Edema agudo de pulmão

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Edema Agudo Pulmonar
Acute Pulmonary Edem
Simone Cristina Vieira de Mello Borges.
RESUMO
O edema agudo de pulmão é uma grave situação clinica, de muito sofrimento, com sensação
de morte iminente e que exige atendimento médico urgente. Este trabalho tem como objetivo
demonstrar como ocorre o Edema Agudo Pulmonar e verificar suas principais causas.
ABSTRACT
The acute pulmonary edema is a serious clinical situation, a lot of pain, feeling of imminent
death and that requires urgent medical attention. This paper aims to demonstrate how acute
pulmonary edema occurs and check their main causes.
INTRODUÇÃO
O edema pulmonar é um quadro hemodinâmico grave que pode ser causado por diversas
patologias cardíacas ou não, porém sua fisiopatologia é semelhante,e a sua sematologia básica
é a falta de ar intensa (Dispnéia),a tosse seca e eliminação de líquido róseo de boca e nariz. O
coração é dividido em quatro partes (câmaras) responsáveis pela entrada de sangue no
coração; um átrio e um ventrículo à direita, um átrio e um ventrículo à esquerda, responsáveis
pela circulação do sangue no coração e por todo o corpo. Na insuficiência cardíaca esquerda,
há um acúmulo de sangue nas veias e capilares pulmonares a tal ponto que acontece um
extravasamento de fluídos para os espaços aéreos dos pulmões. Isso deixa o pulmão menos
elástico e com menos superfície de contato entre os gazes inspirados e o sangue. O paciente
sente-se como se estivesse afogando, ficando sentado e respirando rapidamente. É um quadro
emergencial que pode levar a óbito se não for feito um tratamento rápido e enérgico no
sentido de reverter o quadro hemodinâmico.
Causas de Edema agudo de pulmão:
Enfarto do Miocárdio: é a causa mais comum
Disfunção do músculo Cardíaco
Doença das válvulas, aórtica ou pulmonar
Administração exagerada de líquidos,comum em crianças
Na IC esquerda, há um acumulo de sangue nas veias pulmonares a tal ponto que acontece um
extravasamento de fluídos para os espaços aéreos dos pulmões. Isso deixa o pulmão menos
elástico e com menos superfície de contato entre os gases inspirados e o sangue.
A figura histológica do pulmão mostra os espaços alveolares preenchido pelo plasma que
extravasa dos capilares para o seu interior, impedindo a troca de oxigênio. Este quadro se
instala subitamente.
Fisiopatogênese
Segundo a equação dos movimentos de fluidos de Frank Starling, normalmente a diferença
entre as pressões hidrostáticas do intravascular e do interstício é maior que a diferença entre a
pressão oncótica dos mesmos, existindo um fluxo preferencial de fluidos para o interstício.
Esse fluxo é mantido sem acúmulo por vários fatores,sendo os mais importantes a drenagem
do sistema linfático e a integridade da barreira endotelial.
Quando ocorre nos pacientes com IC crônica onde a barreira endotelial encontra-se
integra,um aumento súbito da pressão hidrostática intravascular,por desequilíbrio
hemodinâmico,leva a um extravasamento de plasma dos capilares alveolares para a luz do
saco alveolar resultando no edema de pulmão.
Sinais e Sintomas do edema agudo:
Respiração curta com severa dificuldade respiratória
Fome de ar
Respiração estertorosa:pode-se escutar o borbulhar do ar no pulmão
Ortopnéia-o doente sente necessidade de sentar,não tolera permanecer deitado
BAN
Expectoração sanguinolenta e espumosa
Uma radiografia de tórax pode mostrar o acúmulo de líquidos no pulmão.
Tratamento
O tratamento consiste na reversão do quadro hemodinâmico,melhorando a bomba cardíaca,
diminuindo a sobrecarga hídrica com diuréticos endovenosos ou o retorno venoso ao coração
deficiente e a máscara de oxigênio.Em casos extremos pode-se indicar a chamada “sangria
vermelha” que é retirada rápida de sangue do paciente através de uma secção de uma artéria
radial.
Edema pulmonar agudo próprio tende a assumir a posição sentada, freqüentemente com os
braços apoiados na beira do leito ou sobre o encosto da cadeira e com as pernas pendentes, o
que permite o uso mais eficaz da musculatura acessória, a diminuição do retorno venoso e o
aumento da capacidade vital. O decúbito horizontal é sempre mal tolerado pelo paciente
consciente.
O uso de torniquetes em extremidades, visando à redução do retorno venoso, é muito pouco
utilizado nos dias de hoje. Monetarização eletrocardiográfica, acesso venoso e oxigênio por
máscara deverão ser imediatamente providenciados. O oxímetro de pulso é um recurso útil na
avaliação contínua da eficácia terapêutica; sua eficiência diminui nos casos de má perfusão
periférica.O paciente em edema pulmonar agudo deve ser observado em unidade apropriada,
com recursos adequados ao atendimento de urgências cardiológicas ena presença constante
de pessoal médico, até a estabilização do quadro.
REFERÊNCIAS
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Obs:
- Todo crédito e responsabilidade do conteúdo e de sua autora.
- Publicado em 01/08/2011.
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