Naiza Nunes Violato

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VII SEPECEL – Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão
do Centro de Educação e Letras.
Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus Foz do
Iguaçu, PR.
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES EM
TRATAMENTO DIALÍTICO DO MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU
Naiza Nunes Violato1( apresentadora), Helder Ferreira2(Orientador)
Curso de Enfermagem1 ([email protected]); Curso de
Enfermagem2 ([email protected])
Palavras-chave: hemodiálise, enfermagem, qualidade de vida.
Introdução
Os rins humanos são órgãos pares em forma de feijão, localizados à
direita e à esquerda da coluna vertebral em posição retroperitoneal
(DANGELO; FATTINI, 2002, p. 138).
Múltiplas funções são desempenhadas pelos rins: excreção de
produtos de degradação do metabolismo; regulação do equilíbrio
hidroeletrolítico, ácido-básico e pressão arterial; secreção, metabolismo e
excreção de hormônios (GUYTON; HALL, 2002, p. 265).
A concentração sérica de creatinina, metabólito da creatina eliminado
quase exclusivamente pela filtração glomerular, associado com a
concentração sanguínea de uréia são marcadores confiáveis da função renal
(ANDREOLI et al, 2002, p. 206). Para Douglas (2001, p.157), de um modo
simplista, quando a função renal é inadequada para a determinação e
conservação do meio interno, instala-se o quadro de insuficiência renal que
pode ser de dois tipos: Insuficiência renal aguda (IRA) e Insuficiência renal
crônica (IRC).
Segundo ANDREOLI et al (2002, p. 253), a IRA é caracterizada por
diminuição abrupta e rápida da função renal, sendo potencialmente
reversível com o tratamento precoce e podendo ser dividida em três
categorias de acordo com suas causas:
1) Insuficiência renal aguda pré-renal: resulta da diminuição do
suprimento sanguíneo para os rins, essa diminuição pode ser causada pela
redução do débito cardíaco, diminuição do volume sanguíneo e da pressão
arterial como em hemorragia intensa.
2) Insuficiência renal aguda intra-renal: doenças intrínsecas do rim,
como aquelas que afetam os vasos sanguíneos, os glomérulos e os túbulos.
3) Insuficiência renal aguda pós-renal: aquelas que causam obstrução
do sistema coletor, ou seja, dos cálices até o orifício da bexiga.
A IRC é uma deterioração progressiva e irreversível da função renal,
podendo levar meses a anos para se instalar. Está mais associada a
condições intra-renais ou complicações de doenças sistêmicas (TIMBY;
SMITH, 2005, p.1025 e 1026).
Quanto às manifestações clínicas da IRC, podem ser encontradas: 1Manifestações cardiovasculares e pulmonares: hipertensão (devido à
retenção de sódio e água), insuficiência cardíaca congestiva, pericardite
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devido à irritação da membrana do pericárdio pelas toxinas urêmicas, edema
pulmonar. 2-Manifestações dermatológicas: prurido intenso, pele seca e
escamosa, unhas e cabelos finos e quebradiços. 3-Gastrointestinais:
náusea, vômito, constipação ou diarréia, hálito de amônia. 4-Neurológicos e
musculares: fraqueza, desorientação, tremor muscular, câimbras, queimação
na sola dos pés, cansaço nas pernas (SMELTZER; BARE, 1999, p. 1022).
Instalada a IRC, o tratamento concentra-se em substituir as funções
renais perdidas, para isso são necessários vários componentes: uma
prescrição dietética composta de minerais líquidos e restrições alimentares
(Ash et al 2006; Mallick e Gokal, 1999), um extenso uso de medicamentos
(Lindberg et al 2007; Manley et al 2004) e tratamento dialítico (hemodiálise e
diálise peritoneal) (Couchoud et al. 2009; Mallick e Gokal 1999).
As terapias atuais de substituição da função renal incluem alternativas
de tratamento de diálise ou transplante renal. Em geral, a escolha de um
determinado tratamento é discutida junto com os médicos, mas a decisão
final depende do próprio paciente, pois é preciso avaliar suas preferências e
julgamentos sobre qual modalidade disponível é mais favorável para a sua
aderência, qualidade de vida (Christensen; Moran 1998; Lee et al. 2008) e
menor custo financeiro (Nissenson et al. 1997).
Os cuidados de enfermagem a esses pacientes são direcionados para
a avaliação do estado hidroeletrolítico, fornecer explicações/informações
sobre a doença e possíveis complicações, orientar quanto ao autocuidado,
informar sobre quais problemas devem ser relatados ao profissional de
saúde (TIMBY; SMITH, 2005, p.1028).
Para Ramos et al (2008, p. 74), cuidar desses pacientes significa
atender às suas necessidades, compartilhar saberes e facilitar a
compreensão da doença e de meios de recuperação, o que inclui a sua
participação e da família. Suas expressões de dor e sentimentos fazem parte
da demanda de cuidados aos quais o enfermeiro deve dar atenção, ter uma
postura ética e humana e visar a um aprendizado contínuo junto ao próprio
cliente e à equipe multidisciplinar.
O apoio da enfermagem é fundamental para ajudar pacientes em
tratamento dialítico a desenvolverem habilidades para resolver problemas,
definir metas e compreender os seus progressos para gerenciar os múltiplos
aspectos de sua doença. A abordagem deve ser individualizada, respeitando
a crença, sentimento, cultura, situação econômica, habilidade e
conhecimento da doença. Outras estratégias incluem incentivar o paciente
para que participe de grupos de apoio, fazendo perguntas, informando
outros pacientes sobre seu progresso, tendo tempo para ouvir, e ajudar a
desenvolver um plano de ação com quadros de curto e longo prazo. A
enfermeira pode também solicitar que outros membros da equipe
multidisciplinar possam ajudar os pacientes a superar obstáculos e
desenvolver estratégias de gestão dos seus próprios cuidados. (LINDBERG,
2010).
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Objetivos
Avaliar a qualidade de vida dos pacientes renais crônicos em tratamento
hemodialítico.
Materiais e métodos
Estudo epidemiológico, descritivo, transversal, de abordagem
quantitativa.
A população do estudo será constituída por 60 pacientes em
tratamento dialítico no município de Foz do Iguaçu-PR. Serão pacientes do
sexo masculino e feminino em tratamento dialítico de hemodiálise, que
realizam seu tratamento na clínica de diálise no município de Foz do Iguaçu,
no período de março a junho de 2012. Serão incluídos adultos com mais de
18 anos de idade e que assinarem o termo de consentimento livre e
esclarecido. Os participantes da pesquisa serão esclarecidos sobre o
propósito do trabalho e será lido o termo de consentimento livre e
esclarecido.
Serão excluídos pacientes que fazem diálise peritoneal ambulatorial
contínua, diálise peritoneal automática e pacientes em trânsito, ou seja,
pacientes que são de outras regiões, estados ou países e estão em viajem
ou trabalho e fazendo hemodiálise na clínica por períodos determinados.
Serão excluídos também pacientes que apresentarem dificuldade de
compreensão ou instabilidade clínica.
Após serem informados sobre o que é a pesquisa, seus benefícios e
em que serão aplicados seus resultados, será disponibilizado dois
instrumentos para coleta de dados:
O primeiro será um questionário contendo 12 questões estruturadas
abordando aspectos epidemiológicos e do cotidiano, como hábitos
alimentares anteriores ao tratamento dialítico, doenças que existiam antes
da IRC, idade, sexo, prática de exercícios físicos, tipo de residência, renda
mensal, idade em que iniciou tratamento dialítico. As respostas serão
anotadas pelo entrevistador.
O segundo instrumento será o questionário SF-36, da Organização
Mundial da Saúde, destinado a avaliar a qualidade de vida relacionada à
saúde. O questionário SF-36 será preenchido pelo pesquisador, durante as
sessões de hemodiálise.
A pesquisa não oferece riscos aos pacientes em tratamento
hemodialítico, visto que, a pesquisa será norteada por princípios éticos
segundo o Conselho Nacional de Saúde CNS 196/96.
Resultados e Discussão
Os dados estão sendo coletados e iniciou-se a fase de análise. Até o
momento os resultados são insuficientes para serem apresentados.
Conclusões ou Considerações Finais.
Pretende-se com a pesquisa trazer benefícios aos pacientes, pois os
resultados da pesquisa serão apresentados para a equipe da Clínica de
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Diálise, no intuito de contribuir com a melhor qualidade da assistência
prestada aos pacientes.
Referências
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SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Tratado de Enfermagem
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TIMBY, Barbara Kuhn; SMITH, Nancy E. Enfermagem Médico Cirúrgica.
8ª edição. Barueri, São Paulo: Manole, 2005.
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