Boletim Informativo - 01 e 02

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Boletim Informativo 1 e 2 -2009
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O nosso site está de cara nova, mais moderno, dinâmico e de fácil navegação. Assim estamos
buscando melhorar cada vez mais a relação com nossos parceiros e clientes. Esperamos que
aproveitem o site e este novo ano que começa certamente contará com novidades em nossos
serviços.
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Os benefícios da Fisioterapia são conhecidos em humanos há muito tempo. Recentemente
têm sido utilizados na Medicina Veterinária com o objetivo de reduzir a dor, acelerar a recuperação e
melhorar a qualidade de vida dos animais. Algumas das indicações da Fisioterapia Veterinária são:
tratamento pós-cirúrgico de afecções ortopédicas e neurológicas, manejo da dor, tratamento
conservativo, perda de peso e reabilitação do paciente geriátrico.
Os principais objetivos desta especialidade consistem em reduzir a dor, o edema tecidual, a
atrofia e as contraturas musculares decorrentes de qualquer afecção ortopédica ou neurológica e em
contrapartida aumentar a força e o tônus muscular, a taxa de regeneração tecidual, a amplitude dos
movimentos e a coordenação motora, conseqüentemente garantindo o bem estar do paciente. A
Fisioterapia é uma ferramenta a mais para o clínico de pequenos animais, através do tratamento
conservativo promove-se o controle da dor com o objetivo de reduzir o uso de antiinflamatórios,
possibilitando uma maior qualidade de vida aos animais.
Uma avaliação inicial é realizada para traçar os objetivos do tratamento, nela utilizam-se a
Goniometria (medida dos ângulos da articulações) e Perimetria (medida do diâmetro dos membros)
como parâmetros para a evolução do casos além da avaliação da marcha do paciente. Com todos
os dados do paciente em mãos, são traçados objetivos e um pacote de sessões é fechado, o
tratamento varia de duas a três sessões por semana de acordo com o caso. Manter o contato com o
clínico do animal é fundamental para avaliação dos progressos do tratamento.
Técnicas Utilizadas:
Massagem - Alivia as tensões musculares.
Alongamentos - Restabelece a amplitude de movimento.
Crioterapia - Reduz o metabolismo tecidual, o fluxo sanguíneo, a dor e o edema tecidual.
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Ultra-som terapêutico - Aumenta a circulação local, acelera a cicatrização tecidual, promove
relaxamento muscular e diminui a dor.
Eletroterapia (TENS/FES )- Tratamento da dor, fortalecimento e reeducação muscular.
Laserterapia - Acelera o metabolismo tecidual, possui efeito antiinflamatório e analgésico.
Exercícios Terapêuticos - Fortalecimento muscular, melhora a mobilidade, o equilíbrio e a
propriocepção.
Estamos a disposição para quaisquer esclarecimentos, entre em contato conosco.
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Dra. Danielle Murad Tullio
Médica Veterinária
Membro do Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária
DISPNÉIA
A dispnéia é uma condição de respiração difícil e laboriosa que é reconhecida como sendo
uma situação desconfortável para o animal. A taquipnéia ou polipnéia refere-se ao aumento da
freqüência respiratória e pode acompanhar a dispnéia. Em muitos casos a taquipneia pode ser uma
resposta normal secundária (fisiológica) ou de adaptação associado a hipertermia, exercício, stress,
excitação ou pode ser um indicativo de distress respiratório patológico. A diferenciação entre dispnéia
e taquipnéia, apesar de muito importante pode não se tão obvia especialmente para proprietários e
clínicos menos experientes.
Patofisiologia
A dispnéia ocorre pelas seguintes razões básicas:
(1) necessidade de oxigenação adicional (mais comum),
(2) compensação pela acidose metabólica,
(3) excessivo calor ambiente (insolação),
(4) dano ou doença do centro respiratório no sistema nervoso central,
(5) fraqueza dos músculos respiratórios ou disfunção dos nervos motores da respiração,
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(6) dor em estruturas que envolvem a respiração (pleura, nervos espinhais, músculos respiratórios,
costelas).
A inadequada oxigenação tecidual pode ser causada por: diminuição da oxigenação do
ambiente, desordens que interrompam a transferência de oxigênio do ambiente para o sangue
(doenças de trato respiratório superior e inferior ou doenças restritivas), diminuição da capacidade de
carreamento do oxigênio no sangue (anemia, metahemoglobinemia), excessivo necessidade de
oxigênio (exercício aeróbio estressante) ou insuficiência cardíaca.
A compensação pela acidose metabólica envolve a fuga de CO2 através dos pulmões e
pode causar um aumento na taxa e profundidade respiratória. Os cães e gatos dissipam calor através
do sistema respiratório mostrando-se ofegantes (taquipneia). Qualquer desordem que cause dano ao
centro respiratório do Sistema Nervoso Central, como por exemplo, trauma craniano, inflamação,
massas) pode interromper o controle respiratório e causar dispnéia. A diminuição da ventilação e a
respiração laboriosa pode ser resultado de desordens que causam disfunção do nervo motor ou
músculos que estão envolvidos na respiração como as polirradiculoneurites ou paralisias do diafragma.
A dispnéia também pode ser causada por processos dolorosos dos nervos respiratórios e músculos e
outras estruturas como costelas e pleuras, que podem ser resultantes de trauma, pleurite ou outros
fatores.
Abaixo relacionamos algumas causas de dispnéia:
Vias aéreas superiores
Vias inferiores ou
parênquima pulmonar
Restritiva
Estenose de narinas
Doenças
bronquiais
(bronquite crônica ou
alérgica,
parasitas
pulmonares)
Pneumotórax
Anemia
Metahemoglobinemia
(oxidação
da
hemoglobulina pela ação
de radicais livres))
Compensação
por
acidose metabólica
Insolação
Rinite / sinusite
Pneumonia
Efusão pleural (falência
de
coração
direito,
neoplasia,
hipoalbuminemia,
hemotórax,
quilotórax,
piotórax, PIF
Ascite
Danos
ao
centro
respiratório
(trauma
craniano,
encefalite,
neoplasia)
Palato mole alongado
Edema
Pulmonar
(falência de coração
esquerdo,
hipoalbuminemia)
Efusão pericárdica
Fraqueza neuromuscular
(poliradiculoneurite,
paralisia diafragmática)
Doenças
de
laringe
(laringite,
edema,
paralisia, espasmos, rutura
traumática, colapso)
Tromboembolismo
pulmonar
(dirofilariose,
hiperadrenocorticismo)
Hérnia diafragmática
Neoplasia de mediastino
ou parede torácica
Dor (fratura vertebral ou
costelas, pleurite)
Corpo estranho ou massa
intraluminal traqueal ou
bronquial
Contusão,
fibrose
ou,
granulomatose pulmonar
Trauma
torácica
parede
Envenenamento
paraquat
Obstrução
extraluminal
traqueal ou bronquial
(massa
mediastinica,
colapso
traqueal
ou
bronquial,
linfoadenopatia hilar)
Micose profunda
Neoplasia pulmonar
Obesidade extrema
Hepatomegalia severa
Grandes
massas
intrabdominais
Severa distensão gástrica
Choque elétrico
de
Miscelâneo
por
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PLANO DIAGNÓSTICO
Exame Físico e História
Certas raças são mais propensas a várias desordens que causam dispnéia, como por exemplo,
as braquicefálicas frequentemente tem problemas de vias aéreas superiores e os cães caçadores são
mais predispostos a micoses profundas. Cães de raças grandes e gigantes são mais comumentes
afetados por paralisia laríngea associado com hipotireoidismo. A idade é uma importante
consideração, pois as desordens neoplásicas afetam normalmente animais idosos.
O histórico deve incluir questões sobre o aparecimento da dispnéia ser de forma súbita ou
progressiva, e outros sinais que o proprietário pode notar, incluindo hábitos de vida, local onde vivem
(internos ou externo), possibilidade de traumas, presença de pessoas que possam observar o animal,
dentre outros.
Um exame físico completo inclui todos os sistemas, mas muito cuidado deve haver com
pacientes stressados ou com severa dispnéia respiratória, pois pode ocorrer a morte do paciente.
Auscultação cuidadosa dos sons cardíacos e pulmonares é uma importante parte do exame físico.
Observação cuidadosa do padrão pulmonar geralmente enquanto o paciente está
descansando pode ser de grande ajuda para localizar a causa da dispnéia. As desordens das vias
aéreas superiores estão associadas com a dispnéia inspiratória caracterizada por um prolongado,
barulhento e laborioso esforço inspiratório e uma rápida e fácil fase expiratória. As doenças das vias
inferiores e as desordens restritivas geralmente causam uma respiração laboriosa caracterizada por
dispnéia inspiratória e expiratória com uma rápida freqüência respiratória.
Algumas vezes é necessário exercitar o animal a fim de provocar a dispnéia e caracterizá-la.
Esta manobra é particularmente eficaz em certos casos de paralisia ou paresia de laringe. Contudo,
muito cuidado deve se tomar para exercitar estes pacientes, principalmente em ambientes úmidos e
quentes, pois a hipertermia fatal e a hipoxemia pode ocorrer rapidamente em alguns pacientes.
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Abaixo colocamos uma tabela de diferenciação das principais causas de dispnéia.
Vias superiores
Vias inferiores
Restritiva
Miscelânea
Tipo de dispnéia
Inspiratória
Expiratória
Rápida e superficial
Rápida, superficial
ou profunda
Febre
Ausente
Variável
Variável
Variável
Desidratação
Ausente
Presente
Presente
Presente
Sons pulmonares
----------------------------
Anormal
Anormal,
frequentemente
abafado
Sons
respiratórios
aumentados
Sons cardíacos
Normal
Variável
Variável
Geralmente normal
Contagem
de
células vermelhas
Normal
Aumentada
normal
Radiografias
torácicas
Normal
Anormal
ou
Aumentada
normal
ou
Anormal
Aumentada
normal
ou
Geralmente normal
Avaliação Laboratorial
Um completo hemograma (contagem de células, proteína e fibrinogênio), painel bioquímico
(função renal, hepática, lipídica, metabólica e senil), análises hormonais e análise urinária são
indicados. Exames para confirmação de dirofilariose, leucemia viral felina e peritonite infecciosa felina
são muito úteis.
Radiografias
Radiografias torácicas, de região cervical e do crânio devem ser tiradas.
Cardiomegalia com presença de edema pulmonar (falência de coração esquerdo)
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Cardiomegalia generalizada (falência de coração direito e esquerdo) com compressão de brônquios
Efusão pleural sem definição de estruturas pulmonares e cardíacas
Corpo estranho linear (agulha) em esôfago cervical
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Citologia
Se efusão pleural é observada na radiografia torácica uma toracocentese deve ser realizada
e a análise do fluido pleural deve ser realizado, reservando-se uma porção para cultura bacteriana e
fúngica.
Aspiração pulmonar por agulha funa
No caso de se observar massas ou doenças do parênquima na radiografia torácica uma
análise citológica por aspiração por agulha fina (BAAF) deve ser realizada, e para a punção podemos
lançar mão da ultra-sonografia para localização da massa. Uma análise cuidadosa das imagens
pulmonares deve ser realizada para identificar e selecionar o melhor local para a aspiração.
Biopsia Pulmonar
Uma toracotomia para a colheita do material ou a biopsia fragmentada com uso de agulhas
especiais devem ser considerados para um melhor diagnóstico.
Testes cardíacos
No caso de doenças cardíacas devemos realizar a ecocardiografia e eletrocardiografia.
Bom trabalho a todos !
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