PDF Português - Instituto Lauro de Souza Lima

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BIOLOGIA MOLECULAR, MICROBIOLOGIA,
IMUNOLOGIA, GENÉTICA
MOLECULAR BIOLOGY, MICROBIOLOGY,
IMMUNOLOGY, GENETICS
Resumos
13º Congresso Brasileiro de Hansenologia
13 th Brazilian Leprosy Congress
21 a 25 de novembro de 2014
November 21-25, 2014
Curitiba-Paraná-Brasil
A INFECÇÃO PELO M. LEPRAE ALTERA O METABOLISMO ENERGÉTICO DA CÉLULA HOSPEDEIRA.
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Karina Girardi do Carmo de VASCONCELOS , Ana Caroline Costa PINTO , Patricia Sammarco ROSA , Maria
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Cristina Vidal PESSOLANI , Euzenir Nunes SARNO , José Augusto da Costa NERY , Milton Ozório MORAES ,
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Marcus Fernandez de OLIVEIRA , Mauro SOLA-PENNA , Flavio Alves LARA .
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Instituto Oswaldo Cruz
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de Farmácia, UFRJ .
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, Instituto Lauro de Souza Lima , Instituto de Bioquímica Médica UFRJ , Instituto
Introdução: O nervo periférico apresenta como componentes celulares as células perineurais, fibroblastos,
macrófagos e especialmente as células de Schwann. Estas células gliais dão suporte ao crescimento axonal e
realizam a mielinização dos axônios em brotamento (LE BEAU et al., 1988). O metabolismo energético das células
gliais ocorre principalmente por glicólise anaeróbica, o que gera produtos como o piruvato e o ácido láctico, podendo
ser captados por neurônios e utilizados em seu próprio ciclo de Krebs. Além disso, a glia possui reservas de
glicogênio que podem ser metabolizadas por glicogenólise, através do aumento de atividade de neurônios
(BRINGMANN et al., 2006). Anteriormente havíamos observado o aumento da captação de glicose e atividade da
enzima glicose 6-fosfato desidrogenase (G6PD) em células de Schwann infectadas pelo M. leprae, indicando um
aumento no potencial de redução celular (NADH), além da diminuição na produção de lactato e do potencial
mitocondrial. A compreensão da modulação do metabolismo fermentativo em células de Schwann é de extrema
importância para a compreensão dos mecanismos envolvidos na degeneração nervosa e incapacidades motoras
relacionadas à doença. Objetivos: No presente trabalho medimos parâmetros metabólicos referentes à glicólise, via
das pentoses, ciclo de Krebs e síntese de lipídeos em células de Schwann infectadas pelo M. leprae. Materiais e
Métodos: Foram utilizadas células de Schwann da linhagem ST8814 como modelo de infecção in vitro, e M. leprae
vivo produzido em ratos atímicos. Foi comparada a sensibilidade de células após 48 horas de infecção e controles a
três drogas inibidoras das três principais vias do metabolismo energético em mamíferos: 6-ANAM (inibidor da 6PDH –
via das pentoses), 2-deoxiglicose (inibidor da hexoquinase – glicólise) e antimicina A (inibidor do complexo III da
cadeia respiratória. Resultados: Observamos que as células infectadas tornam-se 5x mais resistentes ao 6-ANAM e
10x mais resistentes à antimicina A, indicando que o M. leprae é capaz de modular a produção de poder redutor por
outras vias que não a das pentoses na célula hospedeira, além de produzir energia através de outros meios que não
a respiração. Conclusões: Mais estudos sobre os mecanismos moleculares envolvidos na modulação do
metabolismo energético que ocorre nas células de Schwann infectadas pelo bacilo serão necessárias para
compreender os mecanismos moleculares envolvidos na proliferação celular e subsequente diferenciação e
desmielinização, envolvidos na degeneração nervosa e incapacidades motoras relacionadas à doença.
Palavras-chaves: Hanseníase, Metabolismo, Infecção
Agradeço ao meu orientador e a equipe do meu laboratório por todo apoio e incentivo intelectual.
Hansen Int. 2014; 39(Suppl 1): 5
ISSN: 1982-5161 (on-line)
Hansenologia Internationalis
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