Polimorfismo do gene Cyp6g1 (exonS 1 e 2) em linhagens

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55º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 55º Congresso Brasileiro de Genética • 30 de agosto a 02 de setembro de 2009
Centro de Convenções do Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Polimorfismo do gene Cyp6g1 (exonS 1 e 2) em
linhagens resistentes e suscetíveis de Drosophila
melanogaster e D. simulans
Madi-Ravazzi, L¹; Gomes, MO¹; Carnelossi, EAG²; Carareto, CMA²
¹Laboratório de Genética, Ecologia e Evolução de Drosophila ²Laboratório de Evolução Molecular de Insetos – Depto de Biologia Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas – UNESP. [email protected]
Palavras-chave: família P450, resistência a inseticidas, Drosophila
Evidências consideráveis na literatura apóiam a hipótese que a resistência ao DDT baseada no metabolismo é
poligênica em Drosophila e está parcialmente associada a superexpressão de genes da família citocromo P450, em
particular do gene Cyp6g1, embora alguns estudos mostraram altas expressões de Cyp6g1 em linhagens suscetíveis
de D. melanogaster. Adicionalmente análises da seqüência codificante desse gene, não possibilitaram identificar
variações que pudessem agrupar diferencialmente linhagens resistentes e suscetíveis. Com o objetivo de estender
este estudo para outras linhagens de D. melanogaster e também analisar D. simulans, sua espécie irmã, o presente
trabalho investigou o polimorfismo dos exons 1 e 2 de Cyp6g1, de linhagens resistentes e suscetíveis de laboratório,
e resistentes recém-coletadas destas espécies, correlacionando os resultados com o nível de suscetibilidade ao
DDT. Foram amplificadas seqüências dos dois exons, a partir de DNA extraído de linhagens das duas espécies,
por meio de iniciadores específicos, bem como, foram obtidas seqüências dessas regiões depositadas no GenBank
de linhagens de D. melanogaster, D. simulans, D. sechellia, D. yakuba e D. erecta. As seqüências foram alinhadas
(programa BioEdit 7.0.5.3) e analisadas quanto aos números de substituições sinônimas e não-sinônimas e a
ocorrência de restrições seletivas nos dois exons, por meio do Teste D de Tajima (programa DNASP 4.50). No
exon 1, foram observadas 2 substituições intra-espécies, sendo 1 sinônima em D. simulans e 1 não-sinônima em D.
melanogaster. No exon 2, foram observadas 5 substituições intra-espécies sendo 2 sinônimas (1 em D. melanogaster
e 1 em D. simulans) e 3 não-sinônimas (2 em D. simulans e 1 em D. melanogaster). Ocorreram entre as espécies 17
substituições sinônimas e 3 não sinônimas no exon 1, e 22 substituições sinônimas e 11 não sinônimas no exon
2. Os valores de D de Tajima, respectivamente -0,189 (p>0,10) e -0,581 (p>0,10) para os exons 1 e 2, indicam que a
hipótese de mutação neutra pode explicar os polimorfismos observados. Não foram observadas associações entre
os diferentes níveis de suscetibilidade ao DDT das linhagens e o polimorfismo das seqüências dos exons 1 e 2 do
gene Cyp6g1. Um fato interessante é que 81% das 55 substituições observadas entre D. simulans e D. melanogaster
foram compartilhadas entre D. simulans e uma ou mais das outras espécies do grupo melanogaster (D. sechellia,
D. yakuba e D. erecta) indicando que a maior parte das substituições ocorreu em D. melanogaster e foram fixadas.
Esses dados corroboram relatos da literatura de maior plasticidade evolutiva para D. melanogaster em relação às
demais espécies do grupo melanogaster, também para este gene.
Apoio financeiro: FUNDUNESP, FAPESP, CAPES
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