UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC CURSO DE ADMINISTRAÇÃO FERNANDA FABRI VERIFICAÇÃO DO IMPACTO DAS ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO EM MARKETING SOBRE AS INDÚSTRIAS DO VESTUÁRIO NA REGIÃO DA AMREC CRICIÚMA (SC), MAIO DE 2009. 1 FERNANDA FABRI VERIFICAÇÃO DO IMPACTO DAS ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO EM MARKETING SOBRE AS INDÚSTRIAS DO VESTUÁRIO NA REGIÃO DA AMREC Monografia, apresentada ao Curso de Administração do Extremo Sul Catarinense – UNESC, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Prof.º. Wagner Blauth. CRICIÚMA (SC), MAIO DE 2009. 2 FERNANDA FABRI VERIFICAÇÃO DO IMPACTO DAS ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO EM MARKETING SOBRE AS INDÚSTRIAS DO VESTUÁRIO NA REGIÃO DA AMREC Monografia, apresentada ao Curso de Administração do Extremo Sul Catarinense – UNESC, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração. Criciúma, 07 de maio de 2009. BANCA EXAMINADORA Profº. Wagner Blauth (Especialista) – (UNESC) Orientador Profº. Valtencir Pacheco (Especialista) - (UNESC) Membro Profº. Edison Uggioni – (Mestre)- (UNESC) (Membro 3 AGRADECIMENTOS Agradeço a DEUS, pois ele é meu tudo e sempre esteve comigo em todos os momentos, principalmente nos erros cometidos, estes servem como aprendizagem, e sorri comigo em cada conquista da minha vida, pois é o motorista que direciona o trem da minha vida. A minha MÃE, que representa meu tudo, meu orgulho, minha perseverança, caráter e guerreira, linda e amável, EU TE AMO MUITO E TE AMAREI POR TODA MINHA VIDA. Muito obrigada por ter me acompanhado em todos os meus passos e apesar de minhas falhas sempre acreditou e acolheu-me quando estava eufórica ou triste. Ao meu PAI (in memorian), TE AMO MUITO, orgulho de minha vida. Ao HERLON, que apesar de tudo que passamos sempre acreditou em tudo que eu fiz e na minha capacidade. Ao presente que DEUS me deu, em uma caixinha muito linda que é você, Valdecir da Rocha Pereira o qual tenho como pai (não biológico), mas de fé e amor! Aos meus amores (Oscar Felicio, Janice Martinhago, Giana Pavei, Rosânia Locks (Zana), Oslaine Bandeira), amigos que acreditam em mim e nunca deixaram com que eu desistisse do meu objetivo. Há! Se não fossem vocês. Aos meus colegas e amigos da faculdade, onde aprendemos, discutimos, rimos e choramos. Agradeço ao meu orientador e professor Wagner Blauth, que esteve sempre disposto a me ajudar nas horas e nas dúvidas que tive para a elaboração desse estudo. Admiro muito você grande mestre. Agradeço também ao Coordenador do Curso de Administração e Comércio Exterior, Miguel Mastella, pela atenção e amizade. Admiro-te muito. 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho ao meu grande diamante, tesouro único, minha MÃE. Você é minha vida - TE AMO. 5 “O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis”. (Fernando Pessoa) 6 RESUMO FABRI, Fernanda. Impacto da estratégia de marketing sobre as vendas na indústria do vestuário da região Sul de Santa Catarina. 2009,81p. Monografia do Curso de Administração da Universidade do Extremo Sul Catarinense. O objetivo deste trabalho foi identificar o impacto da estratégia de marketing sobre as vendas na indústria do vestuário da região Sul de Santa Catarina em seus vários aspectos. A partir do exposto explica-se então o que significa e onde pode ser aplicado o marketing. Este é considerado um poderoso mecanismo que proporciona várias ferramentas para se trabalhar e delinear o foco que deseja atingir, para tanto designa os tipos de marketing, o qual mais se adapta a indústria de confecção. Os veículos de comunicação de que dispunham em estudo são: catálogo, feiras, internet, outdoors televisão, jornais e revistas utilizados por meio da ferramenta de marketing à propaganda, pois é esta que identifica-se no meio da indústria de confecção, ela atinge o imaginário mundo da moda e do estilo de vida para cada pessoa. As empresas normalmente lançam idéias, imagem no mercado vestuarista fazendo com que o individuo deixa-se envolver e com isso consome mais, resultando assim em um ótimo retorno para a empresa. Por fim, os resultados obtidos são de grande valia, pois determina com mais precisão o grupo de consumidores, como fazer e onde aplicar as ferramentas disponibilizadas pelo marketing. Palavras-chave: Confecção, propaganda, marketing. 7 LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1: Marketing de relacionamento .................................................................28 FIGURA 2: Grau de Instrução...................................................................................56 FIGURA 3: A empresa possui setor de Marketing ....................................................57 FIGURA 4: Relevância do marketing para a empresa ..............................................58 FIGURA 5: Valores que a empresa investe em marketing por coleção ....................59 FIGURA 6: Como a empresa classifica o retorno de vendas obtido por meio do marketing................................................................................................60 FIGURA 7: A empresa utiliza serviços terceirizados para o desenvolvimento da campanha de marketing ou desenvolve esta internamente...................61 FIGURA 8: Em relação à estratégia do marketing selecione quais os atributos que compõe o pacote de valor para o cliente, segundo a percepção da empresa.................................................................................................62 FIGURA 9: Classifique de 1 a 6 de acordo com o grau de importância as principais ferramentas de comunicação utilizadas pela empresa ..........................63 FIGURA 10: De acordo com percepção da empresa, como o consumidor intermediário (lojistas e atacadistas) classifica a estratégia de divulgação dos produtos. .......................................................................64 FIGURA 11: O cliente final tem se identificado com a estratégia mercadológica de seus produtos, segundo a percepção da empresa. ..........................65 FIGURA 12: A empresa já sofreu impacto negativo em suas vendas pelo uso de uma estratégia mercadológica inadequada. ..........................................66 FIGURA 13: Segundo a percepção da empresa, a estratégia mercadológica adotada tem contribuído para agregar valor de marca a seus produtos.................................................................................................67 FIGURA 14: Para a sua empresa que percentual médio representa o incremento de vendas em virtude da utilização das ferramentas de marketing já mencionadas. ........................................................................................68 8 LISTA DE TABELAS TABELA 1: Projeção de consumo segundo estilo do consumidor............................44 TABELA 2: Grau de Instrução. .................................................................................56 TABELA 3: A empresa possui setor de Marketing....................................................57 TABELA 4: Relevância do marketing para a empresa .............................................58 TABELA 5: Valores que a empresa investe em marketing por coleção ...................59 TABELA 6: Como a empresa classifica o retorno de vendas obtido por meio do marketing ............................................................................................60 TABELA 7: A empresa utiliza serviços terceirizados para o desenvolvimento da campanha de marketing ou desenvolve esta internamente ................61 TABELA 8: Em relação à estratégia do marketing selecione quais os atributos que compõe o pacote de valor para o cliente, segundo a percepção da empresa. ........................................................................................62 TABELA 9: Classifique de 1 a 6 de acordo com o grau de importância as principais ferramentas de comunicação utilizadas pela empresa. ......63 TABELA 10 : De acordo com percepção da empresa, como o consumidor intermediário (lojistas e atacadistas) classifica a estratégia de divulgação dos produtos. ....................................................................64 TABELA 11: O cliente final tem se identificado com a estratégia mercadológica de seus produtos, segundo a percepção da empresa.........................65 TABELA 12: A empresa já sofreu impacto negativo em suas vendas pelo uso de uma estratégia mercadológica inadequada.........................................66 TABELA 13: Segundo a percepção da empresa, a estratégia mercadológica adotada tem contribuído para agregar valor de marca a seus produtos ..............................................................................................67 TABELA 14: Para a sua empresa que percentual médio representa o incremento de vendas em virtude da utilização das ferramentas de marketing já mencionadas.......................................................................................68 9 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS UNESC – Universidade do Extremo Sul Catarinense. 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13 1.1 TEMA ................................................................................................................. 13 1.2 PROBLEMA....................................................................................................... 14 1.3 OBJETIVOS....................................................................................................... 14 1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 14 1.3.2 Objetivos Específicos ...................................................................................... 14 1.4 JUSTIFICATIVA................................................................................................. 14 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 16 2.1 ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING ................................................................ 16 2.2 COMPOSTO DE MARKETING.......................................................................... 19 2.2.1 Produto............................................................................................................ 19 2.2.2 Preço ............................................................................................................... 20 2.2.3 Praça ............................................................................................................... 22 2.2.4 Promoção ........................................................................................................ 22 2.3 MARKETING DE SEGMENTO .......................................................................... 25 2.4 MARKETING DE SERVIÇOS ............................................................................ 25 2.5 MARKETING DE RELACIONAMENTO............................................................. 27 2.6 VALOR PARA O CLIENTE................................................................................ 29 2.7 PROPAGANDA ................................................................................................. 31 2.7.1 Anunciante ...................................................................................................... 33 2.7.2 Funcionamento da Propaganda ...................................................................... 34 2.8 MÍDIA ................................................................................................................. 36 2.8.1 Televisão ......................................................................................................... 37 2.8.2 Rádio ............................................................................................................... 37 2.8.3.Cinema ............................................................................................................ 38 11 2.8.4 Revistas........................................................................................................... 38 2.8.5 Jornal, Outdoor e Propaganda ao Ar Livre ...................................................... 38 2.8.6 Mala Direta ...................................................................................................... 39 2.9 FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO ............................................................. 39 2.10 MARKETING NA INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO ............................................. 41 2.10.1 Perfil dos Consumidores de Moda ................................................................ 43 2.10.2 Consumidor X Marca..................................................................................... 44 2.11 FERRAMENTAS DE SUPORTE DE MARKETING ......................................... 47 2.11.1 Marketing de Rede ........................................................................................ 47 2.11.2 Patrocínio ...................................................................................................... 48 2.11.3 Desfile ........................................................................................................... 48 2.11.4 Catálogo da Coleção ..................................................................................... 49 2.12 MARKETING PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS ............................ 49 3 CENÁRIO E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS......................................... 51 3.1 HISTÓRIA DA CONFECÇÃO NA REGIÃO SUL DE SANTA CATARINA........ 51 3.2 ABORDAGEM METODOLÓGICA E TIPO DE PESQUISA............................... 53 3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA .............................................................................. 54 3.4 COLETA DE DADOS......................................................................................... 55 3.5 TRATAMENTO DOS DADOS............................................................................ 55 4 EXPERIÊNCIA DE PESQUISA............................................................................. 56 4.1 GRAU DE INSTRUÇÃO DO ENTREVISTADO ................................................. 56 4.2 FREQUÊNCIA DE EMPRESAS QUE POSSUEM UM SETOR DE MARKETING ................................................................................................... 57 4.3 RELEVÂNCIA DO MARKETING PARA A EMPRESA...................................... 58 4.4 VALORES QUE A EMPRESA INVESTE EM MARKETING POR COLEÇÃO .. 59 4.5 CLASSIFICAÇÃO DO RETORNO DE VENDAS OBTIDO POR MEIO DO MARKETING ................................................................................................... 60 12 4.6 FREQUÊNCIA DO USO DE SERVIÇOS TERCEIRIZADOS PARA O DESENVOLVIMENTO DA CAMPANHA DE MARKETING OU DESENVOLVE ESTA INTERNAMENTE......................................................... 61 4.7 EM RELAÇÃO À ESTRATÉGIA DO MARKETING SELECIONE QUAIS OS ATRIBUTOS QUE COMPÕE O PACOTE DE VALOR PARA O CLIENTE, SEGUNDO A PERCEPÇÃO DA EMPRESA................................................... 62 4.8 CLASSIFIQUE DE 1 A 6 DE ACORDO COM O GRAU DE IMPORTÂNCIA AS PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO UTILIZADAS PELA EMPRESA............................................................................................. 63 4.9 DE ACORDO COM PERCEPÇÃO DA EMPRESA, COMO O CONSUMIDOR INTERMEDIÁRIO (LOJISTAS E ATACADISTAS) CLASSIFICA A ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO DOS PRODUTOS ..................................... 64 4.10 FREQUÊNCIA COM QUE O CLIENTE FINAL SE IDENTIFICA COM A ESTRATÉGIA MERCADOLÓGICA DE SEUS PRODUTOS, SEGUNDO A PERCEPÇÃO DA EMPRESA ......................................................................... 65 4.11 A EMPRESA JÁ SOFREU IMPACTO NEGATIVO EM SUAS VENDAS PELO USO DE UMA ESTRATÉGIA MERCADOLÓGICA INADEQUADA..... 66 4.12 SEGUNDO A PERCEPÇÃO DA EMPRESA, A ESTRATÉGIA MERCADOLÓGICA ADOTADA TEM CONTRIBUÍDO PARA AGREGAR VALOR DE MARCA A SEUS PRODUTOS..................................................... 67 4.13 PARA A SUA EMPRESA QUE PERCENTUAL MÉDIO REPRESENTA O INCREMENTO DE VENDAS EM VIRTUDE DA UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE MARKETING JÁ MENCIONADAS ............................... 68 4.14 ANÁLISE GERAL DOS RESULTADOS.......................................................... 69 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 72 REFERÊNCIAS........................................................................................................ 73 APÊNDICE............................................................................................................... 77 APÊNDICE A – Questionário ..................................................................................... 13 1 INTRODUÇÃO Na atualidade, principalmente a partir dos movimentos de globalização e da economia, pode-se verificar o grande e poderoso impacto das mudanças tecnológicas que ocorreram de forma generalizada. Tais movimentos, no contexto das organizações, impulsionaram novos paradigmas de qualidade e produtividade, gerando concorrências difíceis e tensões jamais antes vivenciadas. Ao se falar em organização, obrigatoriamente se precisa falar nas pessoas que fazem parte do mundo organizacional e o modo como elas se comportam e vivenciam o mundo trabalhista. Com este enfoque, o marketing se destaca como estratégia, fazendo suas ações provocarem um impacto, tanto no ambiente interno como externo. A dinâmica da modernidade, as novas exigências e os atuais padrões de qualidade e de consumo estão desafiando os administradores, exigindo conhecimento sobre os fenômenos do comportamento humano, para diferenciar-se no mercado. As constantes mudanças no processo econômico deixam as organizações vulneráveis, porém estas vêm se esforçando para conquistar ou manter seus clientes, na medida em que o comportamento do consumidor vem se modificando. Consumidores mais informados e exigentes solicitam novas necessidades em função das mudanças sociais e tecnológicas, estas constituem um novo cenário que exige das empresas novas posturas. A nova visão de marketing almeja atender às exigências deste mercado tão competitivo, voltado para o valor, ou seja, as empresas têm o cliente como principal foco de seu negócio, e nos relacionamentos que podem cultivar visando uma grande vantagem competitiva, por isso o marketing tem grande destaque. 1.1 TEMA Impacto da Estratégia de Marketing sobre as vendas na Indústria do Vestuário da Região da AMREC (Criciúma - SC). 14 1.2 PROBLEMA A Indústria do setor vestuário e, por consecutivo o mercado vestuário ganhou uma significativa importância no crescimento econômico do país principalmente devido ao alto volume de renda e emprego gerado. O dinamismo deste setor vem fazendo com que diversas empresas da região lancem estratégias para ampliar sua participação no mercado através de vendas para todo Brasil. A partir do exposto formulou-se o seguinte questionamento: Qual o impacto da estratégia mercadológica adotadas pelas indústrias do vestuário da Região da AMREC (Criciúma - SC), na conquista de novos mercados. 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral Avaliar o impacto da estratégia mercadológica das empresas da Região da AMREC (Criciúma - SC), focadas na conquista de novos mercados. 1.3.2 Objetivos Específicos Buscar referências bibliográficas que possibilitem fundamentar o estudo desenvolvido; Analisar as ferramentas oferecidas pelo marketing, e sua aplicação na indústria do vestuário; Conhecer as ferramentas de publicidade e propaganda, mais utilizadas neste setor; Avaliar o impacto das estratégias, segundo as empresas selecionadas para o estudo. 1.4 JUSTIFICATIVA O processo de industrialização conquista seu espaço em todos os países, dividindo-se em setores distintos, no segmento vestuarista não é diferente sendo 15 notória a necessidade de se estudar, o início da atividade e principalmente como conseguir a permanência no mercado, visto que o mercado vestuarista esta muito competitiva e acirrado, o que dificulta a estabilidade para uma empresa, assim sendo, coloca a todo segundo a aceitação feita pela sociedade de um produto lançado ou aperfeiçoado pela empresa. Desta sociedade surgem os chamados clientes, os quais, na maioria das vezes, se constituem no foco de qualquer empresa, adquiridos por meio da qualidade, serviço ou preço de um produto. O marketing entra como principal aliado para manter uma empresa no mercado, dispondo de ferramentas para serem analisadas, ajustadas, desenvolvidas, aceitas e aplicadas na indústria vestuarista representando uma ponte para a estabilidade de uma empresa no mercado. Para a região, esta pesquisa torna-se relevante, pois por meio da análise das ferramentas de marketing utilizadas pela indústria do vestuário bem como o impacto sobre as vendas, possibilita a oportunidade de direcionar toda uma cadeia produtiva para uma estratégia de conquista de novos mercados. A sociedade, em geral, beneficia-se por meio da geração de emprego e renda, visto que trata-se de um setor de extrema concentração de mão de obra. A acadêmica como pesquisadora julga relevante seu aprendizado sobre a indústria do vestuário com função das oportunidades oferecidas neste setor para os profissionais de administração. 16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este capítulo destina-se a sustentação teórica do estudo e encontra-se voltado às definições de marketing, ferramentas, estratégias de publicidade, bem como o conhecimento publicado a cerca do desenvolvimento do marketing na indústria do vestuário. 2.1 ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING O processo de troca de bens e serviços requer conhecimento e trabalho, pois a concorrência no mercado está muito acirrada, exigindo maior rapidez e conhecimento na aplicabilidade do marketing. Kotler (1998, p.32) afirma que, “Administração de marketing é um processo que envolve análise, planejamento, implementação e controle; que envolve bens, e serviços e idéias; que se baseia na informação de troca; onde a meta é produzir satisfação para a organização e indivíduos” (Kotler ,1998, p.32). No parecer de Armstrong e Kotler (1993, p.5), “administração de marketing é a análise, planejamento, implementação e controle de programas destinados a criar, desenvolver e manter trocas com o mercado alvo, com o propósito de atingir os objetivos da organização”. A administração de marketing pode ser empregada em qualquer segmentação de mercado, desde que seja aplicado corretamente o processo deste, ou seja, analisar as oportunidades do mercado, fazer a seleção dos mercados-alvos, para que o “Mix” de marketing possa ser desenvolvido, e depois administrar o potencial do mesmo, ajustando sempre de maneira eficaz para atender as alterações do ambiente (ARMSTRONG e KOTLER, 1993). Kotler (1998) expõe que há uma grande necessidade de controle, após todo projeto e realização do marketing. A administração de marketing pode ser aplicada em todos os mercados, designando objetivos e estratégias para alcançar um ótimo resultado. O significado de marketing conforme Churchill e Peter (2000, p.4): “consiste no processo de planejar e executar a visão, estabelecendo preços, 17 promoção e disposição de idéias, bens e serviços com a finalidade de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais”. Ainda segundo Churchill e Peter (2000), o fundamento do marketing tem seu início a partir da origem no processo de industrialização, que ocorre na Europa, e estende-se à América do Norte. O comércio começou a se desenvolver a partir de 1930, para os países industrializados e países em desenvolvimento industrial. A centralização comercial existente se rompeu, em benefício do aumento populacional e das várias preferências de compra criadas. Durante essa época inicia-se a preocupação em satisfazer o cliente consumidor pela melhoria da qualidade do atendimento e variedade de produto. Conforme palavras de Kotler (2000, p.18), Marketing significa: [...] mais do que um simples departamento na empresa: é um modo ordenado e profundo de refletir sobre mercados e planejar para eles. Esse processo não se aplica apenas a bens e serviços. Qualquer coisa pode ser objeto de marketing - idéias, eventos, organizações, lugares, personalidades (KOTLER, 2000, p.18). Desde então, o conceito de marketing está difundido nos vários setores e segmentos da sociedade, aprimorado pela exigência que o mercado consumidor faz. Conforme autores citados anteriormente, percebe-se que, o marketing está sempre associado às necessidades humanas, sendo que para Armstrong e Kotler (2003),o marketing inicia-se antes mesmo de a organização ter finalizado o produto,ou seja, com o processo de avaliação das necessidades e intensidade das mesmas cria-se uma abertura para saber se o produto atraíra lucratividade, pois as necessidades humanas se modificam a todo o momento e entende-se que marketing só acontece quando se atende às necessidades. Carnier (2004, p.34) explica o que são necessidades humanas: [...] Dentro do âmbito necessidades, podemos enquadrar fatores de sobrevivência, como alimentação, vestimenta, habitação, abarcando neste conceito também outros fatores como diversão, busca de cultura, e todos os valores materiais e espirituais conhecidos. Portanto, marketing está presente em todas as atividades, e não somente aquelas ligadas a transações comerciais [...] (CARNIER, 2004, p.34). A partir do exposto é possível afirmar que, o marketing articula todas as atividades, como compra, venda e troca de produtos, com a finalidade de obter a satisfação das necessidades e desejos dos consumidores, essas necessidades e 18 desejos podem ser satisfeitos segundo Kotler (2000), a partir da compra de produtos e serviços, essa compra pode ser impulsionada por uma necessidade fisiológica (alimentação, vestimenta, sede, etc) ou psicológica (segurança, status , entretenimento,etc). Segundo Las Casas (2007), o marketing deve ser ajustado conforme mudanças ambientais. A partir desta definição pode-se considerar que não somente os gestores devem se preocupar, mas sim todos os trabalhadores e nesse caso é relevante destacar a aplicação do endomarketing na empresa para a satisfação do usuário. Se o trabalhador identificar e compreender os objetivos da empresa com certeza irá satisfazer as necessidades do cliente. Segundo Kotler (2002, p. 7), [...] marketing é um processo social e gerencial por meio do quais os indivíduos e os grupos obtêm aquilo de que precisam e também o que desejam, em razão da criação e da troca de produtos/serviços de valor com outras pessoas (KOTLER, 2002, p. 7). Ainda Kotler (2003, p. 13), comenta que o conceito de marketing “é a arte e a ciência de escolher os mercados-alvo e de conquistar, reter e cultivar clientes, por meio da criação, comunicação e fornecimento de valor superior para os clientes”. O marketing contribui para que o trabalhador melhore seu atendimento e, com isso, a satisfação do cliente, visando sempre o bom relacionamento. O marketing “é a arte de ajudar os clientes a tornarem-se ainda melhores” (KOTLER, 2003, p. 13), Etzel (2001) corrobora com a idéia definindo o marketing, como a orientação ao cliente, objetivo de desempenho da organização, que determina as atividades coordenadas de marketing levando à satisfação do cliente e sucesso da organização. Para Kotler e Armstrong (1993, p. 7): [...] o conceito de marketing assume uma perspectiva de fora-para-dentro. Ele começa com um mercado bem definido, centrado nas necessidades dos consumidores, coordena todas as atividades de marketing que afetam os consumidores e lucra criando a satisfação do consumidor. Sob o conceito de marketing, as empresas produzem o que os consumidores desejam, satisfazendo-os e obtendo lucro (KOTLER E ARMSTRONG, 1993, p. 7). 19 O marketing é aplicado por organizações dentro do sistema socioeconômico, pode ser com fins lucrativos e sem fins lucrativos (KOTLER, 1998). De acordo com Kotler (1998, p. 8), “o marketing deve encontrar formas de lidar com esses diferentes tipos de demanda”. A ferramenta utilizada para proporcionar um equilíbrio é a criação de uma marca forte para uso global, determinado pela marca registrada ou pelo uso da marca, criando um design corporativo para fixação do nome ou da cor a ser conhecida por todo o público-alvo de um determinado produto ou mesmo toda a população do globo (KOTLER, 1993, p. 32). O marketing pode ser aplicado de acordo com a necessidade do momento e em todo ambiente que necessite de informação e tenha um público-alvo. Kotler e Armstrong (1998, p.62) afirmam que, “ambiente consiste em fatores e forças que afetam a capacidade da empresa de interagir com seu mercado-alvo de forma eficaz”. 2.2 COMPOSTO DE MARKETING O composto de marketing pode ser definido como o conjunto de variáveis dominadas pela empresa para induzir seus consumidores a compra. Segundo Churchill e Peter (2000, p. 20), “o composto de marketing é uma combinação de ferramentas estratégicas usada para criar valor para os clientes e alcançar o que a organização deseja”. O composto de marketing é composto de quatro “Ps”, preço, praça, promoção e produto (KOTLER, 1998). 2.2.1 Produto As pessoas satisfazem seus desejos e necessidade com bens e/ ou serviços, Churchill e Peter (2000) afirmam que, o produto adquirido é para usar o benefício que ele traz. Vendem-se os benefícios do produto ou os serviços contidos nele. Ainda conforme Churchill e Peter (2000, p.424): 20 [...] uma das decisões de marketing que os varejistas precisam tomar diz respeito ao sortimento de mercadorias que oferecerão aos consumidores. Além disso, é preciso que eles decidam quais e quantos serviços irão fornecer para criar valor para seus clientes (CHURCHILL E PETER, 2000, p.424). No ramo industrial ou de serviços, a sobrevivência está ligada diretamente ao lançamento de novos produtos ou até mesmo ao aperfeiçoamento dos que já estão no mercado, buscando satisfazer a vontade dos clientes, o qual deve ser detectado por meio de pesquisa. “As pessoas satisfazem as suas necessidades e desejos com produtos. Um produto é algo que pode ser oferecido para satisfazer a uma necessidade ou desejo” (KOTLER, 1998, p.28). O produto pode ser de necessidade ou não, dependendo do indivíduo pode ser apenas a satisfação de um desejo. Para tanto, se faz necessário conhecer o produto ou serviço oferecido para, a partir daí, definir se há a necessidade ou o desejo para satisfazer dentro da expectativa do cliente. Segundo Churchill e Peter (2000), há também as necessidades fundamentais e básicas de venda, que são conhecer o produto e seus benefícios e vantagens e, assim, ter sucesso em vendas e, logo, maior lucro e cliente satisfeito e bem atendido. Ainda conforme Churchill e Peter (2000, p.164): “A aparência física do produto, além da embalagem e do rótulo, também pode influenciar no processo de compra do consumidor”. Produto é o que concebe a oferta feita por uma empresa ao mercado, incluindo sua qualidade, design, característica da marca e embalagem, é o que proporciona satisfação ao cliente de acordo com a sua estratégia para obter-se o lucro e, para alcançar esta meta, às empresas não medem esforços, trabalham muito (CHURCHILL e PETER, 2000). As palavras de Kotler (2000) justificam que, para se obter a consolidação do lucro, é necessário que, no projeto de novos produtos, seja aplicado alto nível de criatividade e competência tecnológica, como também ter conhecimento do uso ou consumo do produto. 2.2.2 Preço Preço conforme palavras de Kotler (1994), é o valor que o mercado-alvo 21 está disposto a pagar pela relação de custo - benefício percebido, ou seja, ele é um item relevante, porém avalia-se o benefício que o cliente deseja adquirir antes da concepção do custo do bem. As decisões de preços são importantes para as empresas, pois elas dependem de sua receita, ou seja, do lucro obtido pela venda do produto para assim permanecer no mercado concorrente (KOTLER, 1994). O preço muitas vezes não influência na escolha do consumidor, pois há outra ferramenta que supri o valor do preço, por exemplo, a alta qualidade, maior atratividade (CHURCHILL e PETER, 2000). Churchill e Peter (2000, p.314) afirmam ainda que, “preço é a quantidade de dinheiro, bens ou serviços que deve ser dada para se adquirir à propriedade ou uso de um produto”. Já para Etzel, Walker e Stanton (2001) preço, é o volume de dinheiro que se recebe por um produto ou serviço, em outras palavras preço, é a soma da importância que o consumidor troca pelo beneficio de possuir ou usar um produto ou serviço. Kotler (1993) afirma que os preços eram determinados pelo comprador e pelo vendedor, que barganhavam entre si, os vendedores queriam preços mais elevados para seu produto ou serviço e o comprador oferecia valor inferior ao preço sugerido, isso levaria há uma discussão de valores, porém entravam em um acordo e a transação era efetuada. Segundo Churchill e Peter (2000, p.318), atualmente é preciso “examinar dados históricos para ver como a quantidade comprada variou quando o preço do produto foi alterado”. “Os custos, por exemplo, muitas vezes elevados, tiram o produto do mercado, reduzindo assim a participação. A definição do preço pode ser dividida em dois grupos: os novos e mix de produtos” (CHURCHILL e PETER, 2000, p.306). Num mix de produtos já aprovados, líder no mercado, os preços influenciam pouco na decisão da compra. As empresas trabalham com preocupação de formar um mix de produtos para aumentar o lucro, a dificuldade surge quando esses produtos de valores diferentes não têm grande penetração de mercado (KOTLER, 1998). Os profissionais do marketing produzem campanhas publicitárias, independentes do produto, nesses casos geralmente não se leva em conta o custo, 22 o pensamento focal é ganhar no preço da concorrência e, portanto, vender mais (CHURCHILL e PETER, 2000). 2.2.3 Praça Os elementos de marketing abordados até o presente momento são importantes, mas o elemento praça é fundamental, pois possibilita instrumentos para atuar de forma ampla no comércio, não propriamente o espaço físico, mas o conjunto que torna o produto prontamente disponível e acessível (KOTLER, 2000). Ainda conforme Kotler (2000), os medos com segurança e rapidez que antes o cliente tinha hoje mudaram devido aos hábitos de consumo de todo o tipo de produto, as compras ficam essenciais e, pensando no conforto do comprador, surgem grandes núcleos de compra, possibilitando o consumidor final a uma compra acessível e prática. Segundo Churchill e Peter (2000, p.20), [...] distribuição, ou canais de distribuição, refere-se a como os produtos e os serviços serão entregues ao mercado, para se tornarem disponíveis para trocas: administração de canais de distribuição e atacado e distribuição física e varejo (CHURCHILL E PETER, 2000, p.20). Continuando, Churchill e Peter (2000), afirmam que a compra é feita com maior facilidade, o que torna o conceito praça desfavorecido, pois o local, a infraestrutura física, não fica sendo uma característica exigida pelo consumidor, agora ele opta por uma tela de computador a qual disponibiliza o que procura, trazendo maior comodidade, isso devido o surgimento de outros canais de distribuição, como compra por catálogo, pela internet, com entregas a domicílio sem custo adicional. 2.2.4 Promoção O estudo abordado se identifica muito com o composto promoção, pois a partir dele promove-se a venda do produto ou serviço. Para Churchill e Peter (2000, p.166): “A estratégia de promoção do profissional de marketing pode influenciar os consumidores em todos os estágios do procedimento de compra”. 23 Corroborando com a idéia dos autores citados anteriormente, Kotler (2003) afirma que criam-se promoções de vendas, eventos especiais de marketing, display em feiras, material auxiliar e tantas outras práticas existentes, porém é preciso cautela na estratégia quando aplicada. Segundo Churchill e Peter (2000, p.166): Ao lado dos veículos de marketing tradicionais, a comunicação on-line vem ganhando força, pois, por meio dela, os consumidores ficam altamente envolvidos com a compra e podem procurar informações capazes de influenciá-los em vários estágios do processo de tomada de decisão (CHURCHILL E PETER, 2000, p.166). A promoção aplicada de maneira correta não compromete o produto ou serviço, isso depende da conduta tomada para sobressair em relação aos concorrentes, o auxilio de material de suporte, bom treinamento, sistema de premiação de vendas são tidas como estratégias que garantem um bom resultado (CHURCHILL e PETER, 2000). Seguindo o pensamento Churchill e Peter (2000), afirmam que cada empresa cria ou já tem seu meio de promover os produtos ou serviços, podendo ser usada à comunicação direta e individual ou um meio de comunicação, estes são os mais utilizados e apropriados para atrair o consumidor desejado, criando uma expectativa em torno do produto ou serviço, transformando hábitos e necessidades dos consumidores e conseguindo vantagens sobre os concorrentes. A ferramenta promoção é responsável pela divulgação do produto que a empresa tem para disponibilizar ao mercado consumidor. Para Etzel; Walker; Stanton (2001, p.450), “a promoção desempenha três papéis essenciais: informar, persuadir e lembrar clientes potenciais sobre uma empresa e seus produtos”. Esse tipo de comunicação é relacionado á promoção, ou seja, as empresas contratam agências de propaganda para desenvolver anúncios referentes aos seus produtos, é imprescindível também que elaborem programas de incentivo de vendas, e, para isso, deve-se contratar especialistas em promoção, para o desenvolvimento de uma imagem corporativa da empresa (KOTLER, 1993). A empresa que tem um produto a ser disponibilizado ao mercado deve comunicar-se com seus revendedores, clientes e os demais públicos de interesse ou relação. 24 A partir daí, os consumidores estabelecem a propaganda boca-a-boca com outros consumidores, pois nada é mais gratificante para uma organização do que a indicação por meio de outros. É por isso que cada grupo proporciona um feedback de informações (KOTLER, 1993). Para a empresa atingir seu objetivo de comunicação ou propaganda, isto é, exercer influência no mercado, é de fundamental importância quatro ferramentas promocionais, segundo Kotler (1993): propaganda, promoção de vendas, relações públicas e venda pessoal. A propaganda: é qualquer forma de exposição que seja paga. A propaganda é uma comunicação impessoal, onde o patrocinador é identificado. As formas mais comuns de propaganda são feitas por meio de mídia eletrônica como TV e rádio, e por meio de mídia impressa como jornais e revistas. Existem também outros como mala - direta, outdoor e internet (ETZEL; WALKER; STANTON, 2001). A promoção de vendas: constitui-se de uma ação paga por um patrocinador, e freqüentemente envolve um incentivo com o intuito de encorajar a aquisição ou venda de um produto ou serviço, como exemplos, sorteios, brindes, descontos (KOTLER, 1993). O relacionamento da empresa com a sociedade também é importante. Toda empresa deve ter um bom relacionamento com um público variado. O bom relacionamento leva a uma publicidade favorável e a construção de uma imagem positiva, afastando histórias ou eventos desfavoráveis para a empresa (KOTLER, 1993). Com relação à venda pessoal pode-se afirmar que, qualquer empresa que tem um produto ou serviço disponível no mercado deseja alcançar seu objetivo de lucro por meio da venda (KOTLER, 1993). Segundo Rocha (1999), a venda pessoal é o conjunto das atividades efetuadas por um vendedor com a intenção de informar, motivar e satisfazer o cliente para que assim, concretize uma venda. Partindo desse pressuposto, a venda pessoal é a apresentação oral que o vendedor faz de seu produto ou serviço a um ou mais compradores, seja por telefone ou pessoalmente. 25 2.3 MARKETING DE SEGMENTO As empresas que utilizam o marketing de segmento reconhecem que os consumidores são diferentes em seus desejos, poder aquisitivo, localização geográfica, atitudes, costumes e hábitos de compras. Segundo Churchill e Peter (2000, p.204): “Segmentação de mercado é o método de dividir um mercado em grupos de compradores com potencialidade que tenham semelhantes necessidades e desejos, percepções de valores ou comportamento de compra”. A estratégia é adequar o composto de marketing a um único mercado-alvo ou usar compostos separados para atender a necessidades diferentes. O nicho de mercado inclui produtos específicos de grupos individuais ou organizações que viabilizam com maior rapidez o sucesso de um determinado produto (CHURCHILL E PETER, 2000). 2.4 MARKETING DE SERVIÇOS Las Casas (2007, p.l7) define, ”serviços como uma transação realizada por uma empresa ou por um indivíduo, cujo objetivo não está associado à transferência de um bem, serviço é como um ato, uma ação, um esforço, um desempenho”. Para este autor, devem existir estratégias de marketing de serviços e esta idéia determina onde a empresa quer chegar, considerando o ambiente de atuação, para que assim o planejamento traga benefícios. O desenvolvimento da estratégia é a parte do planejamento em que o administrador do rnarketing de serviços determina como atingir as metas e objetivos estabelecidos. A forma de abordagem deve ser determinada neste momento e deve-se pensar na forma mais apropriada para obter o crescimento (LAS CASAS, 2007, p.62). Segundo Kotler (2000, p.448), “serviço é qualquer ato ou desempenho, essencialmente intangível, que uma parte pode oferecer à outra e que não resulta na propriedade de nada”. A execução de um serviço pode estar ou não ligada a um produto concreto. A importância da organização desses serviços necessita da participação de todos, começando pelos gestores e interessados pela qualidade dos serviços oferecidos e sua execução. 26 Os serviços oferecidos por uma empresa devem ser cuidadosamente planejados e, acima de tudo, oferecidos com qualidade, um serviço bem feito gera satisfação aos clientes atendidos. “Qualidade em serviços está ligada à satisfação e cliente satisfeito percebe a qualidade” (LAS CASAS, 2007, p.89). O profissional de marketing deve saber valorizar o produto ou serviço. Segundo Cobra (1994, p.451), “é importante que o serviço ao cliente seja uma importante arma na diferenciação de produtos para conquistar e encantar clientes e consumidores finais”. As empresas de marketing buscam alternativas cada vez mais audaciosas para melhorar na qualidade da prestação de serviços, bens e tudo que envolve um determinado produto, para deixar satisfeito o cliente. A satisfação tem como resultado o crescimento da prestação de serviços. Segundo Churchill e Peter (2000, p.290): “Vivemos numa economia de serviços, em que a prestação e o marketing de serviços ocupam um papel cada vez maior em relação aos bens tangíveis”. Cobra (1994, p.450) afirma que “tratar bem um cliente não significa apenas respeitá-lo pelo que ele representa em termos monetários, significa procurar manter um relacionamento duradouro na base do respeito pessoa-pessoa”. Conforme palavras do autor citado anteriormente, o serviço ou produto pode considerar o que o cliente tem sobre os benefícios para poder valorizar a aquisição e fazê-lo sem arrependimentos por ter pagado o que não valia num determinado produto. Churchill e Peter (2000, p.299): complementam o exposto afirmando que “para proporcionar serviços de qualidade, a organização precisa adequá-los às necessidades e desejos de clientes específicos e criar valor”. “Em outras palavras, raramente os serviços podem ser altamente padronizados”. Segundo Cobra (1994, p.450): “deve-se ter no serviço ao cliente uma dedicação a excelência e se procurar ir além da expectativa normal do cliente”. Os serviços estão em todo e qualquer lugar para onde se dirija o olhar, Kotler (1994, p. 412) relata que “serviço é qualquer ato ou desempenho que uma parte pode oferecer a outra, e que seja essencialmente intangível e não resulte na propriedade de nada. Sua produção pode ou não estar vinculado a um produto físico”. Churchill e Peter (2000) afirmam que, bens e serviços de acordo com o marketing não são muito diferentes, sendo que os dois são produtos que se 27 designam a oferta de valor em uma troca. Os especialistas em marketing utilizam de inúmeros tipos de comunicação no intuito de informação e aumento nas vendas em seu mercado-alvo. 2.5 MARKETING DE RELACIONAMENTO Gordon (1998) relata que sugerir novos valores com cada cliente individualmente e compartilhar seus benefícios tornando-se parceiros, compreendendo e administrando as características do comportamento de cada cliente é fundamental para um bom relacionamento e para fidelização do mesmo. Gordon (1998, p.31) afirma ainda que: O marketing de relacionamento é o processo continuo de identificação e criação de novos valores com clientes individuais e o compartilhamento de seus benefícios durante uma vida toda de parceria. Isso envolve a compreensão, a concentração e a administração de uma contínua colaboração entre fornecedores e clientes selecionados para a criação e o compartilhamento de valores mútuos por meio de interdependência e alinhamento organizacional (GORDON, 1998, p.31). O objetivo do marketing de relacionamento é alinhar todos esses aspectos de uma empresa com seus clientes e participantes. A figura 1 demonstra as diversas áreas do marketing de relacionamento e apresenta quantas técnicas ou princípios de marketing se adaptam dentro de um conjunto de elementos mais extenso, propiciando assim um bom desempenho no marketing de relacionamento (GORDON, 1998). 28 Marketing Tradicional Marketing de Freqüência Venda de Relacionamento Marketing de Fidelidade Marketing de Relacionamento Marketing na Internet Marketing de Banco de Dados Parceria Nos Negócios Figura 1: Marketing de relacionamento Fonte: Gordon (1998, p.45) O marketing de relacionamento concentra-se nos clientes, destacando a retenção, o cultivo, a conquista e confia no trabalho em equipe, ouve e aprende mais do que fala e ainda ensina como estabelecer um bom relacionamento, com práticas de comunicação, facilitando o intercâmbio de informações (KOTLER, 2003). O marketing de relacionamento, segundo Etzel (2001), é composto por um conjunto de práticas organizacionais que se empenham na construção de vínculos, entre as necessidades e a satisfação dos clientes. Ao dirigir esta questão para o tema pode se considerar de grande importância esta relação que o marketing tem ao conquistar o cliente por meio da comunicação, sempre promovendo a satisfação. De acordo com o exposto o marketing de relacionamento realça a importância da participação da sociedade nas organizações, representando os segmentos sociais e avaliando à situação mercadológica. 29 O marketing de relacionamento enfatiza ainda que uma das estratégias mais importantes é a comunicação. Kotler (2003, p.30) afirma que, “comunicação é o termo mais amplo e ocorre com ou sem planejamento”. Os profissionais devem compreender como funciona a comunicação e quais as partes mais importantes, o emissor e o receptor, a resposta o feedback, e o ruído que é a distorção que ocorre no processo de comunicação (KOTLER, 1998). Um bom marketing de relacionamento aliado a um eficiente processo de organização representa um importante diferencial no pacote de valor oferecido ao cliente. 2.6 VALOR PARA O CLIENTE Segundo Gordon (1998), os clientes devem ser vistos como alguém da família, alguém de muito valor que faz parte da empresa, pois, é a partir desse momento que ele é beneficiado e pode acreditar na empresa, o que faz com que não opine ou procure satisfazer suas necessidades ou serviços na concorrência, é melhor continuar com o que já se conhece. Conforme Vavra (1993, p.30): Além da perda de oportunidade de negócios, estudos mostram o tremendo potencial destrutivo dos clientes insatisfeitos. Foi determinado que 90% dos clientes insatisfeitos não darão esforços para fazer reclamações; eles simplesmente passam a fazer negócios com um concorrente (VAVRA, 1993, p.30). Percebe-se, portanto, que a empresa deve ter como foco a sua atenção no atendimento ao cliente, pois este é o centro das transações. A falta de atenção fará com que o cliente procure a concorrência, e a empresa se responsabilizará pelos custos do cliente perdido. Assim, para fortalecer o relacionamento com o cliente, a empresa precisa estar preparada para ouvir o que este tem a dizer, para assim atendê-lo de tal forma a deixá-lo satisfeito (GORDON, 1998). A empresa deve então desenvolver produtos ou serviços para que o cliente como indivíduo de autovalor supere suas expectativas, isto é possível quando a empresa “escuta” o que o cliente deseja, e não simplesmente oferece o que 30 acredita que ele deseja. Drucker (1999, p.33) afirma que: [...] valor para o cliente é sempre algo muito diferente do que é valor ou qualidade para o fornecedor. Assim, ao diferenciar o que é valor para o cliente e o que é valor para si, a empresa está se capacitando a atender as necessidades deste cliente, satisfazendo-o, e por conseqüência obtendo o lucro, que é a finalidade de qualquer empresa (DRUCKER, 1999, p.33). De acordo com Churchill e Peter (2000, p. 10) “o marketing voltado para o valor tem o cliente como foco principal do negócio”. O que determina um ponto fundamental para Reichheld (1996) é a criação do valor para o cliente, pois os mesmos são bases para que um negócio seja bemsucedido. Reichheld (1996, p.3) afirma que “a criação do valor para o cliente gera lealdade, e essa, por sua vez, gera crescimento, lucros e mais valor”. Reichheld (1996) ressalta ainda que, o lucro não é mais o primeiro pensamento nos princípios de negócios, porém uma conseqüência da criação do valor, juntamente com a lealdade do cliente forma a essência para um ramo de negócio ser bem sucedido. Churchill e Peter (2000), afirmam ainda que a vida das organizações está na possibilidade de troca com clientes. Os especialistas em marketing devem distinguir seus clientes, desde o modo de pensar, até o modo de reconhecerem seus produtos. A função do marketing de acordo com Kotler (2003, p.219) “é criar e fornecer valor para os clientes, captando para si as vantagens decorrentes”. Churchill e Peter (2000, p.10) conceituam que “marketing voltado para o valor é uma orientação para alcançarem objetivos desenvolvendo valor superior para os clientes”. Os profissionais do marketing especialistas em valor não devem esperar as mudanças dos mercados para lutar contra elas, assim afirma Churchill e Peter (2000), quando ressaltam que estes profissionais devem estar sempre atentos, a novos mercados e ambientes, modificando sua posição competitiva, o marketing de valor não confirma que seus profissionais experientes devem manipular os clientes de modo que venha prejudicá-los. Sobre o marketing voltado a valor, Churchill e Peter (2000, p.11) reconhecem que “a sociedade oferece às organizações e aos profissionais de 31 marketing o direito e a responsabilidade de sobreviver e alcançar sucesso alterando relações ambientais”. Conforme Galé (1996, p.247): A análise do valor do cliente deveria conduzir as empresas a praticar a retenção do cliente. Conquistar clientes pelo fornecimento de qualidade superior (alcançar uma posição que está abaixo do valor justo, mas na parte superior do mapa de valor) atrair os clientes que são necessariamente mais leais. Eles compram produtos e serviços superiores (GALÉ, 1996, p.247). O preço de acordo com McCarthy (1997, p.273) “[...] é uma das quatro principais variáveis controladas por um gerente de marketing”. Palda (1976) define preço como sendo uma política de estratégia de marketing de maior importância, sendo prudente, especialmente quando o produto é novo no mercado. Palda (1976) afirma ainda que “a administração escolherá o preço que tiver a maior margem sobre o custo unitário médio, em outras palavras, o preço que prometer maior lucro por período”. O autor identificado anteriormente ressalta que é possível estar errada a decisão que administração toma em relação aos preços, pois se a demanda nos diversos níveis de preços tiver sido superestimada, os custos, devido aos baixos volumes de produção, serão mais elevados do que se esperava e reduzirão as margens de lucros previstas. McCarthy (1997) afirma que o preço é uma das principais e mais importantes decisões que estão ligadas no volume de vendas e no faturamento da mesma. 2.7 PROPAGANDA Pensar em propaganda é pensar em promoção, divulgação de um bem ou serviço disponibilizado por uma organização, podendo ser desenvolvido de várias maneiras, mas com uma óbvia finalidade chamar atenção do cliente e consolidar uma marca. A propaganda de fato existe desde tempos remotos (GRACIOSO, 2002). A propaganda teve grande impulso a partir do final do século passado nas economias industriais mais desenvolvidas, e foi apenas nos últimos cinqüenta anos 32 que seu impacto realmente passou a ser grande na vida econômica, social e cultural das sociedades mais progredidas, também é certo que, mesmo nas economias mais primitivas, a propaganda sempre ocupou um papel importante como impulsionadora da economia (SAMPAIO, 1995). De uma maneira ou outra, a sociedade é Influenciada pela propaganda, pois ela seduz os sentidos, aborda os desejos, contorna as aspirações, fala com o inconsciente e sugeri novas experiências, novas atitudes, novas ações (GRACIOSO, 2002). Conforme Sampaio (1995, p.7), “por mais defesas que possamos construir, por mais barreiras que levantemos, sempre há o anúncio que fura o cerco, o comercial que ultrapassa os muros, a idéia que interfere em nossa vontade”. É possível criar uma indiferença sobre a propaganda, mas é inevitável deparar-se com uma mensagem publicitária que chame a atenção. É considerada ao mesmo tempo, uma ferramenta de ação muito poderosa, capaz de adequar inúmero benefício para quem a utiliza, a propaganda traz em si o grande perigo de ser mal aplicada, conforme afirma Sampaio (1995, p.9); E preciso, portanto, usar a propaganda com muita cautela, bom senso e cuidando com atenção de cada um de seus muitos detalhes. Mesmo porque a propaganda não é apenas uma forma de arte; não chega a ser uma ciência, mas é mais que uma simples técnica. A propaganda é uma mistura dessas três coisas (SAMPAIO, 1995, p.9) Em certos momentos a propaganda de um produto ou serviço garante a liderança, pois mesmo tendo conhecimento de muitos produtos estes precisam estar visivelmente aos olhos do consumidor, porque o mercado não perdoa, a concorrência é acirrada e diferença entre os bens/ serviços se torna indiferente do que o consumidor espera, ou melhor, espera superar suas expectativas em qualquer bem/ serviço que necessita ou deseja (SAMPAIO, 1995). “O mercado de refrigerantes, por exemplo, sofre a concorrência dos sucos, dos refrescos em pó, da água, da cerveja, do café, do chá e de outras bebidas, além é claro das muitas marcas de refrigerantes”. Assim, para um produto como a Coca-Cola, não basta que sua marca seja conhecida e tenha boa imagem. E preciso também que esteja sempre presente aos olhos aos sentidos e à mente do consumidor. Não é por outra razão que a Coca-Cola está nas ruas, na televisão, no rádio, nos cinemas, nas revistas, nos jornais, por toda a parte e a todo o momento (SAMPAIO, 1995, p. 5). 33 Para Gracioso (2002), quanto mais visíveis os produtos mais a chance de serem adquiridos, para tanto existe o auxílio dos anunciantes que distribuem a marca. A propaganda designa os seguintes setores, o anunciante, corretores e agenciadores, agência, fornecedores e produtoras, veículo, consumidor. Cada um dos segmentos da indústria da propaganda (anunciante, agência, corretores, fornecedores, produtoras, veículos) tem uma função específica dentro do processo, cada qual assume uma tarefa própria, em sintonia com os demais envolvidos, e deve realizar sua missão da maneira mais ajustável e completa (GRACIOSO, 2002). 2.7.1 Anunciante No processo de origem e realização da propaganda encontra-se o anunciante, este tem alguma coisa a comunicar e alguma intenção de influenciar o consumidor, que está no final do processo. Também chamado de cliente é a empresa, pessoa ou instituição que faz uso da propaganda para resolver algum problema de comunicação e, com isso, atender a uma finalidade específica e definida geralmente a venda de produtos e serviços (SAMPAIO, 1995, p.25) Conforme Sampaio (1995), para se destacar no panorama geral e ser percebido e absorvido pelo consumidor, um anúncio ou comercial necessita ser diferente, original, interessante. Depois, para que funcione, é necessário que seu teor seja pertinente ao objetivo de comunicação do anunciante e que o formato de transmissão dessa mensagem seja eficiente. A experiência ensina que os anunciantes capazes de tomar as decisões mais ousadas, que melhor incentivam agência, fornecedor, produtora e veículo a criarem e que sabem acolher e assimilar as idéias mais originais é os que obtêm melhores resulta dos de seus esforços publicitários (GRACIOSO, 2002). Os anunciantes que agem apenas corretamente, sem inovação ou ousadia, ou que buscam economizar em materiais e meios essenciais para que sua propaganda seja bem feita e apareça com força, são os que obtêm os resultados menos expressivos (SAMPAIO, 1995). 34 Não se pode esquecer que são as idéias originais e de grande força comunicativa as que mais se destacam para o consumidor. Bem como não se pode desprezar o fato de que todo talento tem seu preço. Quem tem objetivos ambiciosos a atingir com a propaganda, precisa estar preparado para fazer os investimentos compatíveis (GRACIOSO, 2002). De acordo com Sampaio (1995), para ser um bom anunciante, significa estar preparado a ousar, arriscar, investir o necessário e deixar que as pessoas que cuidam da propaganda façam seu trabalho da melhor maneira, começando pela agência. 2.7.2 Funcionamento da Propaganda A propaganda como exposto anteriormente, encontra-se em todo meio de comunicação. Na maioria das vezes propaganda é a exposição de um produto ou serviço com o objetivo de informar e despertar interesse de compra/ uso nos consumidores. Por essa razão, desenvolveu-se vasta tecnologia sobre propaganda, fazendo uso de diversos ramos do conhecimento humano, como as artes plásticas, literatura, cinema, música, dança, administração, estatística, sociologia, psicologia etc. para geração e realização de propaganda eficiente e eficaz. A propaganda é a mistura de diversos ramos das artes, das ciências e das atividades técnicas, combinadas de forma a planejar, criar, desenvolver, produzir e emitir mensagens de caráter comercial (SAMPAIO,1995, p.13). Sendo assim, a propaganda absorve informações, entendimento e opiniões que permitam aos consumidores estarem mais informados sobre os produtos e serviços existentes e à sua disposição, permitindo aos anunciantes o crescimento de suas vendas através da captura de mais consumidores (GRACIOSO, 2002). A propaganda como foi colocada por Sampaio (1995), é feita pelo anunciante (responsável por sua origem) e pelo veículo (que a transmite), entre o anunciante e o veículo, três diferentes entidades podem contribuir para o processo de efetivação da propaganda: o corretor ou agenciador de propaganda, a agência e os fornecedores, e produtoras especializadas. Dada a complexidade da intervenção nessa presunção, o anunciante 35 encontrará valiosa ajuda na agência de propaganda, que, com sua informação específica e sua experiência na questão (e fazendo uso de profissionais especializados), poderá prestar atenção do planejamento das ações de propaganda a serem executadas, do significado das informações mais importantes a serem transmitidas, da criação das mensagens (anúncios, comerciais de TV, cartazes, folhetos etc.), da fabricação dessas mensagens, da opção técnica dos veículos mais adaptados e dos horários e espaços mais indicados para abranger os consumidores que se almeja conquistar (GRACIOSO, 2002). A complexidade do processo de propaganda depende para Sampaio (1995, p.14): Do número e grau de dificuldade das mensagens que devem ser transmitidas. Do nível de interesse que os consumidores visados têm em relação ao anunciante e ao que ele oferece como vantagem. Da quantidade e dos tipos de pessoas que precisam ser atingidas pela propaganda, e de outros fatores que possam dificultar ou facilitar a operação publicitária (SAMPAIO, 1995, p.14). As principais tarefas das propagandas como ferramentas de promoção de vendas e negócios são: Divulgação da marca (de produto ou serviço) ou empresa para torná-la mais íntima dos consumidores que já a conhecem ou fazê-la conhecida pelos que não a conheçam. Promoção da marca ou empresa para seus consumidores, visando aumentar sua presença entre eles ou ressaltando seus aspectos mais competitivos em relação ao que existe no mercado e é oferecido pela concorrência. Criação do mercado para a marca ou empresa através da conquista de consumidores. Expansão do mercado através da conquista de mais consumidores. Correção do mercado, quando a imagem da marca ou em presa não estiver sendo percebida de maneira adequada pelos consumidores ou quando estes não estiverem corretamente informados das características e vantagens do produto ou serviço do anunciante (SAMPAIO, 1995, p.15,16). A propaganda fica na mesma direção que o consumidor quando este tem sua origem por meio do veículo de comunicação, ressaltando que são inúmeros os veículos publicitários. Sampaio (1995, p.17), afirma que “o veículo pode ser internacional, nacional, regional e local, pode ser comprado pelo consumidor ou distribuído gratuitamente, caso em que toda sua receita provém da propaganda”. E, é exatamente por causa dessa amplitude de opções que existe uma técnica específica de propaganda, a mídia. Ela tem por alvo escolher o melhor 36 veículo e a mensagem para os anúncios e está se tornando cada vez mais necessária e elaborada (SAMPAIO, 1995). A propaganda mistura apelos lógicos e emocionais, informação e argumentação, medo e inveja, êxtase pelo novo e necessidade de segurança além de muitos outros elementos, essa combinação proporciona alcançar o alvo, maior aumento de consumidores através de suas atitudes favorecem o anunciante (GRACIOSO, 2002). Por essa razão, ou seja, pelo fato de a propaganda não agir sozinha sobre as pessoas, ela precisa atender a alguns princípios básicos: Criatividade. A propaganda, para se destacar, precisa fugir do comum para chamar a atenção do consumidor. Esta é a primeira grande dificuldade a enfrentar. • Emoção e interesse. Para que a atenção do consumidor, eventualmente conquistada, continue por todo o comercial ou anúncio, a propaganda precisa emocionar e interessar. • Pertinência. Propaganda não é arte descompromissada. Ao contrário, tem séria obrigação com a caixa registradora. Por isso, precisa estar ligada ao objetivo que se buscou ao realizá-la. E o consumidor deve sentir essa pertinência, do contrário a propaganda simplesmente não o motivará. • Compreensão. Nenhuma pessoa vai se dar ao trabalho de analisar uma mensagem publicitária em busca de seu sentido. O consumidor precisa sentir e entender fácil e claramente a mensagem que se deseja passar (SAMPAIO, 1995, p. 24). Percebe-se a partir do exposto, que a propaganda age sobre a personalidade de cada indivíduo para compreender e elaborar algo de forma a satisfazer ou não o que o consumidor busca, chegando assim a um resultado satisfatório. 2.8 MÍDIA Conforme SAMPAIO (1995), os meios de comunicação são, o jornal, o rádio, a revista, a televisão, o cinema e o outdoor. Muitas vezes, o trabalho básico do planejamento de mídia é feito paralelamente ao da criação, de forma que o cliente possa analisar em conjunto as propostas das duas áreas. Enquanto a produção dá forma física às mensagens, a mídia seleciona os veículos de cada meio e as posições (horários, dias, edições etc.) mais indicadas de cada veículo para atingir os consumidores dentro dos recursos e prazos disponíveis (GRACIOSO, 2002). 37 2.8.1 Televisão A televisão, sob o ponto de vista da mídia, é o maior meio publicitário do país, recebendo cerca de 53% do total dos investimentos feitos em veiculação. É o meio de maior cobertura simultânea, chegando perto de 80% dos mais de 31 milhões de lares brasileiros (SAMPAIO, 1995). Para Gracioso (2002), seu impacto como veículo de comunicação é inquestionável, sendo o mais consumido pela população entre todas as mídias (acima de três horas e meia diária). Por outro lado, também é o meio de maior carisma entre as pessoas, sua força de comunicação para a propaganda fundamenta-se na sua grande habilidade de cobertura em curto prazo, na probabilidade de uso de mensagens com som, imagem, cores e movimentos. Sampaio (1995, p.79) afirma ainda que: É a mais eficiente mídia de caráter nacional, pela facilidade e segurança com que pode ser programada em rede, e ajusta-se perfeitamente como mídia regional e local, uma vez que cada emissora ou repetidora pode inserir comerciais próprios, desvinculados da rede (SAMPAIO, 1995, p.79). Percebe-se, portanto, que a televisão é o veiculo com maior capacidade de escritura simultânea, atingindo diversos públicos em um reduzido espaço de tempo. 2.8.2 Rádio O rádio é o meio que mais atinge a população brasileira, estando presente em mais de 87% dos lares do país, onde cerca de 70 milhões de receptores de rádio em funcionamento no Brasil, transmitem para mais de 34 milhões de casas, o que constitui mais de dois aparelhos por domicílio, sua colaboração nos investimentos publicitários é de cerca de 4% (SAMPAIO, 1995). De acordo com o autor citado, o rádio é considerado um grande veículo brasileiro de massa, devido à sua cobertura. 38 2.8.3.Cinema O cinema é o meio menos utilizado pela propaganda, tem pouco alcance na população em geral (cerca de um terço nas principais áreas urbanas) e seu uso é limitado pela legislação ao início de cada sessão (GRACIOSO, 2002). Como benefício publicitário, o cinema oferece um clima adequado para a veiculação de propaganda e alto impacto, causado pelas dimensões da tela, cor, imagens, som e movimento. Atinge principalmente a população jovem das classes mais favorecidas, que são seus principais consumidores (SAMPAIO, 1995). 2.8.4 Revistas As revistas ficam com cerca de 7% do total da fatia do bolo das verbas publicitárias aplicadas em mídia, têm como principal característica a extrema seletividade do público consumidor, uma vez que existem centenas de títulos voltados para os mais diversos segmentos da população (SAMPAIO, 1995). Os anúncios em revistas oferecem, então, o benefício do clima adequado para tratar de assuntos específicos, da probabilidade do uso da cor, do espaço para abordagens mais detalhadas levando, assim, ao direcionamento preciso para muitos segmentos de consumidores (GRACIOSO, 2002). 2.8.5 Jornal, Outdoor e Propaganda ao Ar Livre Os jornais são a segunda mídia mais utilizada pela propaganda, ficando com cerca de 24% dos investimentos totais, é a mídia mais acessível ao anunciante e presta verdadeiro serviço de utilidade pública por meio dos anúncios classificados, muito usados por toda a população e empresas de todos os tamanhos (GRACIOSO, 2002). Corroborando com a idéia do autor pode-se afirmar que, a propaganda mais organizada e elaborada direciona-se ao jornal que representa excelente mídia de caráter local e regional, oferece grande agilidade para sua utilização além do bom impacto entre as classes mais elevadas e alta credibilidade para os anúncios. Sampaio (1995), designa outdoor, como qualquer tipo de propaganda ao ar livre, no entanto para o Brasil indica um tipo específico desse gênero de 39 propaganda conhecida como painéis de rua de grandes dimensões nos quais são colados cartazes trocados a cada certo número de dias. A propaganda ao ar livre em geral, contando com o outdoor, fica com cerca de 3% dos investimentos publicitários feitos no país, sendo que o outdoor é a mais utilizada das formas de propaganda ao ar livre para esforços publicitários organizados e coordenados, atinge um grande impacto, porém é superado pela televisão (SAMPAIO, 1995). 2.8.6 Mala Direta A principal característica da mala direta é sua extrema direcionalidade como mídia, ela é dirigida a pessoas em particular e permite obter imediatamente uma resposta ao apelo que se faz, quando se anexa algum tipo de cupom-resposta ou telefone para contato (SAMPAIO, 1995). A mala direta pode levar cartas, folhetos, amostras, objetos ou qualquer outro tipo de mensagem publicitária, pode ser enviada pelo correio, entregue por mensageiros ou outras pessoas ligadas ao anunciante (SAMPAIO, 1995). 2.9 FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO A propaganda, assim como outras atividades, podem ser tecnicamente definidas como ferramenta ou disciplina de comunicação, muitas vezes, outras ferramentas de comunicação, que não a propaganda, precisam ser utilizadas para complementar as ações publicitárias (GRACIOSO, 2002). Assim, Sampaio (1995) definiu as outras principais técnicas ou ferramentas de comunicação: Promoção: Prática de qualquer ação ou evento de comunicação com o objetivo de promover empresas ou produtos, campo amplo, envolvendo desde a distribuição de panfletos com ofertas no bairro onde está sediada a empresa, até complicados eventos como um torneio internacional de tênis, passando por campanhas do tipo leve três e pague dois e apoio a eventos da comunidade. Promoção de Vendas: Esforço específico de promoção com claros objetivos de incentivo de vendas são promoções que aumentam a venda ou o uso de produtos ou serviços com base na oferta de condições especiais de venda ou 40 vantagens, tais como sorteios de prêmios, distribuição de brindes, descontos, venda conjunta de produtos, concursos, distribuição de amostras e muitas outras formas de oferecer alguma coisa a mais, pelo mesmo dinheiro do consumidor. Cuponagem: Distribuição de cupons com ofertas e descontos resgatáveis pelo anunciante aos consumidores, por meio de anúncios, folhetos, malas diretas ou mesmo da própria embalagem do produto. Incentivo: Forma específica de promoção, geralmente conduzida ao público interno das empresas (vendedores, promotores e funcionários em geral) e aos (distribuidores, atacadistas, varejistas) com o objetivo de motivar as pessoas a cumprirem determinadas metas (vender mais, vender melhor, aumentar a produtividade, diminuir custos, melhorar a qualidade de produção etc.). Merchandising: Esforços de comunicação realizados no ponto de venda de produtos ou em locais de uso de serviços, diretamente sobre os consumidores, incluem-se nas ações de merchandising, que podem acontecer isoladamente ou em conjunto com campanhas de promoção, promoção de vendas ou propaganda. Resposta Direta: Resposta direta é um tipo de propaganda realizada com a função específica de ativar de modo dirigido, individual e controlada, os consumidores de uma empresa ou seus canais de distribuição. Marketing Direto: Venda de qualquer produto ou serviço feita diretamente através da propaganda de resposta direta, via anúncios, folhetos, cartas, comerciais, telefone ou outro meio de comunicação, sem que haja intervenções físicas de vendedores, representantes ou varejistas. Relações Públicas: Atividade que tem como função o estabelecimento e a manutenção de adequada comunicação entre uma instituição ou empresa (pública ou privada), sendo empregados, colaboradores e acionistas, e todas as pessoas com as quais se relaciona: consumidores, fornecedores, clientes, revendedores, compradores, autoridades governamentais, opinião pública, veículos de comunicação e comunidade em geral. Informação Publicitária: Propaganda feita com características editoriais, com formato bastante semelhante ao contexto do veículo onde é inserida e geralmente identificada de modo bem discreto. Publicidade Editorial ou Assessoria de Imprensa: Divulgação de fatos, informações ou quaisquer outros dados a respeito de uma empresa, marcam o produto, por meio dos veículos de comunicação, de forma não controlada pelo 41 anunciante, ou seja, é a publicidade em que o anunciante não paga pelo espaço utilizado e não tem o controle final sobre a forma com que as informações são divulgadas. Assim pode-se perceber conforme a definição de Sampaio (1995), que cada uma das ferramentas apresentadas pode oferecer impacto significativo nas vendas se aplicadas corretamente. 2.10 MARKETING NA INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO A indústria do vestuário além de manter -se competitivas no mercado busca uma maior participação expandindo seus negócios. Para isto, é necessário estabelecer uma posição competitiva favorável lucrativa e sustentável no segmento em que atuam. Neste contexto, as indústrias do vestuário precisam incluir em seu planejamento estratégico fatores específicos do mercado da moda. Estes fatores são moda, estilo e marketing que devem ser considerados para que a empresa possa alcançar vantagens dinâmicas e competitivas no mercado atual (RECH, 2002). Na indústria do vestuário, a moda e o estilo representam o referencial do conceito de mercado. As empresas diferenciam seu foco estratégico para os ambientes relacionados com estes elementos. A moda é uma troca permanente de informações, tudo que acontece no mundo influência a maneira de vestir das pessoas e a cultura predominante em cada momento também influência a moda (TREPTOW, 2003). Rech (2002) afirma que, o marketing na moda trabalha como função de seduzir e agradar o consumidor, as peças tornam-se objetos de desejo, as pessoas devem consumir moda não como necessidade de cobrir o corpo, mas sim para se mostrar, se firmar, se impor ao mundo. Para Rech (2002, p.22), “os últimos vinte anos até os dias atuais, a indústria têxtil passou a trabalhar focalizada nos desejos que vão além das necessidades reais dos consumidores, e as pesquisas de mercado são ferramentas indispensáveis para desenvolvimento de novos produtos”. O marketing na moda é indispensável para que marcas famosas possam se tornar objetos de desejo, e assim aumentar seu faturamento. 42 Na indústria do vestuário, marcas conceituadas são acostumadas a lançar propagandas envolvendo um alto custo com modelos, fotógrafos famosos e afins, tudo isso com a função de seduzir o consumidor (RECH, 2002). De acordo com Rech (2002) não há garantias de que um produto de moda seja bem aceito no mercado, neste caso nem o marketing pode fazer milagres, no entanto um desenvolvimento de coleção criado com uma boa pesquisa de tendências juntamente com uma boa estratégia mercadológica tem mais chances de alcançar um alto êxito. Para Treptow (2003 p. 77): A pesquisa em moda é um trabalho que exige disciplina e técnica, para que o profissional de criação possa descobrir, ver e registrar o que está nas ruas, vitrines, feiras, revistas e desfiles. E, também compreender o que está no imaginário dos consumidores. Ela requer sensibilidade do criador para traduzir mudanças, sentimento e comportamento desse consumidor (TREPTOW, 2003 p. 77). No marketing é essencial observar o público alvo em questão, para obter respostas de como investir em um meio certo de divulgação da marca, e também para ver que atributos o produto pode agregar valor para o consumidor. Para Kotler (1993, p.85) “as pesquisa sobre o comportamento servem para definir estratégias e traçar objetivo e metas”. Afirma o mesmo autor que ninguém está satisfeito com o que têm, as pessoas sempre buscam ter mais do que elas necessitam, isto se deve a funções sociais, estéticas, psicológicas, hábitos, costumes e valores. Freitas (2003, p.112) define que, “o comportamento do consumo não surge por acaso”. Envolvem variáveis de natureza psicológica, assim como determinismos sócios grupais e culturais. Freitas (2003 p.113) também afirma que: Os consumidores da moda são seres humanos motivados por necessidades intrapsiocológicas e sócio-culturais. Motivação, necessidade, personalidade, autoconceito são processos psicológicos que merecem análise, quando o foco é o ser humano em seu papel de consumidor de moda (FREITAS, 2003 p.113). Para as indústrias de confecção as ferramentas mais visadas para realizar a promoção são outdoors que geralmente não dizem muito em palavras, mas mostram todo o estilo da marca e as tendências numa foto, desfiles para 43 lançamento de coleção, banners, anúncio em revistas, catálogos promocionais, propaganda televisiva, e está muito comum hoje em dia, ligar a marca a uma pessoa famosa, por isso há empresas que pagam para famosos, usarem somente roupas, calçados ou acessórios de sua marca (TREPTOW, 2003). Treptow (2003, p.26) define que “a moda se dá por meio da cópia do estilo daqueles a quem se admira”. Para Kotler (2003 p.168 e 169): Cada vez mais as empresas recorrem à aura das celebridades para dar mais brilho a seus próprios nomes. As celebridades atraem muita atenção para a marca, fortalecem sua credibilidade e oferecem sua credibilidade e oferecem segurança. Assim, não é de se admirar que cantores geralmente se disponham a vender suas auras. A Reebok adquiriu a aura de Vênus Williams (contrato de US$ 40 milhões) e a Nike, a de Tiger Woods (contrato de US$100 milhões) (KOTLER, 2003 p.168 e 169). Por estarem sempre na mídia, os famosos associados a marcas famosas seduzem naturalmente o público. As pessoas querem copiar as personalidades e assim imitam suas roupas e estilos. 2.10.1 Perfil dos Consumidores de Moda Os consumidores de moda podem ser definidos quanto a seu estilo segundo Treptow (2003 p. 51) em “tradicional, fashion e vanguarda”. O consumidor tradicional conforme Treptow (2003) representa 60% do mercado, é acomodado, gosta de ler, indiferente à propaganda, a não ser quando salienta conforto, durabilidade, preço baixo e garantia, valoriza a praticidade, conforto, durabilidade e preço justo, indiferente à etiqueta e à moda, motivado pela necessidade, não gosta de chamar a atenção. Treptow (2003) afirma ainda que o consumidor fashion, representa 30% do mercado, é o público de moda, é o público que mais consome,valoriza a moda, as etiquetas, a juventude; gosta do consumo em geral; é socialmente ativo; flexível, alerta ao modismo; julga-se sexy e atraente; aceita novidades com muita facilidade; procura estar em forma, aprecia modelagem confortável, estilo contemporâneo e coordenado. Para a autora o consumidor vanguarda representa 10% do mercado, é rebelde, particular, inesperado, inovador, sofisticado, desligado da família, gosta de 44 informação de sentir-se diferente, adota moda própria, valorizam estilos, novidades, peça coordenável de forma insólita não é fiel às etiquetas são pessoas altamente criativas, sem medo de críticas, curiosos, pesquisadores, mudam as coisas em todas as áreas. Pode-se visualizar na tabela 1 a quantidade de peças adquiridas por cada estilo de consumidor no mesmo período de tempo. Enquanto o consumidor fashion adquiriu 6 peças o tradicional compra 1 no mesmo período de tempo. Por mais que o consumidor tradicional seja de maior número ele não atinge a mesma quantidade de peças adquiridas pelo consumidor fashion. Tabela 1: Projeção de consumo segundo estilo do consumidor. Estilo de consumidor Percentual no mercado Quantidade de pecas adquiridas Quantidade de pecas adquiridas 1 Quantidade de consumidores num mercado de 100mil habitantes 60.000 Tradicional 60% Fashion 30% 6 30.000 180.000 Vanguarda 10% 3 10.000 30.000 60.000 Fonte: Treptow (2003, p.52). O ritmo das mudanças é muito acelerado e a capacidade de mudar se tornou, para as indústrias do vestuário, uma vantagem competitiva. De acordo com Kotler (2000, p.17), “A capacidade de mudança requer a capacidade de aprender”. O marketing deve constituir-se em um diferencial para as estratégias competitivas da empresa do vestuário, aliado a boa qualidade do produto garantindo o conforto do cliente. Na indústria do vestuário, além das funções de criação e concepção dos produtos, baseado nas tendências de moda e estilo, é necessário inserir o marketing como fonte na definição estratégica dos lançamentos de roupas e acessórios, de maneira a integrar a estratégia de comercialização com o mercado consumidor (KOTLER, 2000). 2.10.2 Consumidor X Marca Uma roupa pode custar muito mais do que o seu real valor, pelo simples fato de ter uma etiqueta famosa e assim ser alvo de desejo para muitos consumidores. Quando uma marca investe em publicidade e divulgação tem cada 45 vez mais valor agregado (TREPTOW, 2003). Segundo Strunck (2003, p.28): Valorizamos tudo o que desejamos. Quanto maior o desejo, maior o valor. Os projetos de identidade visual têm como principal objetivo diferenciar para os consumidores quais suas marcas de valor entre milhares de outras. Os ícones criados, logotipo e símbolo, sintetizam e transferem para produtos e serviços toda a informação ou experiência que tenhamos tido com eles. Tornam-se sinalizadores da confiança que depositamos nas marcas (STRUNCK 2003, p.28). A marca serve para mostrar ao consumidor o que está sendo oferecido. Strunck (2003) ainda ressalta que, a marca é um nome, normalmente representado por um desenho (logotipo e/ ou símbolo) que, com o tempo, devido às experiências reais ou virtuais objetivas ou subjetivas que se relaciona a ela, passa a ter um valor especifico. Toda a marca de moda reflete um forte conceito e estilo, assim como em uma obra de arte, ou os consumidores tendem a simplesmente gostar ou não gostar. Os processos devem possuir valores agregados como estilo, produtos de boa qualidade e quanto mais conhecida melhor (STRUNCK, 2003). Segundo Rech (2002 p.77): No desenvolvimento de produto as características que orientam a qualidade do produto de moda, começam na definição e analise das matérias primas (fibras, fios, tecido) passando pelas fases de criação e desenvolvimento, acabamento e sua relação com o consumidor (RECH, 2002 p.77). De acordo Rech (2002), quando se cria um produto de moda devem-se analisar vários fatores para que uma peça seja bem aceita no mercado, como funcionalidade e praticidade do artigo, a viabilidade econômica do consumidor a origem étnica e de costumes. A marca pode transmitir valores, sonhos e fantasias do consumidor. A publicidade para algumas marcas pode trazer identidade, personalidade e refletir mais do que elas podem oferecer para os olhos do consumidor (STRUNCK, 2003). Aaker et. al (2004 p.693) ainda definem cinco categorias, para basear o contexto de uma marca. • Lealdade à marca; • Popularidade do nome; 46 • Qualidade percebida; • Associações à marca em conseqüência da qualidade percebida; • Outros ativos de propriedade da marca: patentes, marca registrada, canais de relacionamento etc. Strunck (2003 p.28), ressalta ainda sobre a marca que: O sucesso relaciona-se a uma alta percepção de valor. Alguma coisa vende bem porque faz sucesso e faz sucesso porque vende bem, um círculo mágico que uma vez estabelecida deve ser cuidadosamente administrado para não perder seu encantamento. O ser humano não consome coisas mais símbolos são educados para procurar o que está na moda, imitamos o comportamento dos que chamamos formadores de opinião (STRUNCK, 2003 p.28). As marcas devem investir em publicidade para aumentar suas vendas, ser mais conhecidas e popularizadas além de agregar valor ao seu produto. Quando uma marca é conhecida ela passa confiabilidade ao cliente, por isso suas promessas devem ser reais, uma marca só deve prometer e divulgar o que realmente pode cumprir, ou será como uma quebra de contrato com o cliente, pois o cliente comprará um produto com determinada expectativa a qual não será atendida (STRUNCK, 2003). Segundo Las Casas (2003, p.168), a marca deve ser entendida como “um nome, termo, sinal, símbolo ou desenho que serve para identificação dos produtos ou linhas de produtos” da empresa. E o logotipo, como “o símbolo, o distintivo, o sinal gráfico através do qual o nome passará a ser comunicado e reconhecido pelo público”. Para KOTLER (2003), a importância da marca e do logotipo pode ser facilmente identificada por meio de suas finalidades e aplicações, eles servem para tornar mais fácil para o vendedor processar os pedidos e detectar problemas; para proporcionar proteção legal às características exclusivas do produto; para permitir à empresa atrair um grupo de consumidores leais e lucrativos; para ajudar a empresa a segmentar seu mercado; para ajudar a construir a imagem da empresa; para facilitar o manuseio do produto para os distribuidores e revendedores; para ajudar os consumidores a identificar o produto e a diferenciá-lo dos concorrentes. Em moda, a marca é desenvolvida a partir da identificação de um novo estilo de vida dos grupos consumidores e, portanto de seus novos desejos criados e 47 ainda não atendidos por qualquer outra marca. Cria-se então um conceito, um estilo de produto e uma estrutura de valores que formam uma personalidade de marca. O produto que leva marca ganha valor aos olhos do consumidor, gerando uma maior margem de lucro para a empresa (KOTLER, 2003). 2.11 FERRAMENTAS DE SUPORTE DE MARKETING Existem muitos meios em que o marketing pode se correlacionar, como marketing de rede, patrocínio, mídia e propaganda, promoção de venda, pesquisa de mercado, preço, logística, vitrine entre outros. 2.11.1 Marketing de Rede O marketing de rede, ou seja, por meio do uso da internet constitui-se de um segmento de marketing que cresce vigorosamente pelo mundo, podem acontecer muitas formas de marketing por meio dela como buscadores de websites, e-mail marketing, estes recursos servem para atrair clientes, relacionamento com clientes, divulgação de produtos e serviços, realizar vendas (FRANCO, 2001). Franco (2001) comenta que muitas empresas no ramo de confecção ou mesmo lojas já possuem vendas pela internet por meio de websites, onde o cliente escolhe os modelos através de fotos e escolhe cores, tamanhos, formas de pagamentos, e recebem as peças via correios. Este processo, no entanto pode trazer benefícios e malefícios, pois com essa atitude o comprador não precisa sair de casa para compra de produtos, mas por outro lado ele não prova as peças e pode acontecer do produto não servir. Não vendo o produto o comprador também pode não verificar a qualidade do que lhe é oferecido. Segundo Franco (2001, p.14): A compra e venda de produtos e serviços pela internet estão causando enorme revolução no mundo dos negócios e na vida dos consumidores. Para quem já sabe usar um browser, é muito mais cômodo fazer uma reserva de passagem aérea pelo site de uma companhia de aviação na internet do que por meio de uma agência de turismo convencional, ou mesmo por um call-center. A internet está possibilitando ao consumidor comodidade, mas para isso 48 precisa garantir a fidelidade por meio de um serviço de distribuição correto. 2.11.2 Patrocínio Para as empresas o patrocínio serve como meio de divulgar uma imagem positiva para o público em questão, como dispõe Franco (2001), não só para moda encontram-se patrocinadores, por exemplo, patrocinadores para eventos como o São Paulo Fashion Week, como Natura, Grendene, Motorola, entre outros. São empresas que não são do ramo de moda, mas se beneficiam porque reforçam os nomes de suas marcas. Para Kotler (2003 p.168); Não raro as empresas patrocinam causas importantes (como melhor alimentação, mais exercícios, consultas médicas regulares, rejeição às drogas), sob a justificativa de que “se relacionar com uma causa em que muitas pessoas acreditam melhora a reputação da empresa reforça a consciência da marca, aumenta a fidelidade dos clientes, promove as vendas e amplia favoravelmente a cobertura pela imprensa” (KOTLER, 2003 p.168). Inserir-se em uma causa social beneficia a sociedade e a empresa que transmite uma imagem de zeladora do bem social. 2.11.3 Desfile O desfile de moda tem como função divulgar a coleção de uma marca, ou de um estilista, é basicamente vender um conceito. É um meio de divulgação bastante interessante, pois não é só o desfile em si que é uma mídia, geralmente as fotos do desfile são divulgadas na internet, em jornais, revistas, televisão entre outros, o que traz mais popularização e conhecimento da marca (TREPTOW, 2003). Muitas vezes as peças utilizadas em um desfile não chegam às prateleiras, pois elas são peças, conceito da coleção, essas peças são usadas como recursos para acentuar a proposta do estilista. Há alguns casos em que essas peças podem de conceito passar a serem usuais como num desfile em que Tufi Duek apresentou para a platéia macacões jeans só para chamar a atenção para o tecido, mas a peça acabou sendo solicitada por muitos consumidores (STRUNCK, 2003). 49 Treptow (2003 p.192) destaca que, “o objetivo do desfile de lançamento é gerar notícia e fortalecer o nome da marca no mercado”. Hoje em dia os desfiles de moda não divulgam somente roupas. Muitas empresas de outros segmentos, como operadoras de celulares, indústrias de cosméticos, entre outros montam stands para a divulgação de seus produtos antes do desfile ser realizado, conforme ressaltado anteriormente. 2.11.4 Catálogo da Coleção O catálogo da coleção é um bom instrumento para a comercialização e divulgação da marca e da coleção. Para fazer um catálogo de moda é necessária a contratação de profissionais como fotógrafos, modelos, cabeleireiro e maquiadores (TREPTOW, 2003). Treptow (2003 p.193) afirma que, existem dois tipos de catálogos, o institucional e o de vendas. O catalogo institucional visa transmitir o tema da coleção e o perfil do consumidor através de fotografias artísticas que valorizem a “atitude” deixando o produto em segundo plano. O catalogo institucional divulga o “clima” da coleção. Ele é enviado por mala-direta para imprensa, clientes preferenciais, e distribuídos em desfiles e pontos de venda. O catálogo de vendas privilegia fotos em que o produto é o centro das atenções, permitindo observar tecidos, modelagem e estampas. É usado por representantes comerciais para demonstrar o caimento das pecas e é enviado por mala-direta para compradores e lojistas (TREPTOW, 2003 p.193). São enviados catálogos contendo os produtos da coleção como roupas e acessórios para os clientes das marcas, assim, a marca tem uma boa chance de receber novos pedidos. Como os clientes têm acesso ao catálogo exposto na loja o mesmo pode escolher as roupas diretamente deste, além de visualizar look`s sugeridos (TREPTOW, 2003). 2.12 MARKETING PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS Conrad (1989, p.121) afirma que “a grande quantidade de pequenas e médias empresas que surgem em todas as categorias de produtos e serviços, somente os empresários com um marketing mais agressivo sobrevivem”. 50 Atualmente, uma boa parte dos profissionais e executivos de marketing acredita que,a pequena empresa quando comparada com as empresas de médio e grande porte, tem menores possibilidades de utilizar instrumentos de marketing; acreditam que está em desvantagem, sobretudo no que tange aos aspectos de divulgação e comercialização dos produtos. GRACIOSO et.al. (2002), a prática de marketing na pequena empresa tem algumas características diferenciadas, as principais são: • A prática de planejamento, análise, implementação e controle de ações de marketing na pequena empresa são diferentes da realizada nas empresas de maior porte, em função das características inerentes ao tamanho e à disponibilidade de recursos da pequena empresa; • A aplicação de marketing na pequena empresa não requer necessariamente mudanças violentas na estrutura de pessoal ou na organização – ainda que eventualmente possa acarretar algumas mudanças; • A administração de marketing na pequena empresa exige flexibilidade, agilidade e dinamismo às mudanças no ambiente de marketing a transformá-las em vantagens competitivas; • A prática de marketing na pequena empresa não se restringe ao uso de alguns instrumentos ou estratégias, mas na adoção do conceito de marketing como filosofia empresarial; • Considerando que a personalidade, o jeito e o rosto da pequena empresa é o reflexo do próprio empresário, é fundamental que ele próprio seja o principal responsável pelo marketing da empresa; • A criatividade é o ingrediente mais precioso na elaboração de ações e de estratégias de marketing para a pequena empresa. Enfim pode-se dizer que, as características do marketing na pequena empresa estão relacionadas a fatores ligados à proximidade com os clientes, estes referem-se à flexibilidade nas decisões, adaptação imediata às exigências do mercado, atendimento rápido e personalizado, qualidade de serviços, reduzido número de canais de distribuição, e preocupação com a busca constante da qualidade em vez de quantidade (CONRAD, 1989). 51 3 CENÁRIO E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Neste capítulo serão apresentados os procedimentos metodológicos para a realização da pesquisa. Segundo Barros e Lehfeld (1986, p.1) conceituam metodologia como: A metodologia, num nível aplicado, examina e avalia as técnicas de pesquisa bem como a geração ou verificação de novos métodos que conduzem á captação e processamento de informações com vistas á resolução de problemas de investigação (BARROS E LEHFELD, 1986, p.1). O procedimento metodológico possibilita a coleta e a análise dos dados, compreendendo que metodologia estuda e avalia os diversos métodos para a elaboração de uma pesquisa, colaborando com o pesquisador para escolher o andamento mais simples e que levará ao alcance de suas metas. 3.1 HISTÓRIA DA CONFECÇÃO NA REGIÃO SUL DE SANTA CATARINA A estrutura da indústria do vestuário da região Carbonífera não se distinguiu dos demais países. Essa estrutura compõe um número elevado de empresas, grande heterogeneidade das suas unidades fabris, consideradas micro e pequenas empresas (GOULART FILHO, JENOVEVA NETO 1997). Com a grande diversificação no setor do vestuário em Santa Catarina nos anos 60 e 70, algumas cidades tiveram grande destaque, como Criciúma, com o jeans. A indústria do vestuário no sul do Estado inicialmente concentrava-se apenas na cidade de Criciúma e, em seguida, disseminou-se para toda a região carbonífera, esta indústria tem suas origens das casas comerciais que revendiam confecções, alimentos e equipamentos para minas de carvão nos anos 60 (GOULART FILHO, 2002). Conforme Goulart Filho, Jenoveva Neto (1997, p.106), a região carbonífera no setor do vestuário nos anos 90 era dividido em duas categorias: Os confeccionistas são os que possuem etiqueta própria, “definida” a moda, procura o mercado consumidor, buscando inovação tecnológica, ou seja, são as partes dinâmicas do setor com possibilidades de ampliação e de diversificação nos investimentos. Os faccionistas os prestadores de serviços. A sua função é montar as peças do vestuário, já cortadas pelos confeccionistas (GOULART FILHO, JENOVEVA NETO, 1997, p.106). 52 As primeiras confecções deram início com os comerciantes que iam a São Paulo buscar vestuário de tecidos alguns revendiam até para Porto Alegre os mesmo formaram suas próprias marcas ocasionando assim no final dos anos 60 a iniciação das confecções em Criciúma (GOULART FILHO, JENOVEVA NETO 1997). Promovida pela rápida expansão, às novas marcas foram surgindo pelas pequenas fábricas de fundo de quintal, tais confecções eram de origem familiar e de ex-funcionárias do setor para complemento da renda, sobretudo pela esposa que tinha algum conhecimento em costura ou vendas às vezes como ex-balconistas. Com o bom desempenho obtido com as vendas, o marido abandona o emprego, dedicando-se exclusivamente a iniciar sua própria confecção (GOULART FILHO, 2002). Na década de 1980 e início dos anos de 1990, o Brasil vivenciou a grande crise global aguda, decorrente da conjunção de vários fatores e várias circunstâncias desfavoráveis, internas e externas, entre as principais conseqüências da crise brasileira, identificam-se: redução acentuada do ritmo de crescimento da economia, caracterizando uma situação prolongada de estagnação/ recessão; processo inflacionário crônico e ascendente; elevada dívida externa e interna, submetendo o governo e o país a um esgotamento financeiro para pagamento de juros; baixo índice de investimento nas atividades de produção (GOULART FILHO, 2002). O crescimento da indústria do vestuário em Criciúma e na região carbonífera está vinculado ao processo de diversificação econômica que ocorreu na região no final da década de 1960 (GOULART FILHO, 2002). Assim para compreender o crescimento do setor do vestuário na região carbonífera se faz necessário contextualizar a diversificação ocorrida principalmente em Criciúma. Em meados dos anos de 1994, o setor do vestuário, conforme palavras do autor Goulart Filho, Jenoveva Neto (1997, p.105): Os municípios de Criciúma, Içara, Araranguá, Morro da Fumaça, Nova Veneza e Maracajá eram responsáveis pela geração de 9.000 empregos diretos, com uma produção de 3,8 milhões peças/mês. Desse total, 60% são destinadas ao mercado do Rio Grande do Sul, por meio de representantes e da venda por atacado (os postos de vendas) (GOULART FILHO, JENOVEVA NETO, 1997, p.105). O segmento vestuarista catarinense possui um problema adicional, onde o 53 estado não é um “produtor de moda”, mas sim um copiador de moda gerada em outros paises. Obrigando assim as empresas do setor a gerar um número muito grande de operações de costura, uma flexibilização do processo produtivo, o que gera a necessidade de investimento de equipamentos e mão-de-obra especializada, exigindo assim aquisição elevada na produção (GOULART FILHO, 2002). O setor têxtil catarinense tem enorme relevância para o setor têxtil nacional e para a economia catarinense. “Gera 25% do total de empregos assalariados e carteira assinada na indústria e 9% do total de empregos do Estado” (GOULART FILHO, 2002, p.141). O complexo têxtil vestuário abrange uma das indústrias mais tradicionais da economia brasileira, mas o apoio financeiro para esse setor atrasou muito para que se fizesse uma modernização do parque fabril, principalmente com empréstimos para compra de máquinas, equipamentos e treinamento da mão-de-obra, assim como implantação de novas fábricas (CARDOSO, 2004). As tecnologias introduziram inovações nas formas de produção que alteram significativamente os processos de produção, de gestão da força de trabalho e de organização nas empresas e também relações sindicais (CARDOSO, 2004). 3.2 ABORDAGEM METODOLÓGICA E TIPO DE PESQUISA Existem vários tipos de pesquisa, mas para o desenvolvimento desse estudo foram utilizadas as pesquisas bibliográficas, a pesquisa descritiva e a quantitativa. Gil (1996), em seu livro afirma que “pesquisa pode ser definida como o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo adequar respostas aos problemas que são indicados”. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possas ser adequadamente relacionada ao problema. Gil (2002, p.61), define a pesquisa bibliográfica como: [...] um estudo exploratório, posto que têm a finalidade de proporcionar a familiaridade do aluno com a área de estudo na qual esta interessada, bem como sua delimitação. Essa familiaridade é essencial para que o problema seja formulado de maneira clara e precisa (GIL, 2002, p.61). 54 Além de livros, foram utilizados também artigos relacionados ao tema disponibilizados na Internet. Foram utilizadas a pesquisa bibliográfica, e a pesquisa descritiva, a qual exige um intenso conhecimento do problema avaliado, e permite ao pesquisador uma compreensão melhor dos fatores e elementos da pesquisa. Mattar (2001, p.23), define pesquisa descritiva, “[...] por possuírem objetivos bem definidos, procedimentos formais, serem bem estruturadas e dirigidas para a solução de problemas ou avaliação de alternativas de cursos de ação”. A abordagem quantitativa foi utilizada, através da quantificação de opiniões coletadas por meio da pesquisa de campo. E para Richardson (1999 p.70): [...] amplamente utilizado como condução da pesquisa, o método quantitativo apresenta, em principio, a intenção de garantir a precisão dos resultados, evitar distorções de analise e interpretação, possibilitando, conseqüentemente, uma margem de segurança quanto ás inferências (RICHARDSON, 1999 p.70). Essa pesquisa pretende mensurar o impacto das estratégias de marketing sobre as vendas na indústria do vestuário da Região Sul de Santa Catarina 3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA Chamam-se essa numeração de amostra que de acordo com Lakatos e Marconi (2003, p.165), ”Consiste em testar os instrumentos da pesquisa sobre uma pequena parte da população do universo ou da amostra, antes de ser aplicado definitivamente, a fim de evitar que a pesquisa chegue a um resultado falso”. Contando, portanto, com um universo de 45 empresas tomadas a partir dos registros da ACIC – Associação empresarial de Criciúma tomou-se uma amostra de 41 destes que, segundo Barbetta (1998, p.58) “corresponde a uma unidade acima ao tamanho mínimo da amostragem” considerando uma margem de erro de 5%, conforme segue: n0 = 1/ E02 = 1 / 0,05 2 = 400 N = N . n0 / N + n0 = 45 . 400 / 45 + 400 = 40,44 = 41 elementos. Onde: 55 N= é o número de elementos da população. n= é o tamanho da amostra. n0= é uma primeira aproximação para o tamanho da amostra. E0= é a margem de erro tolerável para o tamanho da amostra. 3.4 COLETA DE DADOS Para realizar a coleta de dados é necessário tempo, devido à disponibilidade do entrevistado. Conforme Barros e Lehfeld (1986, p.108) “a coleta de dados significa a fase da pesquisa em que se indaga e se obtém dados da realidade pela aplicação de técnicas”. Utilizou-se como instrumento de pesquisa o questionário, contendo 15 perguntas fechadas. Para Gil (1991, p.90), ”o questionário constitui o meio mais rápido e barato de obtenção de informações, além de não exigir treinamento de pessoal e garantir o anonimato”. 3.5 TRATAMENTO DOS DADOS Depois de coletados, os dados foram computados em planilhas e gráficos facilitando a análise do pesquisador e possibilitando melhor compreensão por parte do leitor. Para tanto utilizaram-se ferramentas informatizadas para tratar os dados coletados. 56 4 EXPERIÊNCIA DE PESQUISA Neste capítulo serão analisados os dados de pesquisa aplicada, buscando interpretar os resultados obtidos para uma melhor análise de dados e melhor interpretação dos resultados. 4.1 GRAU DE INSTRUÇÃO DO ENTREVISTADO A pergunta da tabela 2 é referente ao grau de instrução do profissional entrevistado. Tabela 2: Grau de Instrução. Nº de Respondentes 0 0 3 1 5 10 15 7 41 Grau de Instrução Analfabeto Ensino Fundamental Incompleto Ensino Fundamental Completo Ensino Médio Incompleto Ensino Médio Completo Ensino Superior Incompleto Ensino Superior Completo Pós - Graduação Total Fonte: Dados do Pesquisador. % de Respondentes 0% 0% 7% 2% 12% 24% 38% 17% 100% GRAU DE INSTRUÇÃO 0% 0% 17% 7% 2% 12% Analfabeto Ensino Fundamental Incompleto Ensino Fundamental Completo Ensino Médio Incompleto Ensino Médio Completo 38% Figura 2: Grau de Instrução. Fonte: Dados do Pesquisador. 24% Ensino Superior Incompleto Ensino Superior Completo Pós - Graduação 57 Dos 41 entrevistados que colaboraram respondendo o questionário, observou -se que 38% (conforme tabela 2) já concluíram o ensino superior completo, 17% já cursaram a pós-graduação, 24% estão cursando o ensino superior incompleto, 12% ensino médio completo, 2% ensino médio incompleto, 7% ensino fundamental completo, não houve índice de ensino fundamental incompleto e nem analfabeto,o que demonstra que em nível de escolaridade as empresas compõem um quadro de profissionais significante 4.2 FREQUÊNCIA DE EMPRESAS QUE POSSUEM UM SETOR DE MARKETING Tabela 3: A empresa possui setor de Marketing A empresa possui setor de Marketing SIM NÃO Total Fonte: Dados do Pesquisador. Nº de % de Respondentes Respondentes 7 17% 34 83% 41 100% 17% SIM NÃO 83% Figura 3: A empresa possui setor de Marketing Fonte: Dados do Pesquisador É interessante o resultado destacado conforme (tabela 3), a qual percebese que somente 17% possuem um setor de marketing em sua empresa, e 83% não. 58 4.3 RELEVÂNCIA DO MARKETING PARA A EMPRESA Tabela 4: Relevância do marketing para a empresa % de Nº de Respondentes Respondentes Muito importante para o aumento e manutenção de vendas 15 37% Média importância para o aumento e manutenção das vendas 17 41% Pouca importância para o aumento e manutenção das vendas 0 0% Nenhuma importância para o aumento e manutenção das 9 22% vendas Total 41 100% Qual a relevância do marketing para a empresa Fonte: Dados do Pesquisador. QUAL A RELEVÂNCIA DO MARKETING PARA A EMPRESA? Muito importante para o aumento e manutenção de vendas 22% 37% 0% 41% Média importância para o aumento e manutenção das vendas Pouca importância para o aumento e manutenção das vendas Nenhuma importância para o aumento e manutenção das vendas Figura 4: Relevância do marketing para a empresa Fonte: Dados do Pesquisador. Percebe-se que 41% das empresas conforme (tabela 4), consideram o marketing de média importância para o aumento e manutenção das vendas de uma empresa, 37% consideram muito importante e 22% dizem não ter nenhuma importância. 59 4.4 VALORES QUE A EMPRESA INVESTE EM MARKETING POR COLEÇÃO Tabela 5: Valores que a empresa investe em marketing por coleção Valores que a empresa investe em marketing por coleção Até R$ 5.000,00 Entre R$ 5.000,00 e R$ 10.000,00 Entre R$ 10.000,00 e R$ 20.000,00 Entre R$ 20.000,00 e R$ 50.000,00 Entre R$ 50.000,00 e R$ 100.000,00 Mais de R$100.000,00 Não responderam Total Fonte: Dados do Pesquisador. Nº de Respondentes 5 13 7 4 1 2 9 41 % de Respondentes 12% 32% 17% 10% 2% 5% 22% 100% VALORES QUE A EMPRESA INVESTE EM MARKETING POR COLEÇÃO 12% 22% Até R$ 5.000,00 Entre R$ 5.000,00 e R$ 10.000,00 5% 2% 32% 10% 17% Entre R$ 10.000,00 e R$ 20.000,00 Entre R$ 20.000,00 e R$ 50.000,00 Entre R$ 50.000,00 e R$ 100.000,00 Mais de R$100.000,00 Não responderam Figura 5: Valores que a empresa investe em marketing por coleção Fonte: Dados do Pesquisador. Conforme tabela 5, o valor que a empresa está disposta a investir em marketing encontra-se no patamar de R$ 5.000,00 a R$ 10.000,00 representando 32% do total. Até R$ 5.000,00 (12%), de R$ 10.000,00 a R$ 20.000,00 (17%), de R$ 20.000,00 a R$ 50.000,00 (10%) e acima de R$ 50.000,00 (5%), ressaltando os casos que não responderam, correspondendo 22%. 60 4.5 CLASSIFICAÇÃO DO RETORNO DE VENDAS OBTIDO POR MEIO DO MARKETING Tabela 6: Como a empresa classifica o retorno de vendas obtido por meio do marketing Como a empresa classifica o retorno de vendas obtido por meio do marketing Ótimo Muito Bom Bom Regular Péssimo Não respondeu Total Fonte: Dados do Pesquisador. Nº de Respondentes 2 5 30 0 0 4 41 % de Respondentes 5% 12% 73% 0% 0% 10% 100% COMO A EMPRESA CLASSIFICA O RETORNO DE VENDAS OBTIDO POR MEIO DO MARKETING 10% 0% 5% 12% 0% Ótimo Muito Bom Bom Regular Péssimo Não respondeu 73% Figura 6: Como a empresa classifica o retorno de vendas obtido por meio do marketing Fonte: Dados do Pesquisador. Conforme tabela 6, 73% dos pesquisados foram enfáticos em declarar bom o retorno de vendas obtidas por meio do marketing, devido a empresa aplicar uma estratégia oferecida pelo marketing por meio de suas ferramentas para divulgar o bem/serviço e assim cativar o consumidor, porém 5% mostram que o resultado é ótimo, 12% muito bom e 10% não quiseram responder. 61 4.6 FREQUÊNCIA DO USO DE SERVIÇOS TERCEIRIZADOS PARA O DESENVOLVIMENTO DA CAMPANHA DE MARKETING OU DESENVOLVE ESTA INTERNAMENTE Tabela 7: A empresa utiliza serviços terceirizados para o desenvolvimento da campanha de marketing ou desenvolve esta internamente A empresa utiliza serviços terceirizados para o desenvolvimento da campanha de marketing ou desenvolve esta internamente Utiliza serviços terceirizados Desenvolve internamente Nenhum serviço Total Fonte: Dados do Pesquisador Nº de % de Respondentes Respondentes 31 3 7 41 76% 7% 17% 100% A EMPRESA UTILIZA SERVIÇOS TERCEIRIZADOS PARA O DESENVOLVIMENTO DA CAMPANHA DE MARKETING OU DESENVOLVE ESTA INTERNAMENTE 17% 7% Utiliza serviços terceirizados 76% Desenvolve internamente Nenhum serviço Figura 7: A empresa utiliza serviços terceirizados para o desenvolvimento da campanha de marketing ou desenvolve esta internamente Fonte: Dados do Pesquisador. De acordo com a tabela 7 percebeu-se que 76% das empresas preferem utilizar serviços terceirizados, 7% desenvolvem internamente e responderam. 17% não 62 4.7 EM RELAÇÃO À ESTRATÉGIA DO MARKETING SELECIONE QUAIS OS ATRIBUTOS QUE COMPÕE O PACOTE DE VALOR PARA O CLIENTE, SEGUNDO A PERCEPÇÃO DA EMPRESA Tabela 8: Em relação à estratégia do marketing selecione quais os atributos que compõe o pacote de valor para o cliente, segundo a percepção da empresa. Em relação à estratégia do marketing selecione quais os atributos que compõe o pacote de valor para o cliente, segundo a percepção da empresa. Preço e qualidade do produto Preço do produto e prazo de entrega Qualidade do produto e prazo de entrega Variedade e qualidade de produtos Variedade e preço de produtos Todos os atributos mencionados Total Fonte: Dados do pesquisador Nº de Respondentes % de Respondentes 5 3 5 2 1 25 41 12% 7% 12% 5% 2% 62% 100% PARA O CLIENTE 12% 7% 12% 62% 5% 2% Preço e qualidade do produto Preço do produto e prazo de entrega Qualidade do produto e prazo de entrega Variedade e qualidade de produtos Variedade e preço de produtos Todos os atributos mencionados Figura 8: Em relação à estratégia do marketing selecione quais os atributos que compõe o pacote de valor para o cliente, segundo a percepção da empresa. Fonte: Dados do Pesquisador. Quando questionados sobre quais os atributos que compõe o pacote de valor para o cliente segundo a percepção da empresa, 12% falaram que o preço e qualidade do produto, assim como a qualidade do produto e prazo de entrega, também com 12%, seriam os principais atributos, seguido pelo preço do produto e prazo de entrega com 7%, a variedade e qualidade de produtos com 5%, a variedade e preço de produtos com 2%, e 62% apostam em todos os atributos mencionados. 63 4.8 CLASSIFIQUE DE 1 A 6 DE ACORDO COM O GRAU DE IMPORTÂNCIA AS PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO UTILIZADAS PELA EMPRESA Tabela 9: Classifique de 1 a 6 de acordo com o grau de importância as principais ferramentas de comunicação utilizadas pela empresa. Classifique de 1 a 6 de acordo com o grau de importância as principais ferramentas de comunicação utilizadas pela empresa Nº de Respondente s % de Respondente s Catálogo, feiras, internet, outdoor, televisão, revistas e jornais Feiras, internet, catálogo, outdoor, televisão, revistas e jornais Feiras, catálogo, internet, outdoor, televisão, revistas e jornais Catálogo, internet, outdoor, feiras, televisão, revistas e jornais Catálogo, outdoor, feiras, internet, televisão, revistas e jornais Total 15 12 7 4 3 41 37% 29% 17% 10% 7% 100% Fonte: Dados do pesquisador 7% 10% 37% 17% 29% catálogo,feiras,internet,outdoor, televisão,revistas e jornais feiras,internet,catálogo,outdoor, televisão,revistas e jornais feiras,catálogo,internet,outdoor, televisão,revistas e jornais catálogo,internet,outdoor,feiras, televisão,revistas e jornais catálogo,outdoor,feiras,internet, televisão,revistas e jornais Figura 9: Classifique de 1 a 6 de acordo com o grau de importância as principais ferramentas de comunicação utilizadas pela empresa Fonte: Dados do Pesquisador. A tabela 9 mostra o percentual das diferentes seqüências das ferramentas de comunicação utilizadas pelas empresas, ficando 37% para catálogo, feiras, internet, outdoors, televisão, jornais e revistas, 29% com feiras, internet, catálogo, outdoor, televisão, revistas e jornais, 17% para feiras, catálogo, internet, outdoor, televisão, revistas e jornais, 10% com catálogo, internet, outdoor, feiras, televisão, revistas e jornais, 7% com catálogo, outdoor, feiras, internet, televisão, revistas e jornais. 64 4.9 DE ACORDO COM PERCEPÇÃO DA EMPRESA, COMO O CONSUMIDOR INTERMEDIÁRIO (LOJISTAS E ATACADISTAS) CLASSIFICA A ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO DOS PRODUTOS Tabela 10: De acordo com percepção da empresa, como o consumidor intermediário (lojistas e atacadistas) classifica a estratégia de divulgação dos produtos. De acordo com percepção da empresa, como o consumidor intermediário (lojistas e atacadistas) classifica a estratégia de divulgação dos produtos. Muito Eficiente Com eficiência limitada Pouco eficiente Nada eficiente Não responderam Total Fonte: Dados do pesquisador Nº de Respondentes % de Respondentes 10 19 0 0 12 41 24% 47% 0% 0% 29% 100% DE ACORDO COM A PERCEPÇÃO DA EMPRESA,COMO O CONSUMIDOR INTERMEDIÁRIO (LOGISTA E ATACADISTA) CLASSIFICA A ESTRATÉGIA DE DIVULGAÇÃO DOS PRODUTOS 24% 29% Muito Eficiente Com eficiência limitada Pouco eficiente 0% Nada eficiente 0% Não responderam 47% Figura 10: De acordo com percepção da empresa, como o consumidor intermediário (lojistas e atacadistas) classifica a estratégia de divulgação dos produtos. Fonte: Dados do pesquisador. Na tabela 10, percebeu-se que, de acordo com percepção da empresa, o consumidor intermediário (lojistas e atacadistas) classifica a estratégia de divulgação dos produtos em 24% para muito eficiente, 47% para eficiência limitada, e 29% não responderam a pergunta. 65 4.10 FREQUÊNCIA COM QUE O CLIENTE FINAL SE IDENTIFICA COM A ESTRATÉGIA MERCADOLÓGICA DE SEUS PRODUTOS, SEGUNDO A PERCEPÇÃO DA EMPRESA Tabela 11: O cliente final tem se identificado com a estratégia mercadológica de seus produtos, segundo a percepção da empresa. O cliente final tem se identificado com a estratégia mercadológica de seus produtos, segundo a percepção da empresa. Sim, sempre Sim, na maioria das vezes Sim, poucas vezes Não, nunca Não responderam Total Fonte: Dados do pesquisador Nº de Respondentes % de Respondentes 28 7 4 0 2 41 68% 17% 10% 0% 5% 100% O CLIENTE FINAL TEM SE IDENTIFICADO COM A ESTRATÉGIA MERCADOLÓGICA DE SEUS PRODUTOS,SEGUNDO A PERCEPÇÃO DA EMPRESA 5% 0% 10% Sim, sempre 17% Sim, na maioria das vezes Sim, poucas vezes 68% Não, nunca Não responderam Figura 11: O cliente final tem se identificado com a estratégia mercadológica de seus produtos, segundo a percepção da empresa. Fonte: Dados do pesquisador Na tabela 11, percebeu-se que para a empresa o cliente final tem se identificado com as estratégias mercadológicas dos seus produtos, considerando as respostas: sim, sempre (68%), sim, na maioria das vezes (17%), sim, poucas vezes (10%), não responderam (5%). 66 4.11 A EMPRESA JÁ SOFREU IMPACTO NEGATIVO EM SUAS VENDAS PELO USO DE UMA ESTRATÉGIA MERCADOLÓGICA INADEQUADA. Tabela 12: A empresa já sofreu impacto negativo em suas vendas pelo uso de uma estratégia mercadológica inadequada. A empresa já sofreu impacto negativo em suas vendas pelo uso de uma estratégia mercadológica inadequada. Sim Não Não responderam Total Fonte: Dados do Pesquisador 12% Nº de Respondentes % de Respondentes 4 32 5 41 12% 78% 10% 100% 10% Sim Não Não responderam 78% Figura 12: A empresa já sofreu impacto negativo em suas vendas pelo uso de uma estratégia mercadológica inadequada. Fonte: Dados do pesquisado Referente ao impacto negativo em vendas pelo uso de uma estratégia mercadológica inadequada, a tabela 12 mostra que 78% não passaram por essa situação, 12% já sofreram impacto negativo em suas vendas, e 10% não responderam. 67 4.12 SEGUNDO A PERCEPÇÃO DA EMPRESA, A ESTRATÉGIA MERCADOLÓGICA ADOTADA TEM CONTRIBUÍDO PARA AGREGAR VALOR DE MARCA A SEUS PRODUTOS Tabela 13: Segundo a percepção da empresa, a estratégia mercadológica adotada tem contribuído para agregar valor de marca a seus produtos Segundo a percepção da empresa, a estratégia mercadológica adotada tem contribuído para agregar valor de marca a seus produtos. Tem contribuído significativamente neste quesito Tem contribuído pouco neste quesito Não tem contribuído neste quesito Não responderam Total Fonte: Dados do Pesquisador Nº de % de Respondentes Respondentes 17 8 4 12 41 41% 20% 10% 29% 100% SEGUNDO A PERCEPÇÃO DA EMPRES, A ESTRATÉGIA MERCADOLÓGICA ADOTADA TEM CONTRIBUÍDO PARA AGREGAR VALOR DE MARCA A SEUS PRODUTOS 29% 41% Tem contribuído significativamente neste quesito Tem contribuído pouco neste quesito Não tem contribuído neste quesito 10% Não responderam 20% Figura 13: Segundo a percepção da empresa, a estratégia mercadológica adotada tem contribuído para agregar valor de marca a seus produtos. Fonte: Dados do pesquisado Em relação à percepção da empresa sobre a estratégia mercadológica adotada para agregar valor de marca aos seus produtos, a tabela 13 mostra que 41% consideram que tem contribuído significativamente neste quesito, 20% acham que tem contribuído pouco neste quesito, 10% avaliaram que não tem contribuído neste quesito e 29% não responderam. 68 4.13 PARA A SUA EMPRESA QUE PERCENTUAL MÉDIO REPRESENTA O INCREMENTO DE VENDAS EM VIRTUDE DA UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE MARKETING JÁ MENCIONADAS Tabela 14: Para a sua empresa que percentual médio representa o incremento de vendas em virtude da utilização das ferramentas de marketing já mencionadas. Para a sua empresa que percentual médio representa o incremento de vendas em virtude da utilização das ferramentas de marketing já mencionadas. Até 10% no incremento de vendas Entre 10% e 20% no incremento de vendas Entre 20% e 50% no incremento de vendas Mais de 50% no incremento de vendas Não responderam Total Fonte: Dados do Pesquisador Nº de Respondentes % de Respondentes 3 10 7 4 17 41 7% 24% 17% 10% 42% 100% MENCIONADOS 7% 24% 42% 10% 17% Até 10% no incremento de vendas Entre 10% e 20% no incremento de vendas Entre 20% e 50% no incremento de vendas Mais de 50% no incremento de vendas Não responderam Figura 14: Para a sua empresa que percentual médio representa o incremento de vendas em virtude da utilização das ferramentas de marketing já mencionadas. Fonte: Dados do pesquisado A tabela 14 mostra que 7% dos entrevistados consideram que a utilização das ferramentas de marketing representam até 10% no incremento de vendas, 10% consideram mais de 50% no incremento de vendas, 24% acreditam num aumento entre 10% e 20% no incremento de vendas, 17% acham que o aumento é entre 20% e 50% no incremento de vendas e 42% não responderam. 69 4.14 ANÁLISE GERAL DOS RESULTADOS Com o intuito de mensurar o impacto da estratégia de marketing sobre as vendas levantam-se diversas informações. Com relação à freqüência das empresas que possuem um setor de marketing, percebeu-se que grande maioria não investe neste departamento na indústria do vestuário da região. Isto pode se dar em função da fragmentação das ações de marketing que não integram uma estratégia única. O fato das empresas da região não disporem de profissionais de marketing pode impactar negativamente na prospecção e conquista de novos mercados. O qual atua simetricamente sobre a relevância do marketing para a empresa, considerando este com grau médio de importância para o aumento e manutenção das vendas, ou seja, na região a maioria das empresas não prioriza o marketing como responsável para suas vendas, contudo o crescimento desta ação é inegável, pois conforme dados analisados um número considerável de empresas vem utilizando essa ação para maiores vendas, ponderando muito importante a utilização do marketing para o aumento e manutenção das vendas. Porém as empresas investem valores baixos em marketing por coleção, o que demonstra os dados analisados é que um considerável número de empresas fica entre um patamar de R$ 5.000,00 á R$ 10.000,00, não otimizando suas vendas, o que se percebe é que aparentemente são empresas conservadoras não desejam correr risco no mercado onde atuam, deixando assim abertura para outras empresas de confecção da região permearem e conseguirem o que almejam, realizando suas vendas por meio da criatividade e conquista de clientes. Isso atinge diretamente o resultado dos dados, quando perguntado sobre a classificação do retorno de vendas obtido por meio do marketing o qual 73% das empresas declaram que o resultado é bom, uma minoria declarou ótimo ou muito bom, logo, se investir uma proporção considerável em marketing, e a idéia vista positivamente pelos clientes a empresa terá resultados ótimos, porém conforme investimento e significância do marketing nas empresas o retorno não será o esperado, as empresas ainda encontram-se com pensamento muito restrito para esses investimentos. 70 Quando estas investem utilizam quase sempre serviços terceirizados, devido à estrutura da empresa por não proporcionar um setor de marketing ou mesmo pela empresa encontrar meios mais econômicos de atingir seu alvo, no caso, os clientes, sem a necessidade de ter um custo maior por contratar alguém especializado em marketing e dispor de todas as ferramentas necessárias para desenvolver o marketing. Geralmente trabalham desenvolvendo produtos que capturem público da classe A, e alguns sim classe B e uma minoria classe C. A classe A, por ser de poder aquisitivo maior, deseja um produto marcante e diferente no mercado, este se sente envolvido por um produto quando o mesmo lhe traz diferenciação com requinte, para tanto oferecer um produto de tal proporção exige investimento e criatividade, pois as pessoas não se importam com o preço que irão pagar, mas sim no que o produto lhe proporcionará por isso a classe A, já é focada no que deseja a maioria deseja status outros qualidade. Nesse ponto as empresas pecam, pois se percebe que elas querem vender algo a um público pequeno, pois o poder aquisitivo da população da região de criciúma não chega ao mesmo patamar. O produto lançado no mercado vestuarista é considerando um conjunto de atributos formado por preço, qualidade do produto, prazo de entrega e variedade de produtos, este para as empresas é um pacote de valor onde o cliente sente-se satisfeito e garanti uma nova venda, pois o produto fica irresistível aos olhos do consumidor, porém se a empresa não consegue dispor de algum atributo ela tem que se manter focada no que dispõe e trabalhar de acordo com esses atributos. As empresas que praticam suas vendas integrando o marketing atinge a população por meio de veículos de comunicação como: o catálogo, as feiras, a internet, outdoors, televisão, revistas e jornais, sendo que o mais utilizado em escala crescente é o catálogo, feiras, internet, outdoors, televisão, revistas e jornais, assim observou-se que as empresas estão sempre participando de feiras, o que proporciona maior conhecimento de seu cliente e suas necessidades, o catálogo auxilia na amostragem dos produtos que com que trabalha por coleção, também demonstra seus produtos em outdoors pela região, dispõe de sites e até vendas pela internet, e poucas empresas atingem o público por meio da televisão revistas e jornais, este talvez por ser um veículo que exige um maior investimento. As empresas consideram a estratégia de divulgação como um meio de 71 eficiência limitada, eficaz até um determinado período depois requer mais aperfeiçoamento ou inovação, outras acreditam que a divulgação é muito eficiente passa a mensagem conforme a empresa deseja, atingindo a meta da mesma. Assim para a empresa o cliente final tem se identificado sempre com a estratégia mercadológica adotada o que mostra que o cliente está respondendo as instigações por meio das empresas. Como foi dito anteriormente por serem empresas conservadoras ou cautelosas não se arriscam tanto e em conseqüência disso, pouquíssimas sofrem impacto negativo nas vendas pelo uso inadequado de uma estratégia de marketing mau interpretada. Quando adotada uma estratégia de marketing, a mesma tem contribuído significativamente para agregar valor de marca aos produtos, resultando um incremento de 10% a 50% nas vendas. As empresas que divulgam mais e utilizam mais ferramentas alcançam um índice de mais de 50% de incremento nas vendas, isso mostra que falta mais ousadia das empresas da região para com as estratégias de marketing, além disso, um fator determinante é deixar claro qual o público que deseja alcançar e o que pretende vender, para desenvolver uma estratégia sem perder tempo e dinheiro. 72 CONCLUSÃO O presente estudo teve como objetivo principal, observar o impacto das estratégias de marketing de comunicação sobre as indústrias do vestuário da região da AMREC - SC, este objetivo foi alcançado pelo confronto entre a pesquisa bibliográfica utilizada juntamente com o resultado da pesquisa aplicada. Com base em todos os dados analisados, percebe-se que a indústria do vestuário da região possui carências, estas podem ser determinadas como: falta de mão de obra especializada, um maior investimento em marketing, e uma rigorosa análise do público que deseja ter como seu cliente e ter definido o que pretende vender, para não cometer equívocos entrando em prejuízo. O marketing apesar de ter se desenvolvido muito nos últimos anos, ainda sofre restrição por algumas empresas do setor de confecção que não utilizam as ferramentas que este oferece para ter uma divulgação de seu produto no mercado. É notável que a confecção precise trabalhar com marketing ou pelo menos ter algum conhecimento para não ficar estagnado, ou até mesmo não sobreviver no mercado. As pessoas estão rigorosamente preocupadas com sua imagem, por isso a procura do estar bem vestido tornou-se algo do dia-a-dia, para tanto a empresa tem que se manter atualizada. Assim o marketing possibilita meios para divulgação os quais exigem muita cautela sobre o modo de passar a mensagem desejada, uma vez aceita esta pulveriza a população e a empresa terá ótimos resultados. O veículo mais utilizado pelas empresas é o catálogo, apostam também em feiras e outdoors, inclusive cresceu o número de empresas que utilizam sites para divulgar os seus produtos, no caso de televisão, jornais e revistas são poucas as que conseguem manter-se, pois estes veículos exigem um alto poder aquisitivo. Quando investidos em marketing tem um retorno no incremento de vendas ótimo, podendo atingir mais de R$ 50.000,00, o que proporciona marca e maior estabilidade para a empresa. No entanto o mais importante ao final deste trabalho é destacar que a empresa precisa se aliar ao marketing e tirar dele toda a vantagem de que necessita, utilizando as ferramentas adequadas oferecidas por esse meio no caso o marketing, a empresa terá um diferencial para se manter e concorrer no mercado procurando atrair os clientes, satisfazendo-os em todos os quesitos. 73 REFERÊNCIAS AAKER, David A.; KUMAR, V; DAY, George S. Pesquisa de marketing. 2. ed São Paulo: Atlas, 2004. 745 p. BARROS, Aidil de Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de metodologia Um guia para a iniciação científica. São Paulo: Ed. McGraw-Hill, 1986. 132 p. CARDOSO, Jose Álvoro de Lima. Reestruturação produtiva e mudanças no trabalho: um olhar sobre os setores têxtil e alimentos em Santa Catarina. Tubarão: Studium, 2004. 352p CARNIER, Luiz Roberto. Marketing: internacional para brasileiros. 4. ed São Paulo: Aduaneiras, 2004. 238 p. CHURCHILL JR., Gilbert A.; PETER, J. Paul. 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Inventando moda: planejamento de coleção. 3. ed Brusque, SC: Do autor, 2003. 209 p. 77 APÊNDICE 78 APÊNDICE A – Questionário UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC Curso de Administração de Empresas Disciplina: Estágio Supervisionado II Orientador: Wagner Blauth Pesquisa Mercadológica Acadêmica: Fernanda Fabri Solicitamos a gentileza de preencher o questionário apresentado que visa mensurar o impacto da estratégia mercadológica adotada pelas empresas do vestuário da região de Criciúma sobre suas vendas. Favor identificar as alternativas correspondentes a sua resposta e colocá-la no círculo a esquerda de cada questão. Grato pela Colaboração. 1.Grau de Instrução 1. Analfabeto 2. Ensino fundamental incompleto 3. Ensino fundamental completo 4. Ensino médio incompleto 5. Ensino médio completo 6. Ensino superior incompleto 7. Ensino superior completo 8. Pós-graduação 3. A empresa possui um setor de marketing? 1. SIM 2. NÃO 4. Qual a relevância do marketing para a empresa? 1. Muito importante para o aumento e manutenção de vendas 2. Média importância para o aumento e manutenção das vendas 3. Pouca importância para o aumento e manutenção das vendas 2. Nenhuma importância para o aumento e manutenção das vendas 5. Valores que a empresa investe em marketing por coleção: 1. até R$ 5.000,00 2. entre R$ 5.000,00 e R$ 10.000,00 3. Entre R$ 10.000,00 E R$ 20.000,00 4. Entre R$ 20.000,00 e R$ 50.000,00 5. Entre R$ 50.000,00 e R$ 100.000,00 6. Mais de R$ 100.000,00 6. Como a empresa classifica o retorno de vendas obtido por meio do marketing ? 1. Ótimo 2. Muito Bom 3. Bom 4. Regular 5. Péssimo 79 7. A empresa utiliza serviço terceirizado para o desenvolvimento da campanha de Marketing ou desenvolve esta internamente? 1. Utiliza serviços terceirizados 2. Desenvolve internamente 9.Em relação a estratégia de marketing selecione quais os atributos que compõem o pacote de valor para o cliente, segundo a percepção da empresa? 1. 2. 3. 4. 5. 6. Preço e qualidade do produto Preço do produto e prazo de entrega Qualidade do produto e prazo de entrega Variedade e qualidade de produtos Variedade e preço de produtos Todos os tributos mencionados 10. Classifique de 1 a 6 de acordo com o grau de importância as principais ferramentas de comunicação utilizadas pela empresa ( )Televisão ( ) Outdoor ( ) Jornais e Revistas ( )Internet ( )Feiras ( )Catálogo 11. De acordo com a percepção da empresa, como o consumidor intermediário (lojistas e atacadistas) classifica a estratégia de divulgação dos produtos? 1. Muito eficiente 2. Com eficiência limitada 3. Pouco eficiente 4. Nada eficiente 12. O cliente final tem se identificado com a estratégia mercadológica de seus produtos, segundo a percepção da empresa? 1. 2. 3. 4. Sim , sempre Sim, na maioria das vezes Sim, poucas vezes Não, nunca 13. A empresa já sofreu impacto negativo em suas vendas pelo uso de uma estratégia mercadológica inadequada? 1. Sim 2. Não 80 14. Segundo a percepção da empresa, a estratégia mercadológica adotada tem contribuído para agregar valor de marca a seus produtos? 1. Tem contribuído significativamente neste quesito 2. Tem contribuído pouco neste quesito 3. Não tem contribuído neste quesito 15.Para a empresa que percentual médio representa o incremento de vendas em virtude da utilização das ferramentas de marketing já mencionadas. 1. Até 10% no incremento de vendas 2. Entre 10% e 20% no incremento das vendas 3. Entre 20% e 50% no incremento de vendas 4. Mais de 50% no incremento de vendas