Revista Científica da UNESC v. 12, n. 15 (2014) O EMPREGO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO APRIMORAMENTO DO ENSINOAPRENDIZAGEM NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO E O PAPEL DO DOCENTE EM TODAS AS ETAPAS EDUCACIONAIS Alessandro Rodrigues da Cruz Marlon Wanger Souza Silva Graduados em Análise e Desenvolvimento de Sistemas - UNESC Alberto Ayres Benicio Mestrado em Informática pela PUC-PR RESUMO: Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de abordar o emprego das novas tecnologias no aprimoramento do ensino-aprendizagem em todas as etapas educacionais, com os avanços das novas tecnologias tornou-se necessário implantar novos equipamentos nas instituições de ensino para melhorar o rendimento estudantil e acadêmico, principalmente, quando se vive num mundo globalizado, que exige profissionais cada vez mais eficientes e capacitado. As tecnologias estão marcando uma nova etapa na vida de todos os indivíduos, trazendo novas formas de trabalhar, estudar, viver e de pensar, no entanto, infelizmente para muitos, tantos professores como as próprias escolas, as tecnologias continuam sendo um “corpo estranho”, que incomoda. Porém, todas as instituições têm sido obrigadas a adquirir tais equipamentos, pois, seria um retrocesso não investir nas novas tecnologias, para aprimorar o ensino, aí surge outro grande problema, a capacitação de docentes para utilizar essas ferramentas. PALAVRAS-CHAVE: Novas Tecnologias. Profissionalização. Ensino-Aprendizagem. INTRODUÇÃO A elaboração do trabalho se justifica, em função da importância do uso das novas tecnologias para aprimorar o ensino-aprendizagem, portanto, torna-se fundamental demonstrar a funcionalidade dessa ferramenta como aliada dos docentes nas instituições de ensino de todos os níveis. Para Andrade (2010), através do avanço da informática e particularmente o desenvolvimento espantoso da Internet o mundo já não é mais o mesmo, tem se modificado com muita rapidez. Para Lara (2009, p.01) “A globalização é um dos elementos que levam à necessidade de uma educação permanente”, é papel das instituições de ensino formar profissionais para um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, portanto, é necessário oferecer aos discentes Revista Científica da UNESC v. 12, n. 15 (2014) os ensinamentos dos quais eles precisarão para viver com dignidade e trabalhar de acordo com este novo mundo de constantes evoluções, uma das formas de realizar isto é por meio da implantação das novas tecnologias nas metodologias de ensino-aprendizagem. É importante ressaltar que não se pode pensar no uso de uma tecnologia sozinha ou isolada, seja na educação presencial ou na virtual. Requer um planejamento para várias atividades integrem-se em busca de objetivos determinados e que as técnica s sejam escolhidas, planejadas para que a aprendizagem aconteça. (MASETTO, 2000, p.145). É necessário que as instituições de ensino exerçam seu papel, de inserção dos novos profissionais ao meio social, através de um trabalho crítico e do exercício da cidadania, logo, cabe aos docentes demonstrar a importância de cada indivíduo e seu papel na sociedade, enquanto cidadãos conscientes de seus direitos e deveres. O sinal mais indicativo da responsabilidade profissional do professor é seu permanente empenho na instrução e educação dos seus alunos, dirigindo o ensino e as atividades de estudo de modo que estes dominem os conhecimentos básicos e as habilidades, e desenvolvam suas forças, capacidades físicas e intelectuais, tendo em vista equipa-los para enfrentar os desafios da vida prática no trabalho e nas lutas sociais pela democratização da escola (LIBÂNEO, 1994, p.47) A relevância do tema se fundamenta quando se fala da responsabilidade do professor em evitar a evasão dos discentes das instituições de ensino. Diante do mundo globalizado e cada vez mais ligado pelas tecnologias, é necessário algo mais “atraente” para auxiliar no ensino-aprendizagem. Esse compromisso, que é profissional e político, dão o real sentido às nossas ações, ao nosso ofício – sermos profissionais do ensino. Ele se constrói em processo na medida em que somos chamados a responder aos desafios e exigências colocados pela realidade social, pela realidade educacional e pelo cotidiano da vida escolar. (LELIS, 2000, p.87) O futuro profissional deve ser considerado em sua totalidade, pois, este será inserido no mercado de trabalho onde deve ser um sujeito de múltiplas relações, seja interpessoais com os demais colaboradores da empresa onde trabalha, com clientes de todos os níveis sociais e fornecedores, para facilitar a comunicação e diminuir os custos é preciso o uso de tecnologias. O objetivo desse artigo é demonstrar que no Brasil, o uso das tecnologias para auxiliar no ensino-aprendizagem é uma realidade que não pode passar despercebida, logo, cada vez mais aumenta o número de instituições que vem incluindo em suas grades Revista Científica da UNESC v. 12, n. 15 (2014) curriculares atividades ligadas a informática, por meio da interdisciplinaridade tanto no ensino fundamental quanto no médio e nas faculdades/universidades, seja em instituições públicas e privadas. Para Moran, (2005), a evolução das tecnologias na educação tem sido tão importante que em pouco tempo teremos inúmeras possibilidades de aprendizagem que combinarão o melhor do presencial (quando possível) com as facilidades do virtual, isso quer dizer que, em poucos anos dificilmente teremos um curso totalmente presencial. As novas tecnologias funcionam como auxílio ao docente nas instituições educacionais, através do uso de softwares educacionais, do data show, vale salientar, que nos últimos anos tem evoluído de maneira surpreendente os cursos de graduação, técnicos e de capacitação em EAD (Educação a Distância) e semipresenciais, o governo federal tem investido em programas inovadores, um deles é o ensino a distância dos cursos técnicos, por exemplo, nos Institutos Federais Para Chaves (2011, p.01), é fundamental a implantação d “políticas voltadas à introdução da tecnologia na escola e à implantação de programas de educação a distância (inclusive para a formação de professores)”. Nesse momento de evolução tecnológica o computador vem sendo mais usado do que nunca e se tornado em uma ferramenta indispensável no campo profissional e educacional, visando o desenvolvimento do ensino-aprendizagem que ocorre quando está executando tarefas por intermédio do próprio computador, de acordo com Barros (2003) a educação tem passado por adaptações, para se enquadrar nas diversas transformações advindas no mundo, atualmente vivencia-se a revolução tecnológica que se vincula a uma nova adequação do procedimento educacional, que reflete no mercado de trabalho. Como exemplo disso, temos a grande quantidade de programas educacionais que podem ser usados para as diferentes modalidades de ensino mostrando que a tecnologia é bem útil para todos os setores da educação. Para Morin (1998, p. 04) “hoje é preciso inventar um novo modelo de educação, já que estamos numa época que favorece a oportunidade de disseminar outro modo de pensamento”. Diante de um mercado extremamente competitivo torna-se difícil escolher os tipos de programas e materiais a serem empregados no ensino aprendizagem. Revista Científica da UNESC v. 12, n. 15 (2014) O desenvolvimento de software educacional ganhou um grande impulso nos últimos anos, provocando uma avalanche de novas opções no mercado. A questão fundamental é como lidar com tanta diversidade. Há alguns anos, a escolha dos educadores restringia-se a duas opções: Programas de Instrução Programada e Linguagem de Programação Logo. Hoje, a Informática na Educação, conta com muitas novidades e o dilema do educador é: o que escolher? (VALENTE, 1999, P. 111) O emprego das tecnologias na educação tem possibilitado alcançar algumas classes estudantis através de alguns aspectos, dos quais se destacam: “massividade espacial; menor custo por estudante; diversificação da população escolar; individualização da aprendizagem; quantidade sem perda da qualidade; autodisciplina de estudo”. (Corrêa, 2005, p. 16) Diante dos diversos recursos a disposição no mercado tecnológico, faz-se necessário que essas mídias sejam utilizadas no âmbito educacional de modo que venham contribuir para a construção de ambientes de aprendizagens que valorize a criação, a opinião e o interesse dos discentes, o processo e não apenas o resultado. O papel do computador é o de provocar mudanças pedagógicas profundas ao invés de "automatizar o ensino" ou preparar o aluno para ser capaz de trabalhar com essa tecnologia. MATERIAIS E MÉTODOS Este trabalho foi desenvolvido através de uma revisão literária, de acordo com Santos (2006, p. 2) “A revisão de literatura tem papel fundamental no trabalho acadêmico, pois é através dela que você situa seu trabalho dentro da grande área de pesquisa da qual faz parte, contextualizando-o”. As informações foram extraídas de livros, artigos e busca na internet. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O emprego das novas tecnologias no aprimoramento do ensino-aprendizagem nas instituições de ensino em todas as etapas educacionais tem sido fundamental na capacitação e preparação dos novos profissionais para o mercado de trabalho. Indiscutivelmente, a herança cultural trazida pelos jesuítas em 1549, para o Brasil colonial no século XVI, estabeleceu um sistema educacional que favorecia a conhecida como “classe dominante” uma educação clássica e humanista. Revista Científica da UNESC v. 12, n. 15 (2014) Atualmente, algumas mudanças na educação são notadas através do emprego das novas tecnologias e informações as quais nos chega rapidamente, o que antes demorava anos para mudar, nos dias atuais ocorre em questão de segundos. Portanto, diante desta total facilidade de acesso, o docente deve realizar os ensinamentos de forma que o discente/egresso se desenvolva e seja capaz de expor seus conhecimentos, dentro e fora das instituições de ensino. Muitas formas de ensinar hoje não se justificam mais. Perdemos tempo demais, aprendemos muito pouco, nos desmotivamos continuamente. Tanto professores como alunos temos a clara sensação de que muitas aulas convencionais estão ultrapassadas. Mas, para onde mudar? Como ensinar e aprender em uma sociedade mais interconectada? (MORAN, 1999, P.01) Assim sendo, torna-se possível assegurar a produtividade do ensino e da aprendizagem, é importante ressaltar que o ensinar e o aprender precisam constantemente ser repensado, reavaliado e reestruturado, daí surgem às questões sobre o emprego das novas tecnologias no aprimoramento do ensino-aprendizagem nas instituições de ensino em todas as etapas educacionais. A educação precisa focar mais, junto com a competência intelectual e a preparação para o sucesso profissional, a construção de pessoas cada vez mais livres, evoluídas, independentes e responsáveis socialmente. Aprender exige envolver-se, pesquisar, ir atrás, produzir novas sínteses fruto de descobertas. O modelo de passar conteúdo e cobrar sua devolução é insuficiente. (MORAN, 2009, p. 01) A relação entre docente e discente, não dever ser centrada somente no professor e na transmissão dos conhecimentos, o professor não detém o saber absoluto e a autoridade, ele apenas dirige o processo de ensino-aprendizagem e não deve ser visto unicamente como modelo a ser seguido, principalmente quando se refere às tecnologias, pois, estas ainda são novidades para boa parte dos profissionais da educação, mesmo porque elas evoluem diuturnamente. Indubitavelmente, no processo de ensino tradicional é valorizada a aula expositiva, centrada no professor, com exercícios de fixação, leituras repetidas e cópias, interrogatórios orais, exercícios de casa, decorando a matéria, com horário e currículo rígido, sem se preocupar com diferenças, porém, com a evolução das novas tecnologias essas etapas tem sido diferentes, pois, o docente emprega o uso do data show, da internet, dos programas Revista Científica da UNESC v. 12, n. 15 (2014) educacionais, da lousa digital, essa realidade é bem diferente, tornando o ato de lecionar mais prazeroso para quem ensina e para quem aprende. É fundamental que alunos, professores, tutores estejam integrados e “próximos”, para que haja facilitação no processo de ensino-aprendizagem. é necessário considerar o sujeito envolvido no processo de ensino-aprendizagem, a escolha e o uso didático que será dado a cada tecnologia utilizada e se o principal ator do processo, o aluno, terá acesso à tecnologia que será empregada no curso. (GOMES, 2008, p. 32) Salienta-se, que as práticas educativas, em suas diversas manifestações e modalidades, não se restringem apenas as instituições de ensino, pois é importante que o futuro profissional busque novos horizontes, através das novas tecnologias. O bom profissional não é o que sabe, é o que está sabendo, isto é, o que está continuamente aprendendo, renovando e formulando seu conhecimento. A diversificação dos espaços educacionais, dentre os quais se destacam a EAD, a presencial e semipresencial, isso ocorre, em razão das novas necessidades formativas impostas pelo quadro de transformação que marca a sociedade contemporânea, requer necessariamente novas bases de formação para o exercício do trabalho profissional em todas as áreas de atuação. Diante do exposto, o docente deve ter uma metodologia de ensino-aprendizagem que incentive os estudantes a prática da leitura, da escrita e do hábito de estudar com prazer, através da criação de várias formas de ensino. Logo, é fundamental adaptar as aulas, por meio do emprego das novas tecnologias. O importante de tudo é trabalhar os meios cognitivos de cada aluno, o pensar e o fazer, Moran (2009, p. 01), diz que “A sala de aula pode transformar-se em um ambiente de começo e de finalização de atividades de ensino-aprendizagem, intercalado com outros tempos em que os alunos participam de atividades externas – pesquisa, projetos – muitas no ambiente digital”. Dentro do cenário pedagógico é possível perceber ainda algumas práticas pedagógicas permeadas ao uso de recursos tecnológicos por meio de audiovisuais, promovendo com isso um ensino meramente verbalista. Neste sentido é preciso apontar que existem outras vertentes no qual o ensino deverá centrar-se no aluno, levando em consideração não somente o lado cognitivo, mas o emocional também, ou seja, um ensino puramente transmissor cria barreiras para que não haja uma dialogicidade entre educadores e educandos desencadeando com isso a ausência afetiva entre ambos. (ALMEIDA, 2010, p. 04) Revista Científica da UNESC v. 12, n. 15 (2014) Indiscutivelmente, o papel do docente vai além de acrescentar novas tecnologias na ministração das aulas como incremento, mas, deve objetivar a dinâmica do processo de ensino-aprendizagem, impedindo a estagnação do conhecimento. O mundo globalizado tem exigido mudanças no ensino-aprendizagem, e isso inclui o emprego das tecnologias da informação e da comunicação, que gira em torno dos computadores, ferramenta que traz muitas mudanças por meio da internet. Certamente, se todas as instituições de ensino empregassem as novas tecnologias, a evasão escolar seria muito menor que a atual, pois, as crianças de hoje, tem contato direto com várias formas de tecnologias desde seu nascimento. Para elas, é natural este envolvimento, sabendo disso, os educadores devem facilitar este envolvimento empregando o uso de computadores, data show, etc. no desenvolvimento das atividades/tarefas escolares, visando seu uso no dia-a-dia fora do ambiente escolar, não levando em conta qual tecnologia deve-se usar na escola, mas como esta será utilizada no processo pedagógico. Um ponto fundamental e que vale estar lembrando, é que as novas tecnologias exigem um trabalho cooperativo dos docentes, pois, eles são os condutores que estabelecem às ligações entre o aluno e a máquina, desenvolvendo suas formas de uso das principais ferramentas, onde muitas delas não são fáceis e que exigirá tempo, trabalho em equipe e muita experimentação, com muita habilidade e competência. Sendo assim, para Chaves (1999, p. 12), “existem pontos a serem considerados quanto à modalidade de ensino a ser utilizada, referindo-se estes a quem ensina, quem é ensinado e o que se ensina.” Hoje, um dos desafios da escola e do professor é atualizar seus conhecimentos metodológicos permitindo assim a entrada de novas tecnologias no cotidiano escolar, ainda falta investimento para a capacitação e treinamento desses profissionais. Uma ótima relação custo/eficiência para satisfazer as necessidades da formação; expansão da formação a organizações e grupos não favorecidos por outras modalidades de ensino; estimulação das transferências inter-regionais e internacionais em matéria de experiências, conclusões e materiais de formação; necessidade do envolvimento dos estudantes e alto nível de motivação; o próprio estudante assume a responsabilidade pelo seu processo de aprendizagem. (ROCA, 1998, p.198-199) As exigências das instituições de ensino e até mesmo o mercado de trabalho é uma formação profissional onde os egressos são capazes de interpretar uma quantidade maior de informações em seu dia-a-dia, porém, para que os discentes possam receber um atendimento Revista Científica da UNESC v. 12, n. 15 (2014) de qualidade, primeiro deve qualificar, incentivar e permitir que os docentes se interajam com as novas tecnologias, seja, individualmente e/ou em grupo, infelizmente “o problema é que a maioria dos cursos presenciais e a distância apenas informa os alunos, esquecendo-se de formá-los como cidadãos viventes em sociedades”. (ROSINI, 2007, p. 65). É importante valorizar o educador, oferecendo-lhe aperfeiçoamento técnicopedagógico, onde possa estimular sua vontade de construir ideais coletivos, sendo pedagógicos e sociais, para assim se tornar um profissional seguro e ciente de seu papel de mediador do conhecimento, mesmo que “A educação e a aprendizagem são processos que acontecem dentro da pessoa – [...]. Tanto a educação como a aprendizagem (com a qual a educação está conceitualmente vinculada) acontecem onde quer que esteja o indivíduo que está se educando ou aprendendo”. (CHAVES, 1999, p. 02) Assim sendo, os docentes devem assumir uma nova responsabilidade, que é de mediadores desse processo de construção e elaboração de conhecimentos através da utilização das novas tecnologias da informação. Porém, é importante que eles passem por aperfeiçoamento e aprendam a trabalhar com os problemas reais em contextos reais. De acordo com Coburn (1988), é necessário que sejam implantados projetos de capacitação para os docentes na área das tecnologias para implementar a ferramenta pedagógica, ou seja, eles voltarão à condição de aprendizes, assumindo um importante papel a aprendizagem, passando a ter uma nova posição, apesar de sempre ser o mediador do conhecimento em sala de aula, neste processo ele exercerá/assumirá a condição de estudante, aprendendo a utilizar os equipamentos tecnológicos como uma ferramenta no processo de ensino-aprendizagem. Tem ocorrido um crescimento acelerado destas tecnologias da informação, o que eleva o aumento da quantidade e da variedade dos produtos ligados à educação, por exemplo, dos softwares educacionais , os aplicativos, os editores de textos e de gráficos, planilhas, bancos de dados, calculadores numéricos, etc. Entretanto, é necessário garantir a qualidade destes produtos, pois, os educadores devem analisar e selecionar entre as diferentes opções que estão disponíveis, daqueles materiais que podem ser mais adequados para aprimorar o ensino-aprendizagem. Através do emprego das tecnologias e dos computadores nas instituições de ensino, vem ocorrendo uma revolução no processo de ensino-aprendizagem, o que tem evitado a Revista Científica da UNESC v. 12, n. 15 (2014) evasão estudantil em todas as etapas educacionais, diversos tipos de abordagens podem ser realizados por meio destas ferramentas, buscando tão-somente auxiliar no avanço educacional, uma das vantagens é que sua utilização pode ser adaptada a diferentes situações e etapas do ensino. Nestes termos, torna-se possível anunciar um novo tempo na educação, que veio para fortalecer o ensino-aprendizagem, no entanto, cabe a cada docente entender e empregar de forma correta essas estratégias dentro do processo de formação profissional dos futuros egressos. Diante dos vários recursos disponíveis no mercado tecnológico, faz-se necessário que essas mídias sejam empregadas no âmbito educacional, de modo que venham contribuir para a construção de ambientes de aprendizagens que valorize a criação, a opinião, a comunicação, aprendam a resolver problemas, desperte o interesse dos discentes, a aprendizagem do processo e não apenas a busca para alcançar o resultado, tendo em vista a necessidade destes futuros profissionais de seguirem um caminho que tende a evoluir e exigir indivíduos cada vez mais preparados para empregar as novas tecnologias no campo profissional. É importante destacar, que o emprego das novas tecnologias no processo do ensinoaprendizagem torna possível à reconstrução de uma nova forma de ensino, porém, é necessário sempre levar em conta o estudante em primeiro lugar. Segundo Moran, Masetto e Behrens (2006) as alterações na metodologia educacional, mesmo que não seja fácil é necessária, pois, a inclusão tecnológica muitas vezes não é feita de forma homogênea ocasionando as distinções na democratização da educação. De acordo com Luckesi (1989), “a educação tem papel fundamental para a construção do processo civilizatório, não importando a sua modalidade”, é impossível não ver a importância dos novos recursos chegando a nossa era, torna-se inimaginável uma instituição de ensino sem computadores, ou que só existam na área administrativa. CONCLUSÃO O presente trabalho buscou demonstrar a importância do emprego das novas tecnologias no aprimoramento do ensino-aprendizagem nas instituições de ensino e o papel do Revista Científica da UNESC v. 12, n. 15 (2014) docente em todas as etapas educacionais, suas influências e reflexo na prática metodológica de ensino, nos dias atuais. Os principais objetivos deste trabalho alcançados com sucesso através de uma revisão literária, fundamentada em pesquisas na internet e em livros, pesquisar sobre este assunto contribuiu sobremaneira para a aprendizagem dos autores, com o intuito de obtenção do certificado de Pós-graduação de Didática do Ensino Superior da FACIMED. Utilizou-se de um vasto referencial teórico, composto por grandes autores como Moran, Libâneo, Luckesi (dentre outros) a análise teórica levou a vários questionamentos comuns ao tema em questão, no entanto, chegou-se a uma conclusão, o uso das tecnologias e a capacitação dos docentes é imprescindível para a evolução do conhecimento dos discentes. Buscou–se, através das pesquisas saber se o uso das tecnologias tem sido positivo para o campo educacional, facilitando o ensino-aprendizagem, as tecnologias ainda não são empregadas da melhor forma possível, seja no ensino ou na aprendizagem, pois, no Brasil todo, poucas instituições de ensino têm computadores para o uso dos discentes. Mesmo, com todos os percalços relacionados à implantação das tecnologias nessas instituições de ensino, muito já se evoluiu ao longo do caminho, onde seu crescimento é percebido, contribuindo beneficamente também para a atuação do docente e no processo de ensino-aprendizagem. Percebeu-se também, que a implantação das tecnologias na educação tem propiciado as pessoas com mais idade e pouco tempo disponível a oportunidade de estudar através da Educação a Distância. A internet pode ser considerada como uma ferramenta importante pode aumentar estender e enriquecer o processo de ensino-aprendizagem, diminuindo o trabalho para memorizar e arquivar as informações. Logo, este é um excelente recurso para a recuperação das informações previamente aprendidas e necessárias para ajudar o estudante no ensino-aprendizagem, favorecendo-o no auxílio à estruturação e a integração de novas ideias àquelas já existentes. O processo de ensino-aprendizagem apoiado por ferramentas computacionais leva o discente e o docente a usar estratégicas cognitivas de nível superior, voltadas a formulação de hipótese e na tomada de decisão. Concluindo, percebe-se que o uso das tecnologias contribui para a melhoria do sistema educacional, no sentido em que ocorre melhora na qualidade do ensino-aprendizagem, menor Revista Científica da UNESC v. 12, n. 15 (2014) evasão escolar e consequentemente excelente formação dos futuros profissionais. Vale salientar, que estamos diante de um horizonte com grandes expectativas quando se trata das tecnologias, além dessas previsões, sempre haverá as inovações imprevistas, com todo seu potencial para transformar a aprendizagem, a qualidade de vida dos docentes e dos discentes. REFERENCIAS ALMEIDA, Nadja Rinelle Oliveira de. Tecnologia na educação: impasses e perspectivas. Disponível em: <http://www.ufpi.br/subsiteFiles/ pged/arquivos/files/VI.encontro.2010/GT.17/GT_17_10_2010.pdf>. Acesso em: 17 mar. 2014. ANDRADE, Flavio. Educação à Distância x Educação Presencial: algumas diferenças encontradas. 2010. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/ artigos/tecnologia/educacao-a-distancia-x-educacao-presencial-algumas-diferencasencontradas/46318/>. Acesso em: 11 mar. 2014. BARROS, D. M. V. Educação a Distância e o Universo do Trabalho. Bauru-SP: EUDSC, 2003. CHAVES, Eduardo. Políticas públicas em Educação. 2011. 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