Nos anos 60 e 70 há um movimento de renovação na profissão, que

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UNIVERSIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO E
DA REGIÃO DO PANTANAL – UNIDERP
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
ROSANGELA MARIA DOS SANTOS RIGO – RA 153544
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SERVIÇO SOCIAL NO
BRASIL DÉCADAS DE 60/70, 80/90 E 90/2000.
São Borja – RS
2009
DÉCADA 60/70

O Brasil vivia sob o regime militar o qual proibiu o sindicalismo e suprimiu os
focos de resistência , agravando a exploração do trabalhador.

Na década de 60 os governos brasileiros fortaleceram o caráter tecnocrático e
burocrático do planejamento, excluindo a sociedade, centralizando e traçando as
decisões de cima para baixo.

O principal representante da perspectiva modernizadora é José Lucena Dantas.

Os seminários de Araxá (1967) e de Teresópolis (1970) deram à metodologia do
Serviço Social.

Nos anos 60 e 70 há um movimento de renovação na profissão, que se expressa
em termos tanto da reatualização do tradicionalismo profissional, quanto de uma
busca de ruptura com o conservadorismo.

Na década de 1960 a renovação do Serviço Social tradicional teve início a partir
da perspectiva modernizadora

Nesse contexto sociopolítico das décadas de 1960/70 amplia-se a rede de
serviços sociais e também a demanda de trabalho do assistente social, o que
conduz a profissão a um efetivo avanço nas esferas acadêmica, organizativa e
institucional, nos âmbitos público e privado.

Dentre as críticas ao tradicionalismo do Serviço Social, o documento (1974) do
“Método BH”, registrou: a neutralidade do Serviço Social (no fundo expressa
um certo comprometimento da profissão com os interesses conservadores).

A visão oficial do Serviço Social brasileiro não questionava as diretrizes
governamentais (1965-1975).

III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais, realizado em 1979, em São
Paulo.

Nota-se que, das suas origens até a primeira metade da década de 70, o Serviço
Social no Brasil foi marcado pela hegemonia de interpretações e análises sob às
influência do Serviço Social Europeu e norte-americano. Estas idéias marcaram
as elaborações no meio acadêmico-profissional, segundo uma perspectiva
acrítica, quanto a forma de pensar a sociedade e, nesta, a inserção da profissão.

A partir da segunda metade da década de 70 tal perspectiva, ainda que
hegemônica, passa a coexistir com outras que lhes são divergentes, de que é
exemplo o marxismo. Entretanto, neste período a incorporação do marxismo ao
Serviço Social se dá com muitas fragilidades, verificando-se uma forte tendência
ao ecletismo na produção intelectual da profissão.
DÉCADA 80/90

A década de 1980, Brasil, foi um período de grande mobilização política, como
também de aprofundamento da crise econômica.

Já o debate que se instaura na década de 80, representou um grande avanço no
sentido de contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento de uma visão
crítica da sociedade capitalista e da própria profissão nela inserida.

Nos anos 80, com os ventos democráticos chegando, inaugura-se o debate da
Ética no Serviço Social, buscando-se romper com a ética da neutralidade e com
o tradicionalismo.

Seminário do Alto da Boa Vista (1984) “que se explicitou” a perspectiva da
reatualização do conservadorismo.

O espalhamento da intenção de ruptura ocorreu de 1982 a 1983, quando o debate
do Serviço Social na perspectiva da intenção de ruptura estendeu-se para o
conjunto dos profissionais.

No início dos anos 1980, a profissão inicia uma efetiva interlocução com a
teoria social de Marx.

A década de 80 foi de extrema riqueza no debate teórico-metodológico, ético e
político na ambiência profissional do Serviço Social, possibilitando a definição
dos rumos do saber-fazer profissional nos seus aspectos técnico-acadêmicos e
políticos

A assistência social, a saúde, o meio ambiente e outras áreas da sociedade que
foram objeto de lutas sociais transformaram-se em direitos sociais pela
Constituição de 1988.

O Serviço Social brasileiro na passagem dos anos
1980 para 1990 é de
maturação, a qual expressa rupturas com o seu tradicional conservadorismo.

No Brasil, no final da década de 1980 e início da década de 1990, destacaram-se
três fatos: a Constituição brasileira em 1988 e a Rio-9266 e o Fórum Brasileiro
de ONGs.

A sociedade brasileira reconheceu a Educação Ambiental na década de 1990,

Nos anos 90, se verificam no âmbito do Serviço Social os efeitos do
neoliberalismo, da flexibilização da economia e reestruturação no mundo do
trabalho, da minimalização do Estado e da retração dos direitos sociais.

O Código de Ética, aprovado em 13 de março de 1993 pela resolução do
CFESS, que define os princípios éticos fundamentais da profissão.

O Serviço Social da década de 1990 se vê confrontado com o conjunto de
transformações societárias, no qual é desafiado a compreender e intervir nas
novas configurações e manifestações da questão social, que aprofundam a
precarização do trabalho e agravam as condições de vida dos trabalhadores.

III Encontro Ibero-Americano do Terceiro Setor, em 1996, no Rio de Janeiro,
coordenado pelo Grupo de Institutos, Fundações e Empresas Privadas(GIFE).

A maior parte dos temas de pesquisa dos anos 80, e que prosseguem abordadas
nos anos 90, refere-se às políticas públicas na sua interface com o Estado.
Exemplo disto é a temática Seguridade Social, a partir de seu marco histórico
que é a Constituição Federal de 1988.
DÉCADA 90/2000

Nos anos 90, faz-se necessário ter em mente ser este o período de implantação e
êxito ideológico do projeto neoliberal no país, do qual o governo de Fernando
Collor de Mello foi o primeiro a tentar implementá-lo. Numa análise que desta
década vê-se que no Brasil existem duas inflexões que são fundamentais. A
primeira é o plano real e a segunda é a contra-reforma do Estado defendida pelo
governo FHC e seus intelectuais.

Os anos de 1990 foram marcados pelas perdas sociais.

Em 1993 a regulamentação da Lei Orgânica Assistência Social garante
maioridade jurídica à assistência social, trazendo-a para o campo do direito com
responsabilização do Estado, e expressa a recusa da tradição clientelista,
assistencialista e tutelar presente, ainda, em suas ações.

Nos anos 2000 novas disputas em torno da questão social e do papel a ser
cumprido pelas políticas sociais, verifica-se a proliferação de cursos de
graduação privados de baixa qualidade, implementação do ensino de graduação
à distância, com prejuízo ao ensino presencial.

Merece destaque o esforço de construção do Sistema Único de Assistência
Social (SUAS), viabilizado pela Secretaria Nacional de Assistência Social e pelo
Conselho Nacional de Assistência Social em 2004.

Na Seguridade Social, destaca-se a presença e o envolvimento dos assistentes
sociais na saúde, na assistência social, na habitação, na defesa do SUS, SUAS,
ECA e Estatuto do Idoso, do Sistema Nacional de Atendimento Sócio educativo
(Sinase) e do Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de
Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária (PNCFC), além
da recente conquista no âmbito da Previdência Social, com a abertura de
concurso público para novecentos assistentes sociais ainda em 2008.

Reduz-se a capacidade de mobilização em torno de projetos coletivos, o que
gera novos desafios para a luta pela consolidação dos direitos da população
usuária dos serviços prestados pelos assistentes sociais.

As condições sócio-econômicas e ideo-políticas dos anos 1990 atinge
diretamente a classe trabalhadora, rebatendo duplamente no Serviço Social, seus
agentes são atingidos como cidadãos e trabalhadores assalariados e como
profissionais viabilizadores de direitos sociais.
BIBLIOGRAFIA
Site http://www.cress-ms.org.br/site/?chn=6&txt=1221246173&pg=1
Acessado dia
24/02/2009.
Site www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-49802007000300005&script=sci_arttext 75k Acessado dia 28/02/2009
IAMAMOTO, Marilda V. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação
profissional . Cortez Editora, São Paulo, 3 a ed., 2000.
BARBOSA, Carmen Ferreira. Educação sem Fronteiras - Serviço Social; 3. Campo
Grande (MT). Anhanguera Publicações, 2009.
Revista Serviço Social & Sociedade nº 95, setembro de 2008 - São Paulo, Cortez
Editora, 2008
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