Caldesmon aumentado em lesões endometrióticas 56º Congresso

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56º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010
Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Caldesmon aumentado em lesões endometrióticas
Meola, J1; Hidalgo, GS1; Rosa e Silva, JC1; Paz, CCP2; Ferriani, RA1
Laboratório de Biologia da Reprodução - Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP
Departamento de Genética, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP
[email protected]
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Palavras-chave: CALD1, endometriose, expressão gênica, PCR em tempo real, tecido ectópico.
Background: A endometriose é uma doença ginecológica benigna, estrógeno dependente, caracterizada pela
presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina (ectópico). Acomete 10% da população feminina e sua
sintomatologia é variada. Possui etiologia complexa e multifatorial. Estudo da expressão de genes envolvidos em
vias que possam levar ao desenvolvimento e manutenção do tecido ectópico pode esclarecer eventos envolvidos
com a doença. Várias funções, direta ou indiretamente, vêem sendo associadas ao gene CALD1 (caldesmon), como:
inibição da contratilidade celular e adesão dependente de sinalização; estabilização das fibras de stress afetando a
morfologia, crescimento e motilidade celular; há controvérsias quanto sua regulação na formação de podossomos,
estruturas altamente dinâmicas que são encontradas em células móveis e invasivas, e na invasão celular; e regulação
da migração celular. Objetivo: Avaliar a expressão do gene CALD1 indicado como desregulado previamente por
nosso grupo em lesões endometrióticas (Meola et al., 2010). Casuística: As pacientes foram divididas em dois grupos.
Grupo I: composto por 40 pacientes com endometriose, das quais foram feitas 40 biopsias pareadas de endométrio
eutópico (20 fase proliferativa e 20 fase secretora) e 40 de tecido ectópico (20 lesões peritoneais e 20 endometriomas
ovariano). Grupo II: composto por 15 mulheres saudáveis, das quais se coletou duas biopsias de endométrio pareadas
de acordo com a fase do ciclo menstrual, sendo 15 biópsias na fase proliferativa e 15 na fase secretora do ciclo
menstrual. Métodos: A expressão foi analisada por PCR em tempo real. O nível de expressão do gene foi calculado para
cada amostra de acordo com o método de 2-ΔΔCT. Análise Estatística: A variável expressão gênica foi transformada
pelo log10. Utilizamos o teste de t pareado e t não pareado para comparar a expressão do CALD1 entre os tecidos.
Foram feitas análises de t não pareado para comparar os níveis de expressão gênica obtidos nos tecidos ectópicos
com o estadiamento das lesões, estadios iniciais (I + II) e avançados (III + IV). Foi feita correlação de coeficiente
de Pearson para comparar as expressões entre os genes. Foram considerados significantes P < 0,05. Resultados:
Diferenças significativas de expressão para o gene foi encontrada quando comparamos: 1) o grupo controle com o
endométrio eutópico de pacientes com endometriose na fase secretora do ciclo menstrual (P=0.0232); 2) endométrio
eutópico com o ectópico peritoneal de mulheres com endometriose nas fases proliferativa (P=0.0109) e secretora
do ciclo (P=0.0034); 3) as lesões ovarianas com o tecido eutópico nas fases proliferativa (P=0.0046) e secretora
(P=0.0024). Conclusão: a desregulação do CALD1 nas lesões endometrióticas pode ser responsável pela perda da
homeostase celular nas células ectópicas, contribuindo para seu desenvolvimento, estabelecimento e manutenção.
Apoio: FAPESP e FAEPA.
Referência
Meola J et al. (2010) Differentially expressed genes in eutopic and ectopic endometrium of women with
endometriosis. Fertil Steril, 93: 1750-73.
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