Bom Sono! Uma questão de saúde.

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O que fazer para ter uma noite
bem dormida?
Chegar em casa pelo menos três horas antes do
horário de dormir. Deixar bem claro para você mesmo
que seu dia de trabalho acabou pelo menos duas horas
antes de dormir, quando então deverá tomar banho, ler
e relaxar. Não se deve ir para a cama sem sono. Não
se deve usar a cama para planejar o dia seguinte, ler,
assistir TV. A atividade sexual não traz problemas. Ter
sempre um horário regular para se deitar e levantar. Evitar uso de alimentos excitantes ou comer muito próximo
ao horário de dormir. Se não pegar no sono após 15 ou
30 minutos, levante-se e vá para outro recinto ler. Evitar
assistir TV, principalmente programas muito excitantes.
Ao acordar, deixe a luz do sol entrar em seu quarto. Não
realizar exercícios intensos próximo ao horário de dormir.
Não ingerir álcool após as 18:00 horas. Manter as regras inclusive nos finais de semana. Se estiver roncando,
mesmo que lhe pareça o contrário, você pode não estar
dormindo bem. Talvez você precise fazer um exame para
analisar seu sono. Procure seu neurologista.
Cansaço excessivo, dificuldade de
memória, ronco, desinteresse sexual
e mesmo impotência, podem ser
sintomas de distúrbio do sono.
O tratamento adequado pode mudar
sua qualidade de vida.
Por que o neurologista é o
profissional a lidar com problemas
de sono? Outros especialistas
também podem tratar de insônia?
O neurologista recebe treinamento clínico e neurofisiológico específico, aprendendo as bases do funcionamento cerebral e suas conseqüências no comportamento
humano. O treinamento clínico permite ao neurologista
cuidar das repercussões sistêmicas das doenças do sono
e as bases neurológicas permitem que faça diagnósticos
diferenciais e investigue outras possíveis causas neurológicas para as manifestações do paciente. O sono normal ou
seus distúrbios estão associados ao bom ou mau funcionamento cerebral, respectivamente, e o neurologista conhece profundamente a anatomia, fisiologia, fisiopatologia
e clínica do sistema nervoso. Outros especialistas que podem cuidar de insônia são os psiquiatras. A apnéia do sono
também pode ser cuidada por pneumologistas e otorrinolaringologistas com treinamento em distúrbios do sono.
Bom Sono!
Uma questão de
saúde.
Apoio:
Quais os distúrbios comuns do
sono?
Os distúrbios de sono mais comuns são a insônia, a
apnéia obstrutiva do sono e a síndrome das pernas inquietas. São comuns também o sono insuficiente e o atraso de
fase de sono.
A Apnéia Obstrutiva do Sono caracteriza-se pela obstrução da via aérea ao nível da garganta durante o sono,
levando a uma parada da respiração, que dura em média 20 segundos. Após esta parada no fluxo de ar para
os pulmões, o paciente acorda, emitindo um ronco muito
ruidoso. A apnéia obstrutiva do sono pode ocorrer várias
vezes durante a noite, havendo pacientes que apresentam
uma a cada um ou dois minutos. Durante a apnéia, a oxigenação sangüínea pode cair a valores críticos, expondo
o paciente a problemas cardíacos. A apnéia obstrutiva do
sono ocorre em cerca de 5% da população geral e em
30% dos indivíduos acima dos 50 anos de idade, sendo
também mais comum em homens.
A Síndrome das Pernas Inquietas é a mais comum das
doenças do sono, da qual poucos ouviram falar. Afeta cerca
de 7% da população e se caracteriza principalmente por
uma sensação desagradável nas pernas, profunda, nos ossos às vezes, como se fosse uma coceira ou friagem, choque, formigamento, e eventualmente dor. Estes sintomas
são acompanhados de uma sensação de angústia e imensa
necessidade de mover as pernas, ou ainda massageá-las,
alongá-las ou mesmo espancá-las em algumas situações.
Os sintomas ocorrem principalmente na hora de se deitar,
mas podem ocorrer em qualquer momento em que o indivíduo fica parado (sentado ou deitado), seja para descansar ou qualquer outra atividade que não exija movimentos.
Os sintomas da síndrome das pernas inquietas podem ser
tão intensos que o paciente não consegue iniciar o sono.
pertar antes do horário desejado. Estes episódios de insônia podem estar relacionados a vários fatores, e são
bastante individuais: expectativas (viagem, compromissos, reuniões, prova, etc.), problemas clínicos, problemas
emocionais passageiros, excitação associada a determinados eventos. Mas pode tornar-se crônica e provocar
muito sofrimento ao longo dos anos.
Quais os fatores que levam à
insônia?
A insônia está associada a múltiplos fatores e
muitas vezes estão somados em um mesmo paciente.
Algumas pessoas apresentam estruturalmente maior
propensão à insônia (são os fatores predisponentes),
e quando expostas a condições de estresse, doenças
ou mudança de hábitos, desenvolvem episódios de insônia (fatores precipitantes). Estes episódios de insônia podem se perpetuar, principalmente porque o paciente tende a associar suas dificuldades de dormir a
uma série de comportamentos: esforço para dormir,
permanência na cama só para descansar, elaboração
de pensamentos e planejamentos na hora de dormir,
atenção a suas preocupações, atenção a fenômenos do
ambiente, como ruídos e pessoas que estão dormindo,
havendo sempre uma hipervalorização destes fatos, o
que realimenta a insônia.
Como se reconhece quando uma
pessoa dorme mal? Quais os
sintomas?
A principal manifestação de um problema crônico de
sono é a sonolência diurna exagerada. As primeiras manifestações dos distúrbios do sono são as alterações do
humor e as alterações de memória e capacidades mentais
(cognitivas), como aprendizado, raciocínio e pensamento. Para alguns, basta uma noite mal dormida para que a
pessoa esteja mal no dia seguinte, principalmente menos
tolerante, irritadiça, e com dificuldades de memória, podendo surgir também dor de cabeça. Um sintoma muito
característico de distúrbio de sono é o ronco. O ronco ainda hoje é interpretado popularmente como sinal de que
o indivíduo dorme bem, mas é justamente o contrário.
Quem ronca está esforçando sua musculatura respiratória para além de seus limites, e está sobrecarregando
o coração de trabalho. Ao longo do tempo o indivíduo
que ronca pode ficar hipertenso e/ou apresentar infarto
do miocárdio ou derrame cerebral. Quem ronca pode ter
apnéia obstrutiva do sono, e outros indícios desta doença
podem ser a obesidade, prejuízo de memória, dificuldade
de raciocínio, diminuição da libido, disfunção erétil (impotência), pescoço grosso, circunferência abdominal elevada, boca pequena, queixo para traz, amígdalas grandes.
Quais os problemas em longo
prazo que a apnéia pode vir a
ocasionar ao indivíduo?
Em longo prazo, pacientes com apnéia obstrutiva
do sono podem desenvolver doenças nas artérias, pois
estão submetidos a uma inflamação subclínica (perceptível apenas através de exames laboratoriais), facilitando
acúmulo de colesterol na parede das artérias, além de
precipitar a ocorrência de infarto do miocárdio e acidente
vascular cerebral (derrame). Em longo prazo também se
desenvolve a síndrome metabólica, que é a ocorrência
de distúrbios dos lípides e glicose sangüínea, hipertensão
arterial e aumento da circunferência abdominal. Quem
apresenta esta síndrome tem maior tendência a ter infarto do miocárdio e derrame cerebral.
O que é insônia?
A insônia é simplesmente a dificuldade de iniciar o
sono, mantê-lo continuamente durante a noite ou o des-
Bom Sono!
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