Biologia Molecular, Microbiologia e Imunologia Molecular Biology, Microbiology and Immunology Resumos 7º Simpósio Brasileiro de Hansenologia 7th Brazilian Leprosy Symposium 13 a 16 de novembro de 2013 November 13-16, 2013 Recife - Pernambuco - Brasil AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DA ANEXINA-A1 NOS PACIENTES COM HANSENÍASE. CALOI, M.C.(1); PIMENTA, S.T.S.(2); DAMAZO, A.S.(1,2). (1) Pós Graduação em Ciências da Saúde/Faculdade de Medicina/UFMT; (2) Gradação em Medicina/Faculdade de Medicina/UFMT; (3) Departamento de Ciências Básicas em Saúde/Faculdade de Medicina/UFMT. Introdução: A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pela Mycobacterium leprae. A forma mais comum é a multibacilar, que apresenta maior carga bacilífera, e a forma paucibacilar apresenta resposta imune mais eficaz e pobre em bacilos. Anexina-A1(ANXA1) é uma proteína endógena que regula a resposta imunológica e modula positivamente a sinalização do TCR (receptor de linfócitos). Objetivo: Avaliar a expressão da proteína antiinflamatória ANXA1 nas células monocíticas e seu papel na patogênese da hanseníase. Materiais e Métodos: Pacientes (n=69), de ambos os sexos, com idade variada entre 10 e 80 anos, foram atendidos no Hospital Universitário Júlio Müller e submetidos à biópsia com um “punch” de 4 mm. As amostras de pele foram fixadas em paraformaldeído a 10% tamponado, desidratadas em etanol, clarificadas em xilol e incluídas em parafina. Os cortes foram corados com hematoxilina-eosina para análise histopatológica e Faraco-Fite para análise de presença de BAAR. Foram categorizados histolopatologicamente de acordo com a classificação de Ridley & Jopling: TT (tuberculóide), BT (boderline-tuberculóide), BB (boderline-boderline), BV (boderline-virchowiano) e VV (virchowianos). Para a detecção da ANXA1 endógena, utilizamos a técnica de imunofluorescência com o anticorpo primário antiANXA1 e o anticorpo secundário Alexafluor 488. Os dados foram analisados estatisticamente com o auxílio do software GraphPad Prism 5 pelo ANOVA one-way e Bonferroni para comparações múltiplas entre grupos, as diferenças foram consideradas significativas para p<0,05. Resultados: Na imunofluorescência para a ANXA1, evidenciamos uma marcação positiva dessa proteína em células epitelióides nos pacientes da forma TT, BT e BB. Da mesma forma, a ANXA1 também estava expressa em macrófagos espumosos nos pacientes BV e VV. Nos linfócitos CD4+ a ANXA1 estava com uma expressão menor nos pacientes TT e BT quando comparados aos pacientes BB, BV e VV. De modo semelhante, nos linfócitos CD8+, os níveis de ANXA1 estavam estatisticamente aumentados nos pacientes BV e VV, quando comparado aos grupos TT, BT e BB. Conclusão: A análise da expressão da ANXA1 indicou que essa proteína estava em níveis aumentados nos linfócitos em pacientes multibacilares, devido à presença de infiltrado celular e de bacilos nesses indivíduos. Esse resultado pode indicar que a ANXA1 está presente devido a sua ação moduladora na resposta inflamatória frente ao processo infeccioso induzido pela Mycobacterium leprae. Palavras chave: hanseníase, Anexina A1, sistema imunológico. Apoio Financeiro: FAPEMAT-edital n° 0092009 PRONEX/FAPEMAT/CNPq841967/2009 Hansen Int. 2013; 38(Supl 1): 22 ISSN: 19825161 (on-line) Hansenologia Internationalis