MICHELANGELO ANTUNES FERREIRA PERFIL Do ATENDIDO PACIENTE No ASSISTENCIAL DISTRITO HIPERTENSO DOCENTE UFSC - PREFEITURA DE FLORLANÓPOLIS No MUNICIPAL PERÍODO DE OUTUBRO FEVEREIRO DE 1999 DE 1993 A Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão no Curso de Graduação Medicina. FLORIANÓPOLIS 1999 ~ em 1\/IICHELANGELO ANTUNES FERREIRA PERFIL DO ATENDIDO PACIENTE No ASSISTENCIAL HIPERTENSO DISTRITO DOCENTE UFSC - PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS No PERÍODO DE OUTUBRO DE 1993 A FEVEREIRO DE 1999 Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão no Curso de Graduaçao Medicina. COORDENADOR DO CURSO: Prof. Dr. Edson José Cardoso ORIENTADOR: Prof. Dr. Marco Aurélio da ROS CO-ORIENTADOR: Prof. Dr. Paulo Freitas FLORIANÓPOLIS 1999 em AGRADECIMENTOS Primeiramente gostaria de agradecer a meu orientador Marco Aurélio da Ros pela pronta disposição com que me recebeu, ocasião em que constituía apenas em uma idéia. Idéia esta que aos com enormes incertezas e inseguranças; minha sorte, incentivador. meus este trabalho se próprios olhos era vista e já neste instante, para minha surpresa e a figura do orientador mais que um bom orientador se tomou em um Assim agradeço a meu orientador pelo tempo comigo também pelo exemplo de um médico lutador, fiel às suas gasto, e concepções pessoais em prol da coletividade. Durante a confecção deste trabalho tive a oportunidade de circular melhor pelos corredores da Saúde Pública e conhecer melhor pessoas acessíveis e que de alguma forma ou outra também contribuíram para o trabalho. Entre estes gostaria de citar os funcionários da secretaria (Vânia Maria Silvana, Shirley, Dr. Nelson, Dra. Eleonor Minho, Dr. Pedro e Dr. Cesar (do Centro de Saúde da Lagoa). Especial agradecimento ao Dr. Fúlvio Borges Nedel pela técnica e elegância com que ajudou-me na revisão final deste trabalho. Gostaria de agradecer também meu co-orientador, Dr. Paulo Freitas pela paciência e ensinamentos prestados principahnente na área estatística e de computação sem os quais não Não posso trabalho: seria possível a realização deste trabalho. esquecer, é claro dos outros 52 “autores” coadjuvantes deste meus colegas ou melhor meus amigos doutorandos que também contribuiram para o embasamento do trabalho. São poucas as pessoas que ao mesmo tempo nos levantam e nos ajudam seja no lado profissional ou no lado pessoal. Uma delas, a qual devo grande parte de minha felicidade atual e vontade de viver é minha namorada e companheira Adriana Eich; a qual também participou deste trabalho digitação de parte seja ativamente (na do mesmo) seja passivamente, incentivando-me e encorajando- me a continuar nos momentos dificeis. Com carinho muito obrigado. Quero agradecer também à minha família, meus irmãos José mas principalmente à minha mãe; mulher forte e hmnilde e para a dívida impagável. expressar obrigado. qual tenho urna É a ela que agradeço do fimdo do coração à minha educação, à minha fonnação, à sua dedicação inabalável pela exemplo de e Antônio, garra, persistência e trabalho. meu amor e família, à sua amizade e ao seu Quero aqui através deste trabalho minha admiração a esta grande mulher: minha mãe, DEDICATÓRIA Acima de tudo gostaria de dedicar este trabalho e agradecer a infelizmente não está mais entre nós, meu pai. É alguém que a ele que devo quase tudo de minha formação ético-moral. Seus ensinamentos de capacidade para o trabalho, honestidade, disciplina, fé e amor à Vida estão mais vivos do que nunca! Muito obrigado pai. ÍNDICE 1. INTRODUÇAO 2. OBJETIVOS 3. MÉTODO ....... .. nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn no ........... .. cccccccccccccccccccccccccccccc na ................ .. oooooooooooooooooooooooooooooo no 4. RESULTADOS 5. DISCUSSÃO ....... .. oooooooooooooooooooooooooooooo ou ............ .. oooooooooooooooooooooooooooooo ao ~ CONCLUSOES 7. REFERÊNCIAS NORMAS ADOTADAS ó. ....... .. oooooooooooooooooooooooooooooo oo ...... .. oooooooooooooooooooooooooooooo ou RESUMO SUMMARY .............................. .. ..................... .. oooooooooooooooooooooooooooooo no APÊNDICE ................. .. oooooooooooooooooooooooooooooo no ................. .. oooooooooooooooooooooooooooooo no 1. A Hipertensão rnultifatorial INTRoDUÇÃo Arterial Sistêmica (HAS) é uma entidade clínica não mais entendida como uma doença mas sim como uma sindrome, caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados associados a alterações metabólicas e hormonais e a fenômenos tróficos (hipertrofia cardíaca e vascular); e cuja evolução nos irrdivíduos não tratados morbirnortalidade. cardiovascular É considerada portanto com um alto custo social um se acompanha de elevada dos principais fatores de risco sendo responsável por 40% dos casos de aposentadoria precoce e de absenteísmo no trabalhol. O aparecimento desses níveis de pressão arterial elevados é facilitado pelo estilo de vida que inclui elevada ingestão de sal, baixa ingestão de potássio, excessivo consumo de álcool e alta ingestão calórica”. O último fator de risco é o que mais contribui para o desenvolvimento de peso excessivo ou obesidade, que estão diretamente relacionados à elevação da pressão arterial. Há ainda evidências de possíveis efeitos do estresse psicossocial” na pressão arterial relacionados a condições estressantes tais como pobreza, insatisfação social, baixo nível educacional, desemprego, inatividade fisica e atividades profissionais caracterizadas por altas em especial, aquelas demandas psicológicas e baixo controle dessas situações. Pelo fato de a HAS ser multicausal e multifatorial, por maioria das vezes qualquer sintoma em não acarretar na suas fases iniciais e por envolver orientações voltadas para vários objetivos, o sucesso terapêutico é bastante lirnitado quando executado por um único profissional. Esses fatos talvez justifiquem o baixo índice de sucesso e de adesão obtido quando os cuidados aos 7 pacientes são realizados por um único profissional de saúde, classicamente o uma médico. Assim é mais do que evidente a importância de equipe multiprofissional1=4. /7 Estima-se que cerca de 15 a 60% fé Além hip ertensos1=5=8. 9 M da população adulta brasileira e das pessoas acima de 65 anos de idade possam ser rotuladas HAS A/¡ufl¿,degenerativa, a Z//_¿ 20% muitos países4, como doen devido à im ortância disto 40 a como a crônico- tem sido objeto de vários estudos epiderniológicos em com destaque aos aspectos terapeuticos do problema e/ou de seus fatores de risco descritivos de prevalencia bem como os relativos a associação de HAS com as doenças cardiovasciúares4°6”7=8°9°163821. No 9 Brasil faltam estudos representativos de todo o paísó, tendo as investigações restringindo-se a cidades, trabalhadores e a estados. que isto não foi Mas, mais do encontrado na literatura brasileira (consultados a Bireme e Lilacs) estudos epidemiológicos sobre o paciente hipertenso no nível de atenção mais importante no sistema de saúde: o nível de atenção primária. A Organização Pan-Americana de Saúde considera a atenção primária como capaz de dar solução a mais de 80% dos problemas da população”. Considerando-se que, estudos brasileiros sugerem que pode manejar até 90% um médico de la. linha das consultas do ambulatório geral”, e entre estas consultas a de pacientes hipertensos, seria portanto de suma importância que caracterizássemos melhor o perfil do paciente hipertenso que procura e pode ser atendido no nivel de atenção primária. abordar melhor a Em isto já neste nível poderiamos HAS tanto em aspectos diagnósticos, mas também preventivos. nosso meio, no Distrito Docente Assistencial composto por 06 centros de saúde 8°. Com em um convênio UFSC - Prefeitura Municipal de Florianópolis, a HAS é o motivo de consulta mais freqüente”, mostrando a relevância de aprofundar 8 estudos sobre o tema e permitindo, ao menos ao nível local, a caracterização deste perfil. . , Sabe-se que entre os portadores de HAS prevalecem os hipertensos leves fatores de risco (85%)8, para os quais a identificação do problema e o manejo dos significar a regressão das cifras tensionais e redução das modificáveis pode complicações nocivas. Assim não existiria lugar mais oportuno, precoce e eficaz a do que o nível de atenção primária para o diagnóstico, manejo e sobretudo prevenção desta enfermidade extremamente prevalente e silenciosa. V ' Segundo a Organização Panamericana de Saúde4 a sociais e HAS traz repercussões econômicas de tamanha magnitude que deve ser considerada problema de saúde considera que prioritário um número um nas Américas. Isto é ainda mais evidente quando se apreciável de pacientes quando busca atenção médica por HAS já apresentam complicações e dano de órgãos-alvo, o que se explica em que se deve parte pela ausência de sintomatologia nas fases iniciais. Por isso é na dar tanta importância na detecção precoce e na educação da comunidade, comunidade e para a comunidade. Desta fonna é importante o conhecimento do paciente hipertenso através de estudos epidemiológicos para que por meio destes possamos instituir medidas mais eficazes de detecção, avaliação, tratamento e principalmente a prevenção primária da HAS. 2. 2.1.GERAL L 0 M l1ipe11:enso QM d° Descrever~l OBJETIVOS ^ , . UFSC - PMF , , . atendido nos centros de saúde que Assistencial chmco do soclo-economico, demografico e compõem o _ . paciente Docente Distrito baseado nas informações contidas no arquivo de acompanhamento didático-pedagógico do intemato em saúde coletiva no período de outubro de 1998 a fevereiro de 1999. 2.2. ESPECÍFICOS 0 Descrever a conduta médica adotada no Distrito Docente Assistencial diante do paciente hipertenso, quanto à prescrição medicamentosa e solicitação de exames complementares; 0 Quantificar o número de encaminhamentos realizados; 0 Descrever a autoavaliação do paciente hipertenso em relação a saúde; 0 Analisar possíveis associações de interesse entre as variáveis estudadas (conforme o arquivo das consultas do DDA UFSC PMF amostra formada por pacientes do Acolhimento. - Apêndice) com outra 3. O presente MÉToDo estudo foi realizado na cidade de Florianópolis no período de É outubro de 1998 a fevereiro de 1999. de caráter observacional, descritivo de delineamento transversal. referentes ao atendimento geral (Apêndice) de Foram colhidos os dados todos os pacientes hipertensos atendidos nos 06 postos de saúde que Distrito Docente Assistencial UFSC-PMF: Costeira do Pirajubaé; Grande II; Itacorubi; Saco Lagoa da Conceição; Rio Tavares e Córrego Grande. Estes dados foram registrados por 53 Doutorandos da UFSC compõem o durante o intemato preencheram individuahnente em um 10a. fase do Curso de Medicina da saúde pública no semestre 98-2, os quais arquivo didático-pedagógico onde havia espaço para o registro das consultas - um atendimento geral (Apêndice). Houve extravio de dois arquivos didático-pedagógico, com isto ficamos com Sl arquivos para a análise. Todos os 53 doutorandos eram supervisionados (em cada paciente atendido) por um médico comunitário. A equipe médica era formada por 8 médicos comunitários distribuídos nos centros de saúde supra citados. Ao final do intemato todos os arquivos didático-pedagógico foram recolhidos e os dados concementes aos pacientes com diagnóstico de hipertensão (HAS) foram tabulados no programa EPI-INFO e submetidos à análise incluídos somente os pacientes com estatística. o diagnóstico estabelecido de excluídos da análise os seguintes pacientes: a) pacientes com ou duvidoso. ' HAS, sendo arquivo incompleto e/ou mal preenchido; b) gestantes hipertensas; c) pacientes incerto Foram com diagnóstico f.- 11 ~ Definiu-se como paciente hipertenso os que se apresentavam com pressao arterial diastólica acima de 90 mrnhg e/ou pressão arterial sistólica acima de 140 mrnhg para aqueles com idade superior a 18 anos e com as medidas repetidas mais de uma vez em duas ou mais consultas (3°. Consenso Brasileiro de HAS - 1998). Foi arbitrariamente definida atendido uma consulta nova o paciente já hipertenso única vez, no intervalo de tempo deste trabalho, pelo doutorando Assim a consulta era automaticamente responsável. mesmo como dita retomo quando paciente houvesse retomado duas ou mais consultas para o um mesmo um mesmo paciente entrasse repetidas vezes de estudo, assim cada paciente tem somente um registro resultando doutorando evitando-se portanto que na população num total de 102 pacientes (que constituem o universo da pesquisa). Ainda que um mesmo paciente consultasse 2 doutorandos diferentes sua consulta era considerada como única (1 registro) e em retomo. Considerou-se conduta médica diante do paciente hipertenso a atitude médica ao final da consulta, a qual poderia ser urna dentre as 4 opções a seguir: quando o médico optava apenas por orientação ao paciente; quando 1°.) optava por orientação e também medicação; pedido de exames complementares - 3°.) 2°.) quando optava por orientação e sem medicação; e 4°.) quando o médico optava pela soma das 3 anteriores: orientação, medicação e pedido de exames. Foram escolaridade, analisadas neste trabalho as seguintes variáveis: idade, sexo, consulta nova ou retomo, ocupação, estado conjugal), procedência e distribuição dos pacientes nos civil (situação 06 centros de saúde; quantidade de encaminhamentos, motivo da consulta, problemas do paciente; auto avaliação de saúde e conduta médica. Com o objetivo de comparar a estrutura da população de hipertensos com a população que consulta por todos os outros motivos nos postos do Distrito .7 Âøzzz. o 12 /“A Docente Assistencial, uma amostra da população da mesma faixa nos referidos postos no mesmo etária, acolhida período, foi analisada quanto a variáveis representando características demográficas (idade, sexo), escolaridade e a variável representando características da consulta (nova população escolhida para a comparação Acolhimento. foi retirada ou não pelo motivo). A do arquivo das páginas do 4. Nos RESULTADOS 51 arquivos encontrou-se registradas. Destas, um número total de 3124 consultas gerais 117 (3,74%) eram de pacientes hipertensos. Destes, 15 não entraram para a análise final por preencherem os critérios de exclusão deste trabalho (14 por fichas mal preenchidas e incompletas e 01 gestante hipertensa). Os dados a seguir expressam portanto os resultados de 102 pacientes hipertensos atendidos no Distrito Docente Assistencial UFSC-PMF no período de outubro de 1998 a fevereiro de 1999. A TABELA 1 mostra as variáveis demográficas (idade, sexo), escolaridade e consulta comparando os hipertensos com amostra do Acolhimento. v. ..,,..,z1fi“` 14 TABELA 1 - Distribuição da população de hipertensos do presente estudo e amostra da população geral acolhida nos postos do Distrito Docente Assistencial de acordo com idade, sexo, escolaridade e consulta (nova ou retorno) no periodo de outubro de 1998 ,ef 1999 fevereiro de 1: .;:` - ¬ Íiíiil 6 Emil .. g IDADE (anos) 25-29 30--39 40-49 50-59 60--69 70-79 80-90 SEXO TOTAL 3 (2,9%) 12 (11,8%) 20 (19,6%) 19 (18,6%) 25 (24,5%) 19 (18,6%) 04 (3,9%) 102 (100%)* 2,9% 14,7% 34,3% 52,9% 77,4% 96,0% 1 18,7% 48,8% 65,4% 79,6% 89,6% 28 (18,7%) 45 (30,1%) 25 (16,6%) 21 (14,2%) 15 (10,0%) 16 (10,6%) 00% 100% 0 150 (100%)** Feminino Masculino 79 (77,5%) 23 (22,5%) 102 (100%) Analfabetos 1°. grau (incompleto ou completo) 2°. grau em diante 16 (i5,7%) 72 (70,6%) 15,7% 86,3% 10 (6,8%) 99 (67,3%) 6,8% 74,1% 14 (13,7%) 102 (100%) 100% 38 (25,9%) 147 (100%) 100% TOTAL ESCOLARIDADE TOTAL CONSULTA Nova Retorno TOTAL 113 (75,3%) 37 (24,7%) 150 (100%) 70 (68,6%) 32 (3 1,4%) 102 (100%) 58 (38,7%) 92 (61,3%) 150 (100%) Média de idade dos hipertensos: 56,7 anos com mediana de 56,0. ,, ** Média de idade do acolhimento: 44,7 anos com mediana de 40,0. *QM/um Assim nos hipertensos a faixa etária com maior número de pacientes foi entre 60 e 69 anos (24,5%), enquanto no Acolhimento foi a faixa de 30 a 39 anos (30,l%). -Pelãépotcšntãgemzaáunnüada/illpenas 14,7% dos hipertensos tinham idade até 39 anos, já no Acolhimento 48,8% tinham idade até 39 anos. Ou ainda: quase metade dos hipertensos (47%) tinham idade acima de 60 anos e por outro anos. lado quase metade do Acolhimento (48,8%) tinham idade abaixo dos 16`L"(15,7% dos Ainda na TABELA 1 encontrou-se um número de hipertensos) sendo classificados como analfabetos. Destes apenas 01 paciente sabia escrever seu nome completo. Se somarmos este número ao daqueles com 1°. grau incompleto teremos que 86% dos hipertensosáp__”DDA FF SC P1\/[F não * /A /</JWWAM )4 á/'/:Z/Ê' ` ,`~ //4-ze , zé 4%'/Í;"4 __z ¶__._1 62/M/,Íø ~»Mz2 ps, /Í; /z4‹/Í, 2/6/ ffzã 'I .M4 15 grau completo (iá que os poucos que tinham o 1°. grau completo também tinham prosseguido até algum nível do 2°. grau ou 3°. grau, sendo classificados na TABELA 1 como 2°. grau em diante). têm o 1°. TABELA x * 2 - Solteiro Estado civil de 102 pacientes hipertensos atendidos no Distrito Docente Assistencial UFSC-PMF no periodo de outubro de 1998 a fevereiro de 1999 4 72 4 1 ' Casado Separado viúvo 21 Uni-ão estável ' TOTAL TABELA 3 - 1 102 % 70,6 % 3,9 % 20,6 % 1,0 % 100,0 % 1 3,9 / 1 ~ Ocupações de 102 pacientes hipertensos nos centros de saúde do DDA UFSC-PMF de outubro de 1998 a fevereiro de 1999 Do lar 59 Vigilante 10 02 02 Aposentado(a) Doméstica / F axineira Comerciante Servente Administração Agricultor Artesanato Mestre de obras Motorista Palestrante Professora Rendeira Vendedor Técnico de engenheiro Desempregado TOTAL í._:v‹'~ 15 02 O2 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 102 % % 9,8 % 1,9 % 1,9 % 1,9 % 1,9 % 1,0 % 1,0 % 1,0 % 1,0 % 1,0 % 1,0 % 1,0 % 1,0 % 1,0 % 1,0 % 100,0 % 57,8 14,7 ,f, 1/aí i TABELA 4 - Motivos de consulta mais freqüentes em 102 pacientes hipertensos atendidos do Distrito Docente Assistencial UFSC-PMF de outubro de 1998 a fevereiro de 1999 .L - .. .- .‹ --. . _-‹1.›,-¬-‹~-- _-zw...-~‹,1,,,¬‹.›.-~= H 1- ¬ .« ¬_¬_,_›- ig _, .¬ z A zz',~~ A- z _ -- _, ._ ..-... 1 Mostrar exames Sintomas possivelmente relacionados à HAS* Visita domiciliar % % % 4,9 3,9 % 2,9 % 2,9 % 2,9 % 2,0 % 14,7 % 1oo,o % 13,7 11,8 04 03 03 O3 O2 Atestado de saúde Ansiedade/ depressão Dor abdominal Disúria Zumbido Outros** 40,2 41 14 12 05 Controle de saúde 15 TOTAL -, °/0 102 Aqui estão incluidos: cefaléia, dor torácica, dispnéia, angina e crise hipertensiva. ** Aqui estão incluídos: aumento de peso, azia, controle de diabetes, alcoolismo-diarreia, lombar, dor na pema, dor no dedo do pé, dor testicular, vaginose, mialgia, parestesia, pegar medicamentos, pruiido, puerpério e tontura. * Na TABELA 5 a fim de se diferenciar um paciente outro de consulta nova de um em retorno correlacionou-se os mesmos com os motivos destas consultas TABELA 5 - Os três motivos de consulta mais freqüentes separados por consulta nova ou retorno -- MOTWÕ H ~ ....._.._. r , ¬.-- Controle de saúde Mostrar exames possivelmente Sintomas relacionados à HAS* Outros * TOTAL Vide tabela acima 26 6. 12 26 70 37,1 s,ó 17,1 % % % 37,1% 100,00 % 1.5 s o 9 32 % 25,0 % 46,-9 28,1% 100,00 % v /' - r' `;J-I-V . - 17 Controle de saúde é o motivo de consulta mais freqüente nos 2 grupos. Mas, 25% dos em retomo vinham para mostrar exames e pacientes de consulta nova mostravam exames. Também nota-se que apenas 8,6% 17,1% dos pacientes de consulta nova foram consultar por sintomas possivehnente atribuíveis à HAS e nenhum do retomo consultou por estes TABELA 6 - Problemas mais freqüentes nos hipertensos atendidos no Distrito Docente Assistencial UFSC-PMF entre outubro de 1998 a fevereiro de 1 999 Somente HAS Dislipidemia Obesidade Asma/ atopia Angina ICC Ansiedade/ depressão ITU Dça vasc. Outros TOTAL simw Não 7 .. - 1, - I 42,1 16,7 6,9 4,9 4,9 3,9 2,9 2,9 2,9 2,0 2,0 2,0 5,9 02 02 02 06 Periférica TABELA % % % % % % % % % % % % % 100,0 % 43 17 O7 05 05 04 03 03 03 Diabete melitus AVC DPOC sintomas. 102 Encaminhamento de 102 pacientes hipertensos atendidos no Distrito Docente Assistencial UFSC-PMÇF no período de outubro de 1998 a fevereiro de 1999 , O 11 91 102 TOTAL I % 89,2 % 100,0 % 10,8 .. 18 TABELA 8 - Procedência e número de hipertensos nos 06 centros de saúde no período de outubro de 1998 a fevereiro de 1999 ÇENTI{;GS'DÉ~g¿, SAUDE ~ t 1 . .'-.--34-.5z.1. * 6 @~ 16 Rio Tavares Lagoa 15 12 Saco Grande 16 12 14 85 ›-11-|›-õ›-››-\›-I Costeira U'|\]OO%OOÔ\ Córrego Grande Itacorubi TOTAL 102 % % % % % % 100,0 % 0 03 06 02 05 01 17 I , Í' _ 15,7 17,6 17,6 17,6 16,7 14,7 lu _ TABELA 9 - Autoavaliação da saúde de 101 pacientes hipertensos atendidos no Distrito Docente Assistencial UFSC-PMF no período de outubro de 1998 a fevereiro de 1999 1 Obs.: Um % % 59 Muito boa ou boa Regular ou ruim 42 TOTAL 101 dos pacientes classificou sua autoavaliação como 58,4 41,6 100,0 excluído portanto sendo outros, % desta análise TABELA 10 - Relação entre avaliação de saúde e medicação em atendidos no 1999 DDA UFSC'PMF 102 hipertensos no período de outubro de 1998 a fevereiro de f- ' ; 1 Í Í sim ME1)1(:AçA()3 BQMI z 27 (45,25%) 32 (s4,2%) Nâ6 TOTAL 59 (ss,4%) Í 1 l gi 24 (57,1%) is (42,9%) 42 (41,6%) z 19 TABELA 11 Conduta médica diante de 102 pacientes hipertensos atendidos no Distrito Docente Assistencial UFSC-PMF no pen'odo de outubro de 1998 a fevereiro de 1999 - ~ f 29 38 Somente orientação Orientação + medicação + pedido de exames + medicação + pedido de exames Orientação Orientação _ - J _- 12 -`-;`T"' _ 1- 13 22 102 TOTAL TABELA ` ` - ' .z.- 28,4 37,3 12,7 21,6 100,0 f % % % % % 5 DDA Quantidade de hipertensos medicados e não medicados no UFSC PMF no período de outubro de 1998 a fevereiro de 1999 -2 'èšf-E z:-:z¶z~z.¬«§z "' `›*Í1f`*?^z " ~zâ:: ~--›»›z¬1zz~z-~¬;~‹~講»wzz;zm¬zzzzzzzzzz›z-=~»»z‹-‹ú.›~à=+à¿»-~ê.~z-z-»à~¿:¬f›%=fz-~v-z'-:¬z~;' 1 - Í”'5""' f_,‹ ^ _ 60 42 Medicados Não medicados TOTAL X 'ía' » "¬*'-*›!:`-,§*¬Ê**+?*Êf›.'f'.:; ¬~¬':›~ z -_ .__ _. / " '¬aza'z§;':'â.íé:i ' .z.z_z `~" '~ f 1fzzzã¬%==¿-_-äwz-*-~;*‹z-õ»;›,.ê=›â»+z:‹zzz.,.4zmzz-Y ~ z»¿¢š.é;ƒ.-;.ÃÍÍ....-.~» ~ . w....›. - 58,9Á› 41,1% 100% 102 ' /Í \ \ . \. TE* f ,f 5. É O DISCUSSÃO como delineamento transversal tern principais vantagens a rapidez, os custos relativamente baixos e o fato de possuir atributos que permitem, a partir de amostragem representativa de uma população, descrever \ características mesma e ainda explorar possíveis associações entre os fatores de risco estudados, desde que esta análise se submeta a um modelo pré-estabelecido. Entretanto o delineamento transversal gerahnente não pennite estabelecer causalidade que, tratando-se de são vistos como .L da um corte no tempo, Uma vez que não era o objetivo estudar a relação causa e o desenho transversal é As os possíveis determinantes e o desfecho em um mesmo momento impossibilitando a utilização da temporalidade critério causal”. efeito, uma vez útil para este trabalho. .ata __..__. limitações deste trabalho são entre outras o tamanho da/šípílação de estudo e a confiabilidade nos dados registrados. protocolo específico para o hipertenso, mas sim “ Na realidade nao se criou mn se adequou o paciente hipertenso ao modelo de arquivo já pré estabelecido para a população dificuldades acima mencionadas foram consideradas com em geral. As cautela no presente estudo, evitando-se a extrapolação dos dados para realidades maiores. também 7 ¿ rigidez nos critérios de inclusão e exclusão, participando Houve da população somente os pacientes confirmadamente hipertensos.ø/Sfsim, acreditamos que os dados pennitem refletir sobre o perfil. do hipertenso inâqeášçwznérjlente das possíveis falhas. um total de 3124 atendimentos, registrados pelos doutorandos nos centros de saúde em consultório No período do trabalho (cerca de 4 meses completos) de (atendimento geral), encontrou-se, 117 hipertensos (3,74%). Destes apenas 15 mí ,» 21 foram excluídos da análise na maioria dos casos por arquivos mal preenchidos. Muito provavehnente o número de hipertensos que procura o foi DDA UFSC-PMF minimizado já que existe a possibilidade de muitos procurarem o Centro de Saúde apenas no setor de triagem para medir a pressão ou apenas para pegar diretamente seus medicamentos em farmácias dentro dos centros (viés de com seleção). Estes pacientes gerahnente realizam suas consultas clínicos ou cardiologistas de centros terciários próximos. Em recente le~lizado no mesmo DDA UFSC-PMF a HAS foi relatada como o 8°. motivo geral de consulta ambulatorial sendo responsável p 2,5% dos motivos de consultalo. 3% 537%/má¿Q 5 Sendo uma enferrmdade tão prevalente era de se esperar um maior número de consultas por HAS no nível primário. Estariarn estes pacientes consultando outros níveis e/ou reprimida)? Questões existiria como base populacional e estas podem com programas cobertura e abordagem ao em dificuldades ser r em marcar consultas (demanda melhor elucidadas com estudos de www comunitários que ocasionem melhor paciente hip-ertenso23. ê: Q áza az/ ,..àõ fg ( Em nosso estudo a faixa etária com maior nún4:i: de pacientes foi entre 60 e 70 anos com a média de idade dos hipertensos de 56,7 anos. Já no grupo acolhimento obtivemos uma média de idade prevalente entre 30 e 40 anos. Assim pela de 44,7 anos TABELA l com a faixa etária mais parece existir realmente uma correlação entre a amostra de hipertensos e faixas etárias mais avançadas. A pressão arterial média tende a atunentar progressivamente com a idade. Como conseqüência a prevalência e a incidência de HAS também aumentam com a idadel. É válido lembrar que este aumento da pressão arterial com a idade não deve ser considerado como fisiológico permanecendo as cifias de 140 e/ou de 90 etário mmHg como os limites nonnais para os idosos 1 . No mmHg Brasil o grupo de 60 anos ou mais é o que apresenta maior crescimento na população. 22 Estima-se que temos uma em 2025 haverá mais de 30 milhões de idosos no Brasil. Com isto estimativa de quão importante é o assunto hipertensão para a sociedade e para a saúde pública. Cerca de entre mulheres com mais de 75 65% dos idosos são hipertensos e anos a prevalência de Entretanto este aumento no risco de HAS HAS pode chegar a 80%1. idade - relacionado varia consideravehnente na dependência de fatores não estudados neste trabalho como: de vida, raça, nível estilo individual inicial de pressão e exposição a fatores ambientais. No outro extremo do assunto idade e hipertensão, está a ocorrência significativa desta em parcelas mais jovens da população. Em nossa casuística, a um estudo de demanda espontânea e não de prevalência, vemos que 14,7% dos pacientes tinham idade até 39 anos com a menor idade de 25 anos. No estudo qual é Nhames norte americano detectou-se uma III14 com amostra de 8901 pessoas acima de 18 anos, HAS prevalência de idade específica de 3,3% para homens brancos na idade de 18 a 29 anos, que aumenta para 13,2% no grupo 30 a 39 anos. E ainda, de acordo com o III9 Consenso Brasileiro de HAS estudos epidemiológicos brasileiros têm demonstrado prevalência de crianças e adolescentes entre 6 e 8%. Portanto atenção especial deve também a pacientes mais jovens com relação a fatores de obesidade, erros dietéticos, sedentarismo e tabagismo” 1998, os HAS ser de dada risco, história familiar, . Com relação ao sexo dos pacientes houve um predomínio do sexo feminino (77 ,5%). Isto não significa que existem mais hipertensas que hipertensos, apenas que as mulheres hipertensas estão consultando mais freqüentemente que os homens hipertensos. Isto foi dos hipertensos com o confirmado quando comparamos o sexo do grupo grupo acolhimento, e confirmamos que o sexo feminino é o mais prevalente nos dois grupos e hipertensos e 75,3% no acolhimento - em proporções quase iguais (77 ,5% nos TABELA 1). Estes números assemelham- 23 se com a literatura pois segrmdo Duncan e Menguen demanda outros estudos de ambulatorial na atenção primária apontam que aproximadamente 70% das consultas foram realizadas por mulheres. Provavelmente por ocasião do horário das consultas (horário comercial) a maioria dos homens se encontra no trabalho enquanto muitas das mulheres são do Embora modemamente Na estudos de prevalência, existe em um (57,8% da população pela com a um estudo de literatura nacional e intemacional predomínio de homens HAS em Araraquara prevalência bruta predominou no sexo masculino as mulheres (não necessariamente hipertensas) anteriores de pressão arterial, isto é, como é relatado na literatura femininoló. mas os - em lúpertensos1=2=16°17=18. SP 199016 também a autores constataram que têm mais freqüentemente medidas têm maior chance de serem diagnosticadas hipertensas (se assim o forem), porque Também TABELA 3). sabe-se que o contrário pode ocorrer. realidade, de acordo Por outro lado, lar um têm maior acesso aos serviços. HAS no sexo controle mais efetivo da A relação entre sexo e HAS entretanto é modificada pela idade. Em adultos jovens a pressão tende a ser mais alta em homens que mulheres. Ao redor dos 60 anos as mulheres tendem a apresentar níveis tensionais que equivalem ou excedem àqueles epidemiológicos vistos nos como Nhanes homens. Isto é comprovado I e Nhanes III14. em vários estudos Desde o estudo de Framingharn mulheres após os 50 anos já apresentavam taxas de HAS comparáveis a dos homens”. Pela TABELA Se somarmos UFSC-PMF com 1°. 1 obtivemos 16 ( 15,7%) dos hipertensos como analfabetos. grau incompleto teremos que não tem o 1°. grau completo. de hipertensos este dado é por sociedade. Em si 86% dos hipertensos do DDA Em primeiro lugar tratando-se ou não só preocupante e vergonhoso para qualquer segundo lugar vale lembrar que a população que procura os serviços de atenção primária é justamente a mais desfavorecida socialmente”. 24 Quando comparamos a acolhimento percebemos pela %) analfabetos (15,7 TABELA l que de associação inversa, estatisticamente com uma arterial 2,3% semianalfabetos e l sobre ll l HAS, Social, 8,8% da amostra prevalência de HAS ,iu , 7 I . //Í , / 9/› 4, ` v. äf M ¡z. -E z de 44,8% contra .- 2 2°. grau A literatura confirma a existência de educação e de 16,9% entre os analfabetos e Em um trabalho 1994 pelo Departamento de Medicina como sem uma estudo e neste grupo houve prevalência de HAS de 10,6% se o ll anosg. Todavia outro trabalho mostrou relação 1 68,6% das consultas a hipertensos foi classificada consulta nova. Isto não significa necessariamente que era a mesmos mas sim 31,4% das investigar como retomo. consultas. Para tirarmos em como consulta dos la. consulta nova para o respectivo doutorando ficando a partir de então as consultas subsequentes -í¢ › HAS em (RS) considerada foi analfabetos do pouco nítida entre HAS e escolaridade9. Na TABELA r' 6,8% de se a instrução foi de nível superior”. *nível de escolaridade fosse 1 maior porcentagem de significativa, entre status prevalência de em Pelotas realizado a amostra do chegam menos ao hipertensos (13,7%) contra 25,9% no grupo acolhimento. pressão existe entre os hipertensos contra também que os acolhimento. Parece com dos hipertensos escolaridade que diferia consulta fosse classificada um Este último foi encontrado em alguma conclusão destes dados resolveu-se paciente de consulta nova de um paciente cuja como retomo. Uma maneira encontrada foi saber se os dois grupos consultavam por motivos diferentes. Estes resultados encontram-se na TABELA 5. Nela notou-se que os pacientes de retomo vinham mais para mostrar exames (25%) que os pacientes de consulta nova (8,6%). explicado o paciente de consulta nova nem sempre indica la. Como já foi consulta, por isso é possível que ele venha para consulta nova para mostrar exames. Outro aspecto foi que 17,1% dos pacientes de consulta nova foram consultar por sintomas possivehnente atribuíveis à HAS, enquanto nenhum do grupo retomo foi 25 consultar por estes mesmos sintomas. Entretanto não pudemos descobrir, com os dados do trabalho, porque os pacientes que retomam assintomáticos (do ponto de vista um bom tratamento? Sentem-se mais seguros? Ou iniciais da HAS e mais conscientes retomando às da HAS). Estariam com em seriam pacientes consultas mesmo fases assintomáticos? Mas, seja consulta nova, seja retomo o hipertenso foi consultar no DDA UFSC-PMF principahnente para controle de saúde. Uma análise que se faz necessária é sobre o padrão eleito para o intemato em saúde coletiva do que é consulta nova e retomo, necessitando homogeneizar (e/ou rever) os critérios para estas definições. prlv V g Ê Êx Por outro lado, se analisarmos que no minimo 31,4% dos hipertensos estão retomando às consultas (mesmo assintomáticos) podemos %,%§\_:Qê a£l_er_ér§i_a (D HAS. studado na maioria dos trabalhos sobre hipertensos retomo). É do paciente ao tratamento o que é por si ter alguma idéia da só muito importante e pouco TABELA Pela 1 vemos que os retomam menos (3l,4%) que os pacientes do acolhimento (6l,3% de A pouca aderência ao tratamento não medicamentoso hipertensiva pemranece como o perda de controle adequado principal em mais e à terapia anti desafio terapêutico contribuindo para a de dois terços dos pacientes com HASL2. A conclusão e manutenção dos níveis pressóricos-alvo gerahnente necessitam de Ã- encorajamento contínuo (através de reconsultas ou até modificações no estilo para as de vida e ajustes da medicação). Segtmdo dados da Liga de Hipertensão do Hospital das Clínicas comparecer às consultas tratamento apenas visitas domiciliares 20% em - SP, 40% 2 anos de tratamento. dos pacientes deixam de Dos 60% que continuam o controlam regularmente sua pressão. Os outros 40% tomam remédio, mas não se preocupam em controlar a pressão”. Analisando-se estado civil e HAS notamos que 70% dos pacientes são casados e 20,6% são viúvos(as), este último item provavehnente se deve à 26 F elevada freqüência de mulheres em nosso os estudos de associação entre estado estudo. civil e Na literatura HAS, mn ,. .F são muito poucos do Rio de Janeiro” venficou tambem que os casados tiveram uma . _ . , _ HAS maior que os solteiros (30,6% x 15,0%). W deles realizado na cidade _/Qu' ".L¢¿€/'/Cá mc dencia _ de Como já foi mencionado no início desta discussão, devido ao delineamento deste traballio não se pode falar ein causalidade para esta variável. Com relação a ocupações e profissões não foi possível separá-las em grupos dada a grande diversidade e heterogeneidade das mesmas. Descobrimos pela TABELA características esperado estudo. em 3 um nítido predomínio do sexo feminino (do virtude lar, de ocupações doméstica / do predomínio do sexo feminino Na literatura a respeito de HAS e ocupação / profissões mais faxineira) em o que já era nossa população de existem várias controvérsias. Alguns estudos” sugerem uma relação inversa entre morbidade e mortalidade por HAS e níveis socieconômicos, estes medidos através da ocupação dos indivíduos, sugerindo que trabalhadores do setor secundário (indústria) tivessem médias de pressão mais alta que do setor terciário (serviços). Em outro artigo que dentre os homens os prestadores de serviços e os em se encontrou ocupações técnico- científico administrativas e nas mulheres aquelas do setor primário tinhain as mais altas prevalências de HAS9. Estes autores sugerem que as diferenças entre os grupos ocupacionais podem estar relacionados à diferença de atividade fisica, exposição a riscos ambientais, e diferenças nas experiências de vida das classes sociais de onde os grupos provêm. Outros enfatizam que o amnento do estresse psicossocial principahnente para as classes nos níveis tensionais. de menos favorecidas tem influenciado Mas há ainda trabalhos que quando se referem a associação HAS com qualificação profissional sugerem que a maior prevalência entre os inenos qualificados deva-se, de fato, à maior exposição destes aos outros fatores 7 27 de risco, especialmente obesidade e abuso de álcoolzl. Existe portanto muitas dúvidas e críticas a respeito deste tema”. (TABELA Se somannos os motivos de consulta mostrar exames e atestado de saúde encontraremos hipertensos que procuram o DDA provavehnente deva-se ao fato bem controle de saúde, 4): um total de 57,8% de sem queixas ou sintomas específicos. conhecido de que a HAS é em grande parte assintomática e silenciosa até que se desenvolvam complicaçõesl. importante em na medida considerados hipertensos (i que acredita-se que dos 15% da população adulta), adultos Isto metade não sabe que o é dos hipertensos recebendo tratamento adequado”. (realizada em é brasileiros e a metade dos outros não se trata adequadamente restando portanto apenas Outro aspecto a ser salientado Isto 25% ' f a confirrrração da visita domiciliar foi 05 pacientes hipertensos) durante o intemato (TABELA 4). É através da visita domiciliar que se impõe em saúde pública um novo paradigma na relação médico-paciente, onde o médico é que vai a procura do paciente, pede licença para entrar observá-lo em seu em lar. seu domicílio e tem a oportunidade única e írnpar de Só neste instante é que se pode reahnente verificar aspectos ocultos à consulta clássica dentro de familiar, a relação complexa entre paciente - verdadeiras dificuldades socio-econômicas, sanitárias. No caso específico da um como a dinâmica doença - meio ambiente, verificar as bem como HAS pode-se está indo ao posto (impossibilidade de consultório as verdadeiras condições descobrir porque o paciente não locomoção? desmotivação?) e descobrir a causa da baixa aderência ao tratamento. Além destes aspectos, é gratificante profissional e pessoalmente confirmar que um povo tão sofrido é ao mesmo tempo tão acolhedor. Na TABELA 06 obtivemos uma idéia de co-morbidade. Através desta tabela descobrimos que 42,1% dos pacientes hipertensos tinham apenas a 28 ~ como hipertensao único problema (listado em trabalho não se propôs à investigação minuciosa de lesão podemos p£¿‹“¢1~‹ít énáá. Com isto número é verdadeiro ou não. Mas é importante destacar mesmo uma enfermidade multifatorial em que diversos fatores de risco ' ' e diferentes graus de complicações O ,,.,‹/M9” rt órgãos alvo não a abordagem ao paciente hipertenso deve ser individualizada, trata-se de M1. ./má* porque ¡, fl/> em nosso que os outros 57,9% dos hipertensos portavam também algum outro diagnóstico. - ,Jú inferir se este Como em seus arquivos). 14 podem estar presentes num mesmo paciente. conhecimento da morbidade associada a HAS um dentre vários indicadores que a Organização Panamericana de Saúde sugere para se analisar a HAS23 na comunidade situação da controle da e a partir de então elaborar programas de HAS a nível da comunidade. Modemamente a investigação clínico laboratorial básica do paciente hipertenso, sugerida nos mais recentes congressos de Lt?/ft? é exame de urina, sem aquelas HASL2, creatinina, potássio, glicemia, colesterol e se resume a um um eletrocardiograma; onerosas e frustrantes realizadas no passado. investigaç§es Considerando-se isto pode-se entender porque o hipertenso atendido no nível local pode ser perfeitamente manuseado ficando o envio de pacientes com as formas graves, cada vez menos freqüentesfá um nível de maior especialização. A doença associada mais freqüentemente à HAS em nossos pacientes foi Diabete Mellitus encontrada de HAS em em diabéticos é pelo dados coincidem com a % dos casos. Acredita-se que a prevalência menos 2 vezes a da população em literatura24=25 tendo diabetes e ainda que prevalência de 16,7 50% que relata 15 a dos pacientes HAS aumenta com a idade e 18% com geral. Nossos dos hipertensos corno diabetes tem HAS. A a duração do diabetes, sendo que a coexistência de duas doenças implica risco duplicado de morte por evento cardiovascular24°25 _ As duas doenças são mais condições socio-econômicas precárias”. freqüentes entre aqueles de /lá? ,4,4,,9 Fflêé 4 0/fâø/Q 4 /424 øflvt 0/4, lipídico são muito do perfil mesmos1=24. É em 6,9% dos casos. é que Sabe-se que as disfunções em nosso traballio um houve predomínio nítido do sexo feminino e sabe-se que as mulheres são relativamente protegidas de eventos cardiovasculares e tem melhor perfil “ø Obesidade foi registrada 504' (IMI/Wtrabaflro realizado em - I wáfl M 59,6% dos em 4,9% Araraquara - dos pacientes. SP ló os , De por ainda não existir com um acordo o hábito de encara-la como em nossa uma doença “isoladamente” e por conseguinte não se calculam medidas mais sensíveis tl, o Mgíindice de Massa como Corporal) nos pacientes; sendo diagnosticados então somente os casos mais evidentes. O ll registrou prevalência de que em indivíduos com peso útil (IMC) poderia estudo Nlianes HAS 2,9 vezes superior em adultos com soprepeso ormal1=2”26. Assim um cálculo tão simples quanto lrealizado em autores encontraram obesidade hipertensos. Provavelmente a obesidade foi subestimada casuística, talvez da lipídico antes menopausa”. , ser mais nas consultas. A asma ou atopia não é correlacionada com HAS, apareceu na TABELA 06 provavelmente devido a importante prevalência das mesmas na população W *\ 'geral Notamos ainda na lrafiiííorrelacionadas a gr; 0” certeza A em 06 algumas complicações gerahnente HAS e seus fatores de risco como ICC, AVC, doença vascular bglfiperiférica e ainda vw” TABELA em relação DPOC. Embora causa e estejam aqui citadas não se pode falar com vez que o estudo não se presta a fim. efeito, urna tal depressão e/ou ansiedade (2,9% dos casos) pode dificultar a aderência ao tratamento da válido HAS bem como de outros fatores de risco cardiovascularl. É ainda lembrar betabloqueadores) que vários agentes podem causar depressãol. Q*/*c P houve discrepância tão grande entre os Uma das razões literatura. Qwa fêz comuns nos hipertensos afetando 40 a 85% dos dificil explicar porque nossos dados e a _ /×9?¢‹ea¢,.cz› , Dislipidernia foi encontrada ez.*Q/ hipotensores (alfa-metildopa e 30 Na TABELA 07 notamos que 89,2% dos pacientes hipertensos não necessitaram de encaminhamento e ainda dos 10,8% de pacientes encaminhados HAS em si, mas sim por outras doenças concomitantes. alguns nao o foram pela W» Entretanto  W /'° ap tal constatação não pôde ser quantificada. Isto sugere que a grande maioria dos hipertensos do dentro do rrível DDA UFSC-PMF ' primário. Na TABELA 08 confirmamos atendidos no pode ser manuseados apenas que a grande maioria (85%) dos hipertensos DDA provém do mesmo bairro em que se situa o Centro de Saúde; e muitos do outro grupo na realidade vem de bairros baixo número de encaminhamentos mais uma vez vizinhos. Isto associado ao apoia a idéia que o nível de atenção primária no caso específico desta enfennidade, pode e se presta muito bem ao manuseio do paciente hipertenso sem que seja necessario grandes deslocamentos até o nível terciário. Na TABELA 09 vemos a auto PMF fez de sua saúde. avaliação que o hipertenso do DDA UFSC A maioria considera sua saúde muito boa ou boa talvez refletindo mais urna vez a natureza assmtomática de grande parte dos hipertensos. A TABELA 10 mostra que entre os que avaliarn a saúde como muito bom e born 45,8% recebem medicação, já 57,1% dos que avaliarn como regular / ruim recebem medicamento. Assim a proporção de medicados é maior entre os que avaliam a saúde como regular ou ruim comparado com os que avaliam melhor a saúde. Isto provavehnente se deve ao fato de que os que recebem medicamentos devem ser pacientes mais graves ou com maior co-morbidade e/ou complicações. Ou o fato de receber medicamentos os faz sentir doentes. Com relação e 12, à conduta médica diante do paciente hipertenso vemos que em 28,4% deles optou-se apenas por orientação e hipertensos foram medicados. 'àwaíá f/ z‹`/nz TABELA Dos 41,1% de rwwwa/ ,ó 11 58,9% dos hipertensos não medicados não ›4,¿¿ /42/CQ ä,a,,Á¿ú , 31 sabemos até que ponto estes não necessitavam do tratamento medicamentoso (hipenensos leves) e/ou se são pacientes que aguardam exames. coNcLUsoEs O presente trabalho mostrou que o paciente hipertenso atendido no DDA UFSC PMF é em sua grande maioria do sexo feminino, já que na realidade as com média mulheres é que procuram mais os centros de saúde, faixas etárias maiores que a população geral que vai ao correlação entre avanço da idade e escolaridade e estado características também _,.;_- correlação entre baixa foi o mais freqüentemente encontrado. As ocupações mais do sexo feminino prevaleceram (do lar, doméstica a maior freqüência deste sexo na amostra, e junto refletindo: um Existe DDA, d~sÊ¿m%o uma HAS maior que na população geral que procura o acolhimento. O casado civil HAS. de idade e as / faxineira) com a escolaridade, baixo nível sócio-econôrnico. Estes resultados foram semelhantes ao da literatura Os controle encontrada sobre o tema. ?_._._ Pe/Z dois motivos de consulta mais freqüentes entre os hipertensos são: de saúde e mostrar exames provavelmente devido assintomática da hipertensão na maioria dos casos. Cerca de tinham somente a HAS como problema clínico encontrado, 42% a natureza dos pacientes porém quando à ela se associava alguma doença a mais freqüente era a diabete melitus. Dos hipertensos maioria dos mesmos 10,8% necessitaram de encaminhamentos sendo que a erarn atendido em Pouco mais da metade dos pacientes Centros de Saúde do seu próprio bairro. relata a autoavaliação da saúde como muito boa ou boa talvez novamente pela natureza assintomática de muitos dos mesmos. 28,4% dos pacientes receberam como conduta médica apenas receberam tratamento medicamentoso. orientação; 58,9% 33 Pelo fato da maioria dos pacientes que consultaram serem da mesma área que o Centro de Saúde, pelo baixo número de encaminhamentos necessários e por características da HAS pode-se especular que o nível de atenção primária é muito importante para a detecção, avaliação, tratamento e até prevenção primária da HAS, a qual se constitui um importante problema de saúde pública. rever o conceito de consulta nova ou retorno IMC bem como para melhor diagnóstico da obesidade. Seria também Sugere-se motivar o cálculo do Á irnportante investigar melhor a cobertura da atenção primária diante da hipertensão. /aí) /«Q 0¿°<'“"~4* REFERÊNCLÀS Comissão de redação. 1119 Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial 1998, Campos do Jordão-SP. The Sixth Report of the Joint National Committee on Deteccion, Evaluation, and treatment of High Blood Pressure (JNC VI). National Institutes of Health National Heart, Lung, and Blood Institute National High Blood Pressure Education Program. De Paiva LM, Da Silva NIH Publication N° 98-4080, novernber AMA. Cardiologia psicossomática. 1997. Medicina In: Psicossomática. 3.ed. São Paulo: Artes Médicas; 1994. p.565-94. Organización Panamericana de la Salud. La hipertensión problema de salud comunitario. Serie Paltex n° 3. como arterial Washington. DC; 1990. p.1-26. Como diagnosticar e tratar hipertensão arterial. RBM 1997; 54 - edição especial: 120. 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Método: hipertensos atendidos no Os dados DDA UFSC-PMF registrados em arquivos de 102 por 53 estudantes de Medicina øâsupervrsionados por medicos) durante o mtemato em saude publica 98-2. Resultados: Predomínio do: sexo feminino, faixa etária mais avançada e baixa escolaridade civil em relação ao encontrado no grupo controle (acolhimento). O estado casado e as ocupações femininas prevaleceram. Os dois motivos de consulta mais freqüentes foram: controle de saúde e mostrar exames. Diabetes foi a doença associada mais freqüente. 10,8% dos hipertensos necessitaram de encaminhamento e a maioria da amostra era atendida no centro de saúde do seu próprio bairro. Conclusão: O perfil do hipertenso ficou caracterizado confonne descrito acima e o nível de atenção primária é importante para a abordagem da HAS como problema de Saúde Pública. - SUl\/[MARY Profile of the patient with hypertension assisted in between October (1998) DDA UFSC PMF to February (1999). AUTOR: Michelangelo Antimes Ferreira ESTABLISHMENT: UFSC. The purpose of this study was describe: the demographic the medical conduct; the evaluation of health. To number of directions and estimate correlate with sample of the reception. clincal DDA UFSC socioeconomic profile of the patient with hypertension assisted in PMF; and their The method was the data registered in files of 102 patients vvith hypertension assisted in UFSC PMF by own DDA 53 students of medicine (supervised by doctors during the boarding school in public health 98-2. Results: Prevalence of the: feminine sex, more advanced age group and lowers schoolarship in relation to the found in the group The married civil state it it controls (reception). and the ferninine occupations prevailed. The two more frequent consultation reasons were: control of health and to show exams. Diabetes went to more frequent associated disease. 10,8% of the hipertensos needed direction and most of the sample was assisted in the center of health of its own neighborhood. The conclusion was that the profile of the patient with hypertension was characterized as described above and the level of primary attention for the abordage of the hypertension because it is is important a problem of public health. APÊNDICE em Arquivo didático-pedagógico utilizado no intemato saúde coletiva 98-2 no DDA UFSC PMF pelos doutorandos do curso de Medicna. ATENo|MENTo GERAL ® Data: lY.> Consulta: I O ` I I ) »-f` ) . Nova DO Ginecologia ) ¢`»` ) l`š>Nome: .................................... .. Prontuário: ®N° ........ ' | I Hi Relomo Pediatria ......... :Ú N [9 Molivo da Con.-:ullat [9 Problema: ......... ..| U )Triagem ) Clinica Médica »~×-` ......... _.. I -( ) Clinica Cirúrgica ................................................................. H! r .. . - ( ) Feminino )Casado -( )Separado ( ED Ocupação: ............................. .. B>N° de moradores: ®Escolarldadc: - ( ) Anallabelo ~( ) 1” grau c omplelo ................ Ia | lš>Dala de Nascimento: I lZ>Sexo: -( ) Masculino l2>Eslado Civil: -( )Solteiro - ®Bairro Onde Mora: A' fl -( ~( )Viúvp -( )2" grau completo -( )Unlão Estável )3° grau completo. .. ............. .. .............................. .. ®Condula: -( )Orientação ~( - - ®Como Avalia sua Saúde? - | :xl ) Medicação: Pedido de Exa mes, ® Houve Encaminhamento? ) ( V - ' Não Quais? ( ) ( ) ( )Mullo Boa ( _%_z,._gf~ ff sim Serviço: )i ................................................................................. ._ ........................................................................... .. ................................................................................ .. ~( -( ) ) Boa Ruim ' -( ) Outros: i ............................... ..l _ :J TCC UFSC SP NChflm TCC UFSC SP 0001 Autor Ferrelra, Mlchelan Tltulo Perfil do paclente hlpertenso 0001 Ex.l Exl UFSC BSCCSM at