1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MARIANA FELTZ DECKER PESQUISA PARA ANÁLISE DO NÍVEL DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES EM RELAÇÃO AOS SERVIÇOS PRESTADOS PELA EMPRESA FELTZ & FELTZ LTDA EPP Biguaçu 2008 2 MARIANA FELTZ DECKER PESQUISA PARA ANÁLISE DO NÍVEL DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES EM RELAÇÃO AOS SERVIÇOS PRESTADOS PELA EMPRESA FELTZ & FELTZ LTDA EPP Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação da UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Administração. Professor Orientador: Prof. M. Rosalbo Ferreira Biguaçu 2008 3 MARIANA FELTZ DECKER PESQUISA PARA ANÁLISE DO NÍVEL DE SATISFAÇÃO DOS CLIENTES EM RELAÇÃO AOS SERVIÇOS PRESTADOS PELA EMPRESA FELTZ & FELTZ LTDA EPP Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu. Área de Concentração: Marketing Biguaçu, 26 de junho de 2008. Prof. M. Rosalbo Ferreira UNIVALI - CE de Biguaçu Orientador Prof. M. Eng. Ely Teresinha Dionísio UNIVALI - CE de Biguaçu Prof. M. Rogério da Silva UNIVALI - CE de Biguaçu 4 Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio aos meus pais, meu marido, meu filho, minhas irmãs, meus padrinhos, avós, tios, cunhados, afilhados, sobrinhos e a todas as pessoas que acreditam em mim. 5 AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, por me proporcionar momentos acadêmicos, junto aos meus amigos, maravilhosos e por principalmente por ter conseguido chegar a mais uma conquista maravilhosa e desejada. Quero agradecer em segundo lugar ao meu orientador de estágio Professor e Mestre Rosalbo Ferreira, que além de orientador sempre soube ser amigo e relevar alguns problemas enfrentados nesta caminhada, que soube me guiar perfeitamente para está conquista que tanto sonhei. Deus colocou no meu caminho pessoas maravilhosas, e me deu duas pessoas fundamentais em minha vida, estou falando de meus pais, a eles todos os meus agradecimentos pois estiveram sempre ao meu lado. Pai e Mãe obrigado por tudo. Pai, obrigado pelas palavras sábias, pelo seu carinho, pelo seu amor, pela ajuda financeira, obrigada por fazer parte da minha vida. Mãe, obrigada pela sua dedicação, pelo seu colo protetor, pela sua inteligência, por ficar com meu filho para conclusão deste trabalho, obrigada por me por no mundo. Agradeço também as minhas irmãs por toda ajuda necessária para eu chegar aonde cheguei. Um agradecimento em especial a meu marido maravilhoso, carinhoso, compreensivo, amoroso, que sempre fez e faz tudo para me ver feliz. Meu amor, você é o melhor homem do mundo, te amo. Há meu filho, o que seria de mim sem você, meu anjo protetor, obrigado por você existir. Agradeço também a toda minha família que é enorme, aos meus avós, padrinhos, tios, primos, cunhados, afilhados, sobrinhos, sogros, a todos que me apoiaram para mais esta conquista. Não poderei esquecer os meus maravilhosos professores, que sempre ensinavam coisas fundamentais para nossas vidas, e sempre tinham uma palavra amiga para nos dizer, são alguns deles: Simone, Maria Albertina, Jairo, Magalhães, Tadeu Formiga, Geraldo, Rosseto e a todos que de uma forma ou de outra passaram pela minha vida deixando muitas saudades. Obrigado, Taninha e João Carlos (Juca), pessoas maravilhosas e importantíssimas para mim. Queridos amigos maravilhosos agradeço muito vocês, pessoas fundamentais nesta minha história, todas as pessoas lindas e muito importantes para mim. Minha amiga, Roberta, Kelly, Kelly Marcelino, Bruno, Ednei... todos outros que sabem que são amigos do coração, obrigado por tudo principalmente pela companhia em sala de aula. Agora um agradecimento em especial as minhas duas amigas maravilhosas, Grasiela Ana Mandes e Vanessa Vieira Machado, obrigado por tudo meninas, pela dedicação, pelas conversas, pela ajuda, pela alegria, pelas besteiras, pelas balas e alguns quilos a mais, pelo seu amor, obrigado por me deixar entrar em suas vidas. Com dizemos “amigas para sempre é o que nós iremos ser na primavera ou em qualquer das estações, nas horas tristes nos momentos de prazer, amigas para sempre”. Obrigado. 6 RESUMO DECKER, Mariana Feltz. Pesquisa para análise do nível de satisfação dos clientes em relação aos serviços prestados pela empresa Feltz & Feltz Ltda EPP. 2008. 89 f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) - Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2008. Este trabalho de conclusão de estágio tem como principal objetivo saber o nível de satisfação dos clientes em relação aos serviços prestados pela empresa Feltz & Feltz Ltda EPP. A empresa em estudo está localizada na cidade de Biguaçu, atuando no ramo madeireiro. Inicialmente foi necessária a identificação da estrutura de funcionamento da organização, para então definir o objetivo geral e os objetivos específicos do trabalho. Na fundamentação teórica, deu-se ênfase principalmente para a evolução dos conceitos de marketing, marketing de relacionamento, comportamento dos consumidores, composto de marketing e satisfação do consumidor. Em seguida aplicou-se uma pesquisa primária do tipo descritiva quantitativa, que foi aplicada a 97 clientes da empresa em estudo, baseada nos objetivos geral e específicos e na fundamentação teórica do trabalho. Logo após, foi feita a tabulação e a elaboração dos gráficos com os resultados do referido questionário, onde então foram realizadas as análises de cada item do questionário aplicado. Após as análises dos dados, foram feitas algumas propostas para melhorar alguns itens que obtiveram resultados indesejados, sendo cada estratégia com sua ação pré-definida para a implementação das mesmas. Palavras–chave: MAREKETING; MARKETING DE RELACIONAMENTO; ESTRATÉGIAS; SATISFAÇÃO. 7 ABSTRACT DECKER, Mariana Feltz. Search for analysis of the level of customer satisfaction for services provided by the company Feltz & Feltz EPP Ltda. 2008. 90 F. Completion of Stage of Labour (Degree in Business Administration) - University of Vale do Itajaí, Biguaçu, 2008. This work of completion of probation main goal is to know the level of customer satisfaction for services provided by the company Feltz & Feltz EPP Ltda. The company under study is located in the city of Biguaçu, acting in the timber industry. Initially it was necessary to identify the structure of operation of the organization, and then set the goal general and the specific objectives of the work. In theoretical foundation, emphasis has been primarily to the evolution of the concepts of marketing, relationship marketing, and consumer behaviour, composed of marketing and consumer's satisfaction. Then applied to a primary research quantitative description of the type that was applied to 97 customers of the company under study, based on the general and specific objectives and the theoretical foundation of work. Soon after, was the tabulation and preparation of graphics with the results of the questionnaire, which was then performed the analysis of each item questionnaire applied. After the analysis of data, some proposals were made to improve some items that have unwanted results, each strategy with its pre-defined action for implementing them. Keywords: MAREKETING; MARKETING OF RELATIONSHIP; STRATEGIES; SATISFACTION. 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Nove Estratégias Preço/Qualidade..................................................23 Figura 2 – Estabelecimento de uma política de preço..................................... 24 Figura 3 – Exemplo de curva de demanda...................................................... 26 Figura 4 – Classificação dos serviços prestados segundo o meio de entrega.39 Figura 5 – Formação das expectativas.............................................................53 Figura 6 – Definição de satisfação....................................................................53 Figura 7 – Organograma da organização..........................................................57 Gráfico 1 – Faixa etária.....................................................................................59 Gráfico 2 – Sexo................................................................................................60 Gráfico 3 – Escolaridade...................................................................................60 Gráfico 4 – Estado civil......................................................................................61 Gráfico 5 – Ocupação principal.........................................................................62 Gráfico 6 – Bairro residencial............................................................................63 Gráfico 7 – Renda familiar.................................................................................63 Gráfico 8 – Quanto tempo é cliente da Feltz & Feltz Ltda EPP........................64 Gráfico 9 – Fator determinante para escolha de uma madeireira.....................65 Gráfico 10 – Grau de satisfação qto ao horário de funcionamento...................66 Gráfico 11 – Pontualidade da entrega...............................................................67 Gráfico 12 – Atendimento..................................................................................67 Gráfico 13 – Qualidade dos serviços prestados................................................68 Gráfico 14 – Estrutura, estacionamento e localização......................................69 Gráfico 15 – Limpeza, organização, iluminação e ventilação...........................70 Gráfico 16 – Preços e formas de pagamentos..................................................71 Gráfico 17 – Educação dos funcionários...........................................................72 Gráfico 18 – Variedade de produtos.................................................................73 9 SUMÁRIO RESUMO.............................................................................................................. 6 ABSTRACT.......................................................................................................... 7 LISTA DE ILUSTRAÇÕES .................................................................................. 8 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 10 1.1 OBJETIVOS .................................................................................................................. 12 1.1.1 Objetivo geral ...................................................................................................12 1.1.2 Objetivos específicos........................................................................................12 1.2 JUSTIFICATIVA............................................................................................................. 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 13 2.1 MARKETING ................................................................................................................. 13 2.1.1 Mix de marketing ..............................................................................................15 2.1.1.1 Produto..........................................................................................................15 2.1.1.2 Praça ou distribuição .....................................................................................20 2.1.1.3 Preço .............................................................................................................22 2.1.1.4 Promoção ......................................................................................................30 2.1.2 Marketing de serviço .......................................................................................35 2.2 QUALIDADE DE SERVIÇO ........................................................................................... 40 2.3 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR...................................................................... 42 2.4 PESQUISA DE MERCADO ........................................................................................... 46 2.5 SATISFAÇÃO DOS CLIENTES ..................................................................................... 51 3 METODOLOGIA ............................................................................................. 55 3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO..................................................................................... 55 3.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO......................................................................................... 55 3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS.................................................................. 56 3.4 INSTRUMENTOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ............................ 56 4 ANÁLISE E INTERPREAÇÃO DOS DADOS ................................................. 57 4.1 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO.................................................................................. 57 4.2 APRESENTAÇÃO DOS DADOS ................................................................................... 59 4.2.1 Perfil .................................................................................................................59 4.2.2 Fatores .............................................................................................................66 4.3 PROPOSTAS SUGERIDAS........................................................................................... 74 4.3.1 Limpeza, organização, iluminação e ventilação ...............................................74 4.3.2 Preços e formas de pagamento .......................................................................74 4.3.3 Educação dos funcionários ..............................................................................75 4.3.4 Variedade dos produtos ...................................................................................75 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 766 REFERÊNCIAS................................................................................................ 788 APÊNDICE....................................................................................................... 800 10 1 INTRODUÇÃO Uma das grandes preocupações das empresas nos dias atuais é conhecer e satisfazer as necessidades dos seus clientes. E o marketing busca justamente isto. Marketing não está ligado somente com vendas e promoções, pois vender é apenas uma das funções de marketing. O objetivo do marketing é conhecer e compreender o cliente perfeitamente de modo que, assim, a empresa consiga fazer a venda naturalmente. O marketing é visto como desenvolvimento de troca em que às empresas e clientes participam espontaneamente de transações destinadas a trazer benefícios para os dois lados. Marketing é o processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais (CHURCHILL E PETER, 2005, p. 4). A Pesquisa de Mercado permite analisar o mercado, adaptando-se às suas constantes mudanças e identificando tendências para se tornar competitivo no mercado. Conhecendo seu mercado, é possível traçar o perfil do consumidor, tomar decisões com relação a objetivos e metas, ações de divulgação e comunicação, preço, distribuição, produtos e serviços adequados ao mercado, ou seja, ações necessárias para a satisfação dos clientes e o sucesso do negócio. A Feltz & Feltz Ltda Epp, fundada em junho de 1988, é uma empresa familiar e tem como suas principais atividades no ramo de comércio atacadista de madeiras brutas e beneficiadas, esquadrias padrão, forros, portas internas e externas de madeira e acabamentos em madeiras no geral. Possui atualmente oito funcionários, sendo dois sócios. A Feltz & Feltz busca sempre qualidade no serviço e satisfação do cliente. Na empresa, um dos maiores problemas enfrentados é a forte concorrência neste ramo, na região de Biguaçu. Por isso, viu-se a necessidade da elaboração de uma pesquisa para análise do nível de satisfação dos clientes em relação aos serviços prestados pela empresa Feltz & Feltz Ltda Epp, para verificar como a empresa é vista no mercado, criar sua missão e valores, pontos fortes e fracos que a empresa Feltz & Feltz apresenta, e analisar as estratégias com vistas e um atendimento diferenciado para seus clientes. 11 A empresa tem em vista que, para tornar um cliente totalmente fiel, é necessária muita cautela, buscando atingir suas expectativas e proporcionar qualidade no atendimento e nos produtos oferecidos. Assim, a pergunta em questão é a seguinte: como a empresa Feltz & Feltz Ltda Epp está sendo vista por seus clientes no mercado? 12 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo geral Analisar o nível de satisfação dos clientes em relação aos serviços prestados pela empresa Feltz & Feltz Ltda Epp. 1.1.2 Objetivos específicos • Descrever o perfil dos clientes da empresa Feltz & Feltz Ltda Epp. • Identificar as necessidades e desejos dos clientes, em relação aos produtos e serviços prestados pela empresa Feltz & Feltz Ltda Epp. • Propor estratégias que visam melhorar os índices de satisfação dos clientes da empresa Feltz & Feltz Ltda Epp. 1.2 JUSTIFICATIVA Este estudo é importante para a empresa Feltz & Feltz Ltda Epp, pois em seus 19 anos de existência, nunca foi realizada uma pesquisa para saber o grau de satisfação e as eventuais necessidades de seus clientes. A grande necessidade da realização deste estudo é para conhecer melhor seu cliente a fim de suprir e adequar as suas necessidades. Com as informações que serão obtidas, a acadêmica terá capacidade de propor melhorias, à organização. Com o aumento da concorrência torna-se necessário inovar sempre, visando satisfazer as necessidades e desejos dos consumidores. Torna-se imprescindível fazer a diferença perante a concorrência. É viável o desenvolvimento deste projeto, por se tratar de uma empresa familiar. Tem-se incentivo por parte do proprietário e necessidade por parte da empresa. O acesso da pesquisadora às informações da empresa e os conhecimentos adquiridos ao longo do curso fazem com que este estudo seja viável e possa ser concluído no período de um ano. 13 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este trabalho pretende realizar uma pesquisa de satisfações dos serviços prestados pela empresa em estudo, para tanto a fundamentação teórica discorrerá de assuntos referentes ao tema, são eles: Marketing, Mix de Marketing, Marketing de serviço, Qualidade de Serviço, Comportamento do consumidor, Pesquisa de mercado e Satisfação do cliente. 2.1 MARKETING Um dos primeiros atos do marketing, sem dúvida, foi a troca. O marketing é uma técnica para alcançar metas empresariais com o mínimo de desperdícios de recursos. A finalidade do marketing é satisfazer as necessidades do consumidor através do produto ou serviço, bem como de um grupo de fatores (econômicos, sociais, culturais, éticos). Mattar (1999, p.21-22) define que marketing diz respeito à troca. Não basta que, de um lado, existam pessoas com necessidades e desejos a serem satisfeitos e, de outro, empresas com produtos ou serviços destinados à satisfação destas necessidades, se não há processo de troca entre as partes. Este processo consiste em a empresa fornecer o produto ou serviço que satisfaça a necessidade do consumidor em troca de recursos financeiros que possam cobrir ao menos os custos incorridos. Dessa forma, para a realização de troca, é necessário que as partes encontrem as condições que disponibilizem um grau de satisfação inexistente antes da sua ocorrência. Na mesma perspectiva, Kotler (2004, p. 3) afirma que marketing é um processo administrativo e social que tem como objetivo satisfazer as necessidades e desejos dos clientes por meio de trocas e relacionamentos com o propósito de criar valor. Ele afirma ainda que marketing não é só exercido por vendedores mas também por consumidores. Os consumidores fazem marketing quando procuram por produtos que necessitam preços acessíveis. Em perspectiva similar, Churchill e Peter (2005, p. 4) sustentam que a essência do marketing é exercida através de trocas em que a empresa e o cliente participam espontaneamente de processo que trará benefícios para ambos. 14 Na mesma linha, Kotler e Fox (1994, p.38 e 39) mencionam que só existe marketing quando existem pessoas que decidem satisfazer suas necessidades e desejos utilizando o critério de troca. Todavia, marketing é uma atividade humana onde pessoas obtêm suas necessidades e desejos através de trocas de produtos, serviços e outras coisas de valor com outro. Na concepção de Las Casas (1991, p. 12), marketing é definido como a área do conhecimento que engloba todas as relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos clientes, tendo em vista sempre a conquista de determinados objetivos na organização ou indivíduo e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que estas relações causam no bem estar da sociedade. Ainda Las Casas (1991, p. 12 e 13) afirma que um dos principais elementos da definição é o aspecto de orientação para os consumidores. Dirigir toda a atividade mercadológica para satisfazer os clientes de determinado mercado é a chave para o sucesso em qualquer empreendimento. Os administradores possuem um grande desafio que consiste em entender o consumidor, no sentido de conhecer as suas expectativas antes, durante e após a compra e identificar tanto suas necessidades e desejos como também as satisfações ou insatisfações contraídas pelo consumo dos produtos ou dos serviços vendidos. O marketing deve ser ajustado às alterações ambientais. Em perspectiva similar, Sandhusen (2000, p. 8) enfatiza que o marketing é definido como um sistema total de atividades de negócios que direciona o fluxo de bens e serviços dos produtores para os consumidores ou usuários a fim de satisfazê-los e realizar os objetivos da empresa. Ainda Sandhusen (2000, p. 8 e 9) afirma que marketing é um dos três principais subsistemas da empresa: • O subsistema de contabilidade, finanças geram e administram o capital e os fundos operacionais da empresa; • O subsistema da produção processa a matéria prima em bens ou serviços que são entregues ao mercado; • O subsistema de marketing determina o que está entregue (a oferta), para quem (o mercado-alvo) e como. 15 2.1.1 Mix de marketing Entretanto, o marketing é formado por variáveis, chamado composto de marketing ou mix de mercado que possuem quatro classificações: produto, praça, preço e promoção. 2.1.1.1 Produto Na concepção de Ferrel et al (2000, p. 95), o produto compõe o núcleo da estratégia de marketing e referem-se o mais do que bem tangíveis. A melhor forma de visualizar um produto é como um conjunto de características e vantagens que tem capacidade de satisfazer às necessidades e aos desejos dos consumidores, entregando, assim, benefícios valiosos. Em perspectiva similar Churchill e Peter (2000, p. 164) acreditam em alguns aspectos da estratégia de produto que podem afetar o comportamento de compra do consumidor são a novidade do produto, sua complexidade e sua qualidade que pode ser percebida. O produto que atende perfeitamente a necessidade e qualidade que o consumidor está procurando, e se for associado a um alto valor pode sim influenciar a compra independente do seu custo. Na mesma concepção Cobra (1991, p. 23) sustenta que os produtos ou serviços a serem ofertados devem ter boa qualidade, atendendo aos gastos do consumidor, com nome atraente, embalagens sedutoras, em vários tamanhos dos produtos ou serviços ofertados, e prazos de pagamento e termos de créditos atrativos. Para Kotler (1998, p. 370), o produto deve ter uma adaptação local, ou seja, atender a gostos e preferências, além de as supertições e crenças de cada lugar. Ainda Kotler (1998, p. 370), é preciso a invenção de produtos que consiste em criar algo novo, que podem assumir duas formas: • A invenção para trás, é o relacionamento de produtos antigos, mas adaptados às necessidades de um país estrangeiro; • A invenção para frente, consiste em criar um novo produto para tender a uma necessidade em outros países. 16 De acordo com Kotler (1998, p.383) “produto é algo que pode ser oferecido a um mercado para satisfazer a um desejo ou necessidade” . Ainda Kotler (1998, p. 383) os produtos que são vendidos incluem: bens físicos, serviços, pessoas, locais, organizações e idéias. O produto possui cinco níveis, cada nível acrescenta mais valor para o consumidor e os cincos constituem uma hierarquia de valor para o consumidor. Os cinco níveis vistos por (KOTLER 1998, p.383) são: • Beneficio-núcleo: é o mais fundamental de todos os níveis. É o serviço ou beneficio fundamental que o consumidor está realmente comprando; • Produto básico ou produto genérico: neste nível a empresa precisa transformar o benefício núcleo em um produto; • Produto esperado: o produto esperado é um conjunto de atributos e condições que os compradores, normalmente esperam e concordam quando compram esse produto; • Produto ampliado: é o produto que atenda o desejo dos consumidores alem de suas expectativas, o produto ampliado descreve o que está incluído no produto; • Produto potencial: é a parte que envolve todas as ampliações e transformações que este produto deve sofrer no futuro, ele aponta sua possível evolução. Kotler (1998, p.383) classificou os produtos tomando como base suas várias características, durabilidade ou tangibilidade, sendo que, podem ser classificados em três grupos: • Bens não duráveis: são bens que normalmente são consumidos após alguns ou um uso. São bens tangíveis. EX: sal, açúcar e sabão. • Bens duráveis: são bens que duram a muitos usos, são bens tangíveis, EX: vestuário, fogão e televisão. • Serviços: eles são intangíveis, inseparáveis, variáveis e perecíveis. EX: concerto, corte de cabelo. 17 Em uma visão similar, Churchill e Peter (2000, p. 237) dizem que, para facilitar no planejamento do composto de marketing, as empresas classificam seus produtos de diversas maneiras. Duas classificações básicas destinam se o produto é durável ou não-durável. • Bens duráveis: quando compramos um bem de consumo, e esperamos que eles durem anos. Estes bens são conhecidos como bens duráveis, geralmente, consideram-se bens duráveis aqueles usados por pelo menos três anos. Exemplo: colchão. • Bens não-duráveis: são considerados uns bem não-duráveis aquele dos quais não espera tanta vida útil, são aqueles bens de consumo usados por um breve período de tempo. Exemplo: gasolina. Kotler (1998, p.385-386) também classificou os produtos quanto aos bens de consumo. Na classificação dos bens de consumo, os consumidores compram vastos números de bens que podem ser classificados conforme seus hábitos de compra. Eles podem ser divididos em quatro bens: • Bens de conveniência: são bens que compramos com freqüência e sem qualquer esforço. Os bens de conveniência podem ser divididos em: bens de consumo geral (adquiridos em base regular) e bens de emergência (comprados em situações de emergência). • Bens de compra comparada: são bens baseados, na hora de seleção e compra, em adequação, qualidade, preço e estilo. Podem ser divididos ainda em: homogêneos (similares em qualidade, mas diferentes em preços) e heterogêneos (características do produto mais importante do que o preço). • Bens de especialidade: bens de marcas e/ou características exclusivas, para quais compradores está disposto a fazer um esforço de compra. • Bens não procurados: são bens que não são muito procurados, ou até mesmo desconhecido por alguns consumidores. 18 Na mesma visão, Churchill e Peter (2000, p. 234-238) acreditam que os bens e serviços vendidos para consumidores são conhecidos como produtos de consumo. Os produtos de consumo são divididos em quatro etapas: • Produtos de conveniência: são produtos comprados com freqüência e com o tempo e esforço mínimo. Geralmente não são caros. Exemplo: meias. • Produtos de compra comparada: são comprados depois de uma pesquisa no produto ou serviço desejado, fazendo assim a comparação de diferentes alternativas. Exemplo: equipamentos eletroeletrônicos. • Produtos de especialidade: produtos procurados com pouca freqüência, geralmente caros. Como resultado, estamos dispostos a fazer um esforço especial para obter o produto e a marca exatamente desejada. Exemplo: carros de luxo. • Produtos não procurados: são produtos que não são procurados por consumidores e talvez não tenham conhecimento pelo mesmo. Este produto só é comprado quando os profissionais de marketing nos tornam cientes da necessidade e do valor desses produtos. Exemplo: seguros de vida. Para Kotler (1998, p. 386-387), a classificações de bens industriais: as organizações compram vasta variedade de bens e serviço. Podem ser divididos em três grupos: • Materiais e componentes: bens que entram na produção de um produto. Classifica-se em duas classes: matérias-primas (é dividido em produtos agropecuários (trigo e frutas) e produtos naturais (petróleo e pescado)) e produtos semi-acabados e componentes (são divididos em duas categorias: materiais componentes (são fabricados normalmente a partir de matéria prima, exemplo: aço precede de ferro-guss) e peças componentes (entram no produto acabado sem qualquer modificação de forma)). 19 • Bens de capital: bens de longa duração que facilitam o desenvolvimento e/de administração de produtos acabados. É classificado em dois grupos: instalações (consistem em prédios e equipamentos, elas representam grandes compras) e equipamentos (compreende maquina e equipamentos, móveis da fabrica). • Suprimentos e serviços: bens de curta duração que facilitam o desenvolvimento e/ou administração de produtos acabados. Os suprimentos são divididos em dois grupos: suprimentos operacionais (por exemplo, carvão, lápis e lubrificantes) e itens de manutenção (por exemplo, tintas, pregos e vassouras). Na mesma perspectiva Churchill e Peter (2000, p. 236-237) colocam que, os produtos industriais são produtos e serviços vendidos a consumidores. Podem ser divididos em seis etapas: • Instalações: são bens industriais não-portáteis de grande porte, comprados, instalados e usados para produzir outros bens ou serviços. Exemplo: programas de mala direta. • Equipamento acessório: equipamento e ferramentas fabris portáteis, usadas no processo de produção, mas que não se tornam parte do produto acabado. Exemplo: calculadora. • Componentes: peças e materiais processados que fazem parte dos produtos acabados. Exemplo: empresas que comercializam paredes e painéis de fibra de vidro para refrigeradores e aquecedores a água. • Matéria-prima: itens não processados que são transformados em partes componentes ou produtos acabados. Exemplo: algodão. • Suprimentos: bens industriais consumidos no processo de produção de outros produtos, mas que não entram nos produtos finais. Exemplo: canetas. • Serviços empresariais: serviços que dão suporte às atividades de uma organização, na grande maioria das empresas alguns tipos destes serviços podem ser terceirizados. Exemplo: contabilidade. 20 2.1.1.2 Praça ou distribuição Na concepção de Cobra (1991, p. 23), é preciso levar o produto certo ao lugar certo, através dos canais de distribuições adequados, não deixando faltar produto em nenhum mercado que seja importante, dispondo de um estoque para suprir as necessidades de consumo por meio de recursos de transporte convenientes. Na mesma linha Ferrel et al (2000, p. 95), a distribuição é a atividade de marketing que representa o maior custo para muitos produtos. Entretanto, a boa distribuição é essencial porque pode fazer grande diferença em como os consumidores são bem atendidos. A distribuição refere-se a um ou ambos aspectos seguintes: • Canais de marketing – um sistema de organização pelo qual um produto, recursos, informações e ou propriedade flui de produtores e consumidores; • Distribuição física – a movimentação de produtos ao local adequado, nas quantidades e no tempo corretos, de maneira eficiente em termos de custo. As estratégias de logística tratam de problemas de distribuição física, com transporte, estocagem, movimentação de materiais e dos sistemas e equipamentos necessários para essas funções, sendo a mais difícil de ser modificada. Conforme Churchill e Peter (2000, p. 165), a distribuição é especialmente importante para a tomada de decisões rotineiras ou limitada. Um outro fator que influencia também a percepção dos consumidores sobre a imagem do produto é o tipo de canais pelos qual um produto é oferecido. Profissionais de marketing bemsucedidos selecionam canais com características que combinam com seus produtos e com o tipo de consumidores que eles procuram atender. De acordo com Kotler (1998, p.466), canais de marketing, ou também denominado canal comercial ou canal de distribuição, são conjuntos de organizações interdependentes envolvidos no processo de tornar um produto ou um serviço disponível para uso ou consumo. Normalmente os fabricantes trabalham com intermediários de marketing para colocar seus produtos no mercado. O uso de intermediários aumenta a eficiência da distribuição de bens por torná-los 21 amplamente disponíveis e acessíveis ao mercado-alvo. Os intermediários, por meios de seus contatos, experiência, especialização e escala de operação, disponibilizam a empresa fabricante muito mais do que está pode atingir com seus próprios esforços. Na mesma linha, Churchill e Peter (2000, p368) afirmam que um canal de distribuição é uma rede, ou seja, um sistema organizado de órgãos e instituição, que, em combinação, executam todas as funções necessárias para ligar os produtos aos usuários finais a fim de realizar a tarefa do marketing. Os revendedores em um canal de distribuição também são chamados de intermediários, que são empresas independentes especializadas em conectar vendedores e consumidores ou compradores organizacionais, os intermediários são usados quando tornam as trocas mais eficientes e reduzem os custos da transação, quando não é desenvolvida está função é mais provável que os produtos não façam uso deles e vendam diretamente para os clientes. Para Kotler (1998, p.467), os membros do canal de marketing desempenham varias funções-chaves: • Informações: coleta de informações, sobre consumidores potenciais e atuais, concorrentes e forças que atuam no ambiente de marketing. • Promoção: desenvolvimento e disseminação de comunicação persuasiva sobre a oferta, planejadas para atrair os consumidores. • Negociação: tentativa de chegar a um acordo final sobre preço e outras condições. • Pedido: comunicação de intenções de compra dos membros do canal para os fabricantes. • Financiamento: obtenção e alocação de fundos necessários para financiar estoques nos diferentes níveis do canal de marketing. • Riscos: aceitação dos riscos de acordo com as tarefas do canal. • Propriedade física: estocagem e movimentação sucessiva de produtos físicos, desde a matéria prima até os consumidores finais. • Pagamento: os pagamentos das faturas são feitos através dos vendedores ou por meio de bancos e outras instituições financeiras. 22 • Propriedade: transferência real de propriedade de uma organização ou pessoa a outra. Em uma visão diferente, Churchill e Peter (2000, p. 368-370) dizem que as funções do canal de distribuição podem ser divididas em três categorias: • Transacionais: é a compra e venda de produtos de vários fabricantes para criar trocas, os intermediários podem tornar os canais mais eficientes. Outro beneficio trazido pelos intermediários é que eles podem reduzir o risco de que os produtos venham a ser deteriorar ou tornarem-se obsoletos. • Logísticas: envolvem mover bens e combiná-los em quantidades que os tornem fácil de compras, ou seja, os produtos são armazenados em locais como prateleiras de supermercados, pois atacadistas que transportam estes produtos também estão realizando a função de logística, que ajudam ambos os lados, tanto os produtores quanto os consumidores, pois não precisam se deslocar diretamente até a fabrica quando falta algum produto. • Facilitação: executando funções de facilitação como financiamento de transações, graduação de produtos e coletas de informações de marketing, os intermediários tornam mais fáceis os processos da compra e venda. Previsões de vendas analises competitivas e relatório sobre as condições do mercado fornecidos por intermediários ajudam os produtores a descobrir o que os clientes desejam. 2.1.1.3 Preço Na visão de Churchill e Peter (2000, p. 164), a estratégia de preço influencia o comportamento de compra quando o consumidor esta avaliando alternativas e chegando a uma decisão. Em algumas ocasiões os consumidores preferem comprar produtos mais baratos, eles podem pensar em comprar um determinado produto porque ele esta em liquidação ou porque eles têm cupom de desconto para aquela marca. 23 Em perspectiva similar, Cobra (1991, p. 23) sustenta que, é preciso que o preço seja justo e proporcionar descontos estimulantes à compra dos produtos ou serviços ofertados, e prazos de pagamento e termos de créditos atrativos. Na mesma perspectiva, Ferrel et al (2000, p. 95) sugerem que o preço pode ser elemento mais crítico, mais visível e mais manipulado do composto de marketing. É uma consideração extremamente importante à medida que os consumidores decidem se compram os produtos da empresa. O preço é também o elemento mais flexível do composto de marketing, uma vez que pode ser ajustado para atender às condições mutantes do mercado. Para Kotler (1998, p.436), o estabelecimento de preço pela primeira vez, deve ser feito quando desenvolve ou adquire um novo produto, lança um produto regular em um novo canal de distribuição ou área geográfica e quando entra em uma concorrência pública. A empresa precisa decidir onde seu produto, em termo de qualidade e preço, deve ser posicionado. Ele pode ser posicionado no centro do mercado, três níveis à cima e três níveis à baixo. Possui sete níveis, que são os seguintes: definitivo, lucro, necessidades especiais, médio, facilidade/conveniência, convencional e mais barato e orientado para preço. Esse esquema sugere que os sete níveis de posicionamento de produtos não concorrem entre si, mas dentro de cada grupo. Mas ainda, pode haver concorrência entre os segmentos preçoqualidade. São possíveis nove estratégias preço-qualidade descritas na figura 1 a seguir: Figura 1 Nove Estratégias de Preço/Qualidade Fonte: Adaptado de Kotler (1998 p. 436) 24 Kotler (1998, p. 437), destaca que na figura 1 as estratégias 1, 5 e 9 podem coexistir no mesmo mercado. As estratégias de posicionamento 2, 3 e 6, representam maneiras de atacar as posições diagonais. As estratégias 4, 7 e 8 implicam a fixação de preço alto para o produto em relação a sua qualidade. Os clientes sentirão que foram “estorquidos” e consequentemente reclamarão ou falarão mal da empresa à outras pessoas. É preciso que a empresa considere muitos fatores ao definir sua política de preço. A figura 2 descreve seis etapas para fixar preço. Figura 2 Estabelecimento de uma política de preço. Fonte: Adaptado de Kotler (1998 p. 437) Kotler (1998, p.437) analisa as seis etapas do estabelecimento de uma política de preço. • Seleção do objetivo do preço: é necessário ter esclarecido os objetivos de uma empresa para ser mais fácil estabelecer o preço. Assim a empresa pode perseguir qualquer um entre seis grandes objetivos através de fixação de preço: sobrevivência, maximização de lucro. Maximização da desnatação de mercado ou liderança de produtoqualidade. • Determinação da demanda: cada preço cobrado pela empresa resultará em um diferente nível de demanda e consequentemente, causará um impacto diferente sobre seus objetivos de marketing em situação normal, quanto maior o preço, menor a quantidade demandada. • Estimativa de custos: a demanda estabelece um teto para o preço que a empresa pode cobrar por seu produto e os custos estabelecem o piso. A empresa deseja cobrar um preço que cubra os custos de produção, distribuição e venda do produto, incluindo um retorno justo por seu esforço e risco. 25 • Análise dos custos, preços e ofertas dos concorrentes: com uma possível variedade de preços possíveis determinados pela demanda de mercado e custos, os custos, preços e possíveis reações de preços dos concorrentes ajudam as empresas a estabelecer em que nível fixar seus preços. É necessário que a empresa faça benchmark de seus custos em relação aos custos dos concorrentes para saber em que nível esta operando em vantagem ou desvantagem de custo. Precisa conhecer também o preço e a qualidade das ofertas concorrentes. Pode enviar compradores para comparar os preços e avaliar essas ofertas, obter listas de preços, comprarem esses produtos para examiná-los e perguntar aos consumidores como eles percebem o preço e a qualidade de cada oferta dos concorrentes. • Seleção de um método de estabelecimento de preço: estabelecendo a programação de demanda dos consumidores, função custo e preços dos concorrentes (3 Cs), a empresa esta preparada para selecionar um preço. O preço poderá ser muito baixo para gerar lucro e outro que seja muito alto para gerar demanda suficiente. Os custos sinalizam um piso para o preço. Um ponto de referencia que a empresa tem que considerar ao estabelecer seu preço e os preços dos concorrentes é o preço de bens substitutos. As empresas resolvem o problema de preço selecionando um método que inclua uma ou mais dessas três considerações. Assim, o método de preço escolhido levará a um preço específico. Serão citados alguns métodos de estabelecimento de preço: preço de markup, preço de retorno-alvo, preço de valor percebido, preço de mercado e preço de licitação. • Seleção preço final: os métodos procedem de formulação de preço e mostram várias opções para a seleção do preço final. Nessa seleção, a empresa deve considerar alguns fatores adicionais, incluindo o preço psicológico, a influencia de outros elementos do composto de marketing sobre o preço, as políticas de preço da empresa e o impacto sobre terceiros. Em perspectiva similar, Churchill e Peter (2000, p. 314-315) acreditam que, os profissionais de marketing podem aplicar conceitos econômicos como curvas de 26 demanda e análise marginal para determinar os preços apropriados para seus produtos. • Curva de demanda: para verificar o preço mais lucrativo, os profissionais testam a demanda para níveis de preços. È criado uma curva de demanda para cada produto, ou seja, uma representação gráfica da quantidade de um produto em vários níveis de preço. Como mostra a figura 3, a maioria segue o padrão geral de inclinação descendente. Com isso o autor sustenta que, com preços mais baixos, a quantidade demandada aumenta. Figura 3 Exemplo de curva de demanda. Fonte: Adaptado de Churchill e Peter (2000 p. 315) A curva da demanda possui algumas divisões que são as seguintes, de acordo com Churchill e Peter (2000, p. 314-315): • Ciclo de vida: existem vários fatores, que ao longo da vida do produto, sua curva de demandas passa por mudanças, como uma promoção eficiente, a entrada de novos concorrentes e as mudanças nos gastos dos consumidores e na tecnologia; • Estimativa da demanda: não é possível saber qual a demanda em cada preço possível, mas sim é feita estimativa. Essas estimativas são feitas com base na pesquisa de fatores demográficos e psicológicos de seus mercados alvo e em suposições sobre quanto às vendas de um produto são sensíveis a seu preço. Esses fatores de demanda afetam a forma da curva de demanda por determinado produto. 27 • Fatores demográficos: é necessário conhecer a demografia do mercado-alvo, pois isso pode ser útil para estimar a demanda. Esses dados podem estimar quantos compradores potenciais existem e se eles possuem os recursos necessários para comprar o produto por um determinado preço. • Fatores psicológicos: os profissionais de marketing também levam em conta os fatores psicológicos, pois os compradores potenciais percebem diversos preços ou mudanças de preços. • Elasticidade-preço: a elasticidade-preço é a medida da sensibilidade da demanda a mudança nos preços. Em uma visão matemática, é a mudança percentual na quantidade demandada dividida pela mudança percentual no preço. Quando feito o calculo e concluído que a elasticidade-preço é maior que um, diz-se que a demanda é elástica. Quando a elasticidade-preço é menor que um, é chamada de inelástica. • Estimativa da receita: as curvas de demanda é a teoria relacionada a elas, ajudam os profissionais de marketing a estimar a receita que os produtos poderão gerar em vários níveis de preços. Quando feita essas estimativas, elas podem ser classificadas em três medidas básicas de receita: - receita total: refere-se a quantia total de dinheiro recebida pela venda de todas as unidade de um produto; - receita média: é a quantidade média de dinheiro recebido pela venda de uma unidade de um produto; - receita marginal: é a mudança na receita total que resulta da produção e venda de unidades adicionais de um produto. • Análise marginal: a análise marginal é utilizada para identificar em que nível de venda e preço a organização conseguirá o maior lucro. A analise marginal é uma técnica para encontrar os maiores lucros possíveis medindo o efeito econômico de produzir e vender cada unidade adicional do produto. Kotler (1998, p. 450) confirma que, as empresas não estabelecem um preço único, mas sim elaborada uma estrutura de preço que reflita as variações na demanda geográfica e nos custos, as exigências no segmento de mercado, a época 28 da compra, o volume de pedidos e outros fatores. Como resultado dos descontos, concessões e gastos promocionais, uma empresa, raramente, realiza o mesmo lucro em cada unidade do produto que vende. Serão citadas algumas estratégias de adaptação de preço: • Preço geográfico: esta estratégia de preço verifica a decisão da empresa em como estabelecer o preço de seus produtos para consumidores localizados em diferentes localidades ou países. Um outro problema é se a empresa deve cobrar mais para consumidores localizados mais distantes para cobrir os custos mais elevados de transporte e o risco de perder dinheiro. Outro problema é como receber a fatura, pois muitas empresas não possuem moeda forte para pagar por suas compras. • Preço promocional: geralmente são usadas várias técnicas de fixação de preços para estimular a compra antecipada. Frequentemente, as estratégias de preços promocionais é um jogo de soma zero. Se funcionarem, os concorrentes os copiaram rapidamente; e elas perderão a eficácia para a empresa individual. Se não funcionarem, desperdiça o dinheiro que a empresa poderia alocar em ferramentas de marketing de impacto mais permanente, como melhorar a qualidade do produto e/ou serviço através da propaganda. • Preço diferenciado: os preços são modificados frequentemente pelas empresas, para acomodar as diferenças de consumidores, produtos e localização. É chamado de preço diferenciado aquele produto ou serviço que possui dois ou mais preços que não refletem diferença promocional em custo. Possui várias formas de preço diferenciado, são elas: • Preço por segmento de consumidores: são cobrados preços diferentes a diferentes grupos de consumidores pelo mesmo produto ou serviço; • Preço por versão de produto: versões diferentes do produto recebem preços diferentes, mesmo não proporcionando o seu respectivo custo; • Preço de imagem: baseado nas diferenças de imagem, algumas empresas fixam o preço do mesmo produto em dois níveis diferentes; 29 • Preço por localização: embora o custo da oferta seja o mesmo, o mesmo produto é vendido por preço diferenciado em vários locais; • Preço por período: o preço é variado conforme as estações, dia ou hora. Já Churchill e Peter (2000, p. 321-328) sustentam que, dados os desafios do uso da análise marginal, os profissionais de marketing, na prática, abordam as decisões de preços de diversas maneiras. As abordagens básicas são baseadas em custo, concorrência e valor para os clientes. • Preços baseados no custo: o preço de um produto, deve ser suficientemente alto para cobrir o custo total de produção e marketing. O custo total inclui custos fixos e variáveis. Custos fixos são os custos que permanecem iguais ao longo de uma ampla faixa de quantidades produzidas. Custos variáveis são os custos que variam de acordo com as mudanças na quantidade produzida. Markup é acrescentar uma porcentagem padrão ao custo do produto a fim de chegar a um preço de venda. • Preços baseados na concorrência: para superar algumas das limitações da precificação baseada em custos, alguns profissionais de marketing preferem levar em conta a concorrência ao tomar decisões de preços. Eles devem ser capazes de igualar seus preços aos dos concorrentes ou ficar abaixo deles. E, caso seja cobrado um preço mais alto, devem mostrar por que seus produtos oferecem maior valor. • Preços baseados no valor para o cliente: qualquer que seja o preço cobrado pelos concorrentes e quaisquer que sejam os custos da organização, os compradores potenciais podem não comprar o produto se não acharem que a oferta vale o seu dinheiro. Isso significa que uma pesquisa de marketing é necessária para descobrir as percepções de valor e preço dos clientes. 30 2.1.1.4 Promoção De acordo com Churchill e Peter (2000, p. 166), a estratégia de promoção do profissional de marketing pode influenciar os consumidores de todos os estágios do processo de compra. Suas mensagens podem lembrar aos consumidores que eles tem um problema, que o produto pode resolver o problema e que ele entrega um valor maior do que os produtos concorrentes. Ademais, ouvir tais mensagens após uma compra pode reforçar a decisão de compra. Em perspectiva similar, Cobra (1991, p. 23) destaca que, é preciso utilizar com criatividade as ferramentas promocionais, como à propaganda, venda pessoal, promoção de venda, as relações públicas e o merchandising. As empresas estão sempre procurando formas de melhorar a promoção, substituindo ferramentas promocionais para outra que causem o mesmo efeito sendo mais econômica. Na mesma linha Ferrel et al (2000, p. 25), as atividades de promoção são necessárias para comunicar as características e os benefícios de um produto a seu(s) mercado(s) segmento(s)-alvo escolhido(s). Para Kotler (1998, p. 371), as empresas podem adotar as campanhas de propaganda e promoção tradicional, ou seja, mais conhecida como doméstica, ou simplesmente adequar cada propaganda e promoção a cada mercado local. Esse processo tem um nome específico de adaptação da comunicação. Se uma empresa adapta tanto o produto quanto à comunicação, ela está praticando a adaptação dual. As empresas também podem usar globalmente o mesmo tema, somente adaptando o texto a cada mercado local. Podem ainda desenvolver um pool de global de anúncios, do qual cada país seleciona o mais apropriado. As empresas devem também adaptar suas técnicas de promoção de vendas a diferentes mercados. A partir do momento que as organizações identificam a importância de tais conceitos, sua sustentação no mercado, quanto aos serviços, se tornará mais fácil, criando diferenciais necessários para satisfazer os clientes. As empresas devem procurar satisfazer seus clientes, tendo em vista a concorrência que à no mercado consumidor, desta forma, Cobra (1991, p. 23), ressalta que as empresas precisam estar atentas ao seu composto de marketing. As estratégias para o composto de marketing envolvem a criação de uma combinação de produto, preço, promoção e distribuição que, na maior extensão 31 possível, atende as necessidades dos consumidores do(s) segmento(s)-alvo escolhido(s). Portanto, Kotler (1999, p. 126) destaca que os profissionais de marketing se vêem como vendedores de um produto, enquanto os clientes se vêem como compradores de um valor ou da solução de um problema. E os clientes estão interessados no custo total de obtenção, uso e descarte de um produto. Eles querem que o produto ou serviço esteja disponível da maneira mais conveniente possível. Para Kotler (1998, p. 526-527), o marketing moderno exige mais do que desenvolver um bom produto, estabelecer um preço atraente e torna-los acessíveis aos consumidores-alvos. As empresas devem também se comunicar com seus consumidores atuais e potenciais, varejistas, fornecedores e o publico em geral. Para que ocorra uma comunicação eficiente, os profissionais de marketing precisam entender os elementos fundamentais da comunicação eficaz. Um dos modelos de comunicação possui nove elementos. Dois dele representam as partes principais da comunicação – o emissor e o receptor. Outros dois representam as principais ferramentas de comunicação – a mensagem e a mídia. Quatro representam as principais funções da comunicação – codificação, decodificação, resposta e o feedback. O que é classificado como ultimo elemento é o ruído do sistema, que pode tomar como exemplo, as mensagens ao acaso e os concorrentes que podem interferir na comunicação pretendida. No modelo são destacados fatores-chaves da comunicação eficaz. Os emissores devem saber que audiências desejam atingir e que respostas esperam. Eles codificam suas mensagem de maneira que as mesmas levem em consideração como a audiência-alvo, geralmente, as decodifica. O emissor deve transmitir a mensagem por meio de mídia eficiente que atinja a audiência-alvo e desenvolva canal de feedback que possibilite saber a resposta do receptor à mensagem. Em linha distinta, Churchill e Peter (2000, p. 449-450) afirmam que, a comunicação é a transmissão de uma mensagem de um emissor para um receptor, de modo que ambos a entendam da mesma maneira. Dessa forma, um anúncio impresso, um cupom, um sport de radio, um comercial de televisão ou qualquer outra comunicação de marketing devem transmitir claramente o significado pretendido. A comunicação envolve um processo, onde a fonte determina qual informação será comunicada e codifica a mensagem em símbolos apropriados, tais como palavras ou imagens. Por um meio de comunicação, televisão ou rádio, 32 palavras escritas, imagens fotográficas, a fonte transmite a imagem ao receptor, a pessoa ou grupo para quem a mensagem é destinada. Em seguida, o receptor decodifica a mensagem interpretando o seu significado. Se o receptor não decodifica ou não consegue decodificar corretamente a mensagem para entender o que a fonte pretendia, então existe ruído no sistema de comunicação. O ruído pode assumir a forma de som físico, como um chiado no rádio, telefone ou televisão, ou pode ainda ser um mau entendimento, por parte do receptor, da linguagem ou símbolos do remetente ou uma má impressão. A resposta do receptor a uma mensagem fornece um retorno para o emissor. De certo modo, o feedback reinicia totalmente o processo de comunicação: o receptor se torna agora o emissor, e vice-versa. Um tipo básico de feedback para comunicação de marketing ocorre no processo de compra, onde o receptor pode responder de varias maneiras como recomendar o produto, solicitar mais informações sobre ele ou aceitar a imagem que a organização procura transmitir. Segundo Kotler (1998, p. 543) as ferramentas promocionais têm características e custos exclusivos. As empresas precisam entender essas características. São classificadas como: propaganda, venda pessoal, promoção de vendas, publicidade e marketing direto. Uma das ferramentas é a propaganda, e quando é dada a muitas formas e os diversos usos das propagandas, é difícil fazer generalizações que englobem suas qualidades como uns dos compostos promocionais. Algumas qualidades podem ser notadas, são as seguintes: • Caráter público: uma das formas de comunicação altamente eficaz é a propaganda. Seu caráter público sugere uma oferta padronizada e também confere ao produto uma espécie de legitimidade. • Universalidade: a propaganda é caracterizada como meio universal, por isso ela permite ao vendedor repetir uma mensagem muitas vezes. • Expressividade ampliada: a propaganda é um meio de dramatizar a empresa e seus produtos por meio do uso criativo de palavras, sons e cores. • Impessoalidade: a propaganda não pode ser utilizada para pressionar a venda como se fosse substituta dos vendedores da empresa. 33 Corroborando com esta afirmação Churchill e Peter (2000, p. 452) afirmam que, o composto de comunicação combina quatro diferentes elementos para criar a estratégia geral da comunicação de marketing: propaganda, vendas pessoais, promoção de vendas e publicidade. A propaganda é o composto de comunicação mais utilizado pelas pessoas. Quando decidida como a propaganda se encaixa no composto de comunicação, é hora de se discutir com qual mídia será utilizada. Ao escolher quando, onde e como anunciar, os profissionais de marketing devem selecionar o método que comunicará suas mensagens com mais eficácia e eficiência. Kotler (1998, p. 544) enfatiza que, uma outra ferramenta promocional é a venda pessoal. Ela é considerada como a ferramenta mais eficaz em termos de custos nos estágios finais do processo de compra. A razão é que a venda pessoal, quando comparada com a propaganda, possui três benefícios distintos: • Confronto pessoal: a venda pessoal envolve relacionamento vivo, imediato e interativo entre duas ou mais pessoas. • Manutenção de relacionamento: a venda pessoal permite todos os tipos de relacionamentos duradouros, desde o destinado apenas à vendas ate uma amizade pessoal mais profunda. • Resposta: a venda pessoal faz o comprador sentir-se obrigada a ouvir a explanação do vendedor. Na mesma linha, Churchill e Peter (2000, p. 452-453) mencionam que, a venda pessoal é a venda que envolve interação pessoal com o cliente. Ela garante feedback imediato para os profissionais de marketing, permitindo que a comunicação seja ajustada para satisfazer as necessidades da situação. Um lado negativo da venda pessoal é que normalmente tem um custo maior por contato com o cliente do que outros tipos de comunicação de marketing, e às vezes, os vendedores são mal treinados e impertinentes. De acordo com Kotler (1998, p.543), uma outra ferramenta é a promoção de vendas, que embora sejam bastante diversas, elas possuem três características distintas: 34 • Comunicação: atraem a atenção dos consumidores e, também fornecem informações que podem levá-los ao produto. • Incentivo: incorporam alguma concessão, estimulo ou contribuição que oferece valor ao consumidor. • Convite: inclui convite para uma transação imediata. Na mesma perspectiva Churchill e Peter (2000, p. 453-454) salientam que, quando os profissionais de marketing desejam rápidos aumentos nas vendas a partir de suas campanha da comunicação, freqüentemente utilizam alguma forma de promoção de vendas. Observa-se que as promoções de venda podem ser utilizadas tanto para os usuários finais quanto para os intermediários. Normalmente, as promoções de vendas são projetadas para impelir rapidamente as vendas e, pelo menos teoricamente, criar lealdade. Porém, se administradas continuamente, podem tornar-se eficazes. Na visão de Kotler (1998, p. 544) a penúltima ferramenta promocional são as relações publicas e publicidade, elas estão baseadas em três qualidades distintas: • Alta credibilidade: estórias e características novas são mais autenticas e críveis para os leitores do que anúncios. • Facilidade: em “abrir a guarda”. As relações públicas podem atingir muitos compradores potenciais que evitariam vendedores e anúncios. • Dramatização: como a propaganda, as relações públicas têm um potencial para dramatizar uma empresa ou um produto. Em concepção similar Churchill e Peter (2000, p. 454) comentam que, composto de comunicação também pode incluir esforços para gerar publicidade. A publicidade pode manifestar-se em uma diversidade de formas, sendo que as mais comuns são reportagens da imprensa sobre novos produtos ou sucessos e fracassos de companhias. Ainda que a publicidade seja “propaganda gratuita”, a divulgação tem seu lado negativo. O profissional de marketing dispõe de pouco ou nenhum controle sobe o que é dito e sobre o publico que recebe a informação. Para Kotler (1998, p. 544), a última ferramenta promocional é o marketing direto. Ele é classificado em quatro características distintivas: 35 • Não público: geralmente a mensagem é dirigida a uma pessoa especifica. • Sob medida: a mensagem pode ser adaptada para atrair o interesse da pessoa visada. • Atualizado: a mensagem pode ser preparada com muita rapidez para ser transmitida a um indivíduo. • Interativo: a mensagem pode ser alterada, dependendo da resposta da pessoa. 2.1.2 Marketing de serviço Na visão de Churchill e Peter (2000, p. 290-292), vivemos numa economia de serviços, em que a prestação e o marketing de serviços ocupam um papel cada vez maior em relação aos bens tangíveis. Segundo pesquisas realizadas, mais da metade da produção e dos empregos brasileiros provém de serviços. O setor de serviços cresceu por duas razões. Primeiro, a demanda dos consumidores e compradores organizacionais aumentou, e, em segundo lugar, as novas tecnologias tornaram os serviços mais acessíveis. • Maior demanda por serviços: isso ocorre quando os consumidores ficam mais inclinados a usar serviços quando dispõe de mais dinheiro do que o necessário para compras básicas como alimento, roupas e moradia. O que levou uma maior demanda por serviços, foram as mudanças nas estruturas familiares. • Maior oferta de serviços: as mudanças tecnológicas influenciam não só a demanda por serviços, mas também sua oferta. Como o crescimento na tecnologia da informação está cada vez maior, muitas organizações que tradicionalmente ofereciam apenas produtos tangíveis estão considerando lógico e lucrativo acrescentar serviços a seu composto de produtos. Nos produtos originais da organização suas inovações podem ser aperfeiçoamentos ou produtos inteiramente novos. 36 Em confronto com esta afirmação, Las Casas (1991, p. 11-12) afirma que, quanto mais avançada a noção, maior a importância do setor de serviços na economia de um país. Existem várias causas disto, uma que se destaca é o maior poder aquisitivo da população, onde permite que as tarefas rotineiras mais entediosas sejam transferidas a terceiros, prestadores de serviços. O marketing vem se desenvolvendo cada vez mais, principalmente no setor terciário onde o crescimento foi ainda mais acelerado. Um dos fatores que contribuíram para isso foi a mudança na mentalidade empresarial, no sentido de que, hoje em dia, médicos, dentistas, contadores, entre outros, já aceitaram a idéia de aplicar técnicas mercadológicas em seus negócios. Alem disso, o numero elevado de profissionais é colocado no mercado de trabalho anualmente. As faculdades e universidades formam centenas de profissionais a cada ano, o que faz com que a concorrência aumente. Para que muitos profissionais sobrevivam, a aplicação de técnicas mercadológicas em seus negócios é necessária. Os clientes estão cada vez mais sofisticados na área de serviços, o nível de satisfação é maior, por virtude de serem raros os profissionais prestadores de serviços, a área apresenta grandes oportunidades e desafios. Churchill e Peter (2000, p. 293-296) enfatizam que, varias características distinguem serviços de bens. Estas diferenças influenciam o desenvolvimento das estratégias de marketing. São elas: • Relação com os clientes: na grande maioria, os profissionais de marketing de serviços têm uma relação pessoal contínua com seus clientes. Este relacionamento é especialmente provável quando o provedor do serviço é um profissional liberal, com um médico, um advogado ou um consultor. • Perecibilidade: os serviços são caracterizados como perecíveis, pois se um serviço não for usado quando oferecido, não pode mais ser utilizado. É especialmente importante fazer um planejamento para as flutuações na demanda. Para a maior parte dos serviços, a demanda muda de acordo com a estação, dia da semana ou hora do dia. • Intangibilidade: as intangibilidades dos serviços apresentam alguns desafios especiais. Um é que o comprador potencial não pode examinar um serviço antes de comprá-lo, assim é necessário o 37 profissional de marketing oferecer indicações sobre a qualidade do serviço, outro desafio da intangibilidade é que os problemas podem ser mais difíceis de corrigir. Isso ocorre quando cortamos os cabelos e não gostamos, não da para voltar atrás. • Inseparabilidade: devido à inseparabilidade, os clientes podem não só querer um determinado tipo de serviço, como desejar que ele seja prestado por uma pessoa ou grupo de pessoas específico. • Esforço do cliente: os clientes muitas vezes participam numa certa medida da produção de muitos tipos de serviços. Nem todos os serviços exigem o mesmo grau de esforço do cliente. • Uniformidade: como os produtores de bens contam com procedimentos para prevenir, identificar e corrigir falhas, no caso dos serviços, que muitas vezes são adaptados às necessidades de cada cliente, é mais difícil fazer uso desses controles. A necessidade de qualidade nos serviços torna imperativo que os prestadores sejam bem qualificados e altamente motivados para satisfazer seus clientes. Em linha distinta, Las Casas (1991, p. 63-69) analisa que, as características dos serviços, nos serviços profissionais exigem tratamento diferenciado porque eles são: • Intangíveis: são intangíveis, pois não podemos os tocar. Na evidência física, a empresa deve procurar demonstrar toda a parte concreta e material da melhor maneira possível, visando projetar a imagem desejada. Deve também existir a preocupação com a aparência do profissional. • Inseparáveis: a produção e o consumo ocorrem simultaneamente. A ação só ocorre quando o funcionário da empresa prestadora de serviços está frente a frente com o consumidor. Por isso é que a preparação do profissional é o objeto de comercialização. • Heterogêneos: a maioria das vezes os serviços estão ligados a pessoa do vendedor. Por esta razão, os serviços da mesma empresa poderão variar muito. Um aspecto a ser considerado é que o nível de disposição do ser humano nem sempre é o mesmo, e isto também pode refletir na 38 heterogeneidade dos serviços. Para eliminar este problema, os administradores devem proporcionar treinamento para os funcionários, conseguindo desta forma uma qualidade mais uniforme. • Simultâneos: significa que o processo de prestação de serviço e o de consumo ocorre ao mesmo tempo. Toda a oportunidade que um prestador de serviços tem de mostrar o quanto ele é eficiente ou especialista em sua atividade ocorre somente quando ele está frente a frente com o cliente, em muitos casos, não haverá volta. Na concepção de Churchill e Peter (2000, p. 296-297), a classificação dos serviços ajuda os profissionais de marketing a reconhecer os tipos de estratégias de marketing com possibilidade de dar certo. Os serviços podem ser classificados de varias maneiras, uma das mais úteis é pelo meio de entrega. A figura (4) mostra que os serviços podem ser baseados em equipamentos ou pessoas, ou seja, podem existir principalmente por meio de equipamentos, como no caso de cinemas e linhas aéreas, ou por pessoas, no caso de serviços de zeladores ou contabilidade. Para os serviços baseados em equipamentos, os profissionais de marketing precisam estar atentos para que sejam produtos de qualidade e satisfação as necessidades dos clientes. Para os serviços baseados em pessoas, o nível e a consistência da qualidade dependem praticamente da formação e da motivação da pessoa que está exercendo os serviços. 39 Figura 4 Classificação dos serviços prestados segundo o meio de entrega. Fonte: adaptado de Churchill e Peter (2000 p. 297) Em outra perspectiva Las Casas (1991, p. 16-17) sustenta que, dentre os meios de classificações possíveis para os tipos de serviços, uma delas considera o esforço do consumidor na obtenção de serviços. Neste sentido os serviços são classificados como: • Serviços de consumo: são os serviços prestados diretamente aos consumidores finais. São subdivididos em: • De conveniência – isso ocorre quando o consumidor não quer perder tempo em procurar a empresa prestadora de serviços por não haver diferenças perecíveis entre elas. • De escolha – isso ocorre quando alguns serviços têm custos diferenciados de acordo com a qualidade e tipo de serviços prestados. 40 • De especialidade – são aqueles serviços altamente técnicos e especializados. • Serviços industriais: são aqueles serviços prestados a organizações industriais, comerciais ou institucionais. Subdividem-se em: • De equipamentos – são os serviços relacionados com a instalação, montagens de equipamentos ou manutenção. • De facilidade – neste caso estão incluídos os serviços financeiros, de seguros etc., pois facilitam as operações da empresa. • De consultoria/orientação – são aqueles que auxiliam nas tomadas de decisões e incluem serviços de consultoria, pesquisa e educação. 2.2 QUALIDADE DE SERVIÇO Na visão de Las Casas (2004, p. 11-12), o assunto qualidade total é moda há muito tempo. Os empresários consomem livros e cursos que ensinam como devem ser aplicadas as técnicas de qualidade total na empresa de bens e serviços, mas nem sempre tudo que se aprende é aplicada na pratica. É fácil comprovar isso, pois naquelas empresas as quais dizem aplicar o processo de qualidade total ainda não alcançaram este objetivo, uma vez que o critério de julgamento para serviços é o nível de satisfação dos consumidores alcançado. O Brasil apresenta características culturais e econômicas diferentes de outros paises, como os Estados Unidos, a Inglaterra ou o Japão. Os brasileiros estão mais preocupados em adaptar métodos importados ao nosso mercado e que não estão adequados à nossa realidade. Por isso está sendo difícil aplicá-los. Em uma abordagem diferente, Grönroos (2003, p. 83-85) explica que, a qualidade de serviço é muito complexa. O interesse na qualidade de serviço surgiu no final da década de 1970. desde então o tópico tem atraído substancial atenção entre pesquisadores e praticantes. Este mesmo autor, em 1982 introduziu uma abordagem de qualidade orientada para serviços com o conceito de qualidade percebida de serviços e o modelo de qualidade total percebida de serviço. Essa abordagem se baseou em pesquisas sobre o comportamento do consumidor e os efeitos das expectativas relativas ao desempenho dos bens em avaliações pósconsumo. Além da pesquisa sobre qualidade de serviço, existe também todo um 41 sistema instituído de gerenciamento de qualidade cujas raízes originaram-se há muito tempo. Durante a década de 1990, isso tomou a forma de gestão de qualidade total e de várias tentativas de obter certificados de qualidade. Para Las Casas (2004, p. 17-20), os clientes percebem serviços de forma diferenciada, uma vez que a qualidade do serviço é variável de acordo com o tipo de pessoa. Os principais aspectos físicos podem ser classificados como: similaridade, proximidade e continuidade. • Princípio de similaridade – é o principio em que as coisas similares tendem a ser percebidas pelo indivíduo como parte de um conjunto. Ex. se algum corretor de seguros proporcionar um mau atendimento a um numero razoável de clientes, a clientela tende a generalizar sua experiência acreditando que outros corretores também são ruins. • Princípio da proximidade – de acordo com o principio da proximidade, as coisas próximas tendem a ser percebidas como parte de um conjunto. Este princípio pode ser aplicado na prática para a formação da imagem de uma empresa. • Princípio da continuidade – este princípio é muito utilizado em comerciais. Ex. quando o comercial na TV diz “Tomou Doril...” o leitor automaticamente continua com o complemento “... a dor sumiu”. Depois de certo tempo, não há necessidade de apresentar a frase completa o próprio cliente o faz. Em outra perspectiva, Grönroos (2003, p. 85) comenta que, quase sempre a qualidade é citada como uma meta interna, sem nenhuma referência explícita ao significado que se pretende para a qualidade de serviço. Falar sobre melhor qualidade sem defini-la, sem esclarecer como é definida por clientes e como pode ser aprimorada e melhorada, tem valor limitado. Geralmente, isso serve apenas para mostrar uma preocupação com a melhoria de qualidade de serviço que é somente da boca para fora. Na literatura sobre qualidade de serviço nota-se que a qualidade de um produto ou serviço em particular é qualquer coisa que o cliente perceba que ela seja. Dentro das empresas é preciso definir qualidade do mesmo modo que os clientes o fazem, caso contrário pode-se tomar providências erradas em programas 42 qualidade e investir mal o dinheiro e o tempo. Deve-se sempre lembrar que o que conta é a qualidade como percebida por cliente. Nesta seção abordou-se sobre marketing de serviço, onde foi explanado, o posicionamento de cada segmentação citada anteriormente. Na seqüência será discutida e apresentada idéias de autores, sobre a qualidade de serviço. 2.3 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR De acordo com Churchill e Peter (2000, p. 146-151), os consumidores são pessoas que compram bens e serviços para si mesmo ou para os outros e não para revendê-los, mais para satisfazer seus próprios desejos e necessidades. Para ter um melhor entendimento os profissionais de marketing estudam o comportamento do consumidor, os pensamentos, sentimentos e ações dos consumidores e as influencias sobre ele que determinam mudanças. O estudo do comportamento do consumidor muitas vezes centra-se no processo de compra deste e na variedade de forças que o modelam. O processo de compra dos consumidores inclui cinco etapas: reconhecimento das necessidades, busca de informações, avaliação das alternativas, decisão de compra e avaliação pós compra. Além disso, é influenciado por fatores sociais de marketing e situacionais. • Reconhecendo necessidades: o processo pelo qual consumidores compram produtos e serviços começa com o reconhecimento de uma necessidade. Esse reconhecimento pode ser de uma sensação interna como fome, cansaço ou desejo de impressionar alguém importante. Ou pode vir também de estímulos externos como um convite para casamento ou anuncio no rádio. • Buscando informações: depois da identificação de uma necessidade, os consumidores podem procurar informações de como as satisfazes. Dependendo de quanta experiência um consumidor tem em satisfazer um determinado tipo de necessidade, sua busca de informações pode ocorrer de cinco fontes básicas: fontes internas (informações armazenadas na memória da pessoa), fontes de grupos (os consumidores podem consultar outras pessoas, para ajudar nas informações para compras), fontes de marketing (as informações 43 também são obtidas por meio de embalagens, vendedores, propagandas, etc.), fontes públicas (são fontes independentes de profissionais de marketing e outros consumidores), fontes de experimentação (os consumidores podem experimentar os produtos antes da compra). • Avaliando alternativas: essa etapa envolve a decisões de quais recursos ou características são importantes e da identificação de qual desses recursos ou características cada alternativa oferece. Por meio deste processo de avaliação de alternativas, os consumidores tentam identificar a compra que lhe trará o maior valor. • Decidindo a compra: considerando as opções possíveis, os consumidores podem fazer ou não a compra, eles deverão analisar o que, onde, quando compra e como pagar. Os consumidores podem agir rapidamente, no caso de uma liquidação, ou desistir da compra, se nenhuma das opções identificadas de fato satisfazer suas necessidade e desejos, ou podem ainda adiar ainda a compra para uma outra ocasião. • Avaliando a compra: nesta fase é feita uma avaliação da compra, se realmente ficarão satisfeitos ou não com a compra. Esta avaliação de pós-compra é decisiva para os profissionais de marketing, pois se os consumidores gostarem de vários produtos de uma mesma marca, podem desenvolver lealdade a ela. Para Churchill e Peter (2000, p. 152), os consumidores pensam muito mais antes de decidir por um curso universitário, uma viagem de férias do que para comprar pão ou deixar o carro no lava rápido. Em geral, a três tipos de decisões dos consumidores: rotineiras, limitadas e extensivas. • Tomada de decisões rotineiras: esta tomada de decisões ocorre geralmente na compra de produtos simples, baratos e conhecidos, pois os consumidores não consideram esta tomada de decisão importante. Não são feitas grandes pesquisas de preços ou marcas para esta tomada de decisões. 44 • Tomada de decisões limitada: esta é tomada de decisões que envolvem um nível moderado de atividade de pesquisa de compra. As fontes sobre o produto desejado podem ser obtidas de diversas fontes, como propaganda e alguns amigos. Estão dispostos a gastar algum tempo procurando valor, mais manterão baixo seu custo de tempo e esforço. • Tomada de decisões extensiva: é geralmente utilizada na compra de produtos caros, complexos, pouco conhecidos ou, ainda, muito significativos para os consumidores. Para esta tomada de decisão os consumidores consultam uma variedade de fontes de informações, como vendedores, amigos e material de propaganda, é necessário um investimento significativo de tempo e esforço para o processo de decisão extensiva. Em outra perspectiva, Cobra (1997, p. 37-38) menciona que, a análise de suas necessidade se faz principalmente com a compreensão do comportamento humano. Na satisfação de compra, todo o processo de tomada de decisão se alinhava na sensação das necessidades satisfeitas. As necessidades muitas vezes podem ser percebidas ou não pelas pessoas. A satisfação da compra esta ligada a certa sensação de satisfação que o consumidor imagina estar levando a satisfação de necessidade. A motivação pode ser definida como uma força que move um indivíduo a optar por caminhos de satisfação e necessidades. A motivação advém dos drives, ou forças propulsoras conscientes e inconscientes que levam as pessoas sob algumas circunstâncias, à ação. Inclusive a ação de compra. Necessidades levam → à ampliação da força motriz → resposta → meta → resultado. Ainda Cobra (1997, p. 38-41) aborda que, as pessoas são realmente levadas a um numero sem limite de motivos e necessidades com a finalidade de ordenar esses fatores complexos, e inúmeras classificações foram empregadas no sentido de montar categorias simplificadas de necessidades e motivos. Alguns dos motivos são: 45 • Motivos primários: são necessidades biológicas que levam as pessoas a sobrevivência. Os mais importantes estímulos primários são, sem duvidas, a fome, a sede e fuga da dor. • Motivos secundários ou aprendidos: os mais importantes entre esses motivos são os relativos às necessidades de filiação, aprovação, status, segurança e realização. As necessidades ainda podem ser classificadas como: inata (as pessoas nascem com necessidades que não são necessariamente aprendidas), universal (são necessidades comuns as pessoas em todas as partes do mundo), não direcionadas (são necessidades surgidas que possuem nenhum tipo de solução para problemas criados) e insaciáveis (são as necessidades do consumidor que não podem ser totalmente satisfeitas). • Motivos internos e incentivos: as motivações à base de incentivos vêm do desejo ao objetivo externo, elas puxam uma pessoa através de objetos e desejos, ela é de extraordinária importância na análise mercadológica. Já os motivos internos são relacionados a estímulos como a fome, que é oriunda do organismo, as motivações internas empurram a pessoa à ação. • Fatores motivadores, conscientes e inconscientes: quando nossas ações são levadas por fatores que dizem respeito a motivos freqüentemente estranho, o consumidor não tem uma idéia daquilo que é a sua necessidade, dizemos que é um motivo inconsciente. Ate que ponto o consumidos tem consciência ou não das suas necessidades é um ponto importante para uma análise psicológica de seu comportamento. Maslow apud Cobra (1997, p. 38), identificou a hierarquia de necessidades, possuem cinco necessidades básicas comuns a todas as pessoas e que ele notou que ocorreu de acordo com uma hierarquia de importância: • Necessidades fisiológicas: fome, sede e sexo. • Necessidades de segurança: proteção pela rotina. • Necessidade de amor e afeição: afeições distintas das necessidades biológicas como sexo, sede, frio e fome. 46 • Necessidades de estima e ego: alto respeito, prestígio, sucesso e reconhecimento. • Necessidade de alto realização: busca de realização. Neste item foi possível observar os comportamentos dos consumidores, abordado por vários autores. O item a seguir aborda na opinião de alguns autores o que é a pesquisa de mercado. 2.4 PESQUISA DE MERCADO A análise de mercado é considerada fundamental para a abertura ou a verificação de viabilidade de expansão de um negócio, a fim de se evitar um investimento desnecessário. Toda a estratégia do negócio depende de como a empresa abordará o seu negócio consumidor, sempre procurando diferenciar da concorrência, agregando maior valor aos seus produtos/serviços, com o intuito de conquistar os clientes continuamente. Daí a importância desta área. Cabe acrescentar que os profissionais da área têm na pesquisa de marketing uma ferramenta interessante para enriquecer a forma de gerir pequenas empresas com orçamentos reduzidos. De acordo com Dornelas (2001, p. 40), a análise do ambiente de negócio mostra como o mercado se apresenta para a empresa, é preciso que a empresa conheça seus pontos fortes e seus pontos fracos, para que ela consiga definir as oportunidades de negócios mais atrativos e a quais riscos mais suscetíveis para então definir os objetivos e metas, bem como sua estratégia de negócio. Conforme Clemente (1998, p. 70), os estudos de mercado são análises de atividades para entrever vendas e os preços que os produtos serão comercializados, neste caso, se efetua projeção de vendas ano a ano para o horizonte de planejamento adotado para certo projeto. Segundo o SEBRAE (2007), pesquisa de mercado é a coleta de informações da empresa junto ao consumidor, concorrente ou fornecedor para tomada de decisões ou solucionar problemas existentes na organização. A pesquisa de mercado oferece informações consistentes, tornando possível analisar os pontos fortes e fracos, ouvirem reclamações de clientes e observar como a organização esta sendo vista por seus clientes. 47 A pesquisa deve ser feita para verificar a validade e a viabilidade de uma hipótese ou responder questões-chave do negócio. A pesquisa é apenas um meio para obter informações e, conseqüentemente, dar base a decisões melhores no âmbito do marketing da empresa ou futuro da empresa. Para se fazer pesquisa, antes de qualquer coisa, é preciso haver uma dúvida, uma questão, uma percepção de que algo ocorre no mercado. Na mesma linha, Cobra (1997, p. 111-112) aborda que a pesquisa de mercado é entendida como qualquer esforço planejado e organizado para obter resultados, conhecimentos novos e melhores para que facilitem na escolha e decisão de mercado. A pesquisa de mercado é muito importante, pois com ela é coletado, registrado e analisado o fato referente aos problemas relacionados à transferência e venda de mercadoria e serviço, desde o produtor até o consumidor. Na concepção do Sebrae (2007), a pesquisa de mercado serve para conhecer e monitorar o mercado consumidor e concorrente, dimensionar a demanda, verificar a presença do público-alvo, avaliar resultados de ações de marketing, identificar e dimensionar problemas ou necessidades, observar tendências, avaliar a satisfação dos consumidores, testarem produtos e estratégias antes do seu lançamento, analisar as práticas da concorrência, monitorar a dinâmica e o comportamento dos diferentes segmentos e nichos. A pesquisa de mercado ganha importância à medida que os mercados ficam cada vez mais saturados de competidores e as mudanças nos comportamento dos clientes se tornam mais intensas e freqüentes, deixando o processo de decisão de marketing cada dia mais complexo. As pesquisas podem ser classificadas, segundo fontes de dados, em secundários e primários (SEBRAE, 2007): • As pesquisas primárias, que são aquelas realizadas especialmente por uma empresa com finalidades restritas a seu escopo; • E as secundárias, muito mais abrangentes e feitar por setor de atividades econômicas, geralmente pelo governo (IBGE) ou por entidades de classe (SEBRAE). Em perspectiva similar, Cobra (1997, p. 114–119) sustenta que as pesquisas de fontes de dados podem ser dados secundários e dados primários. Há dois tipos de fontes de dados secundários – fontes internas e externas. Os dados internos são 48 obtidos dentro da própria empresa e os dados externos provêm de organismos, sobretudo estatais e de publicações existentes no mercado. Cobra (1997, p. 114–119) ainda sustenta que as fontes internas de dados incluem registros de: • Vendas; • Relatórios de força de vendas; • Orçamentos; • Relatórios de negócios fechados pela concorrência; • Dados contábeis de desempenho econômico – financeiro e; • Outros mais. As fontes mais utilizadas na concepção de Cobra (2007, p. 114–119), são indubitavelmente as estatísticas de vendas, que nem sempre são adequadamente coletadas e manipuladas. Há inúmeras fontes de dados externos como (COBRA, 2007 p. 114–119): • Associações de classes; • Órgãos do governo; • Publicações em geral; • Serviços de alguns sindicatos; • Estudos por organismos profissionais de pesquisa. Para Cobra (2007, p. 114–119), os dados primários podem ser obtidos quantitativa ou qualitativamente através de: • Observação; • Experimentação; • Ou por meio de entrevistas. Na mesma linha, dados do Sebrae (2007) sustenta que a pesquisa de mercado pode ser pesquisa qualitativa e pesquisa quantitativa. A pesquisa qualitativa é usada para conhecer a concepção dos clientes sem quantificá-los. 49 Nesse caso, o interesse está nas avaliações subjetivas e normalmente visa identificar as percepções humanas sobre produto, serviço e empresas, a fim de apontar comportamentos e tendências. Os métodos de pesquisas qualitativas são (SEBRAE, 2007): • Grupos de enfoque; • Entrevistas em profundidade; • Consumidor oculto; • Teste clínico. A pesquisa quantitativa procura levantar indicadores numéricos no mercado, por isso, segue rigoroso critério estatístico como (SEBRAE, 2007): • Amostragem; • Margem de erro; • Estimativa; • Desvio padrão etc. Dados do Sebrae (2007) demonstram que a pesquisa por amostragem, provavelmente a mais conhecida, utiliza conceitos estatísticos que permitem escolher com segurança apenas uma amostra como representante de um universo muito maior de clientes. Já o censo, outra forma de pesquisa quantitativa, obriga que o levantamento seja aplicado em 100% do público-alvo, o que muitas vezes encarece ou inviabiliza o processo de coleta de dados. As questões-chave para a pesquisa quantitativa por amostragem são: (SEBRAE, 2007) • Desenho da amostra; • Definição das margens de erro a ser praticadas; • Definição do tamanho da amostra e; • Forma de aplicação do questionário. 50 Os principais meios para a aplicação do questionário, segundo dados do Sebrae (2007), são: • Correspondência; • Telefone; • E-mail; • Entrevista pessoal e; • Auto-aplicável. Para o Sebrae (2007), existem ainda outras formas de pesquisa além das formas tradicionais, existem outros caminhos para obter informações importantes para o processo decisório de marketing. Entre os mais usados, destacam-se: • Observação direta; • Relacionamento com fornecedores; • Internet; • Benchmarking; • Demonstrativos da empresa S/A. Ainda Cobra (1997, p. 111–112) afirma que a pesquisa de mercado só terá importância se for exercida de forma planejada e organizada. Existem várias ocasiões para que seja necessária a pesquisa como ferramenta de tomada de decisão. É necessário definir as questões ou problemas chave a serem resolvidos com a pesquisa, e então se inicia o estudo das alternativas de solução. Cobra (1997, p. 111–112), sustenta que as informações que trarão os fatos e conhecimentos que se precisa poderão ser obtidas através de dados secundários, ou seja, fontes de publicações que possam explicar o problema, ou através de dados primários obtidos de entrevistas com o público-alvo ou por meio de consulta telefônica, entre outros. Para Mattar (1999, p. 56-60), a pesquisa é fundamental e dela dependerá todo o seu desenvolvimento no sentido de se chagar a informações úteis ou a despender esforços e recursos de forma inútil e desnecessária. 51 Mattar (199, p. 56–60) ressalta que a definição do objetivo da pesquisa deve estar perfeitamente amarrada à solução do problema de pesquisa. Os objetivos podem ser ampliados ou restritos dependendo do problema de pesquisa e dos recursos disponíveis. O pesquisador pode ater-se exclusivamente à coleta de informações relacionadas ao problema da pesquisa, e, neste caso, objetivo perseguido é denominado de principal. Na visão de Las Casas (1991, p. 155), a pesquisa de mercado é outra maneira formal de se obter dados. A pesquisa é utilizada na obtenção de dados que o sistema de informação não contém. A pesquisa de mercado possui três tipos principais: exploratória, descritiva e experimental. • Exploratório: é a pesquisa utilizada para identificar problemas superficiais ou então para determinar as necessidades de pesquisas que o problema requer. • Descritiva: ela descreve uma situação, ao passo que a experimental compara situações e analisa os efeitos de uma variável. Qualquer um destes tipos de pesquisa poderá ser utilizado na solução de problemas na área de marketing de serviço. • Experimental: uma empresa que pretenda lançar um serviço novo no mercado pode conduzir uma pesquisa exploratória objetivando ter alguma orientação sobre informações e dados que serão necessários numa pesquisa posterior. Na próxima seção serão discutidas e apresentadas idéias de autores, sobre a satisfação dos clientes. 2.5 SATISFAÇÃO DOS CLIENTES A satisfação dos clientes é o que resume todo o esforço da empresa em direção à qualidade. Há quem afirme hoje, como é o caso de Cobra (1992, p.31), que as empresas são na verdade, processos de satisfação do cliente, e não apenas de produção de bens e serviços. Não é por outro motivo que empresas modernas buscam uma estrutura direcionada ao cliente. 52 Do ponto de vista de Gianesi e Corrêa (1996, p.79), um fator importante na formação das expectativas do cliente é a comunicação boca a boca que representa as recomendações que os clientes recebem de terceiros, no caso outros clientes que já receberam o serviço. Para as empresas focalizadas no cliente, Kotler e Armstrong (1998, p. 394), ressaltam que a satisfação do cliente, além de ser um objetivo, e também um fator dominante no seu sucesso, clientes altamente satisfeitos traz diversos benefícios as empresas: são menos suscetíveis a preço, permanecem clientes durante muito tempo e falam de modo favorável sobre a empresa para outras pessoas. Para Kotler (1998, p. 530), satisfação “é o sentimento de prazer ou de desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo produto (ou resultado) em relação às expectativas das pessoas”. Ainda segundo Kotler (1998, p. 530), a satisfação do cliente após a realização da compra depende do desempenho da oferta em relação a percepção de suas expectativas. Se o desempenho fica distante das expectativas, o consumidor estará insatisfeito. Mas se o desempenho atender às expectativas, esse consumidor estará satisfeito, e se ultrapassa-las, o cliente estará altamente satisfeito e encantado. Na concepção de Berry (1996, p. 90), a partir do momento em que as empresas surpreendem os clientes com uma atenção, compromisso ou riqueza de recursos excepcionais durante o processo de fornecimento do serviço, estas recebem um crédito que somará para a satisfação do cliente. Para exceder as expectativas do cliente, faz-se necessária a utilização de um elemento surpresa, e a melhor oportunidade para se oferecer uma agradável surpresa ocorre durante o processo de prestação de serviço, quando os clientes interagem com os funcionários e vivenciam o ambiente do serviço. Para Vavra (1993, p. 164), se fosse perguntar para os clientes o que mais os deixa satisfeito a grande maioria iria responde: “percepção de qualidade”. Mas o que seria qualidade? A sabedoria convencional menciona que qualidade é: “entregar produtos ou serviços consistentes que atendam plenamente às necessidades e expectativas dos clientes”. A qualidade está relacionada com aquilo que os clientes esperam de um produto ou serviço, é importante conhecer como as expectativas são formadas. Expectativas são resultados que vão além do produto ou serviço tomado isoladamente. A cultura, propaganda, vendas, informações boca-a-boca e as 53 atividades de pós-marketing da empresa ajudam a moldar as expectativas. Veja a figura 5 abaixo: Figura 5 Formação das expectativas. Fonte: Adaptado de Vavra (1993 p. 164) É necessário conhecer quais produtos e serviços atendem às expectativas e necessidades dos clientes tem-se tornado uma ferramenta crítica de marketing da sobrevivência de empresas bem sucedidas. Figura 6 Definição de satisfação. 54 Fonte: Adaptado de Vavra, 1993 p. 166 Tomando por base as expectativas, a satisfação pode ser definida quase que simplesmente como a extensão pela quais as expectativas dos clientes sobre um produto ou serviço são atendidas pelos benefícios reais que recebem. É de tamanha importância saber realmente o que os clientes esperam? Suas expectativas são realistas ou idealistas, quanto os clientes têm que estar satisfeitos, será que é possível maximizar a satisfação do cliente sem aumentar substancialmente os custos? As respostas para estas perguntas e indagações são ingredientes-chave para se conhecer a satisfação ou insatisfação do cliente. Observe a figura 6 acima: (VAVRA, 1993, p. 166). 55 3 METODOLOGIA Este capítulo tem por objetivo mostrar a metodologia utilizada para a realização deste trabalho, ou seja, como foram levantados os dados sobre o nível de satisfação dos clientes em relação aos serviços prestados pela empresa Feltz & Feltz Ltda Epp. 3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO No presente estudo foi realizado uma pesquisa predominantemente quantitativa. Na percepção de Roesch (1996, p.122) “se o propósito do projeto implica medir relações entre variáveis, recomenda-se utilizar preferentemente o enfoque da pesquisa quantitativa”. Quanto ao objetivo, o estudo é descritivo. A pesquisa descritiva tem como objetivo descrever os problemas encontrados durante a pesquisa. Roesch (1996, p. 123) esclarece que, quando se adota um enfoque descritivo, deve-se estar aberto às descobertas: “[...] o objetivo é obter informações sobre uma população. [...] não procuram explicar alguma coisa ou mostrar relações causais, como as pesquisas de caráter experimental”. 3.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO O foco do trabalho é desenvolver uma pesquisa mercadológica para verificar a satisfação dos clientes da Feltz & Feltz Ltda Epp, localizada na Rodovia BR 101 Km 198, 1300, bairro do Morro da Bina, Biguaçu. O estudo será realizado no período de agosto de 2007 a junho de 2008. Considerando-se que a população desta pesquisa compreende 58 435 habitantes, referente à população do município de Biguaçu (conforme dados do IBGE, 2000), a amostra, calculada pelo Programa Sample, ficou em 96 respondentes. O cálculo refere-se a um índice de confiabilidade de 95% e margem de erro de 10%. 56 3.3 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS A pesquisa está sendo realizada por uma coleta de dados primários, que serão coletados através de um questionário estruturado. Segundo Vergara (2000, p. 54), “o questionário caracteriza-se por uma série de questões apresentadas ao respondente, por escrito. O questionário pode ser aberto, pouco ou não estruturado, ou fechado, estruturado”. Na mesma linha, Roesch (1996, p.134) sustenta que o questionário é um instrumento de coletas de dados que busca mensurar alguma coisa. Para tanto, requer esforço intelectual anterior de planejamento, com base na conceituação do problema de pesquisa, e algumas entrevistas exploratórias preliminares. Como dados secundários, está sendo utilizada a pesquisa bibliográfica, procurando referenciar na literatura, com objetivos de obter orientação e embasamento teórico sobre como medir o grau de satisfação dos clientes. Segundo Gil (2002, p.44), a pesquisa bibliográfica “é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos”. 3.4 INSTRUMENTOS DE ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS A análise dos dados foi feita através do método quantitativo, pois se trata de questionários, tendo como propósito analisar os dados estatísticos com seus respectivos resultados e a utilização do Excel, para a tabulação e criação de gráficos. A partir dos resultados obtidos, serão propostas melhorias para a empresa pesquisada. 57 4 ANÁLISE E INTERPREAÇÃO DOS DADOS Com o intuito de analisar o grau de satisfação, com o auxilio de tabelas e gráficos e a partir da tabulação realizada é feita à interpretação dos dados. Foi realizada uma pesquisa de marketing em janeiro e fevereiro de 2007, com uma amostra de 97 alunos, cujos resultados serão apresentados a seguir. A análise dos dados e informação tem como base às teorias apresentadas pelo autor descrito na fundamentação teórico. 4.1 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO A empresa Feltz & Feltz Ltda Epp foi fundada no dia 30 de junho de 1988, na Rodovia BR 101 km 198, 1300, bairro do Morro da Bina, Biguaçu. A administração da empresa é exercida por Osvaldo José Feltz. O principal ramo da empresa é comercialização de madeiras. Suas principais atividades são: madeiras brutas e beneficiadas, acabamentos gerais em madeira, aberturas padrão, forros e ferragens. É uma empresa de porte médio, mantendo, além do proprietário, um quadro de oito funcionários. A empresa possui dois concorrentes diretos na cidade de Biguaçu, a Madeireira do Dico e a Madeireira São Sebastião, e dois concorrentes indiretos, a Madeireira A C Vieira e a Madeireira Santa Maria. Isto faz com que a empresa Feltz & Feltz Ltda Epp esteja sempre com uma constante preocupação em relação à satisfação de seus clientes. Nunca foi realizada uma pesquisa para análise do nível de satisfação dos clientes. Mantém sempre propagandas comerciais e patrocina, sempre que acha necessário, eventos realizados na cidade. Organograma da Feltz & Feltz Ltda EPP Diretor Setor Administrativo Setor Financeiro Figura 7: Organograma da Feltz & Feltz Ltda Epp Fonte: dados primários Colaboradores 58 A empresa é composta por um diretor que se chama Osvaldo José Feltz, que tem como função comandar toda a empresa. Como seus subordinados têm o Setor administrativo, que é composto por duas funcionárias que são responsáveis pelo atendimento, entregas e pedidos. O setor financeiro é composto por uma funcionária que cuida de contas a pagar, contas a receber, serviços bancários entre outros. Os colaboradores são encarregados cada qual com sua função, a empresa, até a presente data, é composta de sete colaboradores. 59 4.2 APRESENTAÇÃO DOS DADOS 4.2.1 Perfil 1 – FAIXA ETÁRIA Quanto à faixa etária, os clientes que responderam ao questionário encontram-se da seguinte forma, 79% são de 13 a 20 anos de idade, 27% de 21 a 30 anos de idade, 36% de 31 a 40 anos de idade, 19% de 41 a 60 anos de idade e 11% mais de 61 anos. FAIXA ETÁRIA 7% 11% 27% 19% de 13 - 20 anos de 21 - 30 anos de 31 - 40 anos de 41 - 60 anos mais de 61 anos 36% Gráfico 1 – Faixa Etária Fonte: dados primários, 2008. De acordo com o resultado, foi possível perceber que a empresa em estudo segue uma tendência mundial onde a maioria de seus clientes pertence a uma faixa etária jovem que fica entre 21 a 40 anos de idade. Contudo é este público que a empresa deve atingir oferecendo preços e formas de pagamentos mais acessíveis. 2 - SEXO Em relação ao sexo, os clientes que responderam ao questionário ficou evidente que, 57% dos clientes da madeireira são do sexo masculino e 43% são do sexo feminino. 60 SEXO Masculino Feminino Feminino 43% Masculino 57% Gráfico 2 – Sexo Fonte: dados primários, 2008. Analisando a pesquisa é possível notar que sendo uma madeireira e por diferença de porcentagem bem pequena o sexo masculino possui um índice maior do que o sexo feminino. Com este resultado pode-se concluir que a empresa poderá trabalhar com serviços diferenciados para atingir seu público alvo. 3 - ESCOLARIDADE De acordo coma escolaridade dos clientes que responderam o questionário, obteve-se o seguinte resultado, 8% te a formação de ensino fundamental completo, 12% de ensino fundamental incompleto, 30% de ensino médio completo, 6% de ensino médio incompleto, 12% de ensino superior completo, 28 % de ensino superior incompleto e 4% é pós-graduado. ESCOLARIDADE 4% E. F. C. 8% 12% 28% E.F.I. E.M.C. E.M.I. E.S.C. 12% Gráfico 3 – Escolaridade Fonte: dados primários, 2008. 30% 6% E.S.I. P.G. 61 Avaliando este resultado, pode ser percebido que uma parte dos clientes da feltz & Feltz possui uma escolaridade regular e outra parte possui uma escolaridade alta, fazendo com que os clientes se tornem mais exigentes com os produtos e serviços prestados. Tendo em vista este contexto é necessário que a empresa invista em bons funcionários para suprir as necessidades e desejos destes clientes. 4 – ESTADO CIVIL Observa-se no gráfico acima, que 23% dos clientes que responderam ao questionário são solteiros, 59% são casados, 9% são separados ou divorciados e 9% são viúvos. ESTADO CIVIL 9% 9% 23% Solteiro Casado Separado/divorciado Viúvo 59% Gráfico 4 – Estado civil Fonte: dados primários, 2008. É possível perceber um alto percentual em clientes casados o que é normal por ser uma madeireira, onde é procurada para construção e reformas de residências e comércios em geral. Com vista neste resultado a empresa poderia investir em brindes especiais para seus clientes. 5 – OCUPAÇÃO PRINCIPAL Analisando o gráfico apresentado, observamos que, 16% dos clientes entrevistados são funcionários publico, 16% são empresários, 9% são estudantes, 62 22% são autônomos, 7% são do lar, 1% é desempregado e 29% possuem outra ocupação principal diferente das citadas acima. OCUPAÇÃO PRINCIPAL Fun. Público 16% 29% Empresário 16% Estudante Autônomo Do lar 1% 7% 22% 9% Desempregado Outro Gráfico 5 – Ocupação principal Fonte: dados primários, 2008. É possível notar que houve neste quesito uma grande variedade de ocupação principal entre os clientes entrevistados na pesquisa, principalmente por ser o setor madeireiro sendo este necessitado por todos para a realização de vários serviços. 6 – BAIRRO RESIDENCIAL De acordo com o gráfico acima, podemos observar que de 17% dos nossos clientes residem no bairro do Janaina, 4% no Jardim Carandaí, 6% no Rio Caveiras, 7% no Saveiro, 5% em Serrarias, 4% no Centro, 12% nos Fundos, 9% no Prado, 3% em São Miguel e 23% em outros bairros e cidades. 63 BAIRRO RESIDENCIAL 17% 23% 4% 6% 3% 7% 9% 12% 14% 5% Janaina Jardim Carand. Rio Caveiras Saveiro Serrarias Centro Fundos Prado São Miguel Outro Gráfico 6 – Bairro residencial Fonte: dados primários, 2008. Nota-se com este resultado que a grande maioria dos clientes da madeireira Feltz & Feltz residem em Biguaçu, onde a empresa esta localizada, abrangendo boa parte deste município, além de atingir também clientes de municípios visinhos como São José e Florianópolis. 7 - RENDA FAMILIAR Neste item podemos observar que dos clientes que responderam a pesquisa, respondeu que 15% de sua renda familiar é de 1 a 2 salários mínimos, 33% é de 3 a 4 salários mínimos, 32% é de 5 a 6 salários mínimos, 10% é de 7 a 8 salários mínimos e 10% é acima de 9 salários mínimos. 64 RENDA FAMILIAR 10% 10% 32% 15% 33% 1 a 2 sal. Mm 3 a 4 sal. Mm 5 a 6 sal. Mm 7 a 8 sal. Mm Acima de 9 sal. Mm Gráfico 7 – Renda Familiar Fonte: dados primários, 2008. De acordo com o resultado do gráfico acima é possível observar que 85% dos clientes da empresa apresentam uma renda familiar acima de três salários mínimos, o que podemos considerar uma renda familiar bastante considerável diante do contexto atual do Brasil. 8 – QUANTO TEMPO É CLIENTE DA FELTZ & FELTZ LTDA EPP Podemos observar no gráfico acima que 14% dos clientes que respondem o questionário são clientes menos de um ano da madeireira, 19% ficam entre 1 a 2 anos, 21% fica entre 3 a4 anos e 46% são clientes mais de 5 anos. 65 QTO TEMPO É NOSSO CLIENTE 14% 46% 19% Menos de 1 ano De 1 a 2 anos De 3 a 4 anos 5 anos ou mais 21% Gráfico 8 – Qto tempo é nosso cliente Fonte: dados primários, 2008. Diante do resultado, observa-se que 67% dos entrevistados são clientes a mais de três anos da madeireira, este percentual é evidente já que a empresa encontra-se neste ramo a mais de vinte anos, onde conquista a confiança de muitos clientes tornando-os clientes fiéis. 9 – FATORES DETERMINANTES PARA ESCOLHA DE UMA MADEIREIRA Quanto aos fatores determinantes para a escolha de uma madeireira , 21% dos clientes acreditam na facilidade de acesso, 12% na variedade ed serviços, 23% no preço, 19% no atendimento, 17% na amizade ou conhecimento e 8% na estrutura oferecida pela empresa. 66 FATORES DETERMINANTES PARA ESCOLHA DE UMA MADEIREIRA 8% 21% 17% Fac. De acesso Var. de serv. Preço 12% 19% 23% Atendimento Amizade/conhec. Estrutura Gráfico 9 – Fatores determinantes para escolha de uma madeireira Fonte: dados primários, 2008. Neste item, os fatores que tiveram uma maior votação foram, a variedade dos serviços oferecidos, o preço e o atendimento. É necessário lembrar que neste item os respondentes poderiam escolher mais do que uma opção. Estes fatores críticos de sucesso foram uma escolha diretamente da empresa. Observou-se que a empresa deve ter um cuidado especial no fator preço o qual ficou evidente, de acordo com os respondentes, que este fator interfere bastante para a escolha de uma madeireira. 4.2.2 Fatores 10 – GRAU DE SATISFAÇÃO QUANTO AO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA FELTZ & FELTZ LTDA EPP Os clientes em relação ao grau de satisfação quanto ao horário de funcionamento, encontra-se da seguinte forma, 29% muito satisfeitos, 53% satisfeitos,15% mais ou menos satisfeitos, 3% insatisfeitos e não obtiveram respostas quanto a ultima alternativa. 67 GRAU DE SATISFAÇÃO QTO AO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO 3% 0% 15% 29% Muito satisfeito Satisfeito Mais ou menos satisfeito Insatisfeito Muito insatisfeito 53% Gráfico 10 – Grau de satisfação qto ao horário de funcionamento Fonte: dados primários, 2008. De acordo com o gráfico acima fica evidentes que 82% dos clientes que responderam encontram-se muito satisfeitos ou satisfeitos. 11 – PONTUALIDADE NA ENTREGA Os clientes entrevistados em relação à pontualidade na entrega, responderam da seguinte forma, 20% muito satisfeitos, 58% satisfeitos, 16% mais ou menos satisfeitos, 6% insatisfeitos, com isso observa-se que 78% dos inquiridos na pesquisa estão muito satisfeitos ou satisfeitos com a pontualidade da entrega. PONTUALIDADE NA ENTREGA 6% 0% 16% 20% Muito satisfeito Satisfeito Mais ou menos satisfeito Insatisfeito Muito insatisfeito 58% Gráfico 11 – Pontualidade na entrega Fonte: dados primários, 2008. 68 É possível observar no gráfico acima, a unanimidade dos clientes satisfeitos e muito satisfeitos, deixando claro que a empresa se preocupa com a pontualidade das suas entregas mostrando ser este um dos pontos fortes da empresa. 12 – ATENDIMENTO No que se refere ao atendimento, verificou-se que 32% dos clientes respondentes estão muito satisfeitos, 57% satisfeitos, 8% indiferente, 2% insatisfeito e 1% muito insatisfeito. Portanto 89% dos clientes estão muito satisfeitos ou satisfeitos com relação ao atendimento do atendimento da madeireira. ATENDIMENTO 8% 2% 1% 32% Muito satisfeito Satisfeito Mais ou menos satisfeito Insatisfeito Muito insatisfeito 57% Gráfico 12 – Atendimento Fonte: dados primários, 2008. Neste resultado, também é possível observar que o grau de satisfação da Madeireira Feltz & Feltz é bastante elevado fazendo com que este item também seja entendido com mais um ponto forte que a empresa possui, fazendo com que muitos clientes retornem para fazer novas compras. 13 – QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS Verificou-se quanto à qualidade dos serviços prestados que 28% dos pesquisados estão muito satisfeitos, 58% satisfeitos, 10% mais ou menos satisfeitos, 4% insatisfeitos e nenhum muito insatisfeito, portanto nota-se que 86% dos clientes pesquisados encontram-se satisfeitos ou muito satisfeitos no quesito qualidade dos serviços prestados pela empresa em estudo. 69 QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS 10% 4% 0% 28% Muito satisfeito Satisfeito Mais ou menos satisfeito Insatisfeito Muito insatisfeito 58% Gráfico 13 – Qualidade dos serviços prestados Fonte: dados primários, 2008. Nota-se neste item que o grau de satisfação dos clientes que responderam este questionário é muito bom, mostrando que eles estão bastante satisfeitos com a qualidade dos serviços prestados, deixando claro também que a empresa tem uma grande preocupação em satisfazer este item. 14 – ESTRUTURA, ESTACIONAMENTO E LOCALIZAÇÃO No que se refere à estrutura, estacionamento e localização, observa-se que 32% dos clientes questionados estão muito satisfeitos, 54% estão satisfeitos, 6% mais ou menos satisfeitos, 8% insatisfeitos, não aparentando nenhum ponto percentual para ultima alternativa, mostrando que 86% estão contatos quanto à estrutura, estacionamento e localização da madeireira. 70 ESTRUTURA, ESTACIONAMENTO E LOCALIZAÇÃO 8% 6% 0% 32% Muito satisfeito Satisfeito Mais ou menos satisfeito Insatisfeito Muito insatisfeito 54% Gráfico 14 – Estrutura, estacionamento e localização Fonte: dados primários, 2008. O resultado apresentado acima aponta que a madeireira em estudo possui uma boa estrutura física e uma boa localização, visto que os clientes respondentes se mostram bastante satisfeitos com a estrutura proposta. 15 – LIMPEZA, ORGANIZAÇÃO, ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO Observa-se no gráfico acima que 19% dos entrevistados estão muito satisfeitos com a limpeza, organização, iluminação e ventilação oferecida pela Feltz & Feltz, 42%satisfeitos, 20% mais ou menos satisfeitos e 19% insatisfeito, apostando um nível de 61% de satisfação. LIMPEZA, ORGANIZAÇÃO, ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO 19% 0% 19% 20% 42% Gráfico 15 – Limpeza, organização, iluminação e ventilação Fonte: dados primários, 2008. Muito satisfeito Satisfeito Mais ou menos satisfeito Insatisfeito Muito insatisfeito 71 Além de este item ter um grau de satisfação bom, é necessário que também seja levado em consideração a porcentagem de 39% dos respondentes que estão insatisfeitos ou muito insatisfeitos com este item. 16 – PREÇOS E FORMAS DE PAGAMENTO Quanto aos preços e as formas de pagamento os clientes que responderam o questionário encontram-se com as seguintes opiniões, 29% muito satisfeitos, 41% satisfeitos, 21mais ou menos satisfeitos, 3% insatisfeitos e 1% muito insatisfeitos apresentando com isso um bom nível de aceitação, 70%. PREÇOS E FORMAS DE PAGAMENTO 3% 1% 26% 29% Muito satisfeito Satisfeito Mais ou menos satisfeito Insatisfeito Muito insatisfeito 41% Gráfico 16 – Preços e formas de pagamento Fonte: dados primários, 2008. Observa-se acima que mesmo o item preço e forma de pagamento, tenham uma boa aceitação de mercado é importante também que a empresa em estudo fique atenta, pois a questão preço envolve uma série de fatores que mudam conforme a percepção de cada indivíduo. 17 – EDUCAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS Em relação à educação dos funcionários os clientes que se responderam o questionário apresentam as seguintes respostas, 24% muito satisfeitos, 38% satisfeitos, 14% mais ou menos satisfeitos, 24% insatisfeitos, observando que 62% estão satisfeitos ou muito satisfeitos coma educação dos funcionários. 72 EDUCAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS 24% 0% 24% Muito satisfeito Satisfeito Mais ou menos satisfeito Insatisfeito 14% Muito insatisfeito 38% Gráfico 17 – Educação dos funcionários Fonte: dados primários, 2008. De acordo com os resultados apresentados no gráfico acima, também fica evidente que o grau de satisfação dos clientes é considerado bom, mas também é preciso que a empresa em estudo tenha um pouco de cuidado neste item, pois ele é de grande importância, e que mal administrado pode ocorrer à insatisfação de alguns clientes fazendo com que ele procure a concorrência. 18 – VARIEDADE DE PRODUTOS No quesito variedade dos produtos, pode observar que 30% dos entrevistados estão muito satisfeitos, 44% satisfeitos, 19% indiferentes e 7% insatisfeitos, mostrando que 74% estão felizes com a variedade dos produtos oferecido pela empresa. 73 VARIEDADE DE PRODUTOS 7% 0% 19% 30% Muito satisfeito Satisfeito Mais ou menos satisfeito Insatisfeito Muito insatisfeito 44% Gráfico 18 – Variedade de produtos Fonte: dados primários, 2008. Com este resultado é possível verificar que o item variedade de produtos obteve um grau de satisfação bom, mas não podemos desconsiderar a porcentagem dos “mais ou menos satisfeitos” e dos “insatisfeitos”. 74 4.3 PROPOSTAS SUGERIDAS Com base na análise dos dados, são recomendadas algumas ações que, se transformadas em plano de ação e colocadas em prática, pode contribuir para a melhoria do desempenho e da satisfação dos clientes da empresa Feltz & Feltz Ltda EPP. Tendo uma visão da pesquisa como um todo, nota-se que a empresa em estudos obteve o maior número de clientes satisfeitos ou muito satisfeitos, mesmo assim a acadêmica notou a pouca insatisfação de alguns clientes e fez as seguintes propostas: 4.3.1 Limpeza, organização, iluminação e ventilação; • Em relação à limpeza, organização, iluminação e ventilação, mesmo tendo porcentagem positiva de 61% de satisfação, a acadêmica propõe que no caso da limpeza seja contratada uma diarista pelo menos uma vez na semana para fazer uma limpeza geral, e os demais dias da semana sejam administrados pelas funcionarias que trabalham no escritório, sendo que nos dias a limpeza é realizada somente pelas funcionarias. Quanto à organização, a acadêmica aconselha a empresa a pedir ajuda a um profissional da área para organizar corretamente e depois manter com a ajuda dos funcionários. Em relação iluminação, proponho que seja distribuída um pouco mais de lâmpadas tanto do galpão quanto no escritório. E a ventilação, propõe que seja colocado ventilador industrial, pois não é aconselhada a colocação de ar condicionado tanto em vista que o escritório é grande e possui algumas fugas para ventilação (elementos vazados nas paredes do escritório). 4.3.2 Preços e formas de pagamento; • No caso dos preços e formas de pagamento, o nível de aceitação também teve uma boa aceitação, mas proponho que quanto às formas de pagamento, a empresa utilize pagamentos através de cartões de crédito, pois com isso o risco de perda é menor do que a renda feita com cheque ou crediário. Proponho também fazer um contrato com alguma financeira onde à resposta do financiamento saia na hora, para facilitar para o cliente este tipo também é bem garantido, um exemplo é a Finasa. 75 4.3.3 Educação dos funcionários; • De acordo coma educação dos funcionários, para melhorar este item, proponho que seja feitas palestras para interação com os funcionários. Tendo em vista que a educação é um valor próprio e difícil de ser mudado, apenas melhorado. Proponho também que sejam feitos momentos de interação (festas, jantares). Ressalto que a maioria dos funcionários são antigos, isso faz com que este item seja bastante dificultado de ser mudado. Ou ainda poderia ser proibida a entrada de clientes nos ambientes de trabalho, ou seja, clientes não entrariam em contato com os funcionários da produção. 4.3.4 Variedade dos produtos. • No quesito variedade dos produtos, propõe que a empresa trabalhe com madeiras para embarcação, como loro rosa, roxinho, itaubá, angelim vermelho, pois a uma grande quantidade de clientes pescadores e necessitam destas madeiras para construção de barcos. Recomenda-se também que sejam investidos mais em madeiras da região, como eucalipto e pinus, isso faz com que os gastos sejam menores, podendo assim comprar uma grande quantidade para secar e estocar. 76 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo deste trabalho foi verificar a satisfação dos clientes da Madeireira Feltz & Feltz Ltda Epp, com objetivo de propor sugestões para melhora dos itens onde a satisfação obteve um resultado inesperado. Pode-se afirmar que o objetivo inicial proposto foi atingido. É importante considerar que a necessidade de fazer a diferença dentro de um mercado competitivo exige que não apenas se coloque um único item em primeiro plano, mas também atender o cliente mais rapidamente e melhor que seus concorrentes. A satisfação do cliente torna-se elemento chave, peça fundamental para o sucesso da empresa, o essencial é atender as expectativas de qualidade dos clientes, considerando que o bom atendimento é um excelente canal de comunicação com o mercado. Durante o período de realização do trabalho, a empresa contribuiu significativamente para a obtenção dos dados para utilização no trabalho. Os seus gestores se mostraram bastantes atenciosos para o assunto, pois perceberam a grande importância deste estudo, sendo uma fonte valiosa de informações. Observou-se também a grande dedicação e colaboração dos funcionários da empresa, para o bom desempenho das atividades do estágio. É importante frisar que a acadêmica faz parte da equipe de trabalho da organização. Foi realizada uma pesquisa com os clientes através de um questionário, especificando o perfil e fatores de satisfação. Por meio destes resultados pode-se prescrever propostas de ação para a melhora dos mesmos, onde a empresa juntamente com a acadêmica se colocou a disposição para a implantação de medidas imediatas para os problemas detectados. A conclusão do perfil da empresa é a seguinte: clientes do sexo masculino, casado, com faixa etária de 31 à 40 ano, com escolaridade de ensino fundamental completo, que possuem uma ocupação principal diferentes das citadas no questionário, sendo a maioria aposentados. São clientes de cidades vizinhas como São José, Florianópolis e Palhoça, são pessoas com uma renda familiar que varia de 3 a 4 salários mínimos e clientes com 5 ou mais anos de fidelidade. Clientes que usam o fator preço como escolha por uma madeireira. Contudo, a dedicação e o empenho no trabalho, valeram à pena tanto para a empresa como para a acadêmica, que pode proporcionar um crescimento 77 profissional e pessoal, ampliando conhecimentos teóricos e práticos dos conceitos e ferramentas administrativas absorvidas no período acadêmico. 78 REFERÊNCIAS BERRY, L. L.; Serviços de satisfação máxima: guia prático de ação. Rio de Janeiro: Campus, 1996. CHURCHILL, G. A.; PETER, J. P. Marketing: criando valor para os clientes. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. CLEMENTE, A.; Projetos empresariais e públicos. São Paulo: Atlas, 1998. COBRA, M. Plano estratégico de marketing. 3. ed. São Paulo: Editoro, 1991. ______, M. Administração de marketing. São Paulo: Atlas, 1992. ______, M.; Marketing básico: uma abordagem brasileira. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997. FERREL, O. C.; HARTLINE, M. D.; LUCAS JR., G. H. et alles. Estratégia de marketing. Tradução. Ailton Bonfim Brandão. São Paulo: Atlas, 2000. GIANESI, I. G. N.; CORRÊA, H. L. Administração estratégica de serviço: para a satisfação do cliente. São Paulo: Atlas, 1996. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. GRÖNROOS, C. Marketing: gerenciamento e serviços. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. IBGE. População. IBGE. Disponível em : <www.ibge.gov.br/home/estatítica/população/defaulttab_indicadores.shtm>. Acesso em: 20 mai. 2007. KOTLER, P. Administração de marketing. São Paulo: Futura, 1998. ______, P. Administração de marketing. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998. ______, P. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e dominar mercados. Tradução. Bazán Tecnologia e Lingüística Bazán. São Paulo: Futura, 1999. KOTLER, P. ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 9. ed. São Paulo: Prentice-hall, 2004. ______. Princípios de marketing. 7. ed. Rio de Janeiro: Prenticie-hall do Brasil, 1998. KOTLER, P.; FOX, K. F. A. Marketing estratégico para instituições educacionais. São Paulo: São Paulo: Atlas, 1994. LAS CASAS, A. L. Marketing de serviço. São Paulo: Atlas, 1991. ______. Qualidade total em serviços: conceitos, exercícios, casos práticos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004. MATTAR, F. N. Pesquisa de marketing. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1996. 79 ______. Pesquisa de marketing. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. ROESCH, S. C. Projetos de estágio do curso de administração. São Paulo: Atlas, 1996. SANDHUSEN, R. L. Marketing básico. São Paulo: Saraiva, 2000. SEBRAE. Pesquisa de mercado. SEBRAE. Disponível em : <www.sebrae.com.br>. Acesso em: 16 abr. 2007. VAVRA, T. G. Marketing de relacionamento: como manter a fidelidade de clientes através do marketing de relacionamento. São Paulo: Atlas, 1993. VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2000. 80 APÊNDICE 81 Questionário O questionário abaixo faz parte de um trabalho acadêmico do Curso de Administração da UNIVALI – Biguaçu que tem o objetivo fim avaliar o perfil e a satisfação dos clientes da empresa Feltz & Feltz Ltda Epp. Marque com um “X” conforme o seu perfil ou seu nível de satisfação. Não é necessário identificação. Obrigada! Mariana Feltz Decker Perfil 1- Faixa etária ( ) de 13 – 20 anos ( ) de 41 – 60 anos ( ) de 21 – 30 anos ( ) mais de 61 anos ( ) de 31 – 40 anos 2 – Sexo ( ) masculino ( ) feminino 3 - Escolaridade ( ) ensino fundamental completo ( ) ensino superior completo ( ) ensino fundamental incompleto ( ) ensino superior incompleto ( ) ensino médio completo ( ) pós-graduado ( ) ensino médio incompleto 4- Estado civil ( ) solteiro ( ) separado/divorciado ( ) casado ( ) viúvo 82 5- Ocupação principal ( ) funcionário público ( ) do lar ( ) empresário ( ) desempregado ( ) estudante ( ) outro:___________ ( ) autônomo 6 - Bairro residencial ( ) Janaina ( ) Centro ( ) Jardim Carandaí ( ) Fundos ( ) Rio Caveiras ( ) Prado ( ) Saveiro ( ) São Miguel ( ) Serrarias ( ) outro:___________ 7 - Renda familiar ( ) 1 a 2 salários mínimos ( ) 7 a 8 salários mínimos ( ) 3 a 4 salários mínimos ( ) acima de 9 salários mínimos ( ) 5 a 6 salários mínimos 8 - Há quanto tempo você é cliente da Madeireira Feltz & Feltz? ( ) menos de 1 ano ( ) de 3 a 4 anos ( ) de 1 a 2 anos ( ) 5 anos ou mais 9 – Quais os fatores abaixo determina sua escolha por uma madeireira? (assinale mais de uma opção) ( ) facilidade de acesso ( ) atendimento ( ) variedade de serviços ( ) amizade/conhecimento ( ) preço ( ) estrutura 83 10 – Quanto ao horário de funcionamento, assinale o grau de satisfação. Escolha apenas uma das opções abaixo: ( ) muito satisfeito ( ) insatisfeito ( ) satisfeito ( ) muito insatisfeito ( ) mais ou menos satisfeito 11 – Com relação à pontualidade na entrega qual o grau de satisfação que em sua opinião a Madeireira se encaixa? Assinale uma (1) das opções abaixo: ( ) muito satisfeito ( ) insatisfeito ( ) satisfeito ( ) muito insatisfeito ( ) mais ou menos satisfeito 12 – O atendimento da Madeireira atende as suas expectativas, com qual grau de satisfação. Escolha uma (1) das alternativas abaixo: ( ) muito satisfeito ( ) insatisfeito ( ) satisfeito ( ) muito insatisfeito ( ) mais ou menos satisfeito 13 – Em sua opinião em qual grau de satisfação a qualidade de nossos serviços está enquadrada? Assinale uma (1) das alternativas abaixo: ( ) muito satisfeito ( ) insatisfeito ( ) satisfeito ( ) muito insatisfeito ( ) mais ou menos satisfeito 14 – No seu ponto de vista os fatores estrutura, estacionamento e localização, estão satisfazendo as suas expectativas com qual grau de satisfação? Escolha uma (1) das alternativas abaixo, e faça um “X”: ( ) muito satisfeito ( ) insatisfeito ( ) satisfeito ( ) muito insatisfeito 84 ( ) mais ou menos satisfeito 15 – A limpeza, organização, iluminação e ventilação, em uma opinião particular, qual o grau de satisfação para os fatores citados acima? Escolha uma única resposta: ( ) muito satisfeito ( ) insatisfeito ( ) satisfeito ( ) muito insatisfeito ( ) mais ou menos satisfeito 16 – Você esta satisfeito com os preços e as formas de pagamentos oferecidos pela Madeireira? Escolha uma (1) das respostas abaixo: ( ) muito satisfeito ( ) insatisfeito ( ) satisfeito ( ) muito insatisfeito ( ) mais ou menos satisfeito 17 – Com relação à educação dos funcionários em geral, qual o grau de satisfação a Madeireira se encaixa em sua opinião? Assinale apenas uma das respostas abaixo: ( ) muito satisfeito ( ) insatisfeito ( ) satisfeito ( ) muito insatisfeito ( ) mais ou menos satisfeito 18 – Você está satisfeito com a variedade de madeiras e serviços oferecidos pela Madeireira? Escolha somente uma opção abaixo: ( ) muito satisfeito ( ) insatisfeito ( ) satisfeito ( ) muito insatisfeito ( ) mais ou menos satisfeito