Endometriose - FEA

Propaganda
seguida da terapêutica com medicamentos que
suprimem a atividade dos ovários e tornam mais
lento o crescimento do tecido endometrial.
Já a endometriose inicial pode ser tratada com a
própria pílula anticoncepcional combinada ou
somente com a progesterona, o hormônio feminino
que prepara o organismo para a gestação.
Material impresso para distribuição no
Programa de Saúde Preventiva
Saúde da Mulher
Endometriose
Em ambas as situações, a terapêutica deve ser
combinada à prática de exercícios regulares e ao
controle da ansiedade e do estresse. Vale lembrar
que o ambiente hormonal da gravidez também
contribui com o tratamento da endometriose.
PREVENÇÃO
Não há nada muito bem estabelecido para a
prevenção da endometriose. Ainda assim, parece
existir
uma
relação
entre
o
uso
de
anticoncepcionais orais e a menor incidência da
doença. Além disso, há indícios de que a gravidez
não só ajude a tratar a doença, como também
iniba o surgimento de novos implantes de
endométrio fora do útero.
Em termos preventivos, contudo, o mais
importante é que a mulher em idade reprodutiva
visite o ginecologista anualmente para que o
médico possa detectar a doença em seu estágio
inicial e, assim, evitar o agravamento dos sintomas
dolorosos e, sobretudo, os tratamentos mais
invasivos. Vale lembrar que a endometriose não é
uma doença transmissível.
Fonte:
Assessoria Médica Fleury
http://www.fleury.com.br/Publico/Medicos/Pages/A
ssessoriaMedicos.aspx
Realização
Programa de Saúde Preventiva
Parceria (FEA – CECOM)
O QUE É ENDOMETRIOSE?
CAUSAS E SINTOMAS
A endometriose é uma doença caracterizada pela
implantação de fragmentos do tecido que reveste a
parte interna do útero – o endométrio – fora da
cavidade uterina.
O sintoma mais característico é a cólica menstrual
de forte intensidade, que não melhora facilmente
com analgésicos, a ponto de incapacitar a mulher
para exercer suas atividades cotidianas.
Essa condição tem sido estudada há muitos anos,
mas seus mecanismos ainda não são totalmente
conhecidos. Supõe-se que, quando a mulher
menstrua, minúsculos pedaços do endométrio, em
vez de serem eliminados, subam pelas trompas,
implantem-se na cavidade abdominal adjacente e
cresçam sob a ação dos hormônios.
Além disso, a endometriose causa dores nas
relações sexuais, irregularidade nos ciclos
menstruais, alterações intestinais e urinárias
durante a menstruação, como dor à micção e à
evacuação ou mesmo diarréia, e a já mencionada
infertilidade.
O problema é que, a cada ciclo menstrual, esse
tecido endometrial implantado em outras regiões
abdominais – sobretudo nos ovários, nas trompas,
na superfície externa do útero e na área entre a
vagina e o reto – também sangra, provocando
sintomas
incômodos
e
algumas
vezes
incapacitantes.
Apesar disso, a endometriose não costuma evoluir
para formas mais graves ou para câncer. Sua
conseqüência mais importante é a infertilidade,
que pode ocorrer em mulheres com a trompa
obstruída ou deformada, ou mesmo por uma
combinação de fatores hormonais e imunológicos.
Estima-se que de 10% a 15% da população
feminina
em
idade
reprodutiva
tenha
endometriose, mas nem todas as mulheres
apresentam dificuldade para engravidar.
A tentativa malsucedida de engravidar por mais de
um ano, associada a esses sinais clínicos, é
fortemente indicativa do quadro. Nos casos mais
avançados da doença, a mulher pode ter cólicas
crônicas, ou seja, também fora do período
menstrual.
Assim como seus mecanismos, as causas da
endometriose não estão totalmente claras. Uma
das correntes mais aceitas diz respeito à
participação da imunidade no processo de implante
do endométrio no exterior do útero. O natural seria
que esse tecido fosse rejeitado fora de seu
ambiente natural, mas o sistema imunológico, por
alguma razão, impede essa rejeição, permitindo
que o tecido endometrial se fixe e se aprofunde na
cavidade abdominal, dando origem à doença.
Alguns fatores também parecem predispor a
mulher a ter a endometriose, entre os quais o
número de menstruações, que hoje é dez vezes
maior do que no início do século passado. Fala-se,
ainda, em um componente hereditário como fator
de risco, não obstante a dificuldade de identificar
mulheres mais velhas com endometriose, já que,
não faz muito tempo, a condição era mal
diagnosticada.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico exige uma combinação entre
avaliação da história da mulher, exame
ginecológico bem-feito e resultados de métodos
diagnósticos complementares, entre os quais o
teste para dosar uma substância considerada como
um marcador de endometriose, o CA-125, a
ultrassonografia da pelve por via transvaginal, a
tomografia computadorizada e a ressonância
magnética.
A confirmação, no entanto, vem com a análise de
fragmentos das lesões, que geralmente são
retirados pela videolaparoscopia, um procedimento
cirúrgico usado também para o tratamento da
endometriose.
TRATAMENTO
O tratamento tem o objetivo de aliviar a dor,
reduzir o tamanho dos implantes, impedir a
progressão da doença, restaurar a fertilidade e
evitar o surgimento de novos focos.
Para os casos de endometriose avançada, quase
sempre há necessidade de cirurgia (na maioria das
vezes feita por meio da videolaparoscopia),
Download