XVII Encontro de Iniciação Científica XIII Mostra de Pós-graduação VII Seminário de Extensão IV Seminário de Docência Universitária 16 a 20 de outubro de 2012 INCLUSÃO VERDE: Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável EPB0643 MONOCITOSE COMO MARCADOR DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA GABRIEL DE ALMEIDA FERREIRA LUIS FERNANDO DE CARVALHO LOPES [email protected] MEDICINA INTEGRAL UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ ORIENTADOR(A) GILSON FERNANDES RUIVO UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ RESUMO Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) é um problema de saúde pública mundial, com potencial prevenção e tratamento. Há inflamação sistêmica, de caráter crônico, com ativação imunológica, com ação de monócitos, macrófagos, que pode causar a aterosclerose, situação associada a risco cardiovascular (RCV) e mortalidade nesta população.Tendo em vista a importância dos monócitos na gênese da aterosclerose e sua função na inflamação discute-se a sua utilização como marcador de RCV. Objetivos: Avaliar se a monocitose pode ser marcador de RCV em pacientes com DRC. Metodologia:Estudo retrospectivo de pacientes em acompanhamento no ambulatório de Nefrologia do Hospital Universitário de Taubaté. Os pacientes foram divididos em 2 grupos: DRC (classe 3 a 5, n=80) e controle (CON, n=60). Coleta de dados com protocolo abordando variáveis clínicas e laboratoriais.Risco cardiovascular avaliado pelo Escore de Framinghan. Dados significativos se p<0,05. Resultados: Avaliou-se 140 pacientes, sendo 54,3 (%) do gênero feminino, idade média de 54,0±8,0 anos, sedentários (66,4%), hipertensos (77,8%), dislipidêmicos (62,8%), diabéticos (35,7%), tabagistas (46,4%) e com resistência à insulina(n=48, 34,2%) na admissão ambulatorial. O tempo de acompanhamento ambulatorial foi de 5,2±3,1 anos, com aderência terapêutica de 68,6% (n=96). Uso de associação de anti-hipertensivos em 72,8% e antilipêmicos em 62,8% dos pacientes. A PA média (PAM) foi maior (p=0,009) no grupo DRC (174±18 vs 155±9 mmHg). O grupo DRC apresentou maiores valores (p<0,0001) de leucócitos, monócitos, triglicerídeos, colesterol total, ácido úrico, PCR e Escore de Framinghan em relação ao grupo controle. Maiores valores de fibrinogênio (p=0,0012), HOMA (p=0,0002) e LDL (p=0,002) no grupo DRC. Os valores de hemoglobina, HDL e Clearance de creatinina foram menores (p<0,01) no grupo DRC. Sem diferença (p>0,05) quanto ao gênero, idade, glicemia e IMC. Houve redução (p<0,01) dos valores da PAM, colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos, fibrinogênio, HOMA, ácido úrico e monócitos ao longo do tratamento nos gruposDRCe CON. Maior (p<0,0001) Escore Framinghan no grupo DRC, com redução (p<0,01) dos valores após controle da PA e marcadores metabólicos e inflamatórios. Correlação negativa (p<0,001) do Escore Framinghan com HOMA e com a taxa de monócitos. Conclusões:Pacientes com DRC apresentam maior taxa de monócitos e maior risco cardiovascular, com melhora do quadro após controle pressórico e metabólico.