Universidade de Lisboa Nesta intervenção, num primeiro momento

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a escola e o mundo do trabalho
XVII colóquio afirse secção portuguesa
PASSARINHO, Isabel
Universidade de Lisboa
RESUMO
Nesta intervenção, num primeiro momento, tenta-se equacionar a relação entre a(s)
construção(ões) identitária(s) de um grupo profissional e os processos de construção de
conhecimento, privilegiando a investigação empírica dos respectivos percursos profissionais
e das aprendizagens identificadas como significativas pelos próprios profissionais.
Utilizando o conceito de «identidades profissionais» de Dubar, aproximado do conceito de
«identidades no trabalho» de Sainsaulieu, coloca-se como hipótese que existe potencial
para a produção de conhecimento próprio a partir de um referencial de experiências
significativas e reflectidas – o que consente possibilidades plurais de criação de
conhecimento, para além dos já conhecidos processos académicos para a sua criação e
validação.
Num segundo momento, procura-se dar conta da investigação empírica em curso e
apresentar alguns aspectos sobre os processos de aprendizagem ao longo da vida (com
especial enfoque nos processos de autoformação), procurando identificar as aprendizagens
realizadas nos percursos profissionais de assistentes sociais, os significados que estes lhes
atribuem e quais os processos das suas construções identitárias.
A pesquisa procura identificar e cruzar a procura de conhecimento sobre a
identidade dos actores num sistema de relações (formas relacionais) e a identificação do
tipo de trajectórias ao longo da vida de trabalho (formas biográficas).
No caso escolhido, dos assistentes sociais, fora do contexto formal da educação,
mas no contexto formal e informal das relações de trabalho com os vários intervenientes dos
processos de intervenção social.
Um dos princípios definidos, nesta nova epistemologia da formação, é o de que
aprende-se em todos os lugares e circunstâncias da vida, intencionalmente ou não, sendo as
aquisições escolares formais (que continuam a validar os conhecimentos) apenas uma parte
reduzida do saber global (ser, pensar, fazer, sentir) que cada adulto possui, desenvolve e
constrói.
a escola e o mundo do trabalho
XVII colóquio afirse secção portuguesa
Assim, procura-se conhecer e reconhecer os processos pelos quais os profissionais se
formam, produzem conhecimento e constroem identidades, no entendimento de Barbier
(1991) que nomeia a formação de adultos como um «laboratório de práticas novas».
PALAVRAS-CHAVE
Profissão; Identidade Profissional; Construção de Conhecimento; Autoformação;
Reflexividade.
Isabel Passarinho
“A(s) identidade(s) profissional(ais) e a construção de conhecimento ao longo da vida: representações dos assistentes sociais
acerca de si mesmos”
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