como o fígado,
obrigado a processar uma
quantidade de gorduras maior
que a recomendável.
São indispensáveis para o bom
Sua ausência provoca
Sais Minerais e
Vitaminas
funcionamento dos processos
bioquímicos (responsáveis pela
formação, crescimento e
funcionamento das células e dos
tecidos de nosso corpo), e dos quais
participam as proteínas, os lipídios e
os carboidratos.
doenças como o raquitismo, o
escorbuto, a anemia, a
cegueira noturna, a pelagra
(descamação da pele), a
polineurite (inflamação nos
nervos) e outras.
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