MICHELANGELO ANTUNES FERREIRA

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MICHELANGELO ANTUNES FERREIRA
PERFIL
Do
ATENDIDO
PACIENTE
No
ASSISTENCIAL
DISTRITO
HIPERTENSO
DOCENTE
UFSC - PREFEITURA
DE FLORLANÓPOLIS No
MUNICIPAL
PERÍODO DE OUTUBRO
FEVEREIRO DE 1999
DE
1993
A
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a
conclusão no Curso de Graduação
Medicina.
FLORIANÓPOLIS
1999
~
em
1\/IICHELANGELO ANTUNES FERREIRA
PERFIL
DO
ATENDIDO
PACIENTE
No
ASSISTENCIAL
HIPERTENSO
DISTRITO DOCENTE
UFSC - PREFEITURA
MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS No
PERÍODO DE OUTUBRO DE 1993 A
FEVEREIRO DE 1999
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a
conclusão no Curso de Graduaçao
Medicina.
COORDENADOR DO CURSO: Prof. Dr. Edson José Cardoso
ORIENTADOR: Prof. Dr. Marco Aurélio da ROS
CO-ORIENTADOR: Prof. Dr. Paulo Freitas
FLORIANÓPOLIS
1999
em
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer a
meu
orientador
Marco Aurélio da
Ros pela pronta disposição com que me recebeu, ocasião em que
constituía apenas
em uma idéia.
Idéia esta que aos
com enormes incertezas e inseguranças;
minha
sorte,
incentivador.
meus
este trabalho se
próprios olhos era vista
e já neste instante, para minha surpresa e
a figura do orientador mais que
um bom orientador se tomou em um
Assim agradeço a meu orientador pelo tempo comigo
também pelo exemplo de um médico
lutador, fiel às suas
gasto, e
concepções pessoais
em
prol da coletividade.
Durante a confecção deste trabalho
tive
a oportunidade de circular melhor
pelos corredores da Saúde Pública e conhecer melhor pessoas acessíveis e que de
alguma forma ou outra também contribuíram para o trabalho. Entre estes gostaria
de
citar
os funcionários da secretaria (Vânia Maria Silvana, Shirley, Dr. Nelson,
Dra. Eleonor Minho, Dr. Pedro e Dr. Cesar (do Centro de Saúde da Lagoa).
Especial agradecimento ao Dr. Fúlvio Borges Nedel pela técnica e elegância
com
que ajudou-me na revisão final deste trabalho.
Gostaria de agradecer
também meu
co-orientador, Dr. Paulo Freitas pela
paciência e ensinamentos prestados principahnente na área estatística e de
computação sem os quais não
Não posso
trabalho:
seria possível a realização deste trabalho.
esquecer, é claro dos outros 52 “autores” coadjuvantes deste
meus colegas ou melhor meus amigos doutorandos que também
contribuiram para o embasamento do trabalho.
São poucas as pessoas que ao mesmo tempo nos levantam e nos ajudam
seja
no lado profissional ou no lado pessoal.
Uma delas, a qual devo grande parte
de minha felicidade atual e vontade de viver é minha namorada e companheira
Adriana Eich; a qual também participou deste trabalho
digitação de parte
seja ativamente (na
do mesmo) seja passivamente, incentivando-me e encorajando-
me a continuar nos momentos dificeis. Com carinho muito obrigado.
Quero agradecer também à minha
família,
meus irmãos José
mas principalmente à minha mãe; mulher forte e hmnilde e para a
dívida impagável.
expressar
obrigado.
qual tenho urna
É a ela que agradeço do fimdo do coração à minha educação, à
minha fonnação, à sua dedicação inabalável pela
exemplo de
e Antônio,
garra, persistência e trabalho.
meu amor
e
família, à sua
amizade e ao seu
Quero aqui através deste trabalho
minha admiração a esta grande mulher: minha mãe,
DEDICATÓRIA
Acima de tudo
gostaria de dedicar este trabalho e agradecer a
infelizmente não está mais entre nós,
meu pai. É
alguém que
a ele que devo quase tudo de
minha formação ético-moral. Seus ensinamentos de capacidade para o trabalho,
honestidade, disciplina, fé e amor à Vida estão mais vivos do que nunca! Muito
obrigado pai.
ÍNDICE
1.
INTRODUÇAO
2.
OBJETIVOS
3.
MÉTODO
....... .. nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn no
........... .. cccccccccccccccccccccccccccccc na
................ .. oooooooooooooooooooooooooooooo no
4.
RESULTADOS
5.
DISCUSSÃO
....... .. oooooooooooooooooooooooooooooo ou
............ .. oooooooooooooooooooooooooooooo ao
~
CONCLUSOES
7. REFERÊNCIAS
NORMAS ADOTADAS
ó.
....... .. oooooooooooooooooooooooooooooo oo
...... .. oooooooooooooooooooooooooooooo ou
RESUMO
SUMMARY
.............................. ..
..................... .. oooooooooooooooooooooooooooooo no
APÊNDICE
................. .. oooooooooooooooooooooooooooooo no
................. .. oooooooooooooooooooooooooooooo no
1.
A
Hipertensão
rnultifatorial
INTRoDUÇÃo
Arterial
Sistêmica
(HAS)
é
uma
entidade
clínica
não mais entendida como uma doença mas sim como uma sindrome,
caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados associados a alterações
metabólicas e hormonais e a fenômenos tróficos (hipertrofia cardíaca e vascular);
e cuja evolução nos irrdivíduos não tratados
morbirnortalidade.
cardiovascular
É
considerada portanto
com um alto custo
social
um
se
acompanha de elevada
dos principais fatores de risco
sendo responsável por 40% dos casos de
aposentadoria precoce e de absenteísmo no trabalhol.
O aparecimento desses níveis de pressão arterial elevados é facilitado pelo
estilo
de vida que inclui elevada ingestão de
sal,
baixa ingestão de potássio,
excessivo consumo de álcool e alta ingestão calórica”.
O último fator de risco é
o que mais contribui para o desenvolvimento de peso excessivo ou obesidade,
que estão diretamente relacionados à elevação da pressão
arterial.
Há
ainda
evidências de possíveis efeitos do estresse psicossocial” na pressão arterial
relacionados a condições estressantes tais
como
pobreza, insatisfação social,
baixo nível educacional, desemprego, inatividade fisica e
atividades profissionais caracterizadas por altas
em
especial, aquelas
demandas psicológicas e baixo
controle dessas situações.
Pelo fato de a
HAS
ser multicausal e multifatorial, por
maioria das vezes qualquer sintoma
em
não acarretar na
suas fases iniciais e por envolver
orientações voltadas para vários objetivos, o sucesso terapêutico é bastante
lirnitado
quando executado por
um
único profissional. Esses fatos talvez
justifiquem o baixo índice de sucesso e de adesão obtido quando os cuidados aos
7
pacientes são realizados por
um
único profissional de saúde, classicamente o
uma
médico. Assim é mais do que evidente a importância de
equipe
multiprofissional1=4.
/7
Estima-se que cerca de 15 a
60%
fé
Além
hip ertensos1=5=8.
9
M
da população adulta
brasileira e
das pessoas acima de 65 anos de idade possam ser rotuladas
HAS
A/¡ufl¿,degenerativa, a
Z//_¿
20%
muitos países4,
como doen
devido à im ortância
disto
40 a
como
a crônico-
tem sido objeto de vários estudos epiderniológicos em
com destaque aos aspectos terapeuticos
do problema e/ou de seus fatores de risco
descritivos de prevalencia
bem como os relativos
a associação de
HAS com as doenças cardiovasciúares4°6”7=8°9°163821.
No
9
Brasil faltam estudos representativos de todo o paísó, tendo as
investigações restringindo-se a cidades, trabalhadores e a estados.
que isto não
foi
Mas, mais do
encontrado na literatura brasileira (consultados a Bireme e Lilacs)
estudos epidemiológicos sobre o paciente hipertenso no nível de atenção mais
importante no sistema de saúde: o nível de atenção primária.
A
Organização Pan-Americana de Saúde considera a atenção primária
como capaz de
dar solução a mais de
80%
dos problemas da população”.
Considerando-se que, estudos brasileiros sugerem que
pode manejar
até
90%
um
médico de
la.
linha
das consultas do ambulatório geral”, e entre estas
consultas a de pacientes hipertensos, seria portanto de
suma importância que
caracterizássemos melhor o perfil do paciente hipertenso que procura e pode ser
atendido no nivel de atenção primária.
abordar melhor a
Em
isto já neste nível
poderiamos
HAS tanto em aspectos diagnósticos, mas também preventivos.
nosso meio, no Distrito Docente Assistencial composto por 06 centros de
saúde
8°.
Com
em um convênio UFSC
-
Prefeitura Municipal de Florianópolis, a
HAS é o
motivo de consulta mais freqüente”, mostrando a relevância de aprofundar
8
estudos sobre o tema e permitindo, ao
menos ao
nível local, a caracterização
deste perfil.
.
,
Sabe-se que entre os portadores de
HAS prevalecem
os hipertensos leves
fatores de risco
(85%)8, para os quais a identificação do problema e o manejo dos
significar a regressão das cifras tensionais e redução das
modificáveis pode
complicações nocivas. Assim não
existiria lugar
mais oportuno, precoce e eficaz
a
do que o nível de atenção primária para o diagnóstico, manejo e sobretudo
prevenção desta enfermidade extremamente prevalente e silenciosa.
V
'
Segundo a Organização Panamericana de Saúde4 a
sociais e
HAS traz repercussões
econômicas de tamanha magnitude que deve ser considerada
problema de saúde
considera que
prioritário
um número
um
nas Américas. Isto é ainda mais evidente quando se
apreciável de pacientes quando busca atenção médica
por HAS já apresentam complicações e dano de órgãos-alvo, o que se explica
em
que se deve
parte pela ausência de sintomatologia nas fases iniciais. Por isso é
na
dar tanta importância na detecção precoce e na educação da comunidade,
comunidade e para a comunidade.
Desta fonna é importante o conhecimento do paciente hipertenso através
de estudos epidemiológicos para que por meio destes possamos
instituir
medidas
mais eficazes de detecção, avaliação, tratamento e principalmente a prevenção
primária da
HAS.
2.
2.1.GERAL
L
0
M
l1ipe11:enso
QM
d°
Descrever~l
OBJETIVOS
^
,
.
UFSC
-
PMF
,
,
.
atendido nos centros de saúde que
Assistencial
chmco do
soclo-economico, demografico e
compõem o
_
.
paciente
Docente
Distrito
baseado nas informações contidas no arquivo de
acompanhamento didático-pedagógico do intemato em saúde
coletiva
no período
de outubro de 1998 a fevereiro de 1999.
2.2.
ESPECÍFICOS
0 Descrever a conduta
médica adotada no
Distrito
Docente Assistencial diante
do paciente hipertenso, quanto à prescrição medicamentosa e
solicitação de
exames complementares;
0 Quantificar o
número de encaminhamentos realizados;
0 Descrever a autoavaliação
do paciente hipertenso
em relação a saúde;
0 Analisar possíveis associações de interesse entre as variáveis estudadas
(conforme o arquivo das consultas do
DDA UFSC PMF
amostra formada por pacientes do Acolhimento.
-
Apêndice)
com outra
3.
O presente
MÉToDo
estudo foi realizado na cidade de Florianópolis no período de
É
outubro de 1998 a fevereiro de 1999.
de caráter observacional, descritivo de
delineamento transversal.
referentes ao atendimento geral (Apêndice) de
Foram colhidos os dados
todos os pacientes hipertensos atendidos nos 06 postos de saúde que
Distrito
Docente Assistencial UFSC-PMF: Costeira do Pirajubaé;
Grande
II;
Itacorubi;
Saco
Lagoa da Conceição; Rio Tavares e Córrego Grande. Estes dados
foram registrados por 53 Doutorandos da
UFSC
compõem o
durante o intemato
preencheram individuahnente
em
um
10a. fase
do Curso de Medicina da
saúde pública no semestre 98-2, os quais
arquivo didático-pedagógico onde havia
espaço para o registro das consultas
-
um
atendimento geral (Apêndice). Houve
extravio de dois arquivos didático-pedagógico,
com isto ficamos com Sl
arquivos
para a análise. Todos os 53 doutorandos eram supervisionados (em cada paciente
atendido) por
um
médico comunitário.
A
equipe médica era formada por 8
médicos comunitários distribuídos nos centros de saúde supra citados.
Ao
final
do intemato todos os arquivos didático-pedagógico foram recolhidos e os dados
concementes aos pacientes com diagnóstico de hipertensão (HAS) foram
tabulados no programa EPI-INFO e submetidos à análise
incluídos somente os pacientes
com
estatística.
o diagnóstico estabelecido de
excluídos da análise os seguintes pacientes: a) pacientes
com
ou duvidoso.
'
HAS, sendo
arquivo incompleto
e/ou mal preenchido; b) gestantes hipertensas; c) pacientes
incerto
Foram
com
diagnóstico
f.-
11
~
Definiu-se como paciente hipertenso os que se apresentavam com pressao
arterial diastólica
acima de 90 mrnhg e/ou pressão
arterial sistólica
acima de 140
mrnhg para aqueles com idade superior a 18 anos e com as medidas repetidas
mais de
uma vez em
duas ou mais consultas
(3°.
Consenso Brasileiro de
HAS
-
1998).
Foi arbitrariamente definida
atendido
uma
consulta nova o paciente já hipertenso
única vez, no intervalo de tempo deste trabalho, pelo doutorando
Assim a consulta era automaticamente
responsável.
mesmo
como
dita
retomo quando
paciente houvesse retomado duas ou mais consultas para o
um
mesmo
um mesmo paciente entrasse repetidas vezes
de estudo, assim cada paciente tem somente um registro resultando
doutorando evitando-se portanto que
na população
num
total
de 102 pacientes (que constituem o universo da pesquisa). Ainda que
um mesmo
paciente consultasse 2 doutorandos diferentes sua consulta era
considerada
como única (1
registro) e
em retomo.
Considerou-se conduta médica diante do paciente hipertenso a atitude
médica ao final da consulta, a qual poderia ser urna dentre as 4 opções a
seguir:
quando o médico optava apenas por orientação ao paciente;
quando
1°.)
optava por orientação e também medicação;
pedido de exames complementares
-
3°.)
2°.)
quando optava por orientação e
sem medicação;
e 4°.)
quando o médico
optava pela soma das 3 anteriores: orientação, medicação e pedido de exames.
Foram
escolaridade,
analisadas neste trabalho as seguintes variáveis: idade, sexo,
consulta nova ou retomo,
ocupação, estado
conjugal), procedência e distribuição dos pacientes nos
civil
(situação
06 centros de saúde;
quantidade de encaminhamentos, motivo da consulta, problemas do paciente;
auto avaliação de saúde e conduta médica.
Com o objetivo de comparar a estrutura da população de hipertensos com a
população que consulta por todos os outros motivos nos postos do Distrito
.7
Âøzzz. o
12
/“A
Docente Assistencial, uma amostra da população da mesma faixa
nos referidos postos no
mesmo
etária,
acolhida
período, foi analisada quanto a variáveis
representando características demográficas (idade, sexo), escolaridade e a
variável representando características da consulta (nova
população escolhida para a comparação
Acolhimento.
foi retirada
ou não pelo motivo).
A
do arquivo das páginas do
4.
Nos
RESULTADOS
51 arquivos encontrou-se
registradas. Destas,
um número
total
de 3124 consultas gerais
117 (3,74%) eram de pacientes hipertensos. Destes, 15 não
entraram para a análise final por preencherem os critérios de exclusão deste
trabalho (14 por fichas mal preenchidas e incompletas e 01 gestante hipertensa).
Os dados a
seguir expressam portanto os resultados de 102 pacientes
hipertensos atendidos no Distrito Docente Assistencial
UFSC-PMF no período
de
outubro de 1998 a fevereiro de 1999.
A TABELA 1 mostra as variáveis demográficas (idade, sexo), escolaridade
e consulta
comparando os hipertensos com amostra do Acolhimento.
v.
..,,..,z1fi“`
14
TABELA
1
-
Distribuição da população de hipertensos do presente estudo e
amostra da população geral acolhida nos postos do Distrito
Docente Assistencial de acordo com idade, sexo, escolaridade e
consulta (nova ou retorno) no periodo de outubro de 1998 ,ef
1999
fevereiro de
1:
.;:`
-
¬
Íiíiil
6
Emil
..
g
IDADE (anos)
25-29
30--39
40-49
50-59
60--69
70-79
80-90
SEXO
TOTAL
3 (2,9%)
12 (11,8%)
20 (19,6%)
19 (18,6%)
25 (24,5%)
19 (18,6%)
04 (3,9%)
102 (100%)*
2,9%
14,7%
34,3%
52,9%
77,4%
96,0%
1
18,7%
48,8%
65,4%
79,6%
89,6%
28 (18,7%)
45 (30,1%)
25 (16,6%)
21 (14,2%)
15 (10,0%)
16 (10,6%)
00%
100%
0
150 (100%)**
Feminino
Masculino
79 (77,5%)
23 (22,5%)
102 (100%)
Analfabetos
1°. grau (incompleto ou
completo)
2°. grau em diante
16 (i5,7%)
72 (70,6%)
15,7%
86,3%
10 (6,8%)
99 (67,3%)
6,8%
74,1%
14 (13,7%)
102 (100%)
100%
38 (25,9%)
147 (100%)
100%
TOTAL
ESCOLARIDADE
TOTAL
CONSULTA
Nova
Retorno
TOTAL
113 (75,3%)
37 (24,7%)
150 (100%)
70 (68,6%)
32 (3 1,4%)
102 (100%)
58 (38,7%)
92 (61,3%)
150 (100%)
Média de idade dos hipertensos: 56,7 anos com mediana de 56,0.
,,
** Média de idade do acolhimento: 44,7 anos com mediana de 40,0. *QM/um
Assim nos hipertensos a faixa etária com maior número de pacientes foi
entre 60 e 69 anos (24,5%), enquanto no Acolhimento foi a faixa de 30 a 39 anos
(30,l%). -Pelãépotcšntãgemzaáunnüada/illpenas 14,7% dos hipertensos tinham
idade até 39 anos, já no Acolhimento 48,8% tinham idade até 39 anos. Ou ainda:
quase metade dos hipertensos (47%) tinham idade acima de 60 anos e por outro
anos.
lado quase metade do Acolhimento (48,8%) tinham idade abaixo dos
16`L"(15,7%
dos
Ainda na TABELA 1 encontrou-se um número de
hipertensos) sendo classificados como analfabetos. Destes apenas 01 paciente
sabia escrever seu nome completo. Se somarmos este número ao daqueles com
1°. grau incompleto teremos que 86% dos hipertensosáp__”DDA FF SC P1\/[F não
*
/A
/</JWWAM )4
á/'/:Z/Ê'
`
,`~
//4-ze
,
zé
4%'/Í;"4
__z
¶__._1
62/M/,Íø
~»Mz2
ps,
/Í;
/z4‹/Í, 2/6/
ffzã
'I
.M4
15
grau completo (iá que os poucos que tinham o 1°. grau completo
também tinham prosseguido até algum nível do 2°. grau ou 3°. grau, sendo
classificados na TABELA 1 como 2°. grau em diante).
têm o
1°.
TABELA
x
*
2
-
Solteiro
Estado civil de 102 pacientes hipertensos atendidos no Distrito
Docente Assistencial UFSC-PMF no periodo de outubro de 1998
a fevereiro de 1999
4
72
4
1
'
Casado
Separado
viúvo
21
Uni-ão estável
'
TOTAL
TABELA 3
-
1
102
%
70,6 %
3,9 %
20,6 %
1,0 %
100,0 %
1
3,9
/
1
~
Ocupações de 102 pacientes hipertensos nos centros de saúde do
DDA UFSC-PMF de outubro de 1998 a fevereiro de 1999
Do lar
59
Vigilante
10
02
02
Aposentado(a)
Doméstica / F axineira
Comerciante
Servente
Administração
Agricultor
Artesanato
Mestre de obras
Motorista
Palestrante
Professora
Rendeira
Vendedor
Técnico de engenheiro
Desempregado
TOTAL
í._:v‹'~
15
02
O2
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
102
%
%
9,8 %
1,9 %
1,9 %
1,9 %
1,9 %
1,0 %
1,0 %
1,0 %
1,0 %
1,0 %
1,0 %
1,0 %
1,0 %
1,0 %
1,0 %
100,0 %
57,8
14,7
,f,
1/aí
i
TABELA 4 - Motivos de consulta mais freqüentes em
102 pacientes hipertensos
atendidos do Distrito Docente Assistencial UFSC-PMF de outubro
de 1998 a fevereiro de 1999
.L
-
..
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_,
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A
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A-
z
_
--
_,
._
..-...
1
Mostrar exames
Sintomas possivelmente relacionados à HAS*
Visita domiciliar
%
%
%
4,9
3,9 %
2,9 %
2,9 %
2,9 %
2,0 %
14,7 %
1oo,o %
13,7
11,8
04
03
03
O3
O2
Atestado de saúde
Ansiedade/ depressão
Dor abdominal
Disúria
Zumbido
Outros**
40,2
41
14
12
05
Controle de saúde
15
TOTAL
-,
°/0
102
Aqui estão incluidos: cefaléia, dor torácica, dispnéia, angina e crise hipertensiva.
** Aqui estão incluídos: aumento de peso, azia, controle de diabetes, alcoolismo-diarreia,
lombar, dor na pema, dor no dedo do pé, dor testicular, vaginose, mialgia, parestesia, pegar
medicamentos, pruiido, puerpério e tontura.
*
Na TABELA 5 a fim de se diferenciar um paciente
outro
de consulta nova de
um
em retorno correlacionou-se os mesmos com os motivos destas consultas
TABELA 5 - Os três motivos de consulta mais freqüentes separados por consulta
nova ou retorno
--
MOTWÕ
H
~
....._.._.
r
,
¬.--
Controle de saúde
Mostrar exames
possivelmente
Sintomas
relacionados à HAS*
Outros
*
TOTAL
Vide tabela acima
26
6.
12
26
70
37,1
s,ó
17,1
%
%
%
37,1%
100,00 %
1.5
s
o
9
32
%
25,0 %
46,-9
28,1%
100,00
%
v
/'
-
r'
`;J-I-V
.
-
17
Controle de saúde é o motivo de consulta mais freqüente nos 2 grupos.
Mas,
25% dos
em retomo vinham para mostrar exames e
pacientes
de consulta nova mostravam exames.
Também
nota-se que
apenas 8,6%
17,1% dos pacientes
de consulta nova foram consultar por sintomas possivehnente atribuíveis à HAS e
nenhum do retomo consultou por estes
TABELA
6
-
Problemas mais freqüentes nos hipertensos atendidos no Distrito
Docente Assistencial UFSC-PMF entre outubro de 1998 a fevereiro
de 1 999
Somente HAS
Dislipidemia
Obesidade
Asma/ atopia
Angina
ICC
Ansiedade/ depressão
ITU
Dça vasc.
Outros
TOTAL
simw
Não
7
..
-
1,
-
I
42,1
16,7
6,9
4,9
4,9
3,9
2,9
2,9
2,9
2,0
2,0
2,0
5,9
02
02
02
06
Periférica
TABELA
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
%
100,0 %
43
17
O7
05
05
04
03
03
03
Diabete melitus
AVC
DPOC
sintomas.
102
Encaminhamento de 102 pacientes hipertensos atendidos no
Distrito Docente Assistencial UFSC-PMÇF no período de outubro
de 1998 a fevereiro de 1999
,
O
11
91
102
TOTAL
I
%
89,2 %
100,0 %
10,8
..
18
TABELA
8
-
Procedência e número de hipertensos nos 06 centros de saúde no
período de outubro de 1998 a fevereiro de 1999
ÇENTI{;GS'DÉ~g¿,
SAUDE
~
t
1
.
.'-.--34-.5z.1.
*
6 @~
16
Rio Tavares
Lagoa
15
12
Saco Grande
16
12
14
85
›-11-|›-õ›-››-\›-I
Costeira
U'|\]OO%OOÔ\
Córrego Grande
Itacorubi
TOTAL
102
%
%
%
%
%
%
100,0 %
0
03
06
02
05
01
17
I
,
Í'
_
15,7
17,6
17,6
17,6
16,7
14,7
lu
_
TABELA 9 - Autoavaliação
da saúde de 101 pacientes hipertensos atendidos no
Distrito Docente Assistencial UFSC-PMF no período de outubro
de 1998 a fevereiro de 1999
1
Obs.:
Um
%
%
59
Muito boa ou boa
Regular ou ruim
42
TOTAL
101
dos pacientes classificou sua autoavaliação
como
58,4
41,6
100,0
excluído
portanto
sendo
outros,
%
desta análise
TABELA 10 - Relação entre avaliação de saúde e medicação em
atendidos no
1999
DDA UFSC'PMF
102 hipertensos
no período de outubro de 1998 a fevereiro de
f-
'
;
1
Í
Í
sim
ME1)1(:AçA()3
BQMI
z
27 (45,25%)
32 (s4,2%)
Nâ6
TOTAL
59 (ss,4%)
Í
1
l
gi
24 (57,1%)
is (42,9%)
42 (41,6%)
z
19
TABELA
11
Conduta médica diante de 102 pacientes hipertensos atendidos no
Distrito Docente Assistencial UFSC-PMF no pen'odo de outubro
de 1998 a fevereiro de 1999
-
~
f
29
38
Somente orientação
Orientação + medicação
+ pedido de exames
+ medicação + pedido de exames
Orientação
Orientação
_
-
J
_-
12
-`-;`T"'
_
1-
13
22
102
TOTAL
TABELA
`
`
-
'
.z.-
28,4
37,3
12,7
21,6
100,0
f
%
%
%
%
%
5
DDA
Quantidade de hipertensos medicados e não medicados no
UFSC PMF no período de outubro de 1998 a fevereiro de 1999
-2
'èšf-E
z:-:z¶z~z.¬«§z
"' `›*Í1f`*?^z
"
~zâ::
~--›»›z¬1zz~z-~¬;~‹~講»wzz;zm¬zzzzzzzzzz›z-=~»»z‹-‹ú.›~à=+à¿»-~ê.~z-z-»à~¿:¬f›%=fz-~v-z'-:¬z~;'
1
-
Í”'5""'
f_,‹
^
_
60
42
Medicados
Não medicados
TOTAL
X
'ía'
»
"¬*'-*›!:`-,§*¬Ê**+?*Êf›.'f'.:;
¬~¬':›~
z
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~
z»¿¢š.é;ƒ.-;.ÃÍÍ....-.~»
~
.
w....›.
-
58,9Á›
41,1%
100%
102
'
/Í
\
\
.
\.
TE*
f
,f
5.
É
O
DISCUSSÃO
como
delineamento transversal tern
principais vantagens a rapidez, os
custos relativamente baixos e o fato de possuir atributos que permitem, a partir de
amostragem representativa de uma população, descrever
\
características
mesma e ainda explorar possíveis associações entre os fatores de risco estudados,
desde que esta análise se submeta a
um modelo
pré-estabelecido. Entretanto o
delineamento transversal gerahnente não pennite estabelecer causalidade
que, tratando-se de
são vistos
como
.L
da
um corte no tempo,
Uma vez que não era o objetivo estudar a relação causa e
o desenho transversal é
As
os possíveis determinantes e o desfecho
em um mesmo momento impossibilitando a utilização da temporalidade
critério causal”.
efeito,
uma vez
útil
para este trabalho.
.ata
__..__.
limitações deste trabalho são entre outras o tamanho da/šípílação de
estudo e a confiabilidade nos dados registrados.
protocolo específico para o hipertenso,
mas sim
“
Na realidade nao
se criou
mn
se adequou o paciente hipertenso
ao modelo de arquivo já pré estabelecido para a população
dificuldades acima mencionadas foram consideradas
com
em
geral.
As
cautela no presente
estudo, evitando-se a extrapolação dos dados para realidades maiores.
também
7
¿
rigidez nos critérios de inclusão e exclusão, participando
Houve
da população
somente os pacientes confirmadamente hipertensos.ø/Sfsim, acreditamos que os
dados pennitem refletir sobre o
perfil.
do hipertenso
inâqeášçwznérjlente
das possíveis
falhas.
um total de 3124
atendimentos, registrados pelos doutorandos nos centros de saúde em consultório
No período do trabalho (cerca de 4 meses
completos) de
(atendimento geral), encontrou-se, 117 hipertensos (3,74%). Destes apenas 15
mí
,»
21
foram excluídos da análise na maioria dos casos por arquivos mal preenchidos.
Muito provavehnente o número de hipertensos que procura o
foi
DDA UFSC-PMF
minimizado já que existe a possibilidade de muitos procurarem o Centro de
Saúde apenas no setor de triagem para medir a pressão ou apenas para pegar
diretamente seus medicamentos
em
farmácias dentro dos centros (viés de
com
seleção). Estes pacientes gerahnente realizam suas consultas
clínicos
ou
cardiologistas de centros terciários próximos.
Em recente le~lizado no mesmo DDA UFSC-PMF a HAS foi
relatada
como o
8°.
motivo geral de consulta ambulatorial sendo responsável p
2,5% dos motivos de
consultalo.
3%
537%/má¿Q
5
Sendo uma enferrmdade tão prevalente era de se esperar
um maior número
de consultas por HAS no nível primário. Estariarn estes pacientes consultando
outros
níveis
e/ou
reprimida)? Questões
existiria
como
base populacional e
estas
podem
com programas
cobertura e abordagem ao
em
dificuldades
ser
r
em
marcar consultas (demanda
melhor elucidadas
com
estudos de
www
comunitários que ocasionem melhor
paciente hip-ertenso23.
ê:
Q
áza az/
,..àõ
fg (
Em nosso estudo a faixa etária com maior nún4:i: de pacientes foi entre 60
e 70 anos
com
a média de idade dos hipertensos de 56,7 anos. Já no grupo
acolhimento obtivemos
uma média de idade
prevalente entre 30 e 40 anos.
Assim pela
de 44,7 anos
TABELA
l
com a faixa etária mais
parece existir realmente
uma correlação entre a amostra de hipertensos e faixas etárias mais avançadas.
A pressão arterial média tende a atunentar progressivamente com a idade.
Como conseqüência a prevalência e a incidência de HAS também aumentam com
a idadel.
É válido lembrar que este aumento da pressão
arterial
com a idade não
deve ser considerado como fisiológico permanecendo as cifias de 140
e/ou de 90
etário
mmHg como
os limites nonnais para os idosos
1
.
No
mmHg
Brasil o grupo
de 60 anos ou mais é o que apresenta maior crescimento na população.
22
Estima-se que
temos
uma
em 2025
haverá mais de 30 milhões de idosos no Brasil.
Com isto
estimativa de quão importante é o assunto hipertensão para a
sociedade e para a saúde pública. Cerca de
entre mulheres
com mais de 75
65%
dos idosos são hipertensos e
anos a prevalência de
Entretanto este aumento no risco de
HAS
HAS pode chegar a 80%1.
idade
-
relacionado varia
consideravehnente na dependência de fatores não estudados neste trabalho como:
de vida, raça, nível
estilo individual
inicial
de pressão e exposição a fatores
ambientais.
No
outro extremo do assunto idade e hipertensão, está a ocorrência
significativa desta
em parcelas
mais jovens da população.
Em nossa casuística,
a
um estudo de demanda espontânea e não de prevalência, vemos que 14,7%
dos pacientes tinham idade até 39 anos com a menor idade de 25 anos. No estudo
qual é
Nhames
norte americano
detectou-se
uma
III14
com
amostra de 8901 pessoas acima de 18 anos,
HAS
prevalência de
idade específica de 3,3% para homens
brancos na idade de 18 a 29 anos, que aumenta para 13,2% no grupo 30 a 39
anos.
E
ainda, de acordo
com
o
III9
Consenso Brasileiro de
HAS
estudos epidemiológicos brasileiros têm demonstrado prevalência de
crianças e adolescentes entre 6 e
8%. Portanto atenção especial deve
também a pacientes mais jovens com relação a fatores de
obesidade, erros dietéticos, sedentarismo e tabagismo”
1998, os
HAS
ser
de
dada
risco, história familiar,
.
Com relação ao sexo dos pacientes houve um predomínio do sexo feminino
(77 ,5%). Isto não significa que existem mais hipertensas que hipertensos, apenas
que as mulheres hipertensas estão consultando mais freqüentemente que os
homens
hipertensos. Isto foi
dos hipertensos
com o
confirmado quando comparamos o sexo do grupo
grupo acolhimento, e confirmamos que o sexo feminino é
o mais prevalente nos dois grupos e
hipertensos e
75,3% no acolhimento
-
em
proporções quase iguais (77 ,5% nos
TABELA
1).
Estes números assemelham-
23
se
com a literatura pois segrmdo Duncan e Menguen
demanda
outros estudos de
ambulatorial na atenção primária apontam que aproximadamente
70%
das
consultas foram realizadas por mulheres. Provavelmente por ocasião do horário
das consultas (horário comercial) a maioria dos homens se encontra no trabalho
enquanto muitas das mulheres são do
Embora modemamente
Na
estudos de prevalência, existe
em um
(57,8% da população pela
com a
um
estudo de
literatura nacional e intemacional
predomínio de homens
HAS em
Araraquara
prevalência bruta predominou no sexo masculino
as mulheres (não necessariamente hipertensas)
anteriores de pressão arterial, isto é,
como
é relatado na literatura
femininoló.
mas os
-
em
lúpertensos1=2=16°17=18.
SP 199016 também a
autores constataram que
têm mais freqüentemente medidas
têm maior chance de serem diagnosticadas
hipertensas (se assim o forem), porque
Também
TABELA 3).
sabe-se que o contrário pode ocorrer.
realidade, de acordo
Por outro lado,
lar
um
têm maior acesso aos
serviços.
HAS
no sexo
controle mais efetivo da
A relação entre sexo e HAS entretanto é modificada pela idade. Em
adultos jovens a pressão tende a ser mais alta
em homens que mulheres. Ao redor
dos 60 anos as mulheres tendem a apresentar níveis tensionais que equivalem ou
excedem àqueles
epidemiológicos
vistos nos
como Nhanes
homens. Isto é comprovado
I
e
Nhanes
III14.
em
vários estudos
Desde o estudo de Framingharn
mulheres após os 50 anos já apresentavam taxas de
HAS
comparáveis a dos
homens”.
Pela
TABELA
Se somarmos
UFSC-PMF
com
1°.
1
obtivemos 16 ( 15,7%) dos hipertensos como analfabetos.
grau incompleto teremos que
não tem o
1°.
grau completo.
de hipertensos este dado é por
sociedade.
Em
si
86% dos hipertensos do DDA
Em primeiro
lugar tratando-se
ou não
só preocupante e vergonhoso para qualquer
segundo lugar vale lembrar que a população que procura os
serviços de atenção primária é justamente a mais desfavorecida socialmente”.
24
Quando comparamos a
acolhimento percebemos pela
%)
analfabetos (15,7
TABELA
l
que
de associação inversa, estatisticamente
com uma
arterial
2,3%
semianalfabetos e
l
sobre
ll
l
HAS,
Social,
8,8% da amostra
prevalência de
HAS
,iu
,
7
I
.
//Í
,
/
9/›
4,
`
v.
äf
M
¡z.
-E
z
de 44,8% contra
.-
2
2°.
grau
A literatura confirma a existência
de educação e
de 16,9% entre os analfabetos e
Em um
trabalho
1994 pelo Departamento de Medicina
como sem
uma
estudo e neste grupo houve
prevalência de
HAS
de 10,6% se o
ll anosg. Todavia outro trabalho mostrou relação
1
68,6% das
consultas a hipertensos foi classificada
consulta nova. Isto não significa necessariamente que era a
mesmos mas sim
31,4% das
investigar
como retomo.
consultas. Para tirarmos
em
como
consulta dos
la.
consulta nova para o respectivo doutorando ficando a partir de
então as consultas subsequentes
-í¢
›
HAS
em
(RS)
considerada
foi
analfabetos do
pouco nítida entre HAS e escolaridade9.
Na TABELA
r'
6,8% de
se a instrução foi de nível superior”.
*nível de escolaridade fosse
1
maior porcentagem de
significativa, entre status
prevalência de
em Pelotas
realizado
a amostra do
chegam menos ao
hipertensos
(13,7%) contra 25,9% no grupo acolhimento.
pressão
existe
entre os hipertensos contra
também que os
acolhimento. Parece
com
dos hipertensos
escolaridade
que
diferia
consulta fosse classificada
um
Este último foi encontrado
em
alguma conclusão destes dados resolveu-se
paciente de consulta nova de
um
paciente cuja
como retomo. Uma maneira encontrada foi
saber se os
dois grupos consultavam por motivos diferentes. Estes resultados encontram-se
na
TABELA
5.
Nela notou-se que os pacientes de retomo vinham mais para
mostrar exames (25%) que os pacientes de consulta nova (8,6%).
explicado o paciente de consulta nova
nem sempre
indica
la.
Como já
foi
consulta, por isso é
possível que ele venha para consulta nova para mostrar exames. Outro aspecto foi
que 17,1% dos pacientes de consulta nova foram consultar por sintomas
possivehnente atribuíveis à
HAS, enquanto nenhum do grupo retomo
foi
25
consultar por estes
mesmos
sintomas. Entretanto não
pudemos
descobrir,
com
os
dados do trabalho, porque os pacientes que retomam assintomáticos (do ponto de
vista
um bom tratamento? Sentem-se mais seguros? Ou
iniciais da HAS e mais conscientes retomando às
da HAS). Estariam com
em
seriam pacientes
consultas
mesmo
fases
assintomáticos? Mas, seja consulta nova, seja retomo o
hipertenso foi consultar no
DDA UFSC-PMF
principahnente para controle de
saúde.
Uma análise que se faz necessária é sobre o padrão eleito para o intemato
em
saúde coletiva do que é consulta nova e retomo, necessitando homogeneizar
(e/ou rever) os critérios para estas definições.
prlv
V
g
Ê
Êx
Por outro lado, se analisarmos que no minimo 31,4% dos hipertensos estão
retomando às consultas (mesmo assintomáticos) podemos
%,%§\_:Qê
a£l_er_ér§i_a
(D
HAS.
studado na maioria dos trabalhos sobre
hipertensos
retomo).
É
do paciente ao tratamento o que é por
si
ter
alguma idéia da
só muito importante e pouco
TABELA
Pela
1
vemos que os
retomam menos (3l,4%) que os pacientes do acolhimento (6l,3% de
A pouca aderência ao tratamento não medicamentoso
hipertensiva pemranece
como o
perda de controle adequado
principal
em mais
e à terapia anti
desafio terapêutico contribuindo para a
de dois terços dos pacientes
com HASL2.
A
conclusão e manutenção dos níveis pressóricos-alvo gerahnente necessitam de
Ã-
encorajamento contínuo (através de reconsultas ou até
modificações no
estilo
para as
de vida e ajustes da medicação). Segtmdo dados da Liga
de Hipertensão do Hospital das Clínicas
comparecer às consultas
tratamento apenas
visitas domiciliares
20%
em
-
SP,
40%
2 anos de tratamento.
dos pacientes deixam de
Dos 60% que continuam o
controlam regularmente sua pressão.
Os
outros
40%
tomam remédio, mas não se preocupam em controlar a pressão”.
Analisando-se estado
civil
e
HAS
notamos que
70%
dos pacientes são
casados e 20,6% são viúvos(as), este último item provavehnente se deve à
26
F
elevada freqüência de mulheres
em nosso
os estudos de associação entre estado
estudo.
civil e
Na literatura
HAS, mn
,.
.F
são muito poucos
do Rio de Janeiro” venficou tambem que os casados tiveram uma
.
_
.
,
_
HAS maior que os solteiros (30,6% x
15,0%).
W
deles realizado na cidade
_/Qu' ".L¢¿€/'/Cá
mc dencia
_
de
Como já foi mencionado no início
desta discussão, devido ao delineamento deste traballio não se pode falar ein
causalidade para esta variável.
Com
relação a ocupações e profissões não foi possível separá-las
em
grupos dada a grande diversidade e heterogeneidade das mesmas. Descobrimos
pela
TABELA
características
esperado
estudo.
em
3
um
nítido predomínio
do sexo feminino (do
virtude
lar,
de ocupações
doméstica
/
do predomínio do sexo feminino
Na literatura a respeito de HAS e ocupação
/
profissões mais
faxineira)
em
o que já era
nossa população de
existem várias controvérsias.
Alguns estudos” sugerem uma relação inversa entre morbidade e mortalidade por
HAS e níveis socieconômicos, estes medidos através da ocupação dos indivíduos,
sugerindo que trabalhadores do setor secundário (indústria) tivessem médias de
pressão mais alta que do setor terciário (serviços).
Em outro artigo
que dentre os homens os prestadores de serviços e os
em
se encontrou
ocupações técnico-
científico administrativas e nas mulheres aquelas do setor primário tinhain as mais
altas prevalências
de HAS9. Estes autores sugerem que as diferenças entre os
grupos ocupacionais
podem
estar relacionados à diferença de atividade fisica,
exposição a riscos ambientais, e diferenças nas experiências de vida das classes
sociais
de onde os grupos provêm. Outros enfatizam que o amnento do estresse
psicossocial principahnente para as classes
nos níveis tensionais.
de
menos favorecidas tem influenciado
Mas há ainda trabalhos que quando se referem a associação
HAS com qualificação profissional
sugerem que a maior prevalência entre os
inenos qualificados deva-se, de fato, à maior exposição destes aos outros fatores
7
27
de risco, especialmente obesidade e abuso de álcoolzl. Existe portanto muitas
dúvidas e críticas a respeito deste tema”.
(TABELA
Se somannos os motivos de consulta
mostrar exames e atestado de saúde encontraremos
hipertensos que procuram o
DDA
provavehnente deva-se ao fato
bem
controle de saúde,
4):
um
total
de 57,8% de
sem queixas ou sintomas específicos.
conhecido de que a
HAS é em grande parte
assintomática e silenciosa até que se desenvolvam complicaçõesl.
importante
em
na medida
considerados hipertensos (i
que acredita-se que dos
15% da população
adulta),
adultos
Isto
metade não sabe que o é
dos hipertensos recebendo tratamento adequado”.
(realizada
em
é
brasileiros
e a metade dos outros não se trata adequadamente restando portanto apenas
Outro aspecto a ser salientado
Isto
25%
'
f
a confirrrração da visita domiciliar
foi
05 pacientes hipertensos) durante o intemato
(TABELA 4). É através da visita domiciliar que
se
impõe
em
saúde pública
um novo paradigma na
relação médico-paciente, onde o médico é que vai a procura do paciente, pede
licença para entrar
observá-lo
em
seu
em
lar.
seu domicílio e tem a oportunidade única e írnpar de
Só neste
instante é
que se pode reahnente verificar
aspectos ocultos à consulta clássica dentro de
familiar,
a relação complexa entre paciente
-
verdadeiras dificuldades socio-econômicas,
sanitárias.
No
caso específico da
um
como
a dinâmica
doença - meio ambiente, verificar as
bem como
HAS pode-se
está indo ao posto (impossibilidade de
consultório
as verdadeiras condições
descobrir porque o paciente não
locomoção? desmotivação?) e descobrir a
causa da baixa aderência ao tratamento. Além destes aspectos, é gratificante
profissional e pessoalmente confirmar que
um
povo tão
sofrido é ao
mesmo
tempo tão acolhedor.
Na TABELA
06 obtivemos uma idéia de co-morbidade. Através desta
tabela descobrimos que
42,1% dos
pacientes hipertensos tinham apenas a
28
~
como
hipertensao
único problema (listado
em
trabalho não se propôs à investigação minuciosa de lesão
podemos
p£¿‹“¢1~‹ít
énáá.
Com
isto
número é verdadeiro ou não. Mas é importante destacar
mesmo
uma enfermidade multifatorial em que diversos fatores
de risco
'
'
e diferentes graus de complicações
O
,,.,‹/M9”
rt
órgãos alvo não
a abordagem ao paciente hipertenso deve ser individualizada,
trata-se de
M1. ./má* porque
¡, fl/>
em
nosso
que os outros 57,9% dos hipertensos portavam também algum outro diagnóstico.
-
,Jú
inferir se este
Como em
seus arquivos).
14
podem estar presentes num mesmo paciente.
conhecimento da morbidade associada a
HAS
um
dentre vários
indicadores que a Organização Panamericana de Saúde sugere para se analisar a
HAS23 na comunidade
situação da
controle da
e a partir de então elaborar programas de
HAS a nível da comunidade.
Modemamente a
investigação clínico laboratorial básica do paciente
hipertenso, sugerida nos mais recentes congressos de
Lt?/ft?
é
exame de urina,
sem aquelas
HASL2,
creatinina, potássio, glicemia, colesterol e
se resume a
um
um eletrocardiograma;
onerosas e frustrantes realizadas no passado.
investigaç§es
Considerando-se isto pode-se entender porque o hipertenso atendido no nível
local
pode ser perfeitamente manuseado ficando o envio de pacientes com as
formas graves, cada vez menos freqüentesfá um nível de maior especialização.
A doença associada mais freqüentemente à HAS em nossos pacientes foi
Diabete Mellitus encontrada
de
HAS em
em
diabéticos é pelo
dados coincidem
com
a
% dos casos. Acredita-se que a prevalência
menos 2 vezes a da população em
literatura24=25
tendo diabetes e ainda que
prevalência de
16,7
50%
que relata 15 a
dos pacientes
HAS aumenta com a idade e
18%
com
geral.
Nossos
dos hipertensos corno
diabetes
tem HAS.
A
a duração do diabetes, sendo que a
coexistência de duas doenças implica risco duplicado de morte por evento
cardiovascular24°25
_
As duas doenças são mais
condições socio-econômicas precárias”.
freqüentes entre aqueles de
/lá?
,4,4,,9
Fflêé
4
0/fâø/Q
4
/424
øflvt
0/4,
lipídico são muito
do perfil
mesmos1=24.
É
em 6,9% dos casos.
é que
Sabe-se que as disfunções
em nosso
traballio
um
houve
predomínio nítido do sexo feminino e sabe-se que as mulheres são relativamente
protegidas de eventos cardiovasculares e
tem melhor perfil
“ø Obesidade
foi registrada
504'
(IMI/Wtrabaflro realizado
em
-
I
wáfl
M
59,6% dos
em 4,9%
Araraquara
-
dos pacientes.
SP ló os
,
De
por ainda não
existir
com um
acordo
o hábito de encara-la como
em
nossa
uma doença
“isoladamente” e por conseguinte não se calculam medidas mais sensíveis
tl,
o
Mgíindice de Massa
como
Corporal) nos pacientes; sendo diagnosticados então
somente os casos mais evidentes.
O
ll
registrou prevalência de
que
em indivíduos com peso
útil
(IMC) poderia
estudo Nlianes
HAS 2,9 vezes superior em adultos com soprepeso
ormal1=2”26. Assim um cálculo tão simples quanto
lrealizado
em
autores encontraram obesidade
hipertensos. Provavelmente a obesidade foi subestimada
casuística, talvez
da
lipídico antes
menopausa”.
,
ser
mais
nas consultas.
A asma ou atopia não é correlacionada com HAS, apareceu na TABELA
06 provavelmente devido a importante prevalência das mesmas na população
W
*\
'geral
Notamos ainda na
lrafiiííorrelacionadas a
gr;
0”
certeza
A
em
06 algumas complicações gerahnente
HAS e seus fatores de risco como ICC, AVC, doença vascular
bglfiperiférica e ainda
vw”
TABELA
em relação
DPOC. Embora
causa e
estejam aqui citadas não se pode falar
com
vez que o estudo não se presta a
fim.
efeito, urna
tal
depressão e/ou ansiedade (2,9% dos casos) pode dificultar a aderência ao
tratamento da
válido
HAS bem como de outros fatores de risco cardiovascularl. É ainda
lembrar
betabloqueadores)
que
vários
agentes
podem causar depressãol.
Q*/*c
P
houve discrepância tão grande entre os
Uma das razões
literatura.
Qwa fêz
comuns nos hipertensos afetando 40 a 85% dos
dificil explicar porque
nossos dados e a
_
/×9?¢‹ea¢,.cz›
,
Dislipidernia foi encontrada
ez.*Q/
hipotensores
(alfa-metildopa
e
30
Na TABELA
07 notamos que 89,2% dos pacientes hipertensos não
necessitaram de encaminhamento e ainda dos 10,8% de pacientes encaminhados
HAS em si, mas sim por outras doenças concomitantes.
alguns nao o foram pela
W»
Entretanto
Â
W
/'°
ap
tal
constatação não pôde ser quantificada. Isto sugere que a grande
maioria dos hipertensos do
dentro do
rrível
DDA UFSC-PMF
'
primário.
Na TABELA 08 confirmamos
atendidos no
pode ser manuseados apenas
que a grande maioria (85%) dos hipertensos
DDA provém do mesmo bairro em que se situa o Centro de Saúde;
e muitos do outro grupo na realidade
vem de bairros
baixo número de encaminhamentos mais
uma vez
vizinhos. Isto associado ao
apoia a idéia que o nível de
atenção primária no caso específico desta enfennidade, pode e se presta muito
bem
ao manuseio do paciente hipertenso sem que seja necessario grandes
deslocamentos até o nível
terciário.
Na TABELA 09 vemos a auto
PMF
fez de sua saúde.
avaliação que o hipertenso do
DDA UFSC
A maioria considera sua saúde muito boa ou boa talvez
refletindo mais urna vez a natureza assmtomática de grande parte dos hipertensos.
A TABELA 10 mostra que entre os que avaliarn a saúde como muito bom e born
45,8% recebem medicação, já 57,1% dos que
avaliarn
como
regular
/
ruim
recebem medicamento. Assim a proporção de medicados é maior entre os que
avaliam a saúde
como
regular
ou ruim comparado com os que avaliam melhor a
saúde. Isto provavehnente se deve ao fato de que os que recebem medicamentos
devem
ser pacientes mais graves
ou com maior co-morbidade e/ou complicações.
Ou o fato de receber medicamentos os faz sentir doentes.
Com relação
e 12,
à conduta médica diante do paciente hipertenso
vemos que em 28,4%
deles optou-se apenas por orientação e
hipertensos foram medicados.
'àwaíá
f/
z‹`/nz
TABELA
Dos 41,1% de
rwwwa/
,ó
11
58,9% dos
hipertensos não medicados não
›4,¿¿
/42/CQ
ä,a,,Á¿ú
,
31
sabemos
até
que ponto estes não necessitavam do tratamento medicamentoso
(hipenensos leves) e/ou se são pacientes que aguardam exames.
coNcLUsoEs
O presente trabalho mostrou que o paciente hipertenso atendido no DDA
UFSC PMF é em sua grande maioria do sexo feminino, já que na realidade as
com média
mulheres é que procuram mais os centros de saúde,
faixas etárias maiores
que a população geral que vai ao
correlação entre avanço da idade e
escolaridade e
estado
características
também
_,.;_-
correlação entre baixa
foi
o mais freqüentemente encontrado. As ocupações mais
do sexo feminino prevaleceram (do
lar,
doméstica
a maior freqüência deste sexo na amostra, e junto
refletindo:
um
Existe
DDA, d~sʿm%o uma
HAS maior que na população geral que procura o acolhimento. O
casado
civil
HAS.
de idade e as
/
faxineira)
com a escolaridade,
baixo nível sócio-econôrnico. Estes resultados foram semelhantes ao da
literatura
Os
controle
encontrada sobre o tema.
?_._._
Pe/Z
dois motivos de consulta mais freqüentes entre os hipertensos são:
de saúde e mostrar exames provavelmente
devido
assintomática da hipertensão na maioria dos casos. Cerca de
tinham somente a
HAS como
problema
clínico encontrado,
42%
a natureza
dos pacientes
porém quando à
ela
se associava alguma doença a mais freqüente era a diabete melitus.
Dos
hipertensos
maioria dos
mesmos
10,8% necessitaram de encaminhamentos sendo que a
erarn atendido
em
Pouco mais da metade dos pacientes
Centros de Saúde do seu próprio bairro.
relata a autoavaliação
da saúde como muito
boa ou boa talvez novamente pela natureza assintomática de muitos dos mesmos.
28,4% dos pacientes receberam como conduta médica apenas
receberam tratamento medicamentoso.
orientação;
58,9%
33
Pelo fato da maioria dos pacientes que consultaram serem da
mesma
área
que o Centro de Saúde, pelo baixo número de encaminhamentos necessários e
por características da
HAS pode-se
especular que o nível de atenção primária é
muito importante para a detecção, avaliação, tratamento e até prevenção primária
da HAS, a qual se
constitui
um importante problema de saúde pública.
rever o conceito de consulta nova ou retorno
IMC
bem como
para melhor diagnóstico da obesidade. Seria
também
Sugere-se
motivar o cálculo do
Á
irnportante investigar
melhor a cobertura da atenção primária diante da hipertensão.
/aí)
/«Q
0¿°<'“"~4*
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NORMAS ADOTADAS
O
presente trabalho segue a normatização dos trabalhos científicos do
Curso de Graduação
Curso de Graduação
Florianópolis
-
em
Medicina. Resolução número 001/97 do colegiado do
em Medicina da Universidade Federal de
SC
-
1999.
Santa Catarina.
RESUMO
Perfil do paciente hipertenso atendido no Distrito Docente Assistencial
UFSC
-
Prefeitura Municipal de Florianópolis
no período de outubro de 1998 a
fevereiro de 1999.
AUTOR: Michelangelo Antimes Ferreira
~
1NsT1TUrÇAoz Ursc
O
objetivo
demográfico e
deste
clínico
estudo
foi
o
descrever:
dos hipertensos atendidos no
perfil
sócio-econômico/.
DDA UFSC-PMF; a conduta
médica; o número de encaminhamentos e a autoavaliação de saúde. Correlacionar
com amostra do
MM
acolhimento. Método:
hipertensos atendidos no
Os dados
DDA UFSC-PMF
registrados
em
arquivos de 102
por 53 estudantes de Medicina
øâsupervrsionados por medicos) durante o mtemato
em
saude publica 98-2.
Resultados: Predomínio do: sexo feminino, faixa etária mais avançada e baixa
escolaridade
civil
em relação ao encontrado no grupo controle (acolhimento). O estado
casado e as ocupações femininas prevaleceram.
Os dois motivos de consulta
mais freqüentes foram: controle de saúde e mostrar exames. Diabetes
foi
a
doença associada mais freqüente. 10,8% dos hipertensos necessitaram de
encaminhamento e a maioria da amostra era atendida no centro de saúde do seu
próprio bairro.
Conclusão:
O
perfil do hipertenso ficou caracterizado confonne descrito
acima e o nível de atenção primária é importante para a abordagem da HAS como
problema de Saúde Pública.
-
SUl\/[MARY
Profile of the patient with hypertension assisted in
between October (1998)
DDA UFSC PMF
to February (1999).
AUTOR: Michelangelo Antimes Ferreira
ESTABLISHMENT: UFSC.
The purpose of
this study
was
describe: the demographic
the medical conduct; the
evaluation of health.
To
number of
directions
and estimate
correlate with sample of the reception.
clincal
DDA UFSC
socioeconomic profile of the patient with hypertension assisted in
PMF;
and
their
The method was
the data registered in files of 102 patients vvith hypertension assisted in
UFSC PMF by
own
DDA
53 students of medicine (supervised by doctors during the
boarding school in public health 98-2.
Results: Prevalence of the: feminine sex,
more advanced age group and
lowers schoolarship in relation to the found in the group
The married
civil state
it
it
controls (reception).
and the ferninine occupations prevailed. The two more
frequent consultation reasons were: control of health and to
show exams.
Diabetes went to more frequent associated disease. 10,8% of the hipertensos
needed direction and most of the sample was assisted
in the center
of health of its
own neighborhood.
The conclusion was
that the profile
of the patient with hypertension was
characterized as described above and the level of primary attention
for the abordage of the hypertension because
it is
is
important
a problem of public health.
APÊNDICE
em
Arquivo didático-pedagógico utilizado no intemato
saúde coletiva 98-2 no
DDA UFSC PMF pelos doutorandos do curso de Medicna.
ATENo|MENTo GERAL
® Data:
lY.>
Consulta:
I
O
`
I
I
)
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)
.
Nova
DO
Ginecologia
)
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)
l`š>Nome: .................................... ..
Prontuário:
®N°
........
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I
Hi
Relomo
Pediatria
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N
[9 Molivo da Con.-:ullat
[9 Problema:
.........
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U
)Triagem
) Clinica Médica
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I
-(
)
Clinica Cirúrgica
.................................................................
H!
r
..
.
-
(
)
Feminino
)Casado -( )Separado
(
ED Ocupação: ............................. ..
B>N° de moradores:
®Escolarldadc: - ( ) Anallabelo
~( ) 1” grau c omplelo
................
Ia
|
lš>Dala de Nascimento:
I
lZ>Sexo:
-( ) Masculino
l2>Eslado Civil: -( )Solteiro -
®Bairro Onde Mora:
A'
fl
-(
~(
)Viúvp -(
)2" grau completo
-(
)Unlão Estável
)3° grau completo.
..
............. ..
.............................. ..
®Condula: -( )Orientação
~(
-
-
®Como Avalia sua Saúde?
-
|
:xl
)
Medicação:
Pedido de Exa mes,
® Houve Encaminhamento?
)
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V
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Não
Quais?
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)Mullo Boa
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sim Serviço:
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-(
)
)
Boa
Ruim
'
-(
)
Outros:
i
............................... ..l
_
:J
TCC
UFSC
SP
NChflm TCC UFSC SP 0001
Autor Ferrelra, Mlchelan
Tltulo Perfil do paclente hlpertenso
0001
Ex.l
Exl UFSC BSCCSM
at
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