Apostila de Química 26 – Isomeria 1.0 Definição Isomeria – Fenômeno caracterizado pela ocorrência de 2 ou mais substâncias diferentes que apresentam a mesma fórmula molecular, mas diferentes fórmulas estruturais. Apresentam a mesma massa molecular. 2.0 Isomeria Plana Detecta-se a diferença entre os isômeros através do estudo de suas fórmulas estruturais planas. Isomeria de função – Isômeros pertencem a funções diferentes. Isomeria de cadeia ou núcleo: Isômeros pertencem à mesma função. Apresentam diferentes tipos de cadeia. Podem ser normais ou ramificadas, abertas ou fechadas. Isomeria de posição: Isômeros pertencem à mesma função e tem o mesmo tipo de cadeia. Apresentam diferença na posição de um grupo funcional, de uma ramificação ou de uma insaturação. Isomeria de compensação ou metameria: Isômeros pertencem à mesma função e apresentam o mesmo tipo de cadeia. Apresentam diferença na posição de um heteroátomo. Isomeria dinâmica ou tautomeria: Caso particular da isomeria de função. Isômeros coexistem em equilíbrio dinâmico em solução. Principais casos de tautomeria envolvem compostos carbonílicos. Solução que contém 2 tatômeros – Alelotrópica. 3.0 Isomeria Espacial A diferença entre os isômeros é perceptível pela análise da fórmula estrutural espacial. 3.1 Isomeria Geométrica Diferentes disposições espaciais dos átomos provocam alterações nas propriedades físicas desses compostos, como temperatura de ebulição e polaridade. 2 átomos de maior/menor massa molar estão do mesmo lado do plano imaginário – Esta disposição é chamada de ‘cis’ ou ‘Z’. 2 átomos de maior/menor massa molar estão de lados opostos do plano imaginário – Esta disposição é chamada de ‘trans’ u ‘E’. Os nomes ‘cis’ e ‘trans’ são mais usados em função dos hidrogênios, e ‘Z’ e ‘E’ em função de outros átomos. Compostos acíclicos – Devem apresentar pelo menos 1 dupla ligação entre carbonos, e cada 1 dos carbonos da dupla deve apresentar grupos ligantes diferentes. Compostos cíclicos – Devem apresentar grupos ligantes diferentes em pelo menos 2 carbonos do ciclo. 3.2 Isomeria Óptica Os isômeros diferem-se em relação aos seus comportamentos diante de feixes de luz polarizadas (1 plano de vibração). Substâncias que desviam o plano de vibração da luz polarizada – Substâncias opticamente ativas. O desvio ocorre em 2 sentidos: Desvio para o lado esquerdo – Isômero dextrogiro ‘d’. Desvio para o lado direito – Isômero levogiro ‘l’. Os desvios são determinados experimentalmente por um aparelho denominado polarímetro. Condição para a ocorrência de isomeria óptica – A substância deve apresentar assimetria. Substância simétrica – Apresenta um plano de simetria, pode ser dividida em 2 metades idênticas. Substância assimétrica – Não apresentam um plano de simetria, não podendo ser sobreponíveis. Carbono quiral ou assimétrico: Carbono que apresenta 4 grupos ligantes diferentes entre si. Indicado na fórmula por um asterisco (*). Par de isômeros opticamente ativos (IOA) – Antípodas ópticos ou enantiomorfos (d e l). Mistura opticamente inativa (IOI) – Mistura equimolar de enantiomorfos, mistura racêmica ou isômero racêmico (d + l = r). Molécula com 1 carbono quiral – A molécula possui 2 IOA e 1 IOI. Molécula com ‘n’ carbonos assimétricos diferentes – Expressões matemáticas de Van’t Hoff e Le Bel: Quantidade IOA: Quantidade de IOI: Qualquer par de IOA que não são antípodas ópticos é denominado de diastereoisômeros. Exemplo: d1 e l1 – Antípodas ópticos. d2 e l2 – Antípodas ópticos. d1 e d2 – Diastereoisômeros. Isômero meso – Opticamente inativo de desvios no interior da molécula. Em carbonos quirais iguais (mesmos ligantes) não se usa as expressões de Van’t Hoff e Le Bel. Moléculas cíclicas – Não existe um carbono quiral, porém, considera-se sua existência levando em conta as ramificações. Na maioria dos processos biológicos, somente em dos isômeros ópticos é ativo.