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PARA PUBLICAÇÃO IMEDIATA
16 de março de 2015
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Painel de peritos apela a uma colaboração mais estreita
entre a saúde humana e a saúde animal
Peritos em saúde humana e saúde animal apelaram às comunidades médica, veterinária,
de saúde pública e cuidados de saúde afins no sentido de colaborarem mais
estreitamente na prevenção e no combate às doenças em duas vertentes:


Doenças infeciosas que podem ser transmitidas entre pessoas e animais, como a
gripe, a raiva, o vírus Ébola e o vírus do Nilo Ocidental
Doenças comuns a pessoas e animais, como por exemplo a artrite, o cancro, a
diabetes e alergias.
AMESTERDÃO, PAÍSES BAIXOS - 16 de março de 2015 - Um painel de peritos em cuidados
de saúde humanos e animais apelou a uma maior colaboração no combate à crescente
ameaça de doenças infeciosas transmitidas por animais e a uma inovação mais eficaz sob a
égide desta nova iniciativa, no sentido de prevenir e tratar doenças crónicas vulgares que são
comuns a pessoas e animais. Este apelo à ação surgiu num simpósio satélite que decorreu
hoje no 3.º Congresso Internacional One Health em Amesterdão*. A iniciativa foi patrocinada
pela empresa de saúde animal Zoetis.
Pessoas e animais estão mais intimamente ligados do que nunca
A crescente expansão de empreendimentos suburbanos significa que há cada vez mais
pessoas a invadirem reservas naturais que tendem a escassear, o que coloca os seres
1
humanos e os animais em contacto mais próximo com animais selvagens. Ao mesmo tempo,
não cessa de aumentar o número de agregados urbanos que adotam animais de estimação,
que se integram cada vez mais na vida familiar e vivem em estreito contacto com os seus
donos. Pessoas e animais estão mais ligados do que nunca, pelo que as doenças zoonóticas,
que se transmitem entre animais e seres humanos, representam uma preocupação muito
concreta, e não só no mundo em vias desenvolvimento. [1]
As doenças infeciosas transmitidas por animais vão continuar a representar, no futuro, um sério
problema de saúde. Mais de 60% de todas as doenças infeciosas que afetam a humanidade
têm origem em animais selvagens e 75% das doenças emergentes em seres humanos são
zoonóticas. [1,3] É provável que a prevalência das doenças zoonóticas aumente em resultado
não só da associação cada vez mais estreita com os animais, mas também do aumento das
deslocações globais e do comércio atual de animais exóticos, só para referir alguns exemplos.
[1] Dado que a adoção de medidas preventivas eficazes ultrapassa as possibilidades de
qualquer organização do setor da saúde, assiste-se a uma crescente colaboração entre um
conjunto muito diversificado de entidades públicas e privadas, investigadores, médicos e
veterinários ao abrigo da iniciativa "One Health"’para proteger a saúde de seres humanos e
animais, bem como para garantir o abastecimento de alimentos seguros e acessíveis. [1]
“A saúde animal também está associada à saúde dos seres humanos e a ligação entre ambas
é fundamental, quer falemos de doenças zoonóticas que se transmitem entre animais e
pessoas ou de doenças crónicas que afetam pessoas e animais por igual”, referiu Anton
Pijpers, Professor de Medicina Veterinária na Universidade de Utrecht.
Alejandro Bernal, Presidente da IFAH-Europa*, a organização que representa os fabricantes de
vacinas e medicamentos para fins veterinários e de outros produtos para a saúde animal na
Europa, esclareceu: “A deteção e o controlo das doenças nos animais não devia ocorrer
apenas depois de se manifestarem casos em seres humanos, o que sucede quase sempre;
devia começar quando se detetam pela primeira vez surtos de doenças zoonóticas em animais.
Por conseguinte, necessitamos de uma abordagem integrada homem-animal, em vez da
clássica abordagem individualizada, com a utilização racional de agentes anti-infeciosos,
vacinas e outras medidas de controlo, tanto em seres humanos como em animais. A
colaboração e o modelo comercial vigentes necessitam de otimização. Há ferramentas,
metodologias e competências que permitem abordar estes problemas, mas é necessário
2
investir em novas soluções sustentáveis e, mais importante, melhorar a cooperação entre a
saúde humana e a saúde animal.”
Melhor colaboração no presente para enfrentar os problemas do futuro
É necessário que organizações como a IFAH, EFPIA*, OMS*, FAO* e OIE* trabalhem em
conjunto com os governos nacionais na recolha dos impactos diretos e indiretos das doenças
zoonóticas e revelem os custos associados, o que, com o tempo, levaria a mais dedicação à
prevenção e ao controlo das doenças zoonóticas e não ao tratamento depois de afetados seres
humanos.
Magda Chlebus, Diretora de Política Científica da Federação Europeia das Associações da
Indústria Farmacêutica (EFPIA), sublinhou que “A saúde, nas suas vertentes humana, animal e
ambiental, enfrenta inúmeros desafios comuns ou afins. O sucesso em fazer-lhes frente
dependerá, mais do que nunca, da nossa capacidade de integrar os conhecimentos, as
ciências e as tecnologias de muitos setores e empresas. A ameaça de bactérias resistentes é
um desafio que exige essa colaboração e coordenação.” A EFPIA convidou empresas do setor
da saúde animal a enfrentarem em conjunto o desafio "One Health" no quadro da iniciativa
comunitária público-privada Iniciativa sobre Medicamentos Inovadores.
Confirmando o seu empenho nas colaborações no âmbito da iniciativa "One Health", Michelle
Haven, veterinária e Vice-Presidente Sénior da secção Desenvolvimento, Alianças e Soluções
Empresariais da Zoetis, afirmou: “Entusiasma-nos a ideia de fomentar uma colaboração mais
estreita entre a saúde humana e a saúde animal. Acreditamos que ela pode realmente acelerar
o desenvolvimento de ferramentas e tecnologias de saúde sofisticadas que não só protegem
melhor contra doenças infeciosas, como também ajudam a enfrentar alguns dos principais
desafios em termos de doenças crónicas do século XXI, como as doenças cardiovasculares e a
osteoartrose. Uma abordagem "One Health" também pode ser uma mais-valia para novas
empresas de biotecnologia e empresas start-up, que podem comercializar as suas invenções
mais cedo no mercado veterinário.”
Haven referiu dois exemplos nos quais a adoção da iniciativa "One Health" para controlar uma
doença zoonótica se revelou um êxito. Ao abrigo da iniciativa "One Health", grupos
multidisciplinares uniram-se com o objetivo de erradicar a raiva tanto em cães como em seres
humanos antes de 2030. Michelle Haven realçou ainda a colaboração entre a Zoetis, a
3
Organização de Investigação da Comunidade Científica e Industrial, na Austrália, e a Fundação
Henry M. Jackson no desenvolvimento de uma vacina para controlar o vírus Hendra, uma
doença zoonótica que pode colocar em perigo a vida de cavalos e pessoas e que tem um
impacto económico. Como o Prof. Adrian Hill, Diretor do Instituto Jenner, Universidade de
Oxford, teve ocasião de explicar: “Muitas vezes, o encerramento de uma área e a sua
colocação em quarentena por motivo de um surto representa um prejuízo mais importante do
que o da infeção ou abate de animais. As reações da imprensa e o abrandamento económico
têm impactos muito mais graves do que os da própria doença. Foi o que sucedeu com os
surtos do vírus Hendra na Austrália.”
Colaboração "One Health" para prevenção de doenças crónicas
A abordagem colaborativa "One Health" não se limita às doenças veiculadas por animais que
infetam seres humanos; inclui igualmente medicamentos "translacionais". É o conceito segundo
o qual os conhecimentos de certas áreas são aplicados noutras áreas. A título de exemplo,
muitas doenças similares manifestam-se tanto em animais como em seres humanos:
osteoartrose, doenças renais, doenças cardiovasculares e diferentes cancros, só para referir
algumas. Nestes casos, o conhecimento acumulado numa área de investigação pode ser
convertido em soluções válidas para outras espécies. [9] Casos muitos práticos do que se
refere incluem a partilha de bibliotecas de compostos entre investigadores da saúde animal e
da saúde humana e o desenvolvimento de novos modelos in vivo na fase de investigação préclínica que aceleram o desenvolvimento de novos medicamentos. Daqui resultam igualmente
vantagens financeiras, já que os produtos encontram novas utilizações e novos mercados em
diferentes espécies. A Zoetis atua na área dos medicamentos translacionais, disponibilizando
conhecimento especializado em biofarmacêutica veterinária (anticorpos monoclonais e outras
proteínas terapêuticas) para a avaliação de outros alvos que não espécies de roedores.
Atribui-se uma prioridade cada vez maior ao reforço das relações entre organizações de saúde
humana e de saúde animal para que possam estar prontas a responder aos problemas do
futuro. A título de uma contribuição muito concreta para a iniciativa "One Health", a Zoetis está
a organizar debates entre peritos, no formato de mesas-redondas, com representantes de
entidades da saúde humana e da saúde animal. Esses debates decorrerão no dia 17 de março
de 2015 e incidirão sobre formas de melhorar a colaboração tanto ao nível da saúde humana
como da saúde animal.
4
Para mais informações sobre o 3.º Congresso Internacional One Healh, queira visitar o site
http://www.iohc2015.com/.
Quem é a Zoetis
Zoetis (zô-EH-tis) é a principal empresa de saúde animal, dedicada a apoiar os clientes e as
suas atividades. Contando com uma experiência de mais de 60 anos no setor da saúde animal,
a Zoetis descobre, desenvolve, fabrica e comercializa vacinas e medicamentos para fins
veterinários, complementados por produtos de diagnóstico e testes genéticos, com o apoio de
uma gama variada de serviços. Em 2014, a empresa gerou uma receita anual de $4,8 mil
milhões. Com cerca de 10 000 colaboradores em todo o mundo no início de 2015, a Zoetis está
ao serviço de veterinários, produtores de gado e pessoas que criam e cuidam de animais de
criação e de estimação, e os seus produtos estão à venda em 120 países. Para obter mais
informações, visite www.zoetis.com.
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* Simpósio Satélite IOHC - Segunda-feira, 16 de março de 2015
Doenças similares – soluções similares: apelo a uma colaboração mais estreita entre saúde
humana e saúde animal
1.
Alejandro Bernal – Presidente da Federação Internacional de Saúde Animal (IFAH) Europa –
Perspectiva da IFAH sobre a iniciativa “One Health” - Bélgica
2.
Magda Chlebus – Diretora de Política Científica da Federação Europeia das Associações da
Indústria Farmacêutica (EFPIA) – O interesse da EFPIA na iniciativa “One Health” e as
oportunidades resultantes da Iniciativa sobre Medicamentos Inovadores (IMI) – Bélgica
3.
Professor Anton Pijpers – Vice-Presidente da Direção Executiva da Universidade de Utrecht – A
interligação entre pessoas saudáveis e a saúde animal - Países Baixos
4.
Professor Adrian Hill – Diretor do Instituto Jenner, Universidade de Oxford – “Respostas rápidas a
novas epidemias” – Reino Unido
5.
Dr. Emmanuel Hanon – Vice-Presidente Sénior, Diretor de Investigação e Desenvolvimento de
Vacinas da GSK – A necessidade de inovação e alianças “One Health” na Saúde Humana –
Bélgica
6.
Dr.ª Michelle Haven – Vice-Presidente Sénior, Diretora de Desenvolvimento, Alianças e Soluções
Empresariais da Zoetis – A necessidade de inovação e alianças “One Health” na Saúde Animal –
EUA
Referências
1. Kahn LH, Kaplan B, Steele JH (2007) Confronting zoonoses through closer collaboration between
medicine and veterinary medicine (as 'one medicine'). Vet Ital 43: 5-19.
2. Bidaisee S, Macpherson CN (2014) Zoonoses and one health: a review of the literature. J Parasitol
Res 2014: 874345.
3. (2011) French position on the One Health concept. Paris: French Ministry of European and Foreign
Affairs.
5
4.
5.
6.
7.
8.
9.
(2014) Rabies: Fact Sheet #99. Geneva: World Health Organization.
http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs099/en/ Last accessed February 2015.
Fooks AR, Banyard AC, Horton DL, Johnson N, McElhinney LM, et al. (2014) Current status of
rabies and prospects for elimination. Lancet 384: 1389-1399.
Global Alert and Response (GAR): Hendra Virus (HeV) Infection. World Health Organization.
http://www.who.int/csr/disease/hendra/en/ Last accessed February 2015.
Middleton D (2014) Hendra virus. Vet Clin North Am Equine Pract 30: 579-589.
Eisler MC, Lee MR, Tarlton JF, Martin GB, Beddington J, et al. (2014) Agriculture: Steps to
sustainable livestock. Nature 507: 32-34.
Lerner H, Berg C. (2015) The concept of health in One Health and some practical implications for
research and education: what is One Health? Infect Ecol Epidemiol. 2015:25300.
CSIRO: Organização de Investigação da Comunidade Científica e Industrial (Agência Federal
Australiana para a Ciência)
EFPIA: Federação Europeia das Associações da Indústria Farmacêutica
FAO: Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
IFAH: Federação Internacional de Saúde Animal
OIE: Organização Mundial da Saúde Animal
OMS: Organização Mundial de Saúde
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