INTENCAO DE PESQUISA PARA PRODUCAO DA MONOGRAFIA ROSANA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
COMITÊ GESTOR INSTITUCIONAL DE FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO
DA EDUCAÇÃO BÁSICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
GRUPO DE ESTUDOS EM EDUCAÇÃO, CULTURA E MEIO AMBIENTE
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO, POBREZA E DESIGUALDADE SOCIAL
INTENÇÃO DE PESQUISA PARA PRODUÇÃO DA MONOGRAFIA
IDENTIFICAÇÃO DO AUTOR
Aluno (a): Rosana Cristina Costa dos Santos
Matrícula: nº 2016618E0307
Polo: Marabá/PA
Endereço completo: Rua 14 de Maio Nº 79 Bairro: Boa Esperança
Telefone(s): (94) 991424672
E-mail: [email protected]
TÍTULO PROVISÓRIO: DESIGUALDADE, DIVERSIDADE E EDUCAÇÃO: Praticas Educativas
Inclusivas com o Processo de Socialização e Aprendizagem.
JUSTIFICATIVA:
A educação deve ser promovida visando ao pleno desenvolvimento da pessoa e
seu preparo para a cidadania, o que pressupõe a convivência na diversidade, em ambiente que
represente a sociedade como ela é composta de pessoas com e sem deficiência. As Escolas
regulares com orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes
discriminatórias criando comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e
alcançando educação para todos. A concepção da inclusão educacional expressa o conceito de
sociedade inclusiva, aquela que não elege, classifica ou segrega indivíduos, mas que modifica
seus ambientes, atitudes e estruturas para tornar-se acessível a todos.
Portanto, esta temática constitui-se num instrumento de reflexão para aos
educadores da Educação Básica, acerca dos desafios postos pela sociedade contemporânea,
principalmente no que diz respeito à diversidade humana e ao pluralismo cultural, pois, acreditase que a reflexão sobre a diversidade, seja o ponto de partida da caminhada rumo a
transformações conceituais e práticas da escola, a fim de garantir educação para todos, por meio
de aprendizagens efetivas que garantam a permanência do aluno e, consequentemente, seu
sucesso escolar. É sabido a todos que a diversidade humana está posta desde os primórdios da
humanidade, mas, apenas a partir do final do século XX é que a sociedade se dá conta desta
especificidade, declarando que os seres humanos não são iguais. Neste contexto, pode-se
afirmar que a comunidade escolar é composta por alunos de diferentes grupos sociais, políticos,
econômicos, étnicos, religiosos, etc. No entanto, a escola vem demonstrando grande dificuldade
para atender esta diversidade humana, uma vez que, ainda conserva concepções e práticas
pautadas em tendências pedagógicas que acreditam no processo de aprendizagem
homogeneizado, desconsiderando, a diversidade, ou seja, as diferenças.
Segundo Carvalho (2002, p. 70).
“Pensar em respostas educativas da escola é pensar em sua responsabilidade para garantir
o processo de aprendizagem para todos os alunos, respeitando-os em suas múltiplas
diferenças.”
Reconhecendo a importância a e relevância da temática em discussão, o presente texto
acredita ser fundamental levar o professor a refletir que vivemos em um mundo de diversidades,
onde a individualidade humana deve ser respeitada, reconhecida e aceita, uma vez que,
comprovadamente somos diferentes uns dos outros, o que faz com que todos nós tenhamos
capacidades e limitações para aprender. Neste contexto, cabe ao professor reconhecer seu papel
de mediador de aprendizagens, para todos os alunos, devendo ser esta mediação desprovida de
preconceito, estigma e exclusão.
Sendo assim, Amaral (1998), ressalta que a educação precisa prestar um bom serviço à
comunidade, buscando atender as especificidades dos alunos que chegam à escola, cabendo à
educação adequar-se às necessidades dos alunos e não os alunos às necessidades e limitações
escola.
A intervenção pedagógica numa perspectiva inclusiva deverá considerar que a
diversidade está presente em sala de aula e que as diferentes formas de aprender enriquecem o
processo educacional. Nela o professor educador assume grande responsabilidade na superação
de barreiras de atitudes discriminatórias em relação às diferenças dentro da escola. No seu
estabelecimento maneiras diversificadas de organizar o tempo e o espaço pedagógicos precisam
ser previstos para o sucesso escolar, respeitando os estilos e ritmos de aprendizagem e
planejando estratégias e recursos utilizados, adequando-os às necessidades dos alunos.
A prática educativa se organiza a partir da dinâmica de aprendizagem que submerge dos
saberes que o docente possui. Barth (1993), em seus estudos procurou investigar sobre como o
professor constrói seu saber e de que forma esse saber construído se sobressai nas práticas dos
professores explicitando teorias. Além disso, a autora buscou desafiar o profissional da educação
a modificar percepções, crenças, e ações na prática, possibilitando condições para tornar viável
esse processo. Na construção do saber docente, teoria e prática são fundamentais. Para Barth
(1993), o mais importante são os resultados da atividade pedagógica e não a teoria, contudo
ressalva que para avaliar o processo dessa atividade se faz necessário lançar mão da teoria.
Na maioria das escolas brasileiras percebe-se uma prática educativa discriminatória,
preconceituosa e excludente, tentando unificar e homogeneizar saberes e, na maioria das vezes,
negando conhecimentos milenares por pertencerem a grupos tidos como inferiores. Parece ser
habitual entre educadores/as utilizar-se do senso comum e não do conhecimento científico para
abordar determinados temas referentes a algumas culturas, vistas como inferiores, a exemplo das
culturas de matrizes africanas, em geral, temas apresentados sem nenhum embasamento teórico.
São por esses e outros motivos que grupos menos favorecidos e historicamente discriminados,
continuam sendo discriminados e excluídos do sistema escolar.
Ainda lançando mão do pensamento de Freire (2002), é possível vislumbrar uma prática
pedagógica transformadora por meio dessa relação aos saberes/conhecimentos docentes em que
se pensa a educação como uma práxis emancipatória. E, pensando na escola como um espaço
em que perpassa por diversas discussões acerca das mudanças pragmáticas para a inserção das
diferenças, a proposta de inclusão escolar representa mais do que uma luta ou incorporação das
pessoas excluídas nos espaços escolares, elas decorrem principalmente pelo reconhecimento e
valorização das diferenças, um direito que garante a todos uma educação para a cidadania.
Vivemos em um mundo, considerado por muitos, pós-moderno, no entanto, velhas
questões como racismo, homofobia, entre outras formas de discriminação, persistem nas
sociedades. Essas questões nunca ocuparam tanto espaço na mídia, nas discussões científicas e
na sociedade em geral, como na atualidade. Uma preocupação mundial que perpassa todos os
segmentos sociais. No entanto, se percebe nas escolas brasileiras que o espaço reservado para
a discussão dessas questões é insignificante diante da urgência e importância do assunto. O
objetivo do presente artigo é refletir sobre as desigualdades sociais e culturais existentes no
sistema educacional brasileiro, enfocando as dificuldades de acesso e permanência dos grupos
menos favorecidos e historicamente discriminados, a exemplo da população afrodescendente, a
uma educação pública, democrática e de qualidade, assim como, da urgência de se colocar em
prática uma educação das relações étnico-raciais. Estas reflexões foram realizadas à luz dos
teóricos que estudam a temática, tais como: Amaral (1998), Arroyo (2007), Bourdieu (1998),
Carvalho (2002), Gomes (2003), Haddad (2007), Salvato (2008), entre outros.
PROBLEMÁTICA:
Como que as professoras da sala de aula comum da escola X estão trabalhando na pratica
educativa a inclusão, diversidade e desigualdade na socialização da aprendizagem?
OBJETO DA PESQUISA:
Conhecer a realidade dos alunos e professores envolvidos no processo educativo inclusivo.
Averiguar como está a questão da desigualdade e diversidade inserida na escola alvo da
pesquisa
METODOLOGIA:
Esse trabalho será realizado através de pesquisa bibliográfica e de campo, como forma
de subsidiar as ideias que serão desenvolvidas. Segundo Prestes (2008, p.26), “a pesquisa
bibliográfica é aquela que busca adquirir conhecimentos a partir de informações provenientes de
materiais gráficos ou de outras fontes”. No caso deste trabalho, serão pesquisadas fontes que
abordem a temática estudada, como livros, artigos, documento, de modo a complementar o
estudo que foi reforçado com a pesquisa de campo, que segundo Andrade (2009), recebe esse
nome por ser realizada no local em que ocorre o problema.
Desse modo, poderei explorar melhor o objeto de estudo, através do contato maior entre
pesquisador e ambiente a ser pesquisado, favorecendo a realização da pesquisa. Com esse
propósito, utilizarei o método de abordagem qualitativo descritivo, que segundo Marconi e Lakatos
(2009), aproximam melhor o pesquisador do objeto pesquisado, permitindo um contato maior
entre eles.
Dessa forma, esse tipo de método é o que melhor se adéqua aos objetivos da
pesquisa, já que a mesma busca estuda a DESIGUALDADE, DIVERSIDADE E EDUCAÇÃO:
Praticas Educativas Inclusivas com o Processo de Socialização e Aprendizagem.
Realizarei o trabalho em três etapas: Na primeira etapa realizarei uma visita na escola e
colherei informações através de um questionário a fim de compreender o perfil dos sujeitos a
serem pesquisados. A segunda etapa será através da técnica de entrevista estruturada com os
02 (seis) professores que atuam na sala de aula comum no qual trabalham com alunos de 4º ano
e 5º ano da Escola X, com o objetivo de obter informações acerca da atuação das professoras
que fazem parte do processo educativo. A escolha por este tipo de técnica de obtenção de dados
se deu pela sua facilidade em adquirir informações acerca do problema estudado. Conforme diz
Marconi e Lakatos (2009, p.278), “o objetivo da entrevista é compreender as perspectivas e
experiências dos entrevistados”. Deste modo, por meio da entrevista compreenderei melhor os
sujeitos da pesquisa, buscando entender seu posicionamento acerca das diversidades,
desigualdade e praticas educativas inclusivas desenvolvidas nas salas de aulas. A terceira etapa
será através da observação sistemática, momento em que se verificou a rotina dos alunos na
escola e as práticas desenvolvidas pelos professores, e confrontará a realidade com as
informações obtidas na entrevista. De acordo com Marconi e Lakatos (2009): “a observação é
uma técnica de dados para conseguir informações utilizando os sentidos na obtenção de
determinados aspectos da realidade.” Portanto, através da observação averiguarei a realidade
desses alunos dessa escola na sala de aula comum.
REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANDRADE, M. M. de Introdução a metodologia do trabalho Científico. São Paulo: Atlas, 2009.
AMARAL, Lígia Assumpção. Sobre crocodilos e avestruzes: falando de diferenças físicas,
preconceitos e sua superação. In: AQUINO , Julio Groppa (org.): Diferenças e preconceito na
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(Org.). Um olhar além das fronteiras: educação e relações étnico-raciais. Belo Horizonte:
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BOURDIEU, Pierre. A escola conservadora: as desigualdades frentes à escola e à cultura.
In: BOURDIEU, Pierre. Escritos de educação. 8. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998. p. 39-64.
_______________. “Os excluídos do interior”. In: BOURDIEU, P. Escritos de educação. 8. ed.
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CARVALHO, Rosita Edler. Removendo Barreiras para a aprendizagem. 4. ed. Porto Alegre:
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GOMES, N. L. Educação e diversidade étnico-cultural. In: RAMOS, M. N; ADÃO, J. M;
BARROS, G. M. N. Diversidade na educação: reflexões e experiências. Brasília: SEMT, 2003,
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HADDAD, Sérgio. Educação e exclusão no Brasil. São Paulo: Ação Educativa, 20007.
LAKATOS. E. M E MARCONI, M. A. Metodologia Cientifica. São Paulo: Atlas, 2009.
PRESTES, M. L. M. A pesquisa e a construção científica: do planejamento aos textos da
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SALVATO, M. A. Desenvolvimento humano e diversidade. IN: BARROS, José M. (Org.).
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