CURSO INTRODUTÓRIO DE MATEMÁTICA PARA ENGENHARIA 2016.2 Vetores Gustavo Henrique Miron Batista - Engenharia Civil Definição O que é um vetor? Um vetor é um segmento de reta orientado, que representa uma grandeza vetorial e contém três informações : Módulo, direção e sentido. • Módulo: Valor numérico mais unidade de medida, representada pelo comprimento do segmento; • Direção: Dada pela inclinação da reta do segmento em referência a uma reta vertical ou horizontal. • Sentido: É a orientação, numa mesma direção podemos ter dois sentidos possíveis. Por exemplo, numa direção horizontal temos os sentidos: da esquerda para a direita e da direita para a esquerda. 2 Grandezas • Grandeza Escalar: É aquela que para sua perfeita determinação necessitamos de um número e de uma unidade de medida. Ex: Área, Tempo, Massa, Temperatura, etc... • Grandeza Vetorial: É aquela que só fica completamente determinada por um número, uma unidade de medida, uma direção e um sentido. Ex: Força, Velocidade, Deslocamento, etc... 3 Situação Problema Considere a seguinte situação: o piloto de um barco a motor atravessa um rio com correnteza mantendo a proa do barco na direção vertical no sentido de baixo para cima. Saindo do ponto P ele atinge o ponto X na margem oposta, por que isso acontece ? 4 Operações Vetoriais Para descrever esse tipo de movimento, necessita-se de operações vetoriais, que serão desenvolvidas com base na definição matemática de um vetor. Operações Vetoriais : • Adição de vetores; • Subtração de vetores; • Decomposição de vetores; • Multiplicação de um vetor por um escalar. 5 Adição Vetorial • Regra do polígono Consiste em transportamos “a” e “b” de modo que a origem de um coincide com a extremidade do outro, sem modificar seus módulos, direção e sentidos. Ligamos a origem de “a” com a extremidade de “b”. O vetor “a + b” assim obtido é o vetor soma de “a” + “b”. 6 Adição Vetorial • Regra do Paralelogramo Nesse método transportamos “a” e “b” de modo que suas origens coincidem, sem modificar seus módulos, direções e sentidos. Pela extremidade de cada vetor traça-se uma reta paralela ao outro, obtendo-se um paralelogramo. O vetor soma “S” corresponde à diagonal desse paralelogramo, com origem na origem comum de “a” e “b” . 7 Adição Vetorial • Nessa regra, sendo α o ângulo formado entre as direções de “a” e “b”, o módulo do vetor soma “S” é dado por: S² = a² + b² + 2. a. b. cosα 8 Subtração Vetorial Para efetuar a diferença entre dois vetores “a” e “b”, pode-se usar qualquer uma das regras descristas anteriormente, levando-se em conta que: S = a – b = a + (-b) Ou seja, a diferença entre dois vetores é operada coma a soma do primeiro com o vetor oposto do segundo. Obs: “-b” é o oposto de “b” (vetor com o mesmo módulo, mesma direção e sentido oposto ao de “b”). 9 Multiplicação de um vetor por um escalar Consideramos um número real K ≠ 0 e um vetor “a” ≠ 0. O produto de K por “a” é um vetor “w” cujas características são : •ImI=IKIxIaI • A direção de “w” é a mesma de “a”. • Se K > 0, “w” tem o mesmo sentido de “a”; se K < 0, “w” tem sentido oposto ao de “a”. Observações: Se K = 0 ou “a” = 0, o produto deles é o vetor nulo. Se K = -1, o produto deles será o oposto de “a”. 10 Vamos praticar... Na figura, representamos dois vetores a e b de mesma origem e módulo 14 u e 16u respectivamente. Qual é o modulo do vetor soma de a com b ? 11 Decomposição Vetorial A decomposição vetorial é o processo inverso da adição de dois vetores ortogonais, ou seja, perpendiculares entre si. Na adição de dois vetores ortogonais, temos: S b a 12 Decomposição Vetorial Vamos efetuar o processo inverso dessa adição, ou seja, do vetor soma encontraremos os vetores ortogonais: y y Sy S S α α x x Sx Aplicando as relações trigonométricas do triangulo retângulo: Cos α = Sx/S → Sx = Cos α. S Sen α = Sy/S → Sy = Sen α. S 13 Vamos praticar... Decomponha a força P : 14 Vetor Velocidade • Vetor velocidade média (Vm) Considere, nas trajetórias a seguir, o ponto de partida (P1) e o de chegada (P2) de um móvel. 15 Vetor Velocidade Nos esquemas anteriores : • ∆s representa o deslocamento escalar, medido com base na trajetória do móvel desde o espaço de partida até o de chegada. Assim, a velocidade escalar média é dada por: Vm = ∆s/ ∆t • d representa o deslocamento vetorial, medido pelo vetor que “une” o ponto de partida ao ponto de chegada. Dessa maneira: Intensidade : Vm = IdI/ ∆t Velocidade vetorial média Direção : a mesma de d Sentido : o mesmo de d 16 Vetor Velocidade • Vetor velocidade instantânea (v) Em relação à velocidade vetorial instantânea (v) considere um móvel descrevendo uma trajetória curva. Em cada ponto da trajetória a velocidade vetorial é representada por um vetor, conforme mostra o esquema a seguir: Em cada ponto, o vetor velocidade é sempre tangente a trajetória e obedece as seguintes condições: v Intensidade: A mesma da velocidade escalar instantânea Direção : tangente a trajetória Sentido : o mesmo do movimento 17 Vetor Acaleração A aceleração vetorial instantânea (a), que é a aceleração vetorial em cada ponto da trajetória, é representada por um vetor que pode formar um ângulo qualquer entre 0º e 180º com o vetor velocidade. α a 18 Vetor Aceleração O vetor aceleração vetorial pode ser decomposto em dois componentes, são eles: • Vetor aceleração tangencial (at) • Vetor aceleração centrípeta (ac) 19 Vetor Aceleração • Aceleração Tangencial : A existência dessa aceleração significa que o módulo do vetor velocidade é variável. Portanto, a aceleração tangencial existe nos movimentos variados, mas não nos movimentos uniformes. O vetor aceleração tangencial obedece as seguintes condições: Intensidade : coincide com o módulo da velocidade escalar at Direção : a mesma do vetor velocidade Sentido : o mesmo de v nos movimentos acelerados e contrário ao de v nos movimentos retardados 20 Vetor Aceleração • Aceleração Centrípeta : A existência dessa aceleração significa que a direção do vetor velocidade é variável. Portanto a aceleração centrípeta existe nos movimentos curvilíneos, mas não existe nos movimentos retilíneos. O vetor aceleração centrípeta obedece as seguintes condições : ac Intensidade : ac = v²/r (em que r é o raio da trajetória curvilínea) Direção : radial (coincide com o raio da trajetória) Sentido : dirigida para o centro da curva 21 Características dos Movimentos • Movimento retilíneo e uniforme v at = 0 a=0 Módulo : constante v ac = 0 Direção : constante 22 Características dos Movimentos • Movimento retilíneo uniformemente acelerado v at at ≠ 0 a = at Módulo : aumenta v ac = 0 Direção : constante 23 Características dos Movimentos • Movimento retilíneo uniformemente retardado at v at ≠ 0 a = at Módulo : diminui v ac = 0 Direção : constante 24 Características dos Movimentos • Movimento circular e uniforme v ac ac ≠ 0 a = ac Módulo : constante v at = 0 Direção : varia 25 Características dos Movimentos • Movimento circular uniformemente acelerado v at ac a ac ≠ 0 a² = ac² + at² Módulo : aumenta v at ≠ 0 Direção : varia 26 Características dos Movimentos • Movimento circular uniformemente retardado at v ac a ac ≠ 0 a² = ac² + at² Módulo : diminui v at ≠ 0 Direção : varia 27 Vamos praticar... 28 Vamos praticar... 2. 29 Obrigado pela atenção! www.ufal.edu.br www.facebook.com/PETEngenharias 30