A lei de Gauss Carl Friedrich 1825 1 1.1 É ela ! Como é bela a lei de Gauss ! O Enunciado Uma chapa condutora quadrada, de espessura desprezı́vel e com L = 5, 0 m de lado, está num campo elétrico externo uniforme perpendicular às faces da chapa. O módulo desse campo é de E = 500, 0 kN/C. Seja A a face da chapa para qual o campo externo está apontando e B a face o lado da chapa do qual o campo está se afastando. a. (0,6) Calcule a densidade superficial de carga em cada face da chapa. b. (0,8) Uma carga lı́quida Q = 100, 0 µC é colocada na chapa. Calcule a nova densidade superficial de carga em cada face da chapa. c. (0,8) Calcule o campo elétrico fora do condutor na vizinhança infinitesimal desses faces, porém longe das bordas da chapa. d. (0,3) Com a carga adicional Q, no equilı́brio electroestático, determine o vetor campo elétrico (módulo,direção e sentido) dentro do condutor na vizinhança infinitesimal das duas superfı́cies. 0 = 8, 85 × 10−12 C 2/(N m2) ———————————————————————– 1 1.2 A Solução a. Aplicamos o teorema de Gauss num pequeno cilindro perpendicular à face com uma base dentro do condutor e outra fora. Seja ∆S a área da base, então temos para cada face : (0, 6) − E ∆S = σA ∆S/0 ⇒ σA = − 0 E ≈ − 4, 4 × 10−6 C/m2 (1.1) −6 2 + E ∆S = σB ∆S/0 ⇒ σB = + 0 E ≈ + 4, 4 × 10 C/m b. A carga adicional Q = 100, 0 µC vai dividir-se nas duas faces da chapa com uma densidade Q ≈ 2, 0 × 10−6 C/m2 (1.2) σadicional = 2 L2 A nova densidade superficial de carga em cada face da chapa será : 0 = σA + σadicional = −2, 4 µC/m2 σA (0, 8) (1.3) 0 σB 2 = σB + σadicional = +6, 4 µC/m (1.4) c. Temos sempre E = σtot/0 . No lado A o campo vai estar na direção do dentro do condutor, enquanto no lado B o campo vai ir fora do condutor. Isso se reflete nos sinais : E0A = 0 σA ≈ −271 kN/C 0 (0, 8) (1.5) E0B = 0 σB 0 ≈ +723 kN/C d. Obviamente, dentro do condutor, no equilı́brio electroestático, temos : (0, 3) 2 −→ E= 0 (1.6) 2 2.1 Um Capacitor bem capaz ! O Enunciado As placas de um capacitor são retangulares com comprimento L e largura d. As placas são separadas por um dielétrico com espessura e e consiante dielétrica κ. O dielétrico pode deslocar-se ao longo da lado L do capacitor. Inicialmente, o dielétrico enche completamente o volume entre as placas e o capacitor é carregado por uma bateria até possuir uma carga Q. Subsequentemente a bateria é desligada. Depois o dielétrico é puxado de uma distância x fora do capacitor de modo que há uma região entre as placas R1 sem dielétrico e uma região R2 com dielétrico. Em função dos dados : {L, d, e, κ, Q, x, 0}, determine a. (0,6) As cargas Q1 e Q2 nas placas do capacitor nas duas regiões R1 e R2 . b. (0,4) O campo elétrico E1 e E2 entre as placas, nas duas regiões R1 e R2 . c. (0,4) A capacitância do capacitor quando está na posição puxado até x. d. (0,6) A energia armazenada entre as placas, nas duas regiões R1 e R2 . e. (0,5) O trabalho que um agente externo do CIA precisa fazer para puxar o dielétrico até a distâncis x. ———————————————————————– 3 2.2 A Solução a. Seja A1 = x d e A2 = (L − x) d as áreas das placas nas duas regiões. Temos 0 E1 = Q1 /A1 e κ 0 E2 = Q2 /A2 . Como a diferença de potencial é fixa, e a espessura e a mesma, o campo elétrico é o mesmo. Resulta que Q1 /Q2 = A1 /(κ A2 ), donde : Q1 = A1 Q κ A2 + A1 (0, 6) (2.1) Q2 = κ A2 Q κ A2 + A1 b. (0, 4) E1 = E2 = Q 0 (κ A2 + A1 ) (2.2) . c. Definimos uma área efetiva Aef (x) = (x + κ (L − x)) d. Usando ∆V = E e, achamos : (0, 4) ∆V = 0 Aef (x) e Q ⇒ C(x) = 0 Aef e (2.3) d. (0,6) Há várias maneiras de calcular isso. A densidade volumétrica de energia é dada nas duas regiões por u1 = 1 1 0 E2 ; u2 = κ 0 E2 2 2 Muliplicamos pelo volume de cada regiaão e somamos para ter a energia total : U1 1 0 = 2 Q 0 Aef (0, 6) U2 = 1 0 2 Q 0 Aef !2 !2 e A1 (2.4) e (κ A2 ) e. (0,5) O trabalho é a diferença entre a energia total na posição x e na posição inicial : ! e Q2 1 1 W = U(x) − U(0) = − (2.5) 2 0 Aef (x) Aef (0) 4