Mycobacterium leprae ISOLADO DE PELE HUMANA

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Mycobacterium leprae ISOLADO DE PELE HUMANA: ULTRAESTRUTURA
E RESPOSTA IMUNE
FERREIRA, D.V.G.1; SARMENTO, V.P.1; SILVA, M.C.1; SILVA, J.P.1,2; DINIZ,
J.A.P.3; SALGADO, C.G.1,4
1
Laboratório de Dermato-Imunologia Universidade do Estado do Pará (UEPA),
Universidade Federal do Pará (UFPA) e Unidade de Referência em
Dermatologia
Sanitária
do
Estado
2
do
Pará
“Dr.
Marcelo
Candia”;
3
Departamento de Farmácia, UFPA; Laboratório de Microscopia Eletrônica do
Instituto Evandro Chagas; 4Departamento de Patologia, UFPA.
e-mail: [email protected]
Objetivo: caracterizar o Mycobacterium leprae isolado de lesões de pacientes
multibacilares (MB) e analisar a interação destes bacilos com macrófagos
peritoneais de camundongos BALB/c. Materiais e métodos: biópsias de lesões
dos pacientes MB foram tratadas com dispase para isolamento do M. leprae e
os bacilos recém-isolados foram fixados em lamínulas para caracterização
ultraestrutural por microscopia eletrônica de varredura (MEV). Macrófagos
peritoneais de camundongos foram co-cultivados com M. leprae e os níveis das
citocinas TNF- e IFN- no sobrenadante das culturas foram quantificados por
ELISA após 1, 6, 12, 24 e 72 h de interação. Resultados: à MEV os bacilos
isolados enzimaticamente se mostraram íntegros, em formato de um pequeno
bastão, com a superfície levemente rugosa. Na interação, houve aumento
estatisticamente significativo nos níveis de TNF-
e IFN-
secretados pelos
macrófagos nos diferentes tempos avaliados. Os níveis máximos de TNF- no
sobrenadante, 98,2 pg/ml (controle: 2,4pg/ml) foram obtidos após 6 h de
interação, diminuindo para 39,7 pg/ml após 72 h, enquanto que o pico máximo
de IFN- , 188,2 pg/ml, só foi alcançado após 72 h de interação com M. leprae.
Conclusões: imagens ultraestruturais do M. leprae são raras, e nossos
achados são compatíveis com a MEV de bacilos de M. tuberculosis, o que nos
permitirá fazer estudos comparativos. A interação com macrófagos estimula a
produção de TNF-
e IFN-
em diferentes momentos. A análise de outras
citocinas e experimentos in vitro com diferentes células possibilitará traçar o
perfil da resposta imune celular na interação do M. leprae com o sistema
imunológico.
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