UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE MBA EM ECONOMIA EMPRESARIAL - POLÍTICAS MACROECONÔMICAS PROFESSOR: ANTONIO CARLOS ASSUMPÇÃO ALUNO: LEANDRO RIBEIRO MARCHON MONTEIRO – Nota 8,0 TRABALHO FINAL RESPOSTAS 1) Ao fazer uma recapitulação da política monetária adota pelo BACEN nos últimos anos, percebemos que de 2011 a 2013 o BACEN adotou uma postura expansionista em que o principal instrumento utilizado foi a redução da taxa meta SELIC, por meio de reuniões do COPOM. O principal objetivo ao adotar uma política monetária expansionista é incentivar o crescimento do país através do aumento do consumo (famílias, empresas, entre outros), uma vez que o “dinheiro fica mais barato” e com isso o mercado de uma forma geral fica mais propenso a consumir. Em um primeiro momento essa dose de estímulo ao consumo teve pontos positivos, no entanto a consequência da redução da taxa meta SELIC é o aumento da inflação, que, se não controlada, gera inúmeros danos a economia do país. Esse descontrole da inflação tem ocorrido há algum tempo, porém ficou mascarado devido a diversos preços estarem represados por causa de congelamentos, isenções, entre outros benefícios dados pelo governo. Chegamos em 2015 com uma nova equipe econômica buscando implementar ajustes para que a economia do país entrasse novamente nos eixos, porém, apesar de estar realizando medidas acertadas, a inflação continua resistente, dado que a economia de um país não funciona de maneira imediatista, como por exemplo um carro que, ao girarmos o volante, faz a curva, mas sim como um navio transatlântico que, ao girarmos o leme para mudar a direção, demora até realizar a manobra. Ou seja, o BACEN tem elevado a taxa meta SELIC com o objetivo de conter a inflação, mas só sentiremos os efeitos dessas elevações no longo prazo, geralmente dentro de 12 a 18 meses e assim podemos concluir que qualquer medida de elevação da taxa SELIC neste ano não será capaz de conter a inflação no curto prazo, portanto, em 2015. Além disso, tivemos os descongelamentos de alguns preços como por exemplo, a energia elétrica e o fim de isenções de impostos dados a alguns setores entre outros, o que gera diretamente aumento da inflação, dificultando ainda mais o trabalho de redução desta no curto prazo. 2,5 Credibilidade e câmbio ? 2) O déficit em conta corrente do balanço de pagamentos pode sugerir a necessidade de uma taxa de câmbio mais desvalorizada, pois o balanço de pagamentos é calculado pelo valor das exportações subtraindo o valor das importações e neste caso, para que tenhamos superávit ao invés de déficit é necessário desestimular as exportações, logo é preciso “encarecer” o dólar em relação ao real. Essa medida pode ser prejudicial no combate à inflação, porque com o real mais desvalorizado, os produtos importados ficam mais caros, o que eleva a demanda por produtos nacionais e essa demanda elevada poderá pressionar o aumento dos preços dos produtos nacionais, ocasionando um aumento da inflação, de acordo com a lei da oferta e demanda. Também podemos considerar o problema para as commodities produzidas no exterior, já que os produtos terão de ser adquiridos por um valor maior em real e esse aumento se refletirá em uma elevação no custo de produção e consequentemente no valor final do produto. 3,33 3) Neste momento o Brasil está realizando uma política fiscal contracionista, o que significa que o governo está reduzindo custos e aumentando impostos, ou seja, realizando um ajuste fiscal. Essa medida contribui para o combate à inflação, pois aumentando impostos o governo indiretamente reduz os níveis de consumo tanto das pessoas quanto das empresas, e, diminuindo os gastos públicos, o governo diminui a quantidade de moeda em circulação, o que restringe eventuais pressões de preços e ajuda a conter a demanda. Portanto, podemos dizer que o ajuste fiscal aplicado pelo governo contribui para a redução da taxa de inflação, pois reduz o poder de consumo das famílias e de investimento das empresas, ajudando assim, a conter a demanda. 1,7 Veja o meu modelo de resposta