ICMS SOBRE PETRÓLEO processo começou nos anos 60 com a transferência da capital federal para Brasília. “Por mais justificável, a mudança não foi acompanhada de contrapartida para o Rio e, pela primeira vez, o Brasil virou as costas para o estado”, citou. Em 1975, a fusão do Rio com o estado do Rio não foi planejada, apenas unida através da ponte RioNiterói. Nos anos 80, a crise da dívida e o esgotamento da capacidade de investimento do setor público afetaram as duas indústrias mais importantes para a economia do estado: a de construção civil e a naval. Suas atividades, intensivas em mão-deobra e dependentes de financiamento público ficaram virtualmente paralisadas. Não houve, mais uma vez, planejamento para elaborar um programa de recuperação desses setores. No final de 1988, a Nova Constituinte foi aprovada com um golpe cruel para a economia do estado ao tratar como exceção a cobrança do ICMS no destino para petróleo e energia. Isso impediu o estado de auferir os dividendos que merecia como maior produtor nacional de petróleo. Para ele, as discussões sobre a reforma tributária vão revelar a disposição do governo federal em mudar a atual situação do estado. “A taxação do petróleo na origem e a inclusão do Noroeste Fluminense no Fundo de Desenvolvimento Regional vão mostrar se há mesmo interesse em fazer justiça ao Rio. O apoio do governo federal à indústria naval ao longo deste ano já é um bom indicador de que Rosinha Matheus: “O dinheiro do ICMS do petróleo poderia estar sendo aplicado em saúde, educação e saneamento”. Construir/dezembro/2003 • 19