Resumo A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos por vetores. Possui grande incidência no mundo, principalmente na África, onde se registra o maior número de mortes pela doença. No Brasil, a grande maioria dos casos se concentra na região Norte, principalmente em áreas rurais. O Plasmodium é altamente suscetível a alterações no equilíbrio redox, as quais podem contribuir para manifestações da doença. Paralelamente, a relação entre o estado redox do parasita e das células hospedeiras é muito complexa, inclusive envolvendo a produção de óxido nítrico. Na tentativa de evitar o estresse oxidativo, o organismo possui uma maquinaria antioxidante composta por biomoléculas capazes de prevenir ou diminuir os danos causados. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da suplementação de L-arginina sobre a capacidade antioxidante total em camundongos infectados pelo Plasmodium berghei. Para isso, foram utilizados 50 camundongos da raça Swiss divididos em dez grupos de 5 animais e submetidos a diferentes tratamentos. O primeiro grupo recebeu solução salina como tratamento, já o segundo foi suplementado com aminoácido L-arginina. Essa substância foi escolhida com o propósito de estimular a síntese de Óxido Nítrico. Os parâmetros estudados foram a avaliação da capacidade antioxidante total pela redução do radical DPPH. A parasitemia não apresentou diferença significativa, o mesmo aconteceu com as concentrações de DPPH nos pulmões dos grupos estudados, entretanto houve correlação entre a parasitemia e o DPPH do grupo controle. Paralelamente, houve diferença na concentração de DPPH no cérebro no 1º e 15º após a infecção. Assim, a estimulação da síntese de oxido nítrico causou efeito sobre a capacidade antioxidante total nos cérebros dos camundongos e foi encontrada correlação entre o DPPH e a parasitemia no pulmão do grupo controle, contudo a suplementação de L-arginina reverteu o quadro, evidenciando uma possível relação do NO com o desenvolvimento do parasita. 1