A Terapia Cognitiva no Tratamento do Transtorno Bipolar

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A Terapia Cognitiva no Tratamento do Transtorno Bipolar
Carlos Henrique Golçalves¹
Psicólogo - Universidade Católica de Petrópolis, Especialista em Terapia Cognitiva - ITC Instituto de
Terapia Cognitiva de São Paulo, Professor do curso de Psicologia da Universidade Católica de
Petrópolis, Mestrando no Programa de Pós Graduação em Psicologia da UFJF Experiência em
atendimento clínico¹
Conteúdo: Os primeiros movimentos exploratórios da Terapia Cognitiva se deram a
partir de 1956, quando Beck, na tentativa de fornecer apoio empírico a certas formulações
psicodinâmicas de depressão (modelo psicanalítico), que entendia como certas na época,
encontrou alguns fenômenos inconsistentes reformulando o conceito de depressão, passando a
considerar a cognição como a chave para os transtornos psicológicos. Segundo Beck, desde
seu início, a Terapia Cognitiva vem adaptando com sucesso tratamentos para um conjunto
diverso de populações e desordens psiquiátricas, dentre elas o transtorno bipolar (TB), que até
bem recentemente era amplamente considerado como uma doença biológica devendo portanto
ser tratada com medicamentos. Beck sugere ainda, em sua descrição original do transtorno de
humor, que a mania é uma imagem de espelho da depressão, caracterizada pela tríade
cognitiva positiva em relação ao self, ao mundo e ao futuro.De acordo com Hilty et al, a
prevalência do TB gira entorno de 1,5% estando associado a elevado risco de mortalidade, e
que aproximadamente 25% dos pacientes tentam suicídio em alguma etapa de suas vidas, e
cerca de 11% completam o seu intento. Em contrapartida, segundo uma teoria difundida a
partir de um estudo publicado pelo médico americano Hagop Akiskal e pelo brasileiro Olavo
Pinto, as formas diferenciadas de instabilidade de humor fazem a taxa de incidência saltar
para até 10%.
Além do auxílio a adesão a medicação por parte dos pacientes, a Terapia Cognitiva
tem como proposta o trabalho de psicoeducação e, dentre outros objetivos pertinentes ao
tratamento, o de auxiliar o paciente a identificar o início de uma crise de mania, e reduzindo a
incidência de internações, contanto também com estudos que indicam que a Terapia
Cognitiva específica para a prevenção de recaídas no TB é uma ferramenta útil em conjunto
com os estabilizadores de humor.
Sendo assim, parece relevante estudos sobre a aplicação da teoria cognitiva ao TB,
bem como as técnicas utilizadas no tratamento do mesmo
Objetivos: Apresentar os conceitos introdutórios básicos da Terapia Cognitiva, o
transtorno bipolar, suas características prevalência e critérios diagnósticos, e discutir a
abordagem da Terapia Cognitiva para o tratamento do transtorno bipolar, apresentando seu
modelo cognitivo, e técnicas de atuação.
Método de Apresentação: Exposição oral com utilização de slides
Conteúdo programático
1.
Introdução a Terapia Cognitiva de Beck
a.
Teoria Cognitiva
b.
Principais conceitos relacionados a TC: pensamentos automáticos, crenças,
esquemas,
distorções cognitivas e flexibilidade Cognitiva
c.
Modelo Cognitivo de psicopatologia
2.
Transtorno Bipolar
a.
Definição e variações (Tipo I e II)
b.
Prevalência e critérios diagnóstico
3.
Terapia Cognitiva no tratamento do Transtorno Bipolar
a.
Modelos cognitivos do TB
b.
Objetivos da TC no tratamento do TB
c.
Técnicas para monitorar os sintomas
d.
Problemas na fases de mania e depressão e fatores de estresse
e.
Estudos de resultados da TC aplicada ao TB
Resumo:
O transtorno bipolar vem avançando como demanda em consultórios clínicos,
representando um desafio aos profissionais que lidam diretamente com o referido transtorno.
A reclassificação de casos de depressão como sendo bipolaridade, fez aumentar a prevalência
de cerca de 1,5% para 10%, criando também um campo controverso de discussão. O presente
mini curso tem como objetivo apresentar a Terapia Cognitiva, o transtorno bipolar, e os
principais aspectos relacionados aos objetivos terapêuticos específicos e técnicas empregadas.
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